sábado, 24 de abril de 2010

Sobre Estar Apaixonado

Onde você estará daqui a cinco anos?

Pode parecer estranha a pergunta e o título deste artigo, mas, no fundo, uma parte é complementar à outra.

A paixão que me refiro não é aquela que você pode sentir por alguém; a que quero dizer é aquela sobre você mesmo, sobre aquilo que você faz e quer fazer.

Tenho encontrado uma série de pessoas preocupadas e insatisfeitas com o momento presente e, para todas, utilizo sempre a mesma pergunta: Onde você estará daqui a cinco anos?

Ao se fazer esta pergunta e permitir-se pensar daqui a cinco anos, você fará um belo exercício que, se colocado em prática, vai mudar por completo o seu ânimo e acabar com suas preocupações e tristezas.

Não importa se é uma profissão, um bem, uma vida a dois, uma viagem... o importante é que você faça isso com o sentimento da paixão.

Estar apaixonado por si mesmo é gostar de você exatamente por aquilo que você é e por tudo aquilo que você faz e pode fazer.

Se você pensar assim em sua profissão e em sua vida, certamente fará a coisa certa e, ao invés de pensar em trabalho, vai traduzir isso por prazer. Ao invés do sacrifício, terá a recompensa.

Você gosta de matemática, mas seu trabalho atual não lhe dá prazer. Tudo bem! Daqui a cinco anos é tempo suficiente para fazer algo que você goste e que a matemática lhe acompanhe. Planejamento, determinação e ação.

Você gosta de animais, mas seu trabalho atual não lhe dá prazer. Tudo bem! Daqui a cinco anos é tempo suficiente para fazer algo que você goste e que os animais façam parte da sua rotina. Planejamento, determinação e ação.

Na vida, tudo aquilo que a gente acredita e busca tem a chance de acontecer, mas para isso a peça fundamental é você e sua força de vontade.

Falar em planejamento de carreira é fácil. Difícil é falar de carreira planejada.

Quando se está apaixonado, o organismo vibra diferente, os esforços são diferentes, as ações são diferentes e o resultado é quase sempre satisfatório, mesmo que a paixão não seja correspondida. Fica a certeza de que a gente tudo pode e que o mundo não é um obstáculo, mas sim um cenário de oportunidades.

A vida profissional pode ser do mesmo jeito... é só utilizarmos a mesma alegria e imaginação que a paixão desperta em nós.

Que você se apaixone. E que se descubra capaz de realizar tudo o que quiser. Tudo!

sábado, 17 de abril de 2010

Aberta a Temporada de Falsidades

A cada quatro anos o país experimenta uma confusão de sentimentos e acaba perdendo a chance de fazer as coisas certas ou, pelo menos, usar a mesma impulsividade para lutar por aquilo que deveria ser feito.


Não estou falando das eleições. Este é um assunto que comentaremos em outro momento.


Hoje vamos falar de Copa do Mundo.


Toda edição é o mesma circo: ruas e casas enfeitadas, pessoas usando verde-e-amarelo, empresas reduzindo a sua jornada de trabalho, carros com adesivos e bandeiras, consumo excessivo de álcool, milhões de técnicos e comentaristas de plantão, aquelas imagens (chatas) das pessoas comemorando um gol e tantas outras coisas parecidas.


O triste de tudo isso é que se você perguntar para qualquer um sobre os motivos que o levam a enfeitar a casa ou ficar buzinando nas ruas, ele vai te responder sou brasileiro, ou pior ainda, sou patriota.


Isso não é patriotismo. Isso é torcida de time de futebol!


Patriotismo é você ter amor à pátria, a querer o bem dela e fazer valer os direitos e deveres para que seu país seja, efetivamente, um lugar decente de se viver.


Ser patriota é não se conformar com escândalos, não aceitar o jeitinho, não se iludir com promessas, não permitir que os direitos de alguém sejam desrespeitados.


Ser patriota é lutar por igualdade entre todos, é querer a coisa certa.


Então, que não me venham dizer que são brasileiros ou patriotas só porque estão assistindo a um jogo de futebol que nada vai acrescentar àquilo que realmente se faz necessário neste país.


Eu vou ser patriota ou brasileiro quando a educação for de qualidade, quando a saúde for um direito respeitado, quando a criminalidade diminuir, quando a corrupção não for uma notícia corriqueira, quando as pessoas morarem em lugares dignos e, principalmente, quando eu não ouvir mais desculpas esfarrapadas sobre os problemas nacionais.


Até lá, com licença, eu prefiro torcer contra a seleção brasileira. Não quero que este país seja hexa campeão, quero apenas um país digno e que respeite os seus.


Futebol é ópio e não quero ficar entorpecido.