segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O Gestor na Montanha-Russa

O verdadeiro gestor deve perceber os indicadores de ambiente antes de tomar uma decisão. É sua função adaptar-se aos diferentes cenários e oferecer a melhor alternativa à sua equipe.

Vamos analisar este cenário com uma analogia pessoal: por duas vezes, tive a oportunidade de ir a um determinado parque de diversões com minha filha.

Na primeira vez, aproveitamos ao máximo todas as atrações e nos divertimos muito, exceto pela montanha-russa, que sempre me deixou incomodado e nunca fui seu grande fã.

Minha filha, obviamente, seguiu minhas orientações, também sentia incomodo e um pouco de medo com aquelas atrações radicais. Logo, entendemos que uma equipe de trabalho também funciona de acordo com aquilo que seu gestor orienta; afinal de contas, a experiência também serve para alertar dos riscos e buscar um caminho mais seguro.

Na segunda vez, fomos na companhia de algumas sobrinhas, que possuíam idades mais próximas à dela, que estavam mais alinhadas ao sistema de crenças e valores dela.

Elas foram a absolutamente todas as montanhas-russas, algumas até mais de uma vez; se divertiram, passaram momentos excelentes e eu fique no solo, só assistindo, filmando e segurando as mochilas delas.

Tudo isso serve para ilustrar que por mais que exista experiência, ela é construída sobre nosso sistema de crenças e que precisam ser revistas constantemente, necessitam de atualização, de formação constante e de adaptação aos novos tempos.

Se um gestor não fizer isso, vai cair no erro de ficar reclamando com saudosismo desnecessário, e repetindo aquele mantra já conhecido “no meu tempo...”.

O seu tempo é agora, o seu tempo é a todo instante. Não existe uma verdade absoluta nas práticas de gestão, elas são mutáveis e precisam desta mutação para serem sempre melhores.

Nossos filhos crescem, passam a conquistar espaço, ganham personalidade própria... e se não nos adaptarmos a esta realidade, ficaremos sempre à margem, apenas assistindo e segurando mochilas... é preciso sentar ao lado deles no carrinho da montanha-russa e experimentar o novo, descobrir diferentes pontos de vista e entender que esta nova geração pode e deve contribuir com novos modelos de pensar e agir.

Da mesma forma, o gestor precisa sentar ao lado de sua equipe e embarcar no carrinho da montanha-russa que eles estão. Só assim a verdadeira sinergia acontecerá e as relações serão muito mais sólidas e profissionais.

Vai dar medo, vai dar desconforto... mas toda nova experiência traz estes desafios.
Agora é esperar a próxima oportunidade para que eu esteja ao lado de minha filha no carrinho da montanha-russa... não vou ficar esperando no solo, vou participar da experiência de forma completa. Mesmo que dê medo.

Até a próxima!