O verdadeiro
gestor deve perceber os indicadores de ambiente antes de tomar uma decisão. É
sua função adaptar-se aos diferentes cenários e oferecer a melhor alternativa à
sua equipe.
Vamos
analisar este cenário com uma analogia pessoal: por duas vezes, tive a
oportunidade de ir a um determinado parque de diversões com minha filha.
Na primeira
vez, aproveitamos ao máximo todas as atrações e nos divertimos muito, exceto
pela montanha-russa, que sempre me deixou incomodado e nunca fui seu grande fã.
Minha filha,
obviamente, seguiu minhas orientações, também sentia incomodo e um pouco de
medo com aquelas atrações radicais. Logo, entendemos que uma equipe de trabalho
também funciona de acordo com aquilo que seu gestor orienta; afinal de contas,
a experiência também serve para alertar dos riscos e buscar um caminho mais
seguro.
Na segunda
vez, fomos na companhia de algumas sobrinhas, que possuíam idades mais próximas
à dela, que estavam mais alinhadas ao sistema de crenças e valores dela.
Elas foram a
absolutamente todas as montanhas-russas, algumas até mais de uma vez; se
divertiram, passaram momentos excelentes e eu fique no solo, só assistindo,
filmando e segurando as mochilas delas.
Tudo isso
serve para ilustrar que por mais que exista experiência, ela é construída sobre
nosso sistema de crenças e que precisam ser revistas constantemente, necessitam
de atualização, de formação constante e de adaptação aos novos tempos.
Se um gestor
não fizer isso, vai cair no erro de ficar reclamando com saudosismo
desnecessário, e repetindo aquele mantra já conhecido “no meu tempo...”.
O seu tempo
é agora, o seu tempo é a todo instante. Não existe uma verdade absoluta nas
práticas de gestão, elas são mutáveis e precisam desta mutação para serem
sempre melhores.
Nossos
filhos crescem, passam a conquistar espaço, ganham personalidade própria... e
se não nos adaptarmos a esta realidade, ficaremos sempre à margem, apenas
assistindo e segurando mochilas... é preciso sentar ao lado deles no carrinho
da montanha-russa e experimentar o novo, descobrir diferentes pontos de vista e
entender que esta nova geração pode e deve contribuir com novos modelos de
pensar e agir.
Da mesma
forma, o gestor precisa sentar ao lado de sua equipe e embarcar no carrinho da
montanha-russa que eles estão. Só assim a verdadeira sinergia acontecerá e as
relações serão muito mais sólidas e profissionais.
Vai dar
medo, vai dar desconforto... mas toda nova experiência traz estes desafios.
Agora é
esperar a próxima oportunidade para que eu esteja ao lado de minha filha no
carrinho da montanha-russa... não vou ficar esperando no solo, vou participar
da experiência de forma completa. Mesmo que dê medo.
Até a
próxima!