domingo, 24 de outubro de 2010

Inspiração

Qual a diferença que existe entre um músico anônimo, que canta num barzinho de qualquer cidade à noite, e um grande nome da MPB?

Qual a diferença entre um grande jogador do Futebol Inglês e aquele sujeito que espera o sábado para se reunir com os amigos e jogar numa quadra alugada?

Qual a diferença entre um líder religioso que nos encanta com suas palavras e outro que nos dá sono em toda pregação?

Nenhuma! A preparação deles foi idêntica. Eles fazem a mesma coisa.

A diferença não está no profissional. A diferença está na capacidade que o trabalho de cada um tem de inspirar as outras pessoas que prestam atenção aos seus feitos.

Eu acredito que existam bons músicos, bons artistas e bons líderes religiosos escondidos em todas as cidades. O problema é transmitir inspiração, envolver, fazer-se referência na vida dos outros.

Quando nos deparamos com um deles, nossa mente identifica o especial. Ou seja, eles têm a capacidade de nos inspirar a pensar sobre seu ofício. Consegue criar vínculos emocionais entre a sua obra e nossa vida.

Esta mesma grande pessoa, um dia, também foi desconhecida. Mas acreditou que conseguiria; que faria de sua missão a sua fonte de prazer e que iria contagiar outras pessoas. Isso não tem a ver com sorte, está relacionado a dedicação.

E você? Qual tem sido a sua contribuição àquilo que faz?

Será que você está apenas cumprindo tabela ou faz daquele momento algo sublime?

Tem a noção de quantas pessoas podem ser impactadas pelo seu trabalho? Não importa o que você faz; o que importa é o carinho com que é feito.

As empresas esperam por esta pessoa que vai fazer toda a diferença e ser exemplo.

A sociedade espera por esta pessoa que vai quebrar paradigmas e ajudar o mundo a ser um lugar melhor.

A sua família também espera por esta pessoa que vai ser inesquecível.

A nossa vida é efêmera; não deve ser contada em anos de existência, mas em feitos.

Eu só desejo que seus feitos sejam eternos, que daqui a 200 anos você ainda seja lembrado e que suas pegadas por este planeta tenham sido fortes o suficiente para que todos possam admirá-las e inspirar-se nelas!

Vamos em frente?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Verdadeiro Big Brother

Pela primeira vez, ficar frente a uma TV, torcendo pelo destino final dos participantes valeu a pena!

Não me refiro àquele programa desnecessário que passa anualmente por aqui ou a qualquer outro que tenha o mesmo propósito: de promover à celebridade, qualquer ser dotado de dois neurônios (no máximo), mais interessados em promover o corpo, posar para alguma revista ou mesmo ficarem ventilado imbecilidades em horário nobre.

Estou me referindo ao resgate dos mineiros soterrados no Chile que, felizmente, tem nos mostrado um final feliz e o quanto o ser humano é capaz de trabalhar em equipe, pensar em termos de projeto e colocar em prática, planos e ações eficazes.

O esforço que foi empregado neste resgate nos ofereceu valiosas lições:

1 – Trabalho em Equipe: A 700 metros de profundidade, ninguém lutou para se salvar sozinho, em detrimento do azar de outro. Para que algo positivo acontecesse, todos trabalharam num esforço coletivo, para o benefício de todos.

2 – Planejamento: Muito se discutiu sobre qual a melhor forma de resgatar os mineiros, inúmeras sugestões foram dadas e, por fim, as melhores soluções foram escolhidas. Não foram escolhidas por ego ou vaidade, mas pela viabilidade e pelos resultados.

3 – Gestão de Projetos: A cada nova opção, a equipe se reunia, discutia as melhores opções, analisava a viabilidade, os riscos, os custos, consultavam especialistas e sabiam cada detalhe da ação, incluindo tempo e prioridades.

4 – Motivação: Apesar de não ser uma das minhas palavras favoritas (pelo seu mau uso cotidiano), a forma como esta foi utilizada durante este longo período, foi um bom exemplo de sua correta utilização. Familiares, autoridades, especialistas e os próprios mineiros foram envolvidos numa atmosfera de possibilidade positiva e o resultado veio como uma benção para todos.

5 – Inovação: A palavrinha que tantas empresas gostam de utilizar, mas pouco faz para torná-la verdadeira, foi maravilhosamente usada aqui. Uma cápsula especialmente projetada, com diversos apetrechos de sobrevivência e controle para este resgate. Ou seja, uma solução especialmente desenhada para uma situação especial.

Este é o tipo de programa que vale a pena “assistir”... não tive vergonha de torcer pelos participantes, sabendo que não era uma questão de manipulação ou vergonhosa luta por alguns pontos de audiência.

Foi uma ação coletiva que deu gosto de pertencer à raça humana.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aprendendo com as Crianças...

Daqui alguns dias é o Dia das Crianças, uma data com apelo comercial (como tantas outras que são criadas), mas também uma ótima chance de vermos um sorriso nos pequenos, aquela criançada brincando em parques e ruas com seus novos brinquedos e, principalmente, para pensarmos o quanto esses baixinhos nos ensinam diariamente.

Se você tem dúvidas ou curiosidade de saber como será o futuro, basta olhar para uma criança... ela te responde sem que você precise dizer nada.

Algumas características delas são fundamentais para pensarmos nas tendências que serão elementos obrigatórios nas próximas décadas:

1º) Mil Coisas ao Mesmo Tempo: A gente foi disciplinado a fazer uma coisa de cada vez... um a criança hoje em dia é capaz de fazer 200 coisas simultaneamente, o que significa que os profissionais do futuro terão múltiplas áreas de atuação;

2º) Perguntas e Mais Perguntas: Eles estão certos ao ficarem nos perguntando um monte de coisas e nos crivarem de “por quês”... O verdadeiro 5W2H... No mundo dos negócios, a melhor coisa não é saber todas as respostas, mas fazer as perguntas corretas;

3º) Persistência: Não adianta ouvir um “não”... elas voltarão à tona com a mesma pergunta, a mesma idéia, a mesma proposição e – principalmente – com o mesmo objetivo (e nossas desculpas ou justificativas vão sumindo aos poucos). Isso é uma das melhores características de um negociador obstinado e as empresas sonham em encontrar este profissional.

4º) Amigos e Inimigos: Já observou como uma criança tem um novo melhor amigo ou um novo maior inimigo em menos de cinco minutos? Sendo, as vezes, o inimigo e o amigo a mesma pessoa? Elas não guardam rancor, não pensam em vingança, não puxam o tapete... apenas exprimem o que levou-as a gostar de alguém ou não, perdoando e voltando a brincar no mesmo instante. Será que nós somos assim também?????

Pois é... são inúmeras as razões que as crianças nos dão para as observar e aproveitar cada segundo ao lado delas... Todos nós fomos crianças, tivemos comportamentos parecidos e... crescemos!

Daqui a pouco os seus baixinhos também vão crescer, vão deixar saudade do barulho e da bagunça da casa, vão seguir seu caminho e ficaremos com saudades deste tempo maravilhoso que eles nos ofereceram. Então aproveite! Aproveite o Dia das Crianças e liberte a criança que também existe dentro de você...

E vamos aproveitar para observar estes novos profissionais. Daqui a pouco é a vez deles.

Depois a gente volta a brincar de ser gente grande...

sábado, 2 de outubro de 2010

Pequenas Histórias – Grandes Nomes (IV)

O Que Você Faria com 10 Centavos?

Considerando as variações das moedas internacionais, as taxas de juros cobrados no mercado financeiro ou mesmo a relação de poder que se teria com uma moedinha de 10 centavos, talvez a sua resposta a esta pergunta não seja muito animadora.

Mas se consideramos esta mesma moedinha nos idos de 1940, talvez a resposta fosse um pouco mais animadora e lhe permitisse algum tipo de compra... ou investimento.

A história de hoje começa assim: com uma moedinha de 10 centavos e uma pessoa muito determinada a obter sucesso.

Warren Buffet é o nome desta personalidade, alguém que fez fortuna, tornou-se uma das pessoas mais influentes no mercado financeiro mundial e um investidor competente, que não precisou abrir mão de suas crenças, muito menos elaborar ações fraudulentas para chegar ao topo dos investimentos mundiais.

Desde seus primeiros anos, ainda criança, ele sempre mostrou a vontade por guardar dinheiro e fazê-lo trabalhar a seu favor.

Uma de suas primeiras atividades “profissionais” foi ir de porta em porta para vender chicletes, evoluindo para refrigerantes em jogos de futebol americano ou baseball que aconteciam em sua cidade natal Omaha (Estados Unidos).

Posteriormente, vieram as entregas de revistas e jornais por diversos bairros, até chegar ao ponto de contratar uma pequena equipe que trabalhava cobrindo a distribuição de toda a cidade.

Idéias não faltavam: vender bolas de golfe recuperadas, ou mesmo para comprar uma máquina de fliperama, colocando-a em uma barbearia local (depois de algum tempo, era dono de dezenas de máquinas semelhantes em diferentes lojas).

Esta história é um exemplo crescente de oportunidades e determinação. O mais importante de tudo isso é sua conduta inflexível e conservadora, que não se seduz por oportunidades de mercado, nem por ações milagrosas. É sua dedicação constante e persistência que permitiram transformar a Berkshire Hathaway (Holding) numa das ações mais valiosas do mercado americano.

Sua biografia completa pode ser conferida num livro chamado A Bola de Neve, uma leitura obrigatória para todos que acreditam que trabalho e sucesso andam de mãos dadas.

Como ele mesmo diz: “Não precisamos ser mais espertos que os outros; precisamos ser mais disciplinados do que os outros”