quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Esperando 2011

Meus amigos...

Ao longo dos últimos três textos publicados aqui, uma palavrinha abriu cada um deles: Persistência, Sonho e Determinação.

Elas não foram colocadas por acaso, foram estrategicamente pensadas, para embalar este mês, onde as pessoas nutrem sentimentos mais nobres em relação aos semelhantes, onde manifestamos votos de um período de paz e harmonia nos lares, celebramos o nascimento de Cristo e começamos a fazer planos para o ano que se aproxima.

Da minha parte, o meu desejo é que este período festivo venha recheado destas três palavrinhas em sua vida:

• Persistência

• Sonho

• Determinação

Cada um de nós possui os seus problemas, suas alegrias e suas forças... as vezes a batida é mais forte do que imaginamos suportar, mas ela só se tornará forte de verdade se permitirmos.

O que desejo a você e a todos os seus familiares são estas três palavrinhas...

Persistência para continuar a sua caminhada e realizar aquilo que lhe foi confiado como missão;

Sonho para que a gente possa se reinventar e criar coisas novas, beneficiando a todos que nos cercam;

Determinação para realizar, construir um ano melhor e trazer resultados positivos às nossas vidas.

Ninguém disse que será fácil, mas se lembrarmos sempre destas três palavrinhas, não existirá obstáculo capaz de nos segurar.

Que seu Natal seja um momento de muita paz e harmonia em família!

Encontramos-nos no ano que vem!

 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (VII)

Determinação...

Estar determinado a fazer algo é colocar em prática aquilo que você deseja. Não é estar “motivado” (isso passa logo)... é saber que obstáculos aparecerão e cada um deles será um combustível em sua vida, capaz de alimentar ainda mais os seus desejos e transformar planos em realizações.

Para ilustrar, vamos ler uma breve biografia de uma pessoa muito conhecida:

• Fracassou nos negócios aos 31 anos de idade;

• Com 32 foi derrotado como candidato a deputado estadual;

• Voltou a fracassar nos negócios aos 34 anos;

• Superou a morte de sua esposa aos 35 anos;

• Sofreu um colapso nervoso aos 36 anos;

• Perdeu uma eleição aos 38 anos;

• Não conseguiu ser eleito para deputado federal aos 43;

• Não conseguiu ser eleito para deputado federal aos 46;

• Não conseguiu ser eleito para deputado federal aos 48;

• Não conseguiu ser eleito senador aos 55;

• Aos 56 anos fracassou no intento de ser vice-presidente;

• De novo foi derrotado e não saiu senador aos 58 anos;

• Foi eleito presidente dos Estados Unidos aos 60 anos de idade!

Para apimentar um pouco mais esta história, que tal se dissesse que esta personalidade era filho de agricultores iletrados e que teve uma educação de pouco conteúdo que, como ele próprio afirmava, ao chegar à idade adulta, só sabia ler e escrever e fazer algumas contas básicas?

Será que nós suportaríamos todos estes revezes e, ainda assim, não desistiríamos? Ou será que a gente adotaria uma postura de vítima e de injustiçado pelo mundo?

Bem... Abraham Lincoln não ficou se fazendo de vítima! A cada problema, uma nova tentativa, uma nova solução, uma nova esperança.

Para resumir sua história, ele foi o 16º Presidente Americano e é considerado por todos como um dos mais importantes da história daquele país. Só para ilustrarmos dois de seus feitos, ele conseguiu preservar a união do país durante a Guerra Civil e conseguiu a emancipação dos escravos.

O exemplo dele é um bálsamo para todos nós... não existe obstáculo que não possa ser superado. A determinação é o impulso que precisamos.

“O campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer”

 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (VI)

Sonho...

Uma das maiores capacidades que o ser humano possui é a capacidade de sonhar, fazer planos, imaginar situações e – mais importante ainda – colocá-las em prática, mesmo que outras pessoas o considerem um louco ou alguém fora da realidade.

Walt Disney é uma das pessoas que admiro por sua capacidade de sonhar e, principalmente, por colocar em prática seus sonhos, mesmo que a “turma do contra” fique falando que não vai dar certo.

Walt Disney nasceu em 05/12/1901, nos Estados Unidos e passou a maior parte de sua infância numa fazenda no Missouri.

Aos 16 anos, começou a estudar arte. Depois de um período como voluntário da Cruz Vermelha, matriculou-se na "Kansas City Arts School" e seus sonhos começaram a ser alimentados cada vez mais. Logo depois, trabalhou em agências publicitárias e para uma companhia cinematográfica, na qual ajudava a fazer os cartazes de propaganda dos filmes.

Um dos seus maiores incentivadores foi seu irmão e sócio Roy. Não foi um sucesso imediato, eles tiveram vários problemas, crises financeiras e até roubo de suas primeiras idéias.

Mas o maior sucesso estava prestes a chegar: Mickey Mouse. Walt Disney transformou-se numa lenda, tendo criado, com a ajuda da sua equipe, todo um universo de referências infantis de sucessivas gerações. Além disso, Walt Disney é a pessoa que mais prêmios Oscar ganhou em todos os tempos.

A história evolui até que os parques temáticos Disney começam a funcionar; primeiro na Califórnia (1955), depois em Orlando (1971), chegando até o Japão e a França.

Quem já teve a grata oportunidade de conhecer um destes parques, entende que não existe limite para os sonhos. A gente volta a ser criança nestes locais, esquece de qualquer problema e só tem tempo para sorrir.

“Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade”

Que os seus sonhos também se transformem em realidade. Ninguém disse que será fácil, mas ninguém tem o direito de dizer que não são possíveis.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (V)

Persistência...

Talvez uma das palavras que melhor definam Thomas A. Edison, que ficou conhecido pela invenção da lâmpada elétrica incandescente mas que, na verdade, é um dos maiores inventores que a humanidade conheceu.

Ele ficou conhecido como o Feiticeiro de Menlo Park, devido a suas inúmeras invenções e contribuições para que muita das coisas que usamos hoje, sejam peças corriqueiras do cotidiano.

De maneira impressionante, Thomas Edison registrou mais de 1000 patentes e, para muitos, é considerado o maior inventor de todos os tempos.

O fonógrafo foi só uma de suas invenções; hoje, utilizamos música digital em nossos aparelhos eletrônicos, mas a origem de tudo isso veio dele.

Outra invenção foi o cinetógrafo, a primeira câmera cinematográfica, com o equipamento para mostrar os filmes que ele mesmo produzia. Novamente, o cinema que hoje é visto em 3D tem sua origem em seus inventos.

Embora o telefone tenha sido inventado por Alexander Graham Bell, Edison o transformou num aparelho que funcionava melhor (com o microfone a carvão empregado até hoje).

Da mesma forma, aprimorou o uso e a funcionabilidade da máquina de escrever.

Mas não foram apenas invenções, ele também participou de projetos como alimentos empacotados a vácuo e um aparelho de raios X.

A Edison General Eletric é fundada em 1888, um dos maiores conglomerados industriais do planeta. Se abreviarmos o nome da empresa, teremos um nome bem conhecido...

Especialmente durante a Primeira Guerra Mundial, a General Eletric entra no campo de metalurgia naval; depois, a GE entra no ramo da indústria química, aperfeiçoando produtos e substâncias.

Uma de suas frases mais marcantes é um exemplo de persistência que sempre acompanhou esta personalidade.

“Nossa maior fraqueza é a desistência. O caminho mais certeiro para o sucesso é sempre tentar apenas uma vez mais”

E não é que ele estava certo?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Depois das Eleições...

Bem... finalmente podemos nos alegrar que o período eleitoral terminou.

Eu não sou avesso a este período, muito pelo contrário! Acredito ser um tempo em que a sociedade tem a chance de refletir mais sobre aquilo que se faz necessário a um estado ou um país, avaliar os membros legislativos que darão sustentabilidade ou serão a voz contrária dos modelos propostos e toda sorte de elementos que possibilitem o julgamento e a escolha.

Infelizmente, se analisarmos livres de qualquer corrente ideológica ou de aceitação e rejeição aos modelos oferecidos, o que percebemos como saldo de tudo isso é que nada disso foi possível e, como prejuízo central, o processo democrático empobreceu-se nestas eleições.

Primeiro, pela análise do Legislativo. Não comento resultados, mas comento aquilo que nos foi apresentado como opção.

O que percebemos é que não se buscou um dialogo reflexivo sobre propostas e modelos, o que vimos foi o assoreamento institucional, respaldado principalmente por figuras públicas que acreditavam que apenas um histórico esportivo, apelativo ou popular fosse suficiente para conquistar votos.

Por sorte, a sociedade passou quase incólume a estes modelos e, na sua grande maioria, nenhum foi eleito. Entretanto (e aí está o perigo) mesmo não eleitos, se somarmos o total de votos por ele obtidos, mostra o quanto ainda necessitamos de um amadurecimento político, que se faz com informação, cultura e educação. É uma prática, um exercício permanente... o meu medo é quanto tempo levará para que os resultados sejam expressivos de maneira verdadeiramente positiva.

No plano Executivo, foi ainda mais triste.

A principal tentativa de todos os lados foi a diminuição dos oponentes, não o crescimento em seus méritos. De um lado, se tentava associar o candidato A com determinados estilos, da mesma forma tentou-se associar o candidato B com alguns estigmas e assim foi para com os candidatos C, D, E... ou seja, pouco se discutiu sobre o possível e muito se falou sobre o que tornava o outro impossível.

Existe uma palavrinha chamada alteridade, que é a percepção que eu só existo a partir do outro, da visão alheia, que compreendo o mundo a partir de uma visão diferente.

Em português claro, seria colocar-se no lugar do outro. E, ao invés de diminuí-lo, compreender que somos interdependentes e que nenhuma visão é totalmente correta.

Será que chegaremos lá um dia?


 

domingo, 24 de outubro de 2010

Inspiração

Qual a diferença que existe entre um músico anônimo, que canta num barzinho de qualquer cidade à noite, e um grande nome da MPB?

Qual a diferença entre um grande jogador do Futebol Inglês e aquele sujeito que espera o sábado para se reunir com os amigos e jogar numa quadra alugada?

Qual a diferença entre um líder religioso que nos encanta com suas palavras e outro que nos dá sono em toda pregação?

Nenhuma! A preparação deles foi idêntica. Eles fazem a mesma coisa.

A diferença não está no profissional. A diferença está na capacidade que o trabalho de cada um tem de inspirar as outras pessoas que prestam atenção aos seus feitos.

Eu acredito que existam bons músicos, bons artistas e bons líderes religiosos escondidos em todas as cidades. O problema é transmitir inspiração, envolver, fazer-se referência na vida dos outros.

Quando nos deparamos com um deles, nossa mente identifica o especial. Ou seja, eles têm a capacidade de nos inspirar a pensar sobre seu ofício. Consegue criar vínculos emocionais entre a sua obra e nossa vida.

Esta mesma grande pessoa, um dia, também foi desconhecida. Mas acreditou que conseguiria; que faria de sua missão a sua fonte de prazer e que iria contagiar outras pessoas. Isso não tem a ver com sorte, está relacionado a dedicação.

E você? Qual tem sido a sua contribuição àquilo que faz?

Será que você está apenas cumprindo tabela ou faz daquele momento algo sublime?

Tem a noção de quantas pessoas podem ser impactadas pelo seu trabalho? Não importa o que você faz; o que importa é o carinho com que é feito.

As empresas esperam por esta pessoa que vai fazer toda a diferença e ser exemplo.

A sociedade espera por esta pessoa que vai quebrar paradigmas e ajudar o mundo a ser um lugar melhor.

A sua família também espera por esta pessoa que vai ser inesquecível.

A nossa vida é efêmera; não deve ser contada em anos de existência, mas em feitos.

Eu só desejo que seus feitos sejam eternos, que daqui a 200 anos você ainda seja lembrado e que suas pegadas por este planeta tenham sido fortes o suficiente para que todos possam admirá-las e inspirar-se nelas!

Vamos em frente?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Verdadeiro Big Brother

Pela primeira vez, ficar frente a uma TV, torcendo pelo destino final dos participantes valeu a pena!

Não me refiro àquele programa desnecessário que passa anualmente por aqui ou a qualquer outro que tenha o mesmo propósito: de promover à celebridade, qualquer ser dotado de dois neurônios (no máximo), mais interessados em promover o corpo, posar para alguma revista ou mesmo ficarem ventilado imbecilidades em horário nobre.

Estou me referindo ao resgate dos mineiros soterrados no Chile que, felizmente, tem nos mostrado um final feliz e o quanto o ser humano é capaz de trabalhar em equipe, pensar em termos de projeto e colocar em prática, planos e ações eficazes.

O esforço que foi empregado neste resgate nos ofereceu valiosas lições:

1 – Trabalho em Equipe: A 700 metros de profundidade, ninguém lutou para se salvar sozinho, em detrimento do azar de outro. Para que algo positivo acontecesse, todos trabalharam num esforço coletivo, para o benefício de todos.

2 – Planejamento: Muito se discutiu sobre qual a melhor forma de resgatar os mineiros, inúmeras sugestões foram dadas e, por fim, as melhores soluções foram escolhidas. Não foram escolhidas por ego ou vaidade, mas pela viabilidade e pelos resultados.

3 – Gestão de Projetos: A cada nova opção, a equipe se reunia, discutia as melhores opções, analisava a viabilidade, os riscos, os custos, consultavam especialistas e sabiam cada detalhe da ação, incluindo tempo e prioridades.

4 – Motivação: Apesar de não ser uma das minhas palavras favoritas (pelo seu mau uso cotidiano), a forma como esta foi utilizada durante este longo período, foi um bom exemplo de sua correta utilização. Familiares, autoridades, especialistas e os próprios mineiros foram envolvidos numa atmosfera de possibilidade positiva e o resultado veio como uma benção para todos.

5 – Inovação: A palavrinha que tantas empresas gostam de utilizar, mas pouco faz para torná-la verdadeira, foi maravilhosamente usada aqui. Uma cápsula especialmente projetada, com diversos apetrechos de sobrevivência e controle para este resgate. Ou seja, uma solução especialmente desenhada para uma situação especial.

Este é o tipo de programa que vale a pena “assistir”... não tive vergonha de torcer pelos participantes, sabendo que não era uma questão de manipulação ou vergonhosa luta por alguns pontos de audiência.

Foi uma ação coletiva que deu gosto de pertencer à raça humana.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aprendendo com as Crianças...

Daqui alguns dias é o Dia das Crianças, uma data com apelo comercial (como tantas outras que são criadas), mas também uma ótima chance de vermos um sorriso nos pequenos, aquela criançada brincando em parques e ruas com seus novos brinquedos e, principalmente, para pensarmos o quanto esses baixinhos nos ensinam diariamente.

Se você tem dúvidas ou curiosidade de saber como será o futuro, basta olhar para uma criança... ela te responde sem que você precise dizer nada.

Algumas características delas são fundamentais para pensarmos nas tendências que serão elementos obrigatórios nas próximas décadas:

1º) Mil Coisas ao Mesmo Tempo: A gente foi disciplinado a fazer uma coisa de cada vez... um a criança hoje em dia é capaz de fazer 200 coisas simultaneamente, o que significa que os profissionais do futuro terão múltiplas áreas de atuação;

2º) Perguntas e Mais Perguntas: Eles estão certos ao ficarem nos perguntando um monte de coisas e nos crivarem de “por quês”... O verdadeiro 5W2H... No mundo dos negócios, a melhor coisa não é saber todas as respostas, mas fazer as perguntas corretas;

3º) Persistência: Não adianta ouvir um “não”... elas voltarão à tona com a mesma pergunta, a mesma idéia, a mesma proposição e – principalmente – com o mesmo objetivo (e nossas desculpas ou justificativas vão sumindo aos poucos). Isso é uma das melhores características de um negociador obstinado e as empresas sonham em encontrar este profissional.

4º) Amigos e Inimigos: Já observou como uma criança tem um novo melhor amigo ou um novo maior inimigo em menos de cinco minutos? Sendo, as vezes, o inimigo e o amigo a mesma pessoa? Elas não guardam rancor, não pensam em vingança, não puxam o tapete... apenas exprimem o que levou-as a gostar de alguém ou não, perdoando e voltando a brincar no mesmo instante. Será que nós somos assim também?????

Pois é... são inúmeras as razões que as crianças nos dão para as observar e aproveitar cada segundo ao lado delas... Todos nós fomos crianças, tivemos comportamentos parecidos e... crescemos!

Daqui a pouco os seus baixinhos também vão crescer, vão deixar saudade do barulho e da bagunça da casa, vão seguir seu caminho e ficaremos com saudades deste tempo maravilhoso que eles nos ofereceram. Então aproveite! Aproveite o Dia das Crianças e liberte a criança que também existe dentro de você...

E vamos aproveitar para observar estes novos profissionais. Daqui a pouco é a vez deles.

Depois a gente volta a brincar de ser gente grande...

sábado, 2 de outubro de 2010

Pequenas Histórias – Grandes Nomes (IV)

O Que Você Faria com 10 Centavos?

Considerando as variações das moedas internacionais, as taxas de juros cobrados no mercado financeiro ou mesmo a relação de poder que se teria com uma moedinha de 10 centavos, talvez a sua resposta a esta pergunta não seja muito animadora.

Mas se consideramos esta mesma moedinha nos idos de 1940, talvez a resposta fosse um pouco mais animadora e lhe permitisse algum tipo de compra... ou investimento.

A história de hoje começa assim: com uma moedinha de 10 centavos e uma pessoa muito determinada a obter sucesso.

Warren Buffet é o nome desta personalidade, alguém que fez fortuna, tornou-se uma das pessoas mais influentes no mercado financeiro mundial e um investidor competente, que não precisou abrir mão de suas crenças, muito menos elaborar ações fraudulentas para chegar ao topo dos investimentos mundiais.

Desde seus primeiros anos, ainda criança, ele sempre mostrou a vontade por guardar dinheiro e fazê-lo trabalhar a seu favor.

Uma de suas primeiras atividades “profissionais” foi ir de porta em porta para vender chicletes, evoluindo para refrigerantes em jogos de futebol americano ou baseball que aconteciam em sua cidade natal Omaha (Estados Unidos).

Posteriormente, vieram as entregas de revistas e jornais por diversos bairros, até chegar ao ponto de contratar uma pequena equipe que trabalhava cobrindo a distribuição de toda a cidade.

Idéias não faltavam: vender bolas de golfe recuperadas, ou mesmo para comprar uma máquina de fliperama, colocando-a em uma barbearia local (depois de algum tempo, era dono de dezenas de máquinas semelhantes em diferentes lojas).

Esta história é um exemplo crescente de oportunidades e determinação. O mais importante de tudo isso é sua conduta inflexível e conservadora, que não se seduz por oportunidades de mercado, nem por ações milagrosas. É sua dedicação constante e persistência que permitiram transformar a Berkshire Hathaway (Holding) numa das ações mais valiosas do mercado americano.

Sua biografia completa pode ser conferida num livro chamado A Bola de Neve, uma leitura obrigatória para todos que acreditam que trabalho e sucesso andam de mãos dadas.

Como ele mesmo diz: “Não precisamos ser mais espertos que os outros; precisamos ser mais disciplinados do que os outros”

sábado, 25 de setembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (III)

Alguns nomes se confundem com a história de seus inventos e talvez um que muito é mencionado, mas pouco creditado é o de Rudolf Christian Karl Diesel.

Talvez o nome seja desconhecido, mas se olharmos para o seu sobrenome, ficará mais fácil compreender o que este jovem alemão conseguiu inventar: o motor a diesel.

Diesel idealizou um dos mais incríveis sistemas mecânicos da história da humanidade. O motor foi elaborado a base de combustão interna dos pistões, efetuando uma reação química que acontece quando o óleo é injetado num recipiente com oxigênio, causando uma explosão ao misturar-se.

Embora pareça simples, para que isso aconteça, são necessárias outras invenções da mecânica, como uma bomba injetora, fazer várias engrenagens funcionarem e alguns reguladores de pressão para que tudo funcionasse normalmente.

O mais importante de tudo isso é que se considerarmos o que aconteceu a partir disso, perceberemos de maneira clara o que uma invenção traz de benefícios à humanidade.

A máquina a vapor já era a vedete da Revolução Industrial e, quando parecia que todos os problemas seriam encerrados nela, uma invenção ainda mais potente veio e mudou as relações de trabalho, produção, transporte e uma série de outros beneficiários.

Quantas empresas não falam de inovação em seu discurso, mas quantas efetivamente praticam esse mantra mercadológico?

Inventar não significa que tudo funcione maravilhosamente bem desde o começo, mas significa persistir e acreditar que algo sempre pode ser feito de maneira melhor.

Com Rudolf Diesel não foi diferente... sua invenção não deu certo na primeira vez, seus investimentos não tiveram retorno imediato... foi a crença, a determinação, a sorte e o encontro de parceiros corretos que permitiram que tal invento viesse ao conhecimento da humanidade.

A mensagem é simples: ninguém faz nada sozinho e ninguém deve desistir ao primeiro “não” que ouvir. Se algo é verdadeiramente significativo, deve-se lutar para que aconteça.

O tempo é um aliado que pode ser senhor ou escravo da situação... tudo depende de como negociamos com ele.





domingo, 12 de setembro de 2010

A Cama Sem Lençol

Particularmente, eu considero deitar numa cama sem lençol como algo desagradável. Parece que falta algo, a gente se sente desconfortável e nem mesmo o sono parece tão agradável como poderia ser.

De igual forma, uma empresa sem gerentes é a mesma coisa.

Não falo de uma revolução organizacional, desprovida deste funcionário, mas sim daquelas organizações em que seus gerentes são similares a parábola: não servem de intermediário entre o colchão (a empresa) e aquele que se aninha sobre ele (o funcionário).

Ao longo dos tempos, percebemos que o cargo da gerência é sonho comum entre muitos funcionários e que estes se empenham para chegar lá baseados em algumas premissas que fazem parte da cultura organizacional daquela empresa: tempo de serviço, indicação, contatos, resultados financeiros, amizades, ações nebulosas e, algumas poucas vezes, na competência.

O resultado, em grande parte das vezes, é que tentamos colocar um lençol de solteiro numa cama de casal (ou vice-versa): o resultado é a inadequação à atividade e, através do status ou do título revestido, suas administrações não surtem o efeito desejado e os indicadores não refletem os objetivos das empresas.

Alguns tipos são clássicos:

O Gerente Macarrão: aquele que com um pouco de água quente (pressão) amolece para facilitar a sua permanência no cenário;

O Gerente Banana: que possui uma casca, mas que é facilmente removida e devorado;

O Gerente Mártir: que parece sempre se sacrificar pela empresa, pelos resultados, pelos colaboradores, mas que sempre termina como a maioria dos mártires da história;

O Gerente Gabriela: “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim”, ou seja, não muda, não se adéqua aos novos tempos;

O Gerente Cavalo de Tróia: por fora, um presente... por dentro, uma maldição;

Espero que em sua empresa estes modelos já tenham sido abolidos, que ao olhar para os gerentes da companhia, você reconheça competência, orientação aos resultados e habilidades para lidar com os diversos cenários requeridos.

E não se esqueça: mais cedo ou mais tarde você também pode ser nomeado gerente...


 
  

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Logística Internacional Descomplicada (e Triste)...

Alguns pontos fundamentais são necessários para a compreensão do tema Logística Internacional: gestão de suprimentos, transportes, parcerias comerciais, moedas de pagamento, exportação, importação, etc.

Ao invés de discorrermos sobre cada um deles, de forma acadêmica, com gráficos, termos internacionais e fórmulas de medição do desempenho, que tal pararmos e pensarmos um pouco na história deste país? Ainda mais hoje... 7 de Setembro.

O Brasil é reflexo deste pensamento internacional. E olha que se passaram pouco mais de 500 anos...

Aprendemos no primeiro grau que este país foi “descoberto” por Cabral.

Dizem que a expedição portuguesa tinha por objetivo a Índia e seu mercado de especiarias e, por um acidente de percurso (erro de roteirização) acabou aportando por aqui. Ou seja, somos frutos de um erro de operação logística com o modal selecionado!

Tornamos-nos colônia, fornecedor não remunerado de matéria prima às necessidades da matriz. Como uma empresa, ao utilizar de fontes esgotáveis de produção sem preocupar-se com a reutilização, replantio, reflorestamento ou qualquer outra política que garantisse a sustentabilidade.

Trocaram espelhinhos e tecidos por pau-brasil, que significa que a moeda de compensação das relações comerciais obedecia às vontades do comprador, subvertendo a ordem de Oferta x Procura, graças a uma relação de poder.

Mais tarde, descobrimos que a remuneração funcional era um componente importante dos custos diretos e optamos pelo modelo nefasto da escravidão, novamente, reduz-se os custos sem considerar as conseqüências futuras.

Mais tarde, a família Real aporta no país e começa a construção da estrutura necessária a sua permanência por aqui: banco, biblioteca, escola, teatro... não por benevolência, apenas para saciar aos nobres egos. É o que chamamos de Rede Necessária às Operações...

Por fim, a abertura dos portos às nações amigas, parcerias comerciais para suprir a demanda de consumo e, posteriormente, para estabelecimento de contratos comerciais internacionais que não auxiliaram no desenvolvimento do negócio, apenas na manutenção do status quo desejado. O modelo de Parcerias aqui descrito não foi tão benéfico assim.

Infelizmente, esta é uma forma triste de se conhecer um pouco da Logística Internacional, talvez o melhor modo seja devolvermos o assunto à realidade e tentar um novo começo, capaz de beneficiar esta terra e desenvolver relações ultra-marinas que contemplem às necessidades do cenário global.


   

domingo, 29 de agosto de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (II)

Alguns nomes se transformaram, ao longo do tempo, em sinônimo da marca e, no caso específico de hoje, de uma mentalidade e de uma das grandes linhas de pensamento da escola da administração.

Henry Ford (1863-1947) talvez seja o nome mais emblemático desta saga que a administração vem trilhando em buscar soluções estratégicas para o desafio dos negócios e da racionalização dos recursos.

Seu primeiro automóvel foi construído em 1893 e, ao contrário do que podemos pensar, a sua circulação pelas ruas de Detroit em 1895 era considera um estorvo, primeiro porque assustava os cavalos das carruagens, segundo porque despertava a curiosidade das pessoas em entender aquele sinistro caixote sendo guiado e, por fim, porque era barulhento e atrapalhava a ordem local.

Tudo isso são fatores interessantes, que poderiam minar a determinação deste personagem mas, mesmo com uma avaliação negativa e uma oferta tentadora de continuar a trabalhar na Light Company (empresa de Thomas Edison), Ford resolveu abandonar o seu trabalho e seguir a sua vontade: produzir carros para grandes massas.

Não foi algo tão romântico ou simples assim, passaram-se muitos anos até que o Ford-T começasse a ser produzido de maneira comercial e vendido às massas, como assim desejava seu fundador.

Depois de uma tentativa frustrada e com 40 anos de idade, Ford se juntou a outros 11 investidores e formaram a Ford Motor Company em 1903.

As contribuições deste empreendedor são inúmeras e uma das mais significativas em seu legado foi a linha de montagem seqüenciada, uma verdadeira revolução no planejamento da produção e na finalização de seus automóveis.

Ford impressionou a todos quando, em 1914, remunerou seus funcionários com o pagamento de 5,00 dólares por dia (mais que o dobro do salário de seus trabalhadores). Isso diminui a rotatividade e, de quebra, trouxe os melhores mecânicos de Detroit para trabalharem em sua empresa. É um dos primeiros registros do que se classifica como "salário de motivação".

O resultado de toda essa persistência é a empresa hoje mundialmente conhecida, fruto de uma vontade de um ex-mecânico de tratores na fazenda de seu pai.

Utilizando as próprias palavras de Henry Ford: “Se você pensa que pode ou se você pensa que não pode, de qualquer forma, você tem toda a razão”.



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sobre os Pais

Para entendermos o significado da palavra “Pai” é necessário uma revisão histórica, além de uma consulta aos dicionários.

Encontramos a origem da palavra no Latim (patre) e seu significado está atrelado ao sentido de genitor ou gerador, aquele que auxilia no processo de criação e de cuidados para com uma nova pessoa.

O Dia dos Pais, como hoje é celebrado, tem origem incerta, alguns atribuindo a antiga civilização babilônica, quando um jovem chamado Elmesu fez um cartão a seu pai, desejando-lhe saúde.

Comercialmente, esta data iniciou-se no século XX, quando uma jovem americana chamada Sonora Louise resolveu criar uma forma de homenagear seu pai. A idéia ganhou força e vários locais começaram a adotar idéia semelhante.

Curiosamente, se pararmos para perceber, utilizamos a palavra pai em inúmeras ocasiões, não restritas apenas aos nossos pais...

Existe o “Pai da Aviação” com Santos Dumont, o “Pai da Administração Científica” com Taylor, o “Pai da Medicina” com Hipócrates, o “Pai da Psicanálise” com Freud e, mais utilizada por quase todas as religiões: Deus, como o Pai Supremo.

O importante é perceber que todos estes (e muitos outros não mencionados) nos remetem a figura da criação, da iniciativa, da proteção, do mostrar um caminho valioso na aplicação prática das coisas; independente da área, temos alguém que é capaz de nos ajudar e de estar presente. Exatamente como fazemos quando recorríamos aos nossos pais pedindo ajuda.

Nos ambientes de trabalho, quando um coordenador, gerente ou diretor consegue trabalhar em sintonia com sua equipe, costumamos chamá-lo de “paizão”, pois é uma pessoa confiável, íntegra e que busca – sempre – o bem de todos os que estão em volta.

Acredito que ser pai é exatamente isso: estar imbuído das responsabilidades e, por prazer e amor ao próximo, consegue doar-se e buscar o melhor para aqueles que ele se sente responsável.

Tenho o prazer de diariamente ouvir a palavra “pai” de minha filha (hoje com sete anos). Certamente é a palavra mais doce que chega aos meus ouvidos e a mais pesada também. Ali tem meu maior tesouro, me chamando para ajudá-la, ensiná-la e compartilhar cada momento, cada medo, cada vitória, cada derrota, cada tristeza e cada alegria.

Que este dia seja um momento de paz para todos nós. Sejamos pais biológicos, de coração ou simplesmente tenhamos colaboradores que contam com nossa direção e nosso apoio.

O prazer da vida reside exatamente nas pequenas reflexões.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pequenas Histórias - Grandes Nomes (I)

Hoje em dia, a gente convive com algumas marcas famosas, quase seculares, que já fazem parte do nosso cotidiano e que são motivo de admiração ou desejo.

O mais interessante nestas marcas todas é buscar a sua origem, ler a respeito e conhecer um pouco mais do seu início. O melhor de tudo isso é descobrir que grandes marcas foram criadas por pessoas comuns, como nós, mas que tiveram firme propósito e determinação de transformar um sonho em realidade.

Começaremos a falar um pouco sobre algumas destas marcas. E quero começar pela Honda.

Honda é o sobrenome do fundador desta gigante companhia, o Sr. Soichiro Honda, que nasceu no início do século XX e que possuía em seu sangue o principal elemento para qualquer empreendedor verdadeiro: determinação.

Como você seria recebido pelos seus pares se dissesse que iria instalar um motor numa bicicleta? Imagine isso nos anos quarenta ou cinqüenta do século passado... certamente ele não deve ter ouvido as melhores coisas também.

Mas foi exatamente assim que aconteceu... com sua determinação e vontade, o jovem Soichiro começou a estudar sobre motores, peças, funcionamento e propulsão, como um curioso e entusiasta que adorava os motores e a velocidade.

A partir deste momento, nascia dentro dele o desejo de construir algo que fosse útil.

Foram várias tentativas, desde a abertura de sua primeira oficina até a adaptação de barcos e veículos para ficarem mais potentes. E em quase todas o resultado era desanimador. Beirando a falência e sendo desacreditado por aquelas que estavam próximos.

Mas não era motivo para desanimar. Ao invés de consertas peças, ele resolve fabricar seus próprios pistões e vai ganhando confiança e experiência, a medida que desenvolve novos modelos e materiais para serem utilizados neles.

Após a II Guerra Mundial, o Japão passou por um período de escassez e completa falta de estrutura. Até a locomoção dos seus moradores tornava-se complicada, uma vez que faltava de tudo, até o combustível para movimentar os carros.

Foi neste cenário que surgiu a Honda Motor Company, com um protótipo do que seriam nossas motocicletas atuais. Era similar a uma bicicleta, com um motor de 50cc e potência de 0.5 cavalos.

Deste instante em diante, inicia-se a história das motocicletas Honda, que estão presentes em todos os cantos do mundo. É impossível que alguém nunca tenha visto uma motocicleta e quase sempre esta marca é presença constante.

E pensar que tudo começou com a força de vontade de uma única pessoa.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Menos é Mais

Você já deve ter ouvido em sua empresa que é necessário “aumentar a produtividade”.

Geralmente esta afirmação vem acompanhada de gráficos que mostram que a situação financeira não está boa, que precisa melhorar a lucratividade ou que os resultados do último trimestre ficaram abaixo do esperado.

Na verdade, o que não comentam é que a eficiência está baixa, que o controle dos gastos não está adequado ou que as horas-extras têm pesado nesta avaliação final.

Acredito que não se deve produzir necessariamente mais, mas sim, gastar menos.

A realidade das empresas é que o lucro é auferido pelos resultados das receitas menos os gastos. A lógica é simples: para se ganhar mais, deve-se gastar menos.

Perdi a conta de quantas empresas não tem um controle eficiente sobre seus gastos telefônicos, seu material de escritório, seu consumo de energia, despesas de pessoal, relatórios de viagens ou qualquer outro indicador de custos.

A tecnologia permite que se economize drasticamente em ligações telefônicas, a digitalização de documentos reduz os gastos de escritório, a arquitetura pode auxiliar no controle energético, a racionalização do trabalho diminui a carga trabalhada e as viagens podem ser mais bem controladas quando se avalia ações e resultados.

Só que são mudanças culturais e aí reside o problema.

Ultimamente tenho estudado com um grande grupo de alunos sobre os custos logísticos e seu impacto direto no resultado das operações.

É assustador o peso destes custos ao se perceber que simples ações como a conferência efetiva das cargas e mercadorias contribuem no resultado final; o dimensionamento dos estoques e do armazenamento são importantes aliados e, por fim, como o controle efetivo da frota pode resultar em lucros inimagináveis.

Só que é mais fácil dizer que o valor do frete deve ser reduzido, que a área deve ser terceirizada ou mesmo que o mercado está retraído.

Seria a mesma coisa que você ganhar um aumento e fazer novos financiamentos ou recusar-se a poupar uma parte deste valor. Continua-se com o mesmo resultado operacional, ou seja, margens de lucratividade (saldo) boas.

Um dia as empresas aprenderão e descobrirão que menos é mais.... que não adianta aumentar a velocidade do veículo, deve-se ensinar o motorista a dirigir de maneira econômica.

Vamos tentar???

terça-feira, 25 de maio de 2010

Capitalizando Com a Paixão de Cada Um

Falar de Marketing Esportivo é uma das áreas mais interessantes que existem. Trabalham-se conceitos peculiares do composto de marketing, aplicando-os a algo que todo torcedor tem no sangue: a paixão pelo seu time.

É assustador a quantidade de dinheiro que estas ações podem mobilizar e, infelizmente, percebemos o quanto os times brasileiros estão distantes de capitalizar neste nicho de mercado tão lucrativo.

Antes de qualquer coisa, vale ressaltar que marketing esportivo não se reduz, apenas, ao patrocínio que uma empresa estampa na camisa de um time. Esta parte é uma das mais visíveis, mas não é a única. O patrocínio numa camisa é a principal fonte de arrecadação dos times locais, mas outras ações devem ser consideradas.

Existe o licenciamento de produtos. De todas as naturezas imagináveis, desde roupas até brinquedos, passando por bebidas e peças de utilidades domésticas.

Todas estas ações visam aumentar as receitas dos clubes. Afinal de contas, estamos falando de um consumidor que não troca de “marca”. Quem torce por um time dificilmente usará produtos de outra agremiação.

Existem times brasileiros que possuem mais torcedores que alguns países possuem em número de habitantes. Logo, podemos dimensionar a quantidade de potenciais consumidores que comprariam um vinho, um brinquedo, um abridor de garrafas, um boné, uma bola personalizada ou até mesmo um adesivo. O limite é a criatividade.

Um dos problemas existentes no país é a pirataria de produtos. Produtos que são largamente consumidos, produzidos sem critérios de qualidade e que os clubes, maiores prejudicados, não recebem nenhum centavo sobre tais movimentações.

Em alguns países, como a Inglaterra, você encontra produtos oficiais (onde o clube recebe royalties pelas vendas), segmentados por classe social ou grupo de consumo.

Aqui você precisa gastar, praticamente, 1/3 de um salário mínimo para comprar uma camisa do seu time favorito, porque o fabricante detém os direitos exclusivos sobre a confecção... e cobra muito por isso.

Lá, você tem – pelo menos – três modelos diferentes: a confeccionada pelo patrocinador das camisas (igual a dos jogadores, a mais cara) e também encontra outros dois modelos licenciados para marcas de menor poder aquisitivo, abrangendo outras classes sociais. E todas ficam felizes por utilizarem um produto oficial, sabendo que contribui com as receitas do seu time.

É um exercício longo, mas talvez seja uma das melhores formas para se trabalhar o mercado de maneira ampla e irrestrita.

Isso sim é um golaço!



domingo, 16 de maio de 2010

Além das Molduras

Havia um professor meu que sempre nos pedia para imaginar como seria um quadro se não tivesse a moldura. Sempre nos perguntava como aquela pintura continuaria se o artista resolvesse continuar sua obra.

Não era um exercício fácil; a gente ficava imaginando o que haveria além dos limites que Monet nos mostrava ou mesmo além das cenas retratadas por Bottero. E a imaginação ganhava asas e nos víamos complementando uma obra. Era divertido.

Hoje em dia, percebo que as empresas têm feito o mesmo exercício com seus funcionários, ao pedirem para que eles sejam inovadores, que quebrem paradigmas e que pensem em novas possibilidades para o rumo de seus negócios.

A zona de conforto é algo perigoso. É fácil se acostumar com o que “funciona” e difícil de pensar em mudanças.

Basta pensarmos em todas as vezes que uma nova cultura, um novo sistema ou uma nova política é implantada na empresa. Encontramos muita resistência, às vezes algumas pequenas sabotagens e muito corpo-mole, para dificultar a mudança.

O que seria da borboleta se esta não abrisse mão de sua condição de lagarta? Ou o que seria da árvore se esta insistisse em continuar semente?

Certamente o mundo seria um lugar menos interessante e bonito de se contemplar.

Inovação é uma das palavras de ordem no momento. Ao inovar, a gente se permite novas possibilidades, novas formas de administrar e gerenciar. É pensar naquilo que ainda não foi tentado.

Quebrar paradigmas, uma frase mal empregada algumas vezes, é sinônimo deste mesmo pensamento. Ao questionar uma verdade absoluta e pensar em formas renovadas de administração, a humanidade evoluiu, a ciência progrediu e as relações humanas foram modificadas.

Se não ousássemos pensar além da moldura, talvez estivéssemos ainda na idade da pedra, os automóveis seriam apenas ficção e você, sequer, estaria lendo esta coluna.

Por sorte, alguém arriscou e pagou o preço da tentativa. Nem sempre obteve sucesso, mas sempre expandiu seu raciocínio... e isso é o que importa!

Espero que seus quadros não terminem nas molduras e que você visualize a pintura de maneira completa, nova e transformadora.

sábado, 8 de maio de 2010

Os Super-Amigos Dentro da Empresa

Quem tem um pouquinho mais de 30 anos deve se lembrar dos Super-Amigos, um desenho onde os principais Super-Heróis existentes trabalhavam em conjunto, dentro de um local chamado Sala de Justiça.

Ao pensar neste desenho, percebo que algumas empresas incorporam estes personagens à rotina de trabalho de seus escritórios, mas não da maneira bacana que existia no desenho (quando tinham um problema e os esforços eram somados para corrigi-lo), mas da maneira nefasta, onde cada um quer ser melhor que o outro e traços de personalidade acabam se manifestando mais do que o desejado.

Você já viu algum destes Super-Heróis dentro da sua empresa?

Super Homem: Aquele que acha que tem capacidade, poder e influência para fazer de tudo. Responsabiliza-se por um monte de coisas, se envolve em milhares de projetos e acaba atrapalhando na maioria das vezes.

Mulher Maravilha: A poderosa da empresa. Aquela que passa por cima de muitas pessoas, que não faz muita questão de ser educada com todos e que se transforma numa bajuladora para manter-se no cargo.

Aquaman: Este é o rei das escapadas. Responsabilidade não é com ele. Como água, é impossível de segurá-lo e sempre dá um jeitinho para sair ileso quando um problema acontece. Uma de suas frases favoritas é “Se tivessem me perguntado, isso não teria acontecido...”

Batman e Robin: Os “parceiros” de trabalho. Um é o dono da atividade e o outro o seu eterno aprendiz. Não fazem nada sozinhos e fica aquele clima de proteção e indicação sempre que existe uma oportunidade. A influência do primeiro é a escada para o segundo.

The Flash: Está sempre correndo, sempre ocupado, sempre com mil coisas para fazer e, inevitavelmente, os prazos estão se esgotando, impossibilitando de ajudar alguém verdadeiramente.

Trabalhar com egos diferentes é o grande desafio da Gestão de Pessoas. Não defendo a idéia de que todas as pessoas devam ser moldadas de maneira idêntica; cada ser tem suas características e peculiaridades.

Mas o Gestor moderno tem que estar preparado para entrar todo dia na Sala da Justiça e encontrar um bando de super-heróis com habilidades e formas de trabalho diferentes. Seu dever é transformá-los num time e buscar o resultado que a empresa almeja.

Ou seja... uma tarefa para super-herói nenhum colocar defeito!...

sábado, 1 de maio de 2010

E Por Falar em Trabalho

Pois é... hoje é dia 1º de Maio, um feriado em homenagem ao Dia do Trabalhador e um belo momento para se pensar na data e no seu significado de lutas e conquistas.

Na verdade, a origem desta data remonta a 1886, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, quando milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições trabalhistas, uma vez que as coisas não eram das mais justas naquele tempo e algumas situações precisavam ser mudadas:

• Redução da Jornada de Trabalho para 08 horas diárias (se trabalhava até 17 horas por dia)
• Condições de saúde, higiene e segurança nos locais de trabalho;
• Fim da utilização de mão de obra infantil
• Não existiam Férias, Descanso Semanal ou mesmo Aposentadoria

A greve geral se alastrou, a violência foi generalizada e muitos trabalhadores perderam suas vidas lutando pelo bem de uma coletividade. Particularmente, considero este momento como um divisor de águas e um exemplo para todos nós.

Agora, em 2010, mais do que aproveitarmos o feriado com a família, devemos fazer um agradecimento àqueles trabalhadores que lutaram com suas próprias vidas por alguns dos direitos que hoje desfrutamos.

Nenhuma conquista é simples ou suave. Todo processo que pede mudanças é complicado, longo e, às vezes, turbulento. Assim foi naquele momento e a história possui inúmeros outros exemplos que comprovam este pensamento.

Em particular no Brasil, o 1º de Maio também nos traz algumas lembranças:

• Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo
• Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho

Pena o 1º de Maio não sirva apenas para nos recordarmos das questões trabalhistas.
É neste dia também que, infelizmente, nos recordamos de um dos maiores exemplos de brasileiro que encantou o mundo: Ayrton Senna.

Hoje completa-se exatamente 16 anos que perdemos a alegria de acordar nos domingos pela manhã e assistir ao melhor piloto de todos os tempos desafiar os seus limites, buscar a perfeição e obter o melhor resultado do fruto de seu trabalho.

No fundo, talvez estejamos falando das mesmas coisas: do trabalho e da forma apaixonada como cada um, em seu tempo, fez valer o direito de ter o melhor e lutar em benefício da coletividade por condições justas para todos.

Que não percamos, nunca, estes excelentes referenciais!

sábado, 24 de abril de 2010

Sobre Estar Apaixonado

Onde você estará daqui a cinco anos?

Pode parecer estranha a pergunta e o título deste artigo, mas, no fundo, uma parte é complementar à outra.

A paixão que me refiro não é aquela que você pode sentir por alguém; a que quero dizer é aquela sobre você mesmo, sobre aquilo que você faz e quer fazer.

Tenho encontrado uma série de pessoas preocupadas e insatisfeitas com o momento presente e, para todas, utilizo sempre a mesma pergunta: Onde você estará daqui a cinco anos?

Ao se fazer esta pergunta e permitir-se pensar daqui a cinco anos, você fará um belo exercício que, se colocado em prática, vai mudar por completo o seu ânimo e acabar com suas preocupações e tristezas.

Não importa se é uma profissão, um bem, uma vida a dois, uma viagem... o importante é que você faça isso com o sentimento da paixão.

Estar apaixonado por si mesmo é gostar de você exatamente por aquilo que você é e por tudo aquilo que você faz e pode fazer.

Se você pensar assim em sua profissão e em sua vida, certamente fará a coisa certa e, ao invés de pensar em trabalho, vai traduzir isso por prazer. Ao invés do sacrifício, terá a recompensa.

Você gosta de matemática, mas seu trabalho atual não lhe dá prazer. Tudo bem! Daqui a cinco anos é tempo suficiente para fazer algo que você goste e que a matemática lhe acompanhe. Planejamento, determinação e ação.

Você gosta de animais, mas seu trabalho atual não lhe dá prazer. Tudo bem! Daqui a cinco anos é tempo suficiente para fazer algo que você goste e que os animais façam parte da sua rotina. Planejamento, determinação e ação.

Na vida, tudo aquilo que a gente acredita e busca tem a chance de acontecer, mas para isso a peça fundamental é você e sua força de vontade.

Falar em planejamento de carreira é fácil. Difícil é falar de carreira planejada.

Quando se está apaixonado, o organismo vibra diferente, os esforços são diferentes, as ações são diferentes e o resultado é quase sempre satisfatório, mesmo que a paixão não seja correspondida. Fica a certeza de que a gente tudo pode e que o mundo não é um obstáculo, mas sim um cenário de oportunidades.

A vida profissional pode ser do mesmo jeito... é só utilizarmos a mesma alegria e imaginação que a paixão desperta em nós.

Que você se apaixone. E que se descubra capaz de realizar tudo o que quiser. Tudo!

sábado, 17 de abril de 2010

Aberta a Temporada de Falsidades

A cada quatro anos o país experimenta uma confusão de sentimentos e acaba perdendo a chance de fazer as coisas certas ou, pelo menos, usar a mesma impulsividade para lutar por aquilo que deveria ser feito.


Não estou falando das eleições. Este é um assunto que comentaremos em outro momento.


Hoje vamos falar de Copa do Mundo.


Toda edição é o mesma circo: ruas e casas enfeitadas, pessoas usando verde-e-amarelo, empresas reduzindo a sua jornada de trabalho, carros com adesivos e bandeiras, consumo excessivo de álcool, milhões de técnicos e comentaristas de plantão, aquelas imagens (chatas) das pessoas comemorando um gol e tantas outras coisas parecidas.


O triste de tudo isso é que se você perguntar para qualquer um sobre os motivos que o levam a enfeitar a casa ou ficar buzinando nas ruas, ele vai te responder sou brasileiro, ou pior ainda, sou patriota.


Isso não é patriotismo. Isso é torcida de time de futebol!


Patriotismo é você ter amor à pátria, a querer o bem dela e fazer valer os direitos e deveres para que seu país seja, efetivamente, um lugar decente de se viver.


Ser patriota é não se conformar com escândalos, não aceitar o jeitinho, não se iludir com promessas, não permitir que os direitos de alguém sejam desrespeitados.


Ser patriota é lutar por igualdade entre todos, é querer a coisa certa.


Então, que não me venham dizer que são brasileiros ou patriotas só porque estão assistindo a um jogo de futebol que nada vai acrescentar àquilo que realmente se faz necessário neste país.


Eu vou ser patriota ou brasileiro quando a educação for de qualidade, quando a saúde for um direito respeitado, quando a criminalidade diminuir, quando a corrupção não for uma notícia corriqueira, quando as pessoas morarem em lugares dignos e, principalmente, quando eu não ouvir mais desculpas esfarrapadas sobre os problemas nacionais.


Até lá, com licença, eu prefiro torcer contra a seleção brasileira. Não quero que este país seja hexa campeão, quero apenas um país digno e que respeite os seus.


Futebol é ópio e não quero ficar entorpecido.

sábado, 27 de março de 2010

Cinqüenta Anos

Algumas marcas tornam-se eternas, independente do tempo que elas permaneceram “ativas” no mercado. A esta capacidade pode-se, com justiça, dar o nome de imortalidade.

A marca que quero aqui registrar não diz respeito a um produto ou a um serviço, que lembramos com saudosismo quando não mais existem; quero falar de alguém que através de suas palavras conseguiu verbalizar sentimentos, emoções, tendências e, principalmente, amor.

Renato Manfredini Junior, popularmente conhecido como Renato Russo, foi para a minha geração esta voz. Juntamente com seus amigos Bonfá e Dado Villa-Lobos, formaram aquela que seria a maior banda de rock que este país conheceu: a Legião Urbana.

Ainda hoje, é o terceiro maior grupo musical, da gravadora EMI-Odeon, em venda de discos por catálogo, no mundo, com média de duzentas mil cópias por mês.

A força da Legião Urbana era a capacidade de traduzir em música os nossos pensamentos. Ao longo dos anos 80 e 90, cada jovem encontrava em seus álbuns a medida exata daquilo que sentia; era como se pudessem ler o imaginário de seus fãs e transformar aquilo em poesia e música.

O resultado é que, mesmo depois da voz de Renato Russo ter silenciado naquele fatídico 11 de Outubro de 1996, novas gerações aprenderam (e ainda aprendem) a beleza das composições que estes três jovens de Brasília nos deixaram de legado.

Não obstante, quantos não são os jovens que descobriram a Legião Urbana depois de 96, que sequer estavam vivos quando o Renato foi para outro plano espiritual e que, com a mesma alegria que sentimos ao ouvir uma de suas canções, ainda se emocionam e entendem o recado.

O mundo ganhou The Beatles; nós, por sorte, tivemos também a Legião Urbana.

Hoje, em que celebramos os cinqüenta anos do Trovador Solitário, esta é uma singela forma de agradecer à ele e a toda a Legião Urbana por estes momentos, que durarão eternamente, que jamais serão esquecidos e que continuam fazendo parte da vida de tantas pessoas.

O segredo deste sucesso, que tantas empresas buscam, é exatamente este: com simplicidade e honestidade, chegar ao seu público de forma transparente, em sintonia com seus anseios e garantir, assim, a perpetuação de uma marca.

Urbana Legio Omnia Vincit!

Leia no volume máximo...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Viajando no Tempo

Pode não parecer, mas quando uma empresa diz ter uma área de Recrutamento e Seleção na verdade ela está trabalhando com dois elementos temporais completamente diferentes.

Recrutamento está ligado ao passado. Seleção está ligado ao futuro.

E é simples de entender...

O Recrutamento diz respeito ao seu passado. É ele que será observado quando uma vaga se torna disponível e as empresas correm para encontrar profissionais que se enquadrem às suas necessidades.

As formas de Recrutamento são inúmeras. A mais tradicional e popular delas está relacionada ao Curriculum Vitae, ou seja, uma descrição pormenorizada (nem por isso enfadonha) de tudo o que você acumulou ao longo da vida.

Vitae vem do latim e significa Vida. Ou seja, você vai procurar descrever em uma ou duas páginas o que você andou aprontando com sua vida à partir do momento que cresceu e começou a fazer parte, efetivamente, da sociedade.

As experiências, cursos, estudo, idiomas, trabalhos voluntários e uma série de outros detalhes são contados ali. À partir deste momento, a empresa começa a imaginar quem é aquela pessoa, como ela galgou a sua vida e o que fez de bom ao longo dela.

O engraçado é que, friamente, o currículo só mostra pessoas maravilhosas, todas comportadas, sem vícios, sem defeitos... é quase uma fábrica de anjos.

Como não é possível acreditar que existam apenas anjos entre nós, as empresas partem para a segunda fase, a Seleção.

É neste momento que são realizadas entrevistas pessoais, dinâmicas, jogos e uma série de outras atividades presenciais, para verificar se o anjinho em questão não possui um par de chifrinhos escondidos ou mesmo se possui todos os conhecimentos descritos anteriormente.

Neste momento, o passado não mais importa. O que interessa verdadeiramente às empresas é o futuro. Quais os benefícios que ela (empresa) conseguirá se contratar aquela pessoa.

Aqui, a empresa quer saber quais são as diferenças entre os iguais. E são com estas diferenças que as pessoas são contratadas. A isso é dado o nome de Competência.

Ser competente não é ser apto, apenas, para exercer um cargo, mas sim, ter a capacidade de agregar valor, fazer a diferença e representar um diferencial competitivo àquela empresa.

Que neste cenário, a sua vida passada faça diferença no futuro!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Aprendendo com a Religião

Aqui perto de casa, tem uma igreja, onde os encontros acontecem todos os domingos, como na maioria das igrejas, independente de qual religião seja.

Entretanto, durante a semana e sábados, é super comum encontrar várias pessoas lá dentro e vários ensaios dos grupos de música.

E o que eles estão fazendo?

Se aperfeiçoando, treinando e preparando-se para todas as eventualidades, todas as dúvidas que podem surgir, conversando, ensaiando... ou seja, simulando as realidades e necessidades que podem vir a ter no encontro dominical.

Eles têm certeza de quantos fiéis virão no domingo? Nenhuma!

Eles vão diminuir o ritmo das reuniões ou ensaios se souberem qual será o público? Jamais!

Eles têm um compromisso maior, independente de quem ou de quantos lá estarão. E o mais importante: acreditam nisso.

Infelizmente, encontro várias empresas que não pensam assim, que trabalham muito mais de acordo com o “nome” ou o “status” de um cliente do que como filosofia de trabalho realmente.

Quantas vezes não nos deparamos com relatos de atendimentos falhos, de vendas mal realizadas ou de funcionários pouco atenciosos?

Curiosamente, se nesta mesma empresa uma celebridade ou algum “cliente grande” for realizar seus negócios, a empresa se desdobra em atenções, mimos e outras besteiras para encantar o cliente.

Na verdade, não existem “clientes grandes” ou “clientes pequenos”. Existem clientes e a empresa que é atenta a isso, não faz distinção. Às vezes, o pequeno realiza coisas grandes e surpreende todo mundo.

O que existe são: empresas inteligentes e empresas medíocres, só isso.

A empresa que é inteligente tem no seu DNA o compromisso de atender e oferecer o melhor serviço a todos os clientes, sem nenhum tipo de distinção. São poucas, mas vale a pena procurar e dar preferência à elas.

Espero que você só encontre empresas inteligentes. Essas valem a pena de serem visitadas. E que você perceba que lá existem pessoas que acreditam nisso.

Um Painel de Controle Para a Empresa

Quando você vai viajar, mesmo sem perceber, utiliza-se de uma série de indicadores para evidenciar como está o desempenho do seu carro: temperatura externa e interna, nível de óleo, nível do combustível, temperatura do motor, velocidade e diversos outros.

Na telemetria da Fórmula 1, os carros são controlados sob todos os aspectos, desde a quantidade de combustível restante, até a inclinação do bico do veículo. Tudo para garantir que o desempenho seja o melhor possível.

Na aviação, para quem já observou uma cabine de aeronave, vai encontrar centenas de medidores que informa o piloto sobre localização, altitude, pressurização, combustível, velocidade, condições climáticas e outra série de indicadores.

Por que na empresa seria diferente?

E o mais interessante é que esses painéis também tem nome: Balanced Scorecard.

Balanced Scorecard é uma metodologia de controle, desenvolvida por dois professores da Harvard University, Robert Kaplan e David Norton, em 1992.

O objetivo principal é identificar quais são as principais perspectivas que uma empresa deve nortear sua administração estratégica.

As perspectivas são: Financeiras, Clientes, Processos Internos e Aprendizado/Crescimento.

Ou seja, resultados, satisfação, otimização interna de processos e formação de colaboradores com maiores conhecimentos e massa crítica.

Para cada uma delas, a empresa define as seguintes premissas:
. Qual o Objetivo Crítico ou Fatores de Sucesso
. Qual a Situação Atual
. Qual o Objetivo a Ser Alcançado
. Qual a Estratégia a Ser Utilizada

Desta forma, a empresa consegue identificar quais os principais pontos que ela precisa alcançar ou melhorar para obter sucesso no mercado; como ela se encontra atualmente; qual o novo patamar a ser alcançado e como ela fará para alcançar este nível.

O mais interessante é que isso demanda a participação de todos os setores da empresa, o envolvimento dos colaboradores é fundamental. É um processo árduo, mas de resultados garantidos.

Certamente, ao se adotar tal processo, a “viagem” da empresa pelo mundo corporativo se torna muito melhor, pois quando se conhece a realidade, ela consegue vislumbrar um futuro possível e melhor para todos.