domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aprenda com os Clássicos!

Existem professores que são verdadeiros “mestres” para nós. Ao longo da minha vida, até hoje, tive seis professores que me orgulho de ter sido aluno e seus ensinamentos foram fundamentais para a construção das minhas crenças e meus valores.

As professoras Leila e Monique e os professores Heitor, Rondon, Djair e Orlando foram pessoas que me ensinaram muito, que me auxiliaram e (mesmo que não saibam) me ajudaram a alimentar a mesma paixão pela educação.

Um destes professores repetia com ênfase: aprenda com os clássicos! Estes livros fizeram o favor de escrever sobre nossas dúvidas e nos ajudam, independente de há quanto tempo os livros foram escritos, por isso são clássicos!

Já que é assim, a coluna de hoje é para compartilhar alguns destes livros... a lista seria infindável, mas vou colocar apenas cinco para aguçar a sua curiosidade. Quando você terminar de ler estes cinco, coloco mais alguns.

História da Riqueza do HomemLeo Uberman. Se você quer compreender as relações de trabalho e capital dos últimos 10 séculos, este livro é imperdível.

Sociedade Pós CapitalistaPeter Drucker. Da Sociedade Capitalista até a Sociedade do Conhecimento, uma leitura agradável sobre esta transição.

A Era dos ExtremosEric Hobsbawn. A melhor leitura sobre o século XX que encontrei. Uma verdadeira aula desde a primeira guerra mundial até queda do muro de Berlin.

A Riqueza das NaçõesAdam Smith. Um dos meus favoritos. Um livro de 1776 que aborda a divisão de trabalho, economia, logística, valor e tantos outros conceitos.

Comportamento OrganizacionalStephen Robbins. Muito daquilo que sua empresa fala hoje em dia (equipe, liderança, etc.) já estava presente neste livro super atual.

Não se espante se você encontrar infinitas semelhanças com os dias de hoje, com aquilo que estamos vivenciando na sociedade e nas empresas... são clássicos!

Como disse, estes foram apenas cinco... mas existem outros tantos que merecem ser mencionados. Ainda estão faltando uns 215 livros, mas já é um bom começo para as próximas semanas.

Que tal compartilhar os seus favoritos também?

O conhecimento só é válido quando compartilhado...

Boa leitura!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Morada de Trintões?

- Quando eu me aposentar, quero morar na praia...

- Quando eu me aposentar, quero morar no campo...

- Quando eu me aposentar, quero viajar muito...

- Quando eu me aposentar, quero jogar no Brasil...

Se você é um jogador de futebol, provavelmente o seu desejo seja esta última frase.

Temos assistido com alguma recorrência o retorno de alguns jogadores que estavam no futebol internacional para encerrarem suas carreiras no Brasil.

Não podemos dizer que isso é amor à Pátria, mas sim, uma última oportunidade de capitalizar com o nome construído no exterior e com uma imagem de expressão que, inegavelmente, ainda possui atrativos de marketing suficientes para justificar os leilões que temos visto ultimamente.

Ronaldo e Roberto Carlos até pouco tempo atrás no Corinthians, Belletti no Fluminense, Ronaldinho Gaúcho no Flamengo e Rivaldo no São Paulo são alguns dos jogadores da Copa de 2002 que andam pelo país.

Mais do que olhar para os jogadores e dizer se estes ainda estão com a mesma rapidez e poder de decisão de 2002, devemos entender a importância da construção de uma marca e do fascínio que ela exerce sobre o seu público consumidor.

O sonho de toda empresa é construir uma marca nestes moldes, onde a imagem ainda é o diferencial competitivo e o símbolo tem o poder mágico de conquistar novos consumidores, neste caso, novos torcedores, levando gente aos estádios e consumindo produtos que, até então, sequer pensavam em consumir.

Acho válidas todas as tentativas dos clubes. Além de termos a chance de ver um destes craques jogando bola, podemos dizer que A ou B jogou com a camisa de nosso time e, para quem gosta de histórias do futebol, isso faz toda a diferença.

Só espero que mais jogadores voltem para o Brasil e, quem sabe, nossos campeonatos consigam recuperar o prestígio e o público. Pois um gol visto dentro de um estádio é infinitamente melhor que aqueles vistos na TV.

Numa próxima oportunidade a gente volta a discutir a situação inversa: quando incidentes são capazes de gerar prejuízos, como alguns que assistimos recentemente...


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Separados por Seis Passos

É inegável que as redes sociais são realidades mais do que presentes no nosso cotidiano. Serviços como Facebook, Orkut, Tweeter, MSN e até o quase pré-histórico e-mail mostram que o mundo ficou planificado e a possibilidade de contatos aumentou assustadoramente.

A prova disso veio com um estudo, quando sequer pensávamos em nos conectar remotamente com as pessoas. É oriunda de um estudo de 1967, quando o psicólogo norte-americano Stanley Milgram publicou a teoria Small World Phenomenon na revista Psychology Today.

Segundo ele, as pessoas estão separadas por seis graus de contato e qualquer um pode entrar em contato com outra pessoa, usando sua rede social de contatos (seus conhecidos) e, em até seis passos, conseguir chegar ao destinatário final.

Vamos imaginar, hipoteticamente, que eu queira enviar uma mensagem para o presidente dos Estados Unidos.

Primeiro, pensaria em qual a pessoa mais próxima de lá que poderia me comunicar. E chegaria até alguns amigos que moram naquele país. Destes, um possui um amigo que mora em Washington, este por sua vez conhece alguém que é assessor de um congressista americano, este receberá a mensagem e encaminhará para o legislador, que encaminhará para a secretária da Casa Branca e, por fim, chegaria ao presidente.

Pode parecer loucura, mas é mais ou menos assim que a teoria funciona.

Imagine agora, com o advento das páginas pessoais e das redes sociais, o quanto estes passos não foram encurtados. Tudo isso é para mostrar que nosso mundo está cada vez mais plano e achatado.

E o que temos de ver com isso?

A realidade é que as empresas devem considerar este mundinho pequeno, parecido com uma kitnet, para estabelecer suas estratégias e delinear corretamente seus objetivos. Não vivemos mais tão isolados assim e os profissionais devem se preparar para trabalhar com uma realidade cada vez mais próxima.

Antigamente, imagine a velocidade da informação. Quanto tempo demorava para você ficar sabendo que um vulcão entrou em erupção na Itália? Talvez algumas semanas... hoje você fica sabendo na hora e, de quebra, ainda consegue ver as imagens ao vivo, transmitidas por uma CNN ou mesmo filmadas por um celular.

É esta realidade que empresas e profissionais devem se preparar... e uma realidade que, cotidianamente, se torna mais rápida e frenética.
 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Atenção ao Semáforo

Desde a primeira vez que vimos um semáforo, sabemos que aquelas cores lá apresentadas possuem uma relação.

Lembro-me quando era pequeno e ficava intrigado porque meu pai parava toda vez que a luz ficava vermelha (às vezes até reclamava que estava demorando demais) e disparava assim que a verde se acendia.

Da mesma forma, quando a luz ficava amarela, as vezes ele seguia em frente, as vezes parava... e me dizia que “tudo depende do fluxo do outro lado”...

Achava que era só um regulador de trânsito, mas descobri depois de alguns anos, que este mesmo “semáforo” estava dentro de algumas empresas e daí comecei a correlacionar os fatos.

O sistema de produção Kanban (que significa “registro” em japonês) tem estes mesmos princípios e foi difundido junto a filosofia Toyota de produção, de quem já falamos.

Qual a idéia principal?

Imagine a produção como uma grande avenida, onde ao invés de veículos, temos produtos sendo manufaturados. Aquilo que chamávamos de fluxo de veículo, agora se tornou o fluxo de produção.

Existem determinados momentos que o fluxo deve seguir seu ritmo normal, em alguns momentos, o fluxo deve parar e esperar até que uma nova liberação permita que ele continue normalmente.

O Kanban opera através do sistema de requisitar a produção (também chamado de método de puxar a produção): ao invés de uma programação de produção que empurre as matérias primas e produtos da fábrica até chegar à expedição, é a expedição quem solicita os produtos do setor de embalagem, e este solicita da montagem, e este do almoxarifado, sempre no sentido inverso, de trás para a frente.

Imagine a empresa como uma seqüência de passos: almoxarifado, processamento de matéria prima, produção, acabamento, embalagem, expedição. O Kanban trabalha com todos estes níveis, sempre puxando a etapa anterior.

Com isso, a empresa ganha em sincronia, redução de estoques e aumento da produtividade.

Da próxima vez, ao invés de pensar que o “semáforo” está lhe empurrando para frente, pense que é a rua que está lhe puxando... sinal que ela tem espaço para você transitar com segurança!