sábado, 25 de setembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (III)

Alguns nomes se confundem com a história de seus inventos e talvez um que muito é mencionado, mas pouco creditado é o de Rudolf Christian Karl Diesel.

Talvez o nome seja desconhecido, mas se olharmos para o seu sobrenome, ficará mais fácil compreender o que este jovem alemão conseguiu inventar: o motor a diesel.

Diesel idealizou um dos mais incríveis sistemas mecânicos da história da humanidade. O motor foi elaborado a base de combustão interna dos pistões, efetuando uma reação química que acontece quando o óleo é injetado num recipiente com oxigênio, causando uma explosão ao misturar-se.

Embora pareça simples, para que isso aconteça, são necessárias outras invenções da mecânica, como uma bomba injetora, fazer várias engrenagens funcionarem e alguns reguladores de pressão para que tudo funcionasse normalmente.

O mais importante de tudo isso é que se considerarmos o que aconteceu a partir disso, perceberemos de maneira clara o que uma invenção traz de benefícios à humanidade.

A máquina a vapor já era a vedete da Revolução Industrial e, quando parecia que todos os problemas seriam encerrados nela, uma invenção ainda mais potente veio e mudou as relações de trabalho, produção, transporte e uma série de outros beneficiários.

Quantas empresas não falam de inovação em seu discurso, mas quantas efetivamente praticam esse mantra mercadológico?

Inventar não significa que tudo funcione maravilhosamente bem desde o começo, mas significa persistir e acreditar que algo sempre pode ser feito de maneira melhor.

Com Rudolf Diesel não foi diferente... sua invenção não deu certo na primeira vez, seus investimentos não tiveram retorno imediato... foi a crença, a determinação, a sorte e o encontro de parceiros corretos que permitiram que tal invento viesse ao conhecimento da humanidade.

A mensagem é simples: ninguém faz nada sozinho e ninguém deve desistir ao primeiro “não” que ouvir. Se algo é verdadeiramente significativo, deve-se lutar para que aconteça.

O tempo é um aliado que pode ser senhor ou escravo da situação... tudo depende de como negociamos com ele.





domingo, 12 de setembro de 2010

A Cama Sem Lençol

Particularmente, eu considero deitar numa cama sem lençol como algo desagradável. Parece que falta algo, a gente se sente desconfortável e nem mesmo o sono parece tão agradável como poderia ser.

De igual forma, uma empresa sem gerentes é a mesma coisa.

Não falo de uma revolução organizacional, desprovida deste funcionário, mas sim daquelas organizações em que seus gerentes são similares a parábola: não servem de intermediário entre o colchão (a empresa) e aquele que se aninha sobre ele (o funcionário).

Ao longo dos tempos, percebemos que o cargo da gerência é sonho comum entre muitos funcionários e que estes se empenham para chegar lá baseados em algumas premissas que fazem parte da cultura organizacional daquela empresa: tempo de serviço, indicação, contatos, resultados financeiros, amizades, ações nebulosas e, algumas poucas vezes, na competência.

O resultado, em grande parte das vezes, é que tentamos colocar um lençol de solteiro numa cama de casal (ou vice-versa): o resultado é a inadequação à atividade e, através do status ou do título revestido, suas administrações não surtem o efeito desejado e os indicadores não refletem os objetivos das empresas.

Alguns tipos são clássicos:

O Gerente Macarrão: aquele que com um pouco de água quente (pressão) amolece para facilitar a sua permanência no cenário;

O Gerente Banana: que possui uma casca, mas que é facilmente removida e devorado;

O Gerente Mártir: que parece sempre se sacrificar pela empresa, pelos resultados, pelos colaboradores, mas que sempre termina como a maioria dos mártires da história;

O Gerente Gabriela: “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim”, ou seja, não muda, não se adéqua aos novos tempos;

O Gerente Cavalo de Tróia: por fora, um presente... por dentro, uma maldição;

Espero que em sua empresa estes modelos já tenham sido abolidos, que ao olhar para os gerentes da companhia, você reconheça competência, orientação aos resultados e habilidades para lidar com os diversos cenários requeridos.

E não se esqueça: mais cedo ou mais tarde você também pode ser nomeado gerente...


 
  

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Logística Internacional Descomplicada (e Triste)...

Alguns pontos fundamentais são necessários para a compreensão do tema Logística Internacional: gestão de suprimentos, transportes, parcerias comerciais, moedas de pagamento, exportação, importação, etc.

Ao invés de discorrermos sobre cada um deles, de forma acadêmica, com gráficos, termos internacionais e fórmulas de medição do desempenho, que tal pararmos e pensarmos um pouco na história deste país? Ainda mais hoje... 7 de Setembro.

O Brasil é reflexo deste pensamento internacional. E olha que se passaram pouco mais de 500 anos...

Aprendemos no primeiro grau que este país foi “descoberto” por Cabral.

Dizem que a expedição portuguesa tinha por objetivo a Índia e seu mercado de especiarias e, por um acidente de percurso (erro de roteirização) acabou aportando por aqui. Ou seja, somos frutos de um erro de operação logística com o modal selecionado!

Tornamos-nos colônia, fornecedor não remunerado de matéria prima às necessidades da matriz. Como uma empresa, ao utilizar de fontes esgotáveis de produção sem preocupar-se com a reutilização, replantio, reflorestamento ou qualquer outra política que garantisse a sustentabilidade.

Trocaram espelhinhos e tecidos por pau-brasil, que significa que a moeda de compensação das relações comerciais obedecia às vontades do comprador, subvertendo a ordem de Oferta x Procura, graças a uma relação de poder.

Mais tarde, descobrimos que a remuneração funcional era um componente importante dos custos diretos e optamos pelo modelo nefasto da escravidão, novamente, reduz-se os custos sem considerar as conseqüências futuras.

Mais tarde, a família Real aporta no país e começa a construção da estrutura necessária a sua permanência por aqui: banco, biblioteca, escola, teatro... não por benevolência, apenas para saciar aos nobres egos. É o que chamamos de Rede Necessária às Operações...

Por fim, a abertura dos portos às nações amigas, parcerias comerciais para suprir a demanda de consumo e, posteriormente, para estabelecimento de contratos comerciais internacionais que não auxiliaram no desenvolvimento do negócio, apenas na manutenção do status quo desejado. O modelo de Parcerias aqui descrito não foi tão benéfico assim.

Infelizmente, esta é uma forma triste de se conhecer um pouco da Logística Internacional, talvez o melhor modo seja devolvermos o assunto à realidade e tentar um novo começo, capaz de beneficiar esta terra e desenvolver relações ultra-marinas que contemplem às necessidades do cenário global.