sábado, 23 de abril de 2011

Ovos de Páscoa

Provavelmente, enquanto você está lendo este artigo, deve estar com um ovo de Páscoa próximo a você ou então prestes a ver a criançada abri-lo, ávidos pelo chocolate e também pelos brinquedinhos que os lançamentos deste ano ofereceram como opção.

Se pararmos para observar, vamos entender um pouco mais sobre como as empresas buscam níveis de personalização cada vez maiores e o quanto a indústria se preocupa com a customização de seus produtos, na esperança de atingir, cada vez mais, um número maior de consumidores potenciais.

Se você lembrar-se dos tempos em que éramos criança, vai entender o quanto a indústria se modificou e compreender um pouquinho deste cenário atual.

Quando a gente era criança, ovo de Páscoa vinha recheado de bombons, geralmente com a mesma identificação do produto.

Hoje em dia, encontramos de tudo dentro dos ovos: bichinhos, bonecas, ingressos para parques de diversão, joguinhos e até mesmo produtos licenciados de times de futebol.

O que mudou?

Na verdade, não foram os ovos que mudaram...

O que mudou foi o consumidor.

Com a flexibilização da economia e a possibilidade de atender nichos específicos de mercado, a indústria percebeu que até num simples ovo de Páscoa é possível segmentar o mercado e oferecer exatamente aquilo que se deseja.

Você gosta de bonecas? Ótimo! Existe uma série de ovos que contém exatamente este tipo de brinquedo.

Você prefere um super herói? Sem problemas, também vai encontrar uma série de ovos personalizados para atender a este público.

Na economia, assim como em qualquer outro setor, quanto mais próximo um produto estiver de seu público consumidor, maior a possibilidade de resultados positivos e maiores as chances de atingir grupos específicos de consumo.

E estamos apenas falando de ovos de Páscoa...

Então, aproveite o momento. Saiba que você participa de uma evolução de mercado sem volta. Brinque com as crianças, volte no tempo e aproveite para contar histórias para os pequenos, que já devem estar lambuzados de chocolate e brincando com seus novos atrativos.

Feliz Páscoa!

 

domingo, 17 de abril de 2011

Jogos e Atividades

Qual a diferença entre um jogo e uma atividade?

A primeira é uma competição, existe um ganhador e um perdedor.
A segunda é uma recreação, serve para entreter e divertir as pessoas.

Gosto do exemplo dos jogos para ressaltar a importância de uma empresa trabalhar em equipe. Mas trabalhar de verdade, não ficar apenas no discurso e no fingimento de bons amigos.

Se analisarmos um campeonato de futebol, vamos perceber que cada jogador tem uma função específica. Alguns têm o objetivo exclusivo de defender, outros de fazer a conexão entre a parte de trás do time com a parte da frente e, por fim, aqueles que tem a responsabilidade de marcar o gol.

Não é sempre que o atacante é o personagem principal. As vezes o melhor jogador em campo é o goleiro, sinal que a “empresa” não está fazendo as coisas corretamente lá na frente e o pessoal da retaguarda é quem tem que garantir o resultado satisfatório.

As vezes, é o goleiro o maior vilão, todo mundo faz tudo certinho e quando chega na vez dele, entrega os pontos, faz uma besteira e compromete todo um resultado.

Quando um time é campeão, quem aparece na foto oficial? Apenas o atacante, apenas o zagueiro, apenas o lateral? NÃO!!!!

Quando se ganha algo, todo mundo ganha. Alguém pode até ter mais destaque, pois foi o responsável pelo resultado final, mas ele sozinho não faz nada. Por isso que não acredito que exista um único funcionário importante numa empresa.

O presidente é importante, o diretor é importante, o gerente também... mas eles na fariam nada se não tivesse um time de supervisores, assistentes, auxiliares, estagiários, terceirizados e uma série de outras denominações para as mais diversas funções.

Se você duvida, faça o teste...

Dê férias de duas semanas para o pessoal que trabalha na limpeza dos banheiros e das salas... e aproveite e dê férias para o pessoal que trabalha na portaria e recepção da empresa.

Daqui a 15 dias você vai me dizer se estes funcionários não são também tão importantes quanto qualquer outro.

E o placar de um jogo só é construído quando se joga como um time completo.

 

domingo, 10 de abril de 2011

Realengo

Antes de falar um pouco sobre o que todo o país foi obrigado a experimentar alguns dias atrás, me interessei por pensar e descobrir o significado da palavra “Realengo”.

Lembrei-me da música do Gilberto Gil, quando ele dizia “Alô, alô Realengo... Aquele abraço!”. Esta citação musical referia-se a um período negro de nossa história, quando o próprio Gil ficou preso durante um tempo da Ditadura Militar no referido bairro.

Através de consulta virtual a dicionários, uma outra explicação:

REALENGO - Sem dono; público. Em desordem; entregue às moscas; abandonado: Saiu, deixando o escritório ao realengo.

Infelizmente, no dia 07/04/2011, um novo significado foi adicionado a esta palavra: dor.

Como pai, cidadão e pessoa comum, me senti um ser pequeno ao assistir aos noticiários e perceber que esta estupidez nos deixa menores numa escala evolutiva e que somente o ser humano é capaz de apequenar-se desta forma.

Me senti como a definição do dicionário: abandonado, em desordem...

Não me recordo de nenhum exemplo no reino animal que mate os seus semelhantes por qualquer motivo e, principalmente, sem motivo nenhum. Ainda mais quando estes seres são menores, indefesos e inocentes...

A única coisa que posso fazer é orar e torcer para que exista sim a mão de Deus sobre todas as famílias, às crianças que presenciaram esta insanidade e, principalmente, àquelas que estão em Sua companhia agora.

Nada que dissermos vai consolar aquelas famílias que viram seus filhos partirem de maneira tão violenta, mas ainda assim me atrevo a sonhar e imaginar que nossos filhos e netos terão coisas melhores para se lembrarem, que o futuro que os espera será menos insano e que eles ensinarão coisas melhores para todos nós.

Tudo bem que isto pode ser apenas um devaneio, mas é positivo... e acredito que com boas vibrações a gente consiga sim deixar um mundo melhor para todos.

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

(Mario Quintana)

 

domingo, 3 de abril de 2011

Conheça-te a Ti Mesmo

Já nos dizia o filósofo Sócrates sobre a importância de nos conhecermos, de sabermos identificar cada sinal positivo ou negativo que a vida nos oferece.

E com as empresas é a mesma coisa. Ela precisa conhecer-se e descobrir a partir daí suas forças, fraquezas, limitações e possibilidades.

A isto, damos o nome de Gestão do Conhecimento, ou seja, um processo para criação, retenção, armazenamento, compartilhamento, uso e proteção do conhecimento daquilo que é importante para a empresa.

É colocar em prática, de maneira organizada, a maneira pela qual os conhecimentos dos colaboradores e os conhecimentos que a própria empresa gera, são processados internamente, garantindo o sucesso do negócio.

Muitas são as empresas que não gerenciam o seu conhecimento e alguns sintomas são facilmente identificados:

• Não existe um histórico das melhores práticas que geraram resultados;
• Não se conhece as capacidades e habilidades de cada funcionário;
• Não existe um controle detalhado sobre seus clientes;
• Não compreende as possibilidades de cada fornecedor.

Por isso, muitas vezes, quando um funcionário se desliga da empresa, leva consigo o bem mais valioso que a empresa dispõe: a informação.

Quantas vezes, ao perder um colaborador, a empresa passa por um período de transição, tentando reproduzir os resultados e as informações que este colaborador gerava?

Isso significa que a empresa não foi capaz de documentar e proteger as informações, de maneira que a ausência de um antigo colaborador não signifique prejuízos aos seus negócios.

Seria a mesma coisa que possuir inúmeras formações, inúmeros certificados, mas não saber o que fazer com eles, não ser capaz de reproduzir o conhecimento aprendido.

Então, que tal fazer um inventário de todas as coisas que a empresa possui e procurar identificar como estes conhecimentos são gerenciados?

Posso garantir que economizaremos tempo, dinheiro, retrabalho e – principalmente – posicionamento estratégico, porque nenhum cliente vai ficar esperando que o novo funcionário aprenda tudo aquilo que você deixou ir embora.

Talvez este cliente vá comprar daquela empresa onde seu ex-funcionário está atualmente.

Cuidado...