terça-feira, 24 de maio de 2011

ISO-9000 e Qualidade

Alguns dias atrás, comprei um produto no supermercado e em seu rótulo a empresa ostentava o selo ISO 9000 e orgulhava-se de estampar “Produto com a Qualidade ISO-9000”.

Primeiro pensei em ligar para a empresa e corrigir este “pequeno” erro... depois desisti e resolvi escrever por aqui mesmo e tentar fundamentar um conceito que muitas empresas tentam vender.

ISO é sinônimo de padronização. Ou seja, a garantia de que o processo de execução de um determinado produto ou serviço é realizado de maneira uniforme, controlada, sem variações que podem surpreender o cliente.

A ISO, cuja sigla significa International Organization for Standardization, é uma entidade não governamental criada em 1947 com sede em Genebra – Suíça, que tem como objetivo principal a normalização, oferecendo a o intercâmbio internacional de bens e de serviços de maneira uniforme, cooperando para que exista um padrão que possamos confiar.

A sigla é uma referência à palavra grega ISO, que significa igualdade.

Muitas empresas desistem de implementar a ISO porque a consideram muito burocrática. Mas a grandeza e a beleza desta série é exatamente a sua documentação.

Através de relatórios e documentos, uma empresa oferece ao mercado a garantia de que seu processo, em seus mais variados níveis, possui um controle sistemático das informações e que todos os envolvidos no processo possuem conhecimento homogêneo, o que garante que o produto que você compra na região Sul do país possua as mesmas características e os mesmos processos produtivos do produto que você encontra na região Norte, desde que feitos pela mesma empresa. É a tal da Qualidade Assegurada.

É um desafio interessante. Estamos falando de benefícios.

Para a empresa, ao dizer que seu processo possui um controle que ofereça um padrão confiável de aceitação no mercado. O que potencializa suas possibilidades de novos negócios.

Para o cliente, ao perceber que aquele produto possui controle, independente de ser o primeiro ou o último no ranking de vendas e market share. É a certeza de comprar um produto de uma empresa séria.

Atrelar esta palavra ao conceito de qualidade é muito perigoso. O que é qualidade para mim pode não ser para outro.

Padronização é conformidade. Qualidade é subjetividade.

Até a próxima!

domingo, 15 de maio de 2011

E Agora???

Você saiu da empresa e está a procura de um novo emprego... Você saiu da faculdade e está pronto para entrar no mercado de trabalho... Você está cansado de sua rotina e resolve dar uma guinada em sua carreira...

O primeiro passo é a elaboração de seu Curriculum Vitae, para enviá-lo às novas empresas e torcer para que uma delas se simpatize com suas descrições e o chame para um processo seletivo.

Embora não exista um modelo exato ou recomendado, algumas sugestões nunca são demais e valem a pena recordamos alguns pontos simples, mas que fazem toda a diferença na hora de uma contratação:

* Erros de Português – Para mim, um dos piores erros possíveis... cuidado com a grafia. Não estrague um currículo com um erro destes. Se o currículo estiver em outro idioma, mais cuidado ainda!

* Cores e Letras – Não precisa mostrar no currículo que você é um expert em digitação e diagramação, colocando várias letras e várias cores. Lembre-se de uma regra de etiqueta: Menos é mais!

* Informações Pessoais – Vale lembrar que as únicas informações que valem a pena no currículo são aquelas necessárias para a empresa lhe encontrar (nome, endereço completo, telefone e e-mail já são mais do que suficientes).

* Objetivo – Quanto mais específico você for, mais apropriado é. Dizer que quer trabalhar na “área administrativa” é completamente diferente de dizer que quer trabalhar em “compras”. A primeira é genérica (e o recrutador pode não entender sua vontade), a segunda é específica e não tem erro de interpretação.

* Experiência Profissional – Seja realista e objetivo, não enfeite o pavão. Basta dizer onde você trabalhou, período, função e as principais atribuições. Não queira enfeitar demais as suas atribuições... é muito chato!

* Cursos e Idiomas – Seja honesto e não queira transformar o seu cursinho básico de inglês num nível intermediário. Você pode ser testado por isso e fazer feio durante o processo seletivo. Também não adianta dizer mais do que a verdade sobre os cursos, lembre-se que tudo o que disser pode ser apurado e testado.

Parecem coisas simples, mas por incrível que pareça são estes pequenos detalhes os primeiros que desqualificam um profissional.

E eu não gostaria que isso acontecesse justamente com você!

Até a próxima!

   

sábado, 7 de maio de 2011

Algumas Mentiras

Quando a gente conversa com alguns empresários, especialmente os pequenos, aprendemos muito sobre suas práticas, métodos de trabalho e critérios de avaliação. São experiências únicas, baseadas muito mais na prática do que na teoria.

Entretanto, muitas vezes ouvimos alguns conceitos que não correspondem à verdade, que partem de um pressuposto que precisa ser desmontado para o próprio bem (e sobrevivência das empresas).

Hoje resolvi colocar alguns deles aqui:

* Fazer publicidade é muito caro – Mentira! Lógico que se ficarmos prestando atenção nas verbas das grandes marcas e nas cifras das agências, vamos achar que este é um terreno que não vale a pena ser explorado. Mas é preciso que o empresário descubra que fazer publicidade é muito mais simples e barato do que se possa imaginar. Você não precisa de muitos investimentos, basta conhecer sua cidade, seus domínios e seu público que com pouquíssimo investimento conseguirá entrar neste campo.

* Recrutamento e Seleção é complicado – Mentira novamente! O processo é simples, desde que você entenda perfeitamente o negócio de sua empresa, vai conseguir encontrar o funcionário ideal para ela. Existem muitos sites que oferecem este serviço de maneira gratuita, além de entidades e serviços públicos que possuem uma rede invejável de currículos esperando pelas empresas.

* Ferramentas administrativas são para empresas grandes – Outro momento Pinóquio das empresas. Existem ferramentas simples e completamente aplicáveis a qualquer tipo e tamanho de empresa. Aplicar um 5S em sua empresa, fazer uma Pesquisa de Clima Organizacional ou mesmo criar um grupo de melhoria contínua é mais simples do que tudo o que foi feito até hoje dentro de seus domínios. Experimente!

* Aqui na cidade, ninguém oferece um serviço como o meu – O mais perigoso de todos os pensamentos. Nenhuma empresa é boa o suficiente por toda a eternidade, sempre haverá novos concorrentes e novos desafios. Se você é líder em seu segmento, dentro de sua cidade, esforce-se o dobro a cada dia para manter esta liderança e descobrir novos meios para consolidá-la. É sua única garantia de sobrevivência.

Ou seja, não adianta utilizar de frases prontas. O que conta mesmo é o esforço, continuo e ininterrupto, como as únicas formas reais de se manter (e melhorar) nos negócios.

Espero que nenhuma destas mentiras faça parte de seus pensamentos.

E se um dia fizerem, acabe rapidamente com elas.

Até a próxima semana!

  

domingo, 1 de maio de 2011

11/9 ou 9/11?

Você saberia responder o que aconteceu no dia 11/9 de algum ano não tão distante?

E o que aconteceu num longínquo 9/11?

Provavelmente a primeira pergunta tenha sido mais fácil de responder: o atentado terrorista ao World Trade Center, que comoveu toda a humanidade e teve ampla cobertura televisiva.

Mas quantas pessoas se lembrarão, de fato, da queda do muro de Berlim, que aconteceu no dia 9/11, lá no final dos anos 80?

Infelizmente, a gente tem uma tendência de recordar apenas dos acontecimentos trágicos, pois entram fatores psicológicos nesta lembrança e acabamos por priorizar mais as coisas negativas em detrimento das positivas.

Ambos os acontecimentos foram emblemáticos.

Na queda do muro, a gente se percebeu próximos... uma nova forma de encarar o mundo e com novas possibilidades para países que até então eram reclusos e que informações chegavam controladas, sem fontes confiáveis e de maneira trincada.

No atentado terrorista, a gente se percebeu distante... de repente uma religião foi confundida com terrorismo, uma raça foi considerada potencialmente perigosa e acabamos abrindo mão da liberdade individual em troca da segurança coletiva.

Foram momentos dicotomicamente distintos! Enquanto no primeiro caso a gente viu regimes ditatoriais se diluírem com o tempo, no segundo caso a gente passou a conviver com o medo e com a insegurança.

Não proponho relaxar e esquecer os fatos, mas retomar o crescimento, a aproximação dos povos e a tolerância.

Seria muito bom se aquele espírito de 1989 voltasse a reinar e conseguíssemos extrair daquele momento tão importante os valores que fizeram alguns regimes políticos gradualmente desaparecer.

Eu tenho esperança sim que as coisas voltem a certa normalidade, que o único medo que teremos ao andar de avião seja com a estabilidade da máquina durante o vôo e não mais me preocupar se alguma pessoa vestida de maneira diferente de mim ou que tenha uma religião diferente seja considerado perigoso.

Pode ser um devaneio, mas são de sonhos que a humanidade evolui. E espero que estes sonhos contagiem o maior número de pessoas possível.