Se você tem mais de 40 anos, provavelmente era o responsável
pela revolução tecnológica que acontecia dentro de sua casa: era você quem
programava o vídeo-cassete para gravar os programas, ajustava o relógio
digital, fazia a instalação do computador, softwares e impressoras entre outras
coisas.
Entretanto, o avanço digital e as novas plataformas de
comunicação e interatividade tem exigido cada vez mais atualização e, não raras
as vezes, nos descobrimos longe desta vanguarda e percebemos que agora são
nossos filhos que fazem estes pequenos serviços e interagem melhor com as novas
tecnologias.
Hoje, nós somos os dinossauros!
Há dois meses, estava com minha filha numa loja de materiais
esportivos e vi um banner que informava sobre uma caminhada cultural pelo
caminho imperial da Serra de Santos e achei que seria um jeito diferente de
passar um domingo em família.
No mesmo instante, procurei por uma caneta no bolso, para
que pudesse anotar o site da empresa que oferecia o serviço. Não tinha caneta!
Aí me lembrei do meu smartphone e todas as suas milhares de
funções, que eu acreditava conhecer um pouquinho, e não tive dúvidas: abri o
bloco de notas do celular e comecei a anotar o site, para não esquecer.
Eis que minha filha saca o seu celular (muito mais moderno e
recursivo que o meu), bate uma foto do banner e me diz com a maior
naturalidade:
- Pronto pai, já enviei a foto pelo WhatsApp para você, não
precisa anotar nada...
Naquele momento eu me senti um verdadeiro dinossauro,
soterrado pelo peso das gerações X, Y, Z, W, Ç, F... todas elas!
Foi também um momento interessante de reflexão e percepção
sobre os novos desafios que temos com as gerações que estão vindo, da necessidade
constante de atualização e das novas formas de interatividade e relacionamento
que são necessárias para que uma geração converse com a outra.
Arrasado por esta percepção da realidade e sem vontade de
olhar a foto enviada, cada vez que me lembro deste episódio recordo-me do
quanto a evolução precisa ser constante e o aprimoramento verdadeiramente contínuo!
Estudar sempre... não parar nunca!
O que sei é que a caminhada pela serra ainda não foi feita
(não sei se por preguiça ou por trauma).
Até a próxima!