segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ano Novo ou Novo Ano?

Esta época do ano é gostosa... a gente fica um pouco mais emotivo, começa a se lembrar dos amigos distantes e dos próximos, envia desejos de um Natal de paz para as pessoas queridas e os desejos de um Feliz Ano Novo para todas as pessoas que queremos bem.



Eu gostava mais do tempo do cartão enviado pelo correio... achava mais humana a relação de afeto, afinal de contas, tínhamos que comprar cartões, escrever, selar, enviar... era algo mais personalizado.


Hoje, com o advento das redes sociais, das mensagens eletrônicas, e-mails e torpedos pelo celular, essa relação ficou um pouco menos humanizada... com uma única mensagem a gente consegue desejar boas vibrações para uns cinqüenta amigos ao mesmo tempo.


Resta uma dúvida: estes cinqüenta amigos são realmente “amigos” ou pessoas que a gente foi adicionando a nossa rede de contatos, sem nenhum tipo de afeto?


E minha maior elucubração é outra.


A gente quer um Ano Novo ou um Novo Ano?


Para mim existe uma diferença abissal entre uma expressão e outra.


Ano Novo é a troca de calendário, o recomeçar dos meses e o continuar da vida.


Todo Janeiro tem o IPVA, IPTU... Fevereiro (geralmente) tem o Carnaval, depois vem a Páscoa, Festa Junina, alguns feriados... e tudo se repete!


Novo Ano é bem mais legal!


É fazer tudo diferente... é tomar coragem para aquela viagem que nunca sai, aquele curso que ficava só na vontade. É a chance de eliminar algumas coisas chatas de sua vida, de trazer para perto outras coisas boas...


Então, aproveite!


Que tal fazer deste próximo ano um Novo Ano em sua vida?


E não use aquela famosa frase “um dia eu vou fazer isso”.... acredito que "um dia" nunca chega... a gente tem que estabelecer objetivos, regras e prazos! Aí sim as coisas começam a acontecer para valer...


Que seu Novo Ano seja ainda melhor que este!

sábado, 14 de novembro de 2009

Um Insulto à Sua Inteligência

Para que serve o fim de semana?



Penso que ele existe para você recarregar as energias, curtir a família, os amigos, descansar um pouco e, principalmente, fugir da correria e do stress da semana, para que, na segunda-feira, você esteja pronto para recomeçar e fazer melhor do que havia feito na semana passada.


Só que uma coisa tem me incomodado bastante...


Você já viu alguma publicidade, dos mais diversos segmentos, com informes bem grandes, dizendo: “Aberto aos Domingos e Feriados”?


O que esta empresa está querendo lhe dizer?


Em minha opinião:

“Já que você não tem nada mais interessante para fazer, já que você não dá a mínima para sua família, já que não tem a competência de juntar alguns amigos num churrasquinho e já que não tem a criatividade para fazer algo interessante e aproveitar o Domingo num zoológico, parque ou qualquer outra coisa, que tal aproveitar o vazio de sua vida e vir gastar um pouco em nossa loja?”


No fundo, é isso mesmo.


Domingos e Feriados existem para você fazer qualquer coisa ou fazer nada! Mas não me conformo que alguém se reduza a tão pouco ao ponto de ir a uma loja!


Recentemente, algumas lojas funcionaram no dia de Finados. Para mim foi incômodo e por isso fiquei pensando nisso tudo.


Uma coisa é a correria da semana lhe impedir de realizar suas compras de maneira racional durante seu curso, outra coisa é você entrar no jogo e transformar sua escravidão em comércio.


Por pior que seja, uma caminhada ao ar livre, uma água de côco e um passeio despretensioso com a família ainda é melhor que se enfurnar numa loja em pleno Domingo ou Feriado!


Tudo bem ir ao shopping para aproveitar um cinema, isso é um passeio pelo menos. Mas não entre numa loja para contribuir a nulidade da existência e da convivência humana. Sua família (e você) merecem muito mais que isso!


Não prego a contra-revolução ao consumo, apenas a racionalidade de nossos atos.


Se começássemos a pensar assim, além do benefício à nossa saúde e a nossa inteligência, contribuiríamos para que mais pessoas também tivessem a oportunidade de descansar nestes dias... afinal de contas, duvido que algum funcionário se sinta feliz por trabalhar nestes dias dentro de uma loja.


É uma questão de opinião e atitude.


Espero que hoje seja Domingo (ou feriado) e que você esteja lendo este artigo, já é muito melhor que ficar dentro de uma loja.


Bons momentos passam rápido demais e não é dentro de uma loja que você terá prazer.


Pense nisso...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Troca de Funções

Já imaginou se um gerente de sua empresa trocasse suas atividades diárias pelo serviço de jardinagem? Ou se recepcionista passasse o dia junto ao pessoal do almoxarifado? Ou mesmo se o mecânico estivesse cuidando das compras corporativas?


O que pode parecer estranho é, na verdade, uma prática que muitas empresas tem experimentado durante um dia do ano. A chamada Troca de Funções.


Esta é uma das formas mais interessantes para a conscientização da importância de todas as funções de uma empresa. Não existe função mais importante, existem funções diferentes, cada uma com sua atribuição.


Shoppings têm realizado esta idéia com freqüência, mas empresas de todos os segmentos perceberam uma oportunidade de sinergia entre os funcionários e começam a adotar esta prática com alguma regularidade.


Os benefícios são inúmeros!


Quando alguém de uma área completamente diferente entra numa atividade alheia, ela começa a pensar com seus valores e procedimentos sobre a atividade do outro.


Com isso, descobrem-se graus de dificuldades nunca imaginados, importâncias sobre toda a cadeia da empresa e, principalmente, idéias. O maior benefício desta prática é a reunião depois da experiência.


Ao discutir o que perceberam e conheceram, novas práticas são implementadas, novas formas de se trabalhar são sugeridas e quem ganha com tudo isso? A empresa!


São notórios os casos de mudança de equipamentos e produtos, pois só quem sente na pele a realidade de uma atividade pode, efetivamente, contribuir para a melhoria dela.


Um exemplo simples: quantas vezes uma compra é realizada apenas pelo produto de menor custo? Será que ele realmente cumpre a sua função? Uma simples troca de produto pode resultar em ganho de produtividade e eficiência de um setor. Pense nas vassouras...


Se todas as empresas adotassem essa prática, perceberiam que todas as informações são importantes, que um trabalho só é plenamente realizado porque alguém, em algum ponto distante, contribuiu silenciosamente para que ele pudesse trabalhar.


A área de informática não trabalha se o departamento de manutenção elétrica não lhe der suporte; nenhum diretor vai ter sua vaga no estacionamento se o pessoal patrimonial não cuidar da área; nenhum funcionário vai receber seu salário se o pessoal do departamento pessoal não cuidar de seus apontamentos... e por aí vai!


Que tal tentar em sua empresa?


Já “passou” um cafezinho hoje? Experimente...

sábado, 24 de outubro de 2009

Aposente-se com 30 Anos

Não é interessante que uma palavra como aposentadoria tenha a mesma origem da palavra aposento? Costumamos chamar de “aposento” um dos cômodos da casa, um dos locais que utilizamos para descansar, recolher-se ou mesmo repousar.


A formação desta palavra vem do prefixo “apo”, que indica algo que está longe, afastado, separado, etc., ela vem da época medieval, quando alguém era hospedado na casa de outrém. Ou seja, alguém que está distante de seu lar era recebido em casa alheia para descansar e passar a noite.


Qual o valor social, hoje, dado a palavra aposentado? Alguém que se afastou das funções profissionais e que está distante do mercado de trabalho. Isso quando a palavra não adquire um sentido pejorativo...


Na verdade, o que quero dizer é que este distanciamento deve ser feito muito antes, de preferência próximo dos 30 anos, quando a pessoa já está crescidinha e tem poder para decidir sobre as coisas que gosta ou não, sobre as coisas que quer para sua vida ou não.


O que adianta ficar uma vida inteira numa atividade que não lhe dá prazer? Para que serve trocar o seu tempo apenas por remuneração e ver sua vida (e sua saúde) se esvair inutilmente pelos anos?


Quando a relação entre aquilo que se faz e aquilo que lhe dá prazer é intensa, certamente esta palavra perde o sentido. Você deve fazer aquilo que, reconhecidamente, tem competência e sente prazer por isso.


Isso é a verdadeira Gestão por Competências.


Fazer aquilo que sabe, aquilo que gosta e aquilo que lhe dá prazer.


Se seu filho gosta de Matemática, mas vai mal em Geografia, não adianta colocar uma professora particular de Geografia. Coloque-o com uma professora particular de Cálculo. Para desenvolver o menino ainda mais, para explorar toda a potencialidade dele e para que este talento seja o diferencial dele no futuro.


Certamente, quando esta criança estiver com 30 anos, ela vai fazer o que gosta e sabe melhor. Neste momento ela vai estar aposentada de toda a chatice de uma vida mal administrada, vai trabalhar por prazer e desenvolver suas melhores habilidades, sem se preocupar com quantos anos falta para acabar com o martírio.


Teremos grandes profissionais e excelentes pessoas.


Ela vai descobrir que aposentadoria é afastar-se do que não lhe faz bem e vai viver todos os anos em plenitude, trabalhando, sendo feliz e realizando o seu melhor.


Ninguém precisa esperar os 60 ou 70 anos para descobrir isso!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A Política dos Créditos

Geralmente, sempre que a gente precisa de algum tipo de “crédito” é porque está numa situação crítica, precisando de ajuda e – pior – pagando caro por isso. Basta pensar nos créditos bancários, créditos imobiliários e outros créditos do gênero.

O que vejo agora, com grande freqüência, são os Créditos de Carbono.

Para simplificar o entendimento: Créditos de Carbono são documentos que autorizam o direito de outro poluir.

Como funciona esta nova modalidade de financiamento?

Basicamente, alguns acordos internacionais, como Protocolo de Quioto por exemplo, estabeleceram uma cota máxima de emissão de poluentes para os países desenvolvidos. Acontece que muitas empresas e muitos países não conseguem chegar nos níveis estabelecidos.

E o que eles fazem?

Ao invés de buscarem soluções alternativas para a emissão dos gases ou desenvolverem e utilizarem tecnologias menos poluentes, vão ao mercado e compram os famigerados Créditos de Carbono ou RCE (Redução Certificada de Emissões) de empresas e países que conseguiram se adequar aos padrões internacionais.

Ou seja, é o primo rico se aproveitando do primo pobre.
O primo esperto se aproveitando do primo tonto.

Se a tendência é esta, a gente poderia criar outros “créditos” e lucrar com a desgraça alheia.

Cometeu algum crime? Chame os “Créditos da Liberdade”!
Aqueles que são pessoas boas, que nunca cometeram delitos ou crimes, poderiam “vender” um pouquinho da sua bondade para aquelas pessoas que já cometeram algum tipo de infração, crime ou coisa semelhante, para diminuir a pena ou o peso na consciência dos mesmos.

Cometeu alguma infração no trânsito? Chame os “Créditos do Volante”!
Tudo bem... alguém que nunca tenha feito nada pode assumir um pouco da sua culpa em troca de alguns reais.

Agrediu alguém? Chame os “Créditos das Desculpas
Tudo bem... alguém que nunca tenha sido rude com as pessoas pode vender um pouco do seu jeito afável e diminuir sua culpa.

Para os pecados humanos existem várias fórmulas: o arrependimento, a confissão e a penitência. Mas estas são gratuitas. E são sinceras para aqueles que acreditam.

Para a poluição existe o Crédito de Carbono. Só que está é paga. E hipócrita.
Eu finjo que ajudo o meio ambiente plantando árvores e você finge que polui dentro dos níveis aceitáveis.

E tudo continua do jeito que está... o homem achando que pode mandar na natureza e querendo compensar suas sandices com invenções malucas.

E que depois ninguém venha reclamar do efeito estufa, do degelo das calotas polares, da camada de ozônio, catástrofes naturais e outros acontecimentos que não presenciávamos há 50 anos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Proativo, Reativo ou Destrutivo?

Segundo o Houaiss®:

Proativo
Que visa antecipar futuros problemas, necessidades ou mudanças; antecipatório.

Reativo
Que faz reagir, que provoca reação; reagente.

Destrutivo
Que destrói ou serve para destruir.

Tempos atrás chegou até mim um link para assistir a um vídeo, onde a Vanusa cantava o hino nacional brasileiro e o conteúdo da mensagem era de deboche, decorrente dos erros cometidos durante a execução do mesmo.

Piadas não faltaram. Até na TV o assunto foi abordado e muita gente falando que ela estava embriagada e outros falando sobre o uso de medicamentos.

Nenhuma das versões me interessa.

Para ilustrar o que estou falando, gostaria que você desse uma olhadinha num vídeo que está neste link do YouTube, chamado Leadership & Solidarity (
http://www.youtube.com/watch?v=Em9wR9e5emY).

Qual a diferença?

Ao invés da indiferença ou do escárnio, o que a gente acompanhou aqui foi a demonstração exata das diferenças. Da solidariedade.

Tem gente que se antecipa ao problema, porque sabe que aquilo pode tomar um caminho desnecessário e se antecipa para evitar a confusão.

Tem gente que espera o problema acontecer para depois tentar consertar.

E tem gente que não faz nada e prefere espinafrar quem teve a coragem de tentar.

O exemplo da Vanusa é semelhante... existiam muitas “autoridades” no evento, que poderiam ter saído em sua ajuda. Mas permaneceram, como diz o hino, como impávidos colossos.

Eu não sou fã dessas solenidades, nem da Vanusa e muito menos do hino nacional, mas sou fã do ser humano e não consegui achar graça nisso tudo.

Nas empresas é idêntico: se o problema não é meu, não vou mexer. Se não vai sobrar para mim, que estoure na cabeça do outro...

Essa cultura do “antes ele do que eu” é que faz a diferença entre um país e outro. Entre um profissional e outro.

Infelizmente, a Vanusa descobriu de uma maneira nefasta umas das falácias do hino:
Verás que um filho não teu não foge a luta...

Será?

domingo, 13 de setembro de 2009

Discutindo a Relação

Casais modernos discutem a relação sempre que algo novo ou inesperado acontece à vida deles e esperam, com isso, compreender melhor o que aconteceu e – principalmente – tirarem o melhor proveito da experiência, para evitarem erros futuros e continuarem juntos e felizes.

Pais e filhos discutem a relação quando algo saiu da zona de conforto familiar e tentam, juntos, encontrar as melhores soluções para novos problemas.

Amigos, quando surpreendidos por alguma reação inesperada da outra parte, discutem a relação para solidificar ainda mais a amizade e se tornarem pessoas mais confiáveis.

Por que com uma empresa seria diferente?

Cansei de ver empresas que se encontram de frente a um problema e tentam resolvê-lo sozinhas...

Essa discussão pode ser feita com uma peça externa, chamada consultoria, mas que por medo de demonstrar fraqueza, inexperiência, arrogância ou mesmo por acreditar que isso implica em “custos”, é deixada de lado e pouco utilizada.

Quando você está dirigindo e começa a chover, o que você faz? Estaciona o carro e espera a chuva passar ou prefere acionar o limpador de pára-brisas e continuar a viagem?

A consultoria é a mesma coisa.

A consultoria é o limpador de pára-brisas que lhe ajuda a continuar a viagem com sua empresa, de maneira mais confiável e segura.

Isso não significa que você não passará pela chuva, não passará por problemas, mas que terá uma peça especialmente desenhada para este fim, que tem a habilidade para auxiliar-lhe na solução do problema e lhe faz sentir-se mais seguro.

Quando a chuva passa, é porque o problema passou. Você pode continuar sozinho, sem o auxílio do limpador e sua viagem tende a ser tão calma quanto antes, porém mais segura e, você, mais experiente, por ter a competência em dirigir em diferentes situações além daquela primeira que você começou.

Se todas as empresas acionassem os seus limpadores de pára-brisas no momento oportuno, certamente não se veriam envoltas a problemas técnicos, financeiros, pessoais ou organizacionais. A administração fluiria mais harmônica e os resultados seriam alcançados mais rápidos, com menores custos e desgastes.

Ou seja, não tenha medo de discutir a relação em sua empresa. Talvez seja esta a forma mais racional de obter o melhor resultado.

Não ter vergonha de pedir ajuda é uma demonstração de força e maturidade.

domingo, 30 de agosto de 2009

Cecília

Eu sempre admirei os poetas pela capacidade de simplificar, de traduzir em tão poucas palavras conteúdos tão profundos. E muitas vezes com ritmo, rima e sensações que transcendem, até, o limite das palavras.

Estava pensando em escrever sobre a necessidade de atualização ou renovação que todo ser humano tem hoje em dia. As inovações tecnológicas, o constante aprimoramento e o não estagnar-se num cargo ou numa posição qualquer.

Mas aí apareceu a Cecília Meireles num livro e, com uma única frase, resumiu todo o pensamento desta escrita. Obviamente, por uma questão de estratégia, vou deixar a frase para algumas linhas mais abaixo.

Cecília Meireles, se é que alguém não a conhece, nasceu em 1901 e faleceu em 1964. É uma das maiores escritoras da língua portuguesa.

O seu próprio exemplo de vida é suficiente para o pensamento deste artigo.

Seu pai faleceu alguns meses antes dela nascer; sua mãe faleceu quando ela tinha 03 anos. Três de seus irmãos mais velhos também vieram a falecer com o passar do tempo. Seu primeiro marido cometeu suicídio e a deixou viúva com 03 crianças pequenas.

E o que ela retratava em suas poesias?

A alegria, o prazer, a sua missão enquanto poetisa. Brincava com a morte nos versos e exalava alegria e musicalidade em cada composição. Utilizava da dialética como instrumento de auto-descoberta, sem fazer-se de vítima, sem auto-piedade, apenas a consciência de seu papel e de seu mundo.

Não era depressiva, não tinha mágoas mal resolvidas, era simples, inteligente e capaz de encantar a todos, dos mais jovens aos mais velhos. Seus textos até hoje são devorados com prazer e com alegria.

Como ela mesma dizia (agora vem a frase):

“A vida só é possível reinventada”

Quantas pessoas, ao menor sinal de algum problema, sucumbem? Quantos profissionais, por conta de um superior infeliz, abandona carreiras, sai de empresas, perde a compostura ou estraga um futuro brilhante? Quantas discussões não são pontos finais na vida das pessoas (quando deveriam ser apenas vírgulas)?

Se reinventar é isso... entender que a vida continua, a empresa continua, os relacionamentos continuam, a pessoa continua!

Um verdadeiro profissional se reinventa, não importa a dificuldade, o obstáculo, sempre há uma chance de fazer melhor. Estes sim são os verdadeiros vencedores.

Boa sorte para você também.


A gente deve se reinventar todo dia!

sábado, 22 de agosto de 2009

Individualista Quem, EU?

Você já reparou como a publicidade tem se comportado de forma individualista?

A sua nova chance
Porque você merece
Você de bem com a vida
O carro que você esperava
A sua melhor escolha
Feito especialmente para você
Você não precisa mais esperar
Descubra o seu mundo
O apartamento que você sonhava...

Até mesmo no recente problema da gripe suína (H1N1), o que ouvíamos eram as medidas de prevenção que você deveria ter para se proteger.

Lave suas mãos regularmente
Mantenha-se longe de aglomerações
Não freqüente ambientes fechados
Use álcool gel após o contato com outras pessoas

Eu não me recordo de alguma campanha, de proporção semelhante, dizendo para você, quando apresentar algum sintoma, ficar em casa ou simplesmente evitar contaminar os outros.

O que mais me preocupa em tudo isso é que o senso de coletividade, de grupo ou de comunidade tem se perdido com o passar do tempo.

Depois, estas mesmas pessoas, que foram impactadas passivamente por tantos slogans individualistas, crescem e vão para o mercado de trabalho.

E o primeiro grande choque acontece: você tem que aprender a trabalhar em grupo, relacionar-se com pessoas, departamentos, clientes internos, clientes externos e toda uma infinidade de situações em que o individualismo é a única coisa que não é bem vinda neste cenário.

Estas mesmas empresas que pregam a individualismo, o nicho de mercado, a customização de seus produtos, gasta rios de dinheiro com consultorias e treinamentos tentando reverter os monstrinhos internos que ela mesma criou no ambiente externo.

É um exercício complicado, mas necessário. A reflexão pelo coletivo deve ser considerada sempre. Pode parecer quixotesco, mas ninguém vive sozinho, ninguém é auto-suficiente ao ponto de não precisar de um pouco de coletividade.

John Donne, Poeta Inglês do século XVI, já nos alertava:

“Ninguém é uma ilha em si mesmo. Cada um é uma porção do continente, uma parte do oceano.”

“A morte de cada homem diminui-me, porque sou parte da humanidade”

domingo, 12 de julho de 2009

Cinqüenta Anos de Customização

Enquanto escrevia este artigo, o Robertão cantava lá na TV em comemoração aos seus cinqüenta anos de carreira e, analisando um pouco o show, foi possível entender o porquê de tanto sucesso e tantos admiradores.

A partir da década de oitenta e mais intensamente na década de noventa, o mercado defendeu uma nova ordem para os negócios: atender o consumidor de acordo com suas expectativas e anseios e não mais desenvolver um produto e sujeitar o consumidor somente àquele modelo.

Com isso, novas linhas de produtos foram desenvolvidas, cada vez mais de acordo com as necessidades dos consumidores, chegando ao ponto de que, hoje, podemos comprar um produto personalizado, customizado, quase que exclusivo, de acordo com aquilo que a gente quer ou pode pagar.

Basta olhar a indústria automobilística. O carro que você tem na garagem possui exatamente os opcionais que você desejou ou pode comprar. A motorização possui variáveis potências e os opcionais então, uma infinidade deles.

Isso significa atender nichos de mercado. Aquela pequena parcela de consumidores que querem especificamente aquele serviço ou produto.

O advento do nicho de mercado trouxe empresas e produtos para um lugar muito mais próximo do cliente. Hoje, é possível encontrar o mesmo produto em pesos, tamanhos, sabores e embalagens customizadas, de acordo com cada segmento de mercado.

Famílias grandes consomem, provavelmente, refrigerantes de mais de dois litros, famílias menores, de um litro e meio. Se pensarmos que existem pessoas que moram sozinhas ou que não tem o hábito de consumir refrigerantes, uma embalagem de 600ml ou mesmo uma latinha deve atender às suas necessidades.

E o que tudo isso tem a ver com o Roberto Carlos?

Se analisarmos suas músicas, veremos que ele trabalha o conceito de nichos de mercado a muito tempo, antes mesmo de isso ser um diferencial de marketing ou uma estratégia de posicionamento de mercado.

Existem músicas para pais, mães, amigos, amores, mulheres mais velhas, baixinhas, gordinhas, caminhoneiros, de cunho religioso ou mesmo de questões ecológicas.

Ou seja, num determinado momento ou outro, cada grupo vai encontrar a música que se assemelha às suas expectativas. E passa a admirar o cantor, comprar seus álbuns, aumentar a lista de “consumidores satisfeitos”, pois sabem que existe alguém que pensou exatamente em seus anseios.

Mercado é isso. A conjunção entre oferta e procura, não como uma atividade mecânica, mas como a compreensão e a satisfação das expectativas.

Deve ser por isso que ele é chamado de rei.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Promovendo um Produto

Para muitos, a morte de Michael Jackson foi motivo de tristeza, afinal de contas, não faltavam fãs espalhados pelo mundo todo, como pode ser durante duas semanas (no mínimo) através de extensa cobertura da mídia.

Para mim, foi apenas uma oportunidade de analisar o conceito da promoção e suas variâncias.

Desde que me conheço por gente, a figura dele sempre esteve na mídia, quer fosse enquanto membro de um grupo ou a partir de sua carreira solo.

Se considerarmos apenas o produto, percebemos que as estratégias de promoção sempre utilizaram os canais de comunicação como os principais potencializadores desta marca: às vezes, através de números impressionantes da vendagem de discos (indicador de sucesso), às vezes, através de escândalos e excentricidades comuns a figura dele (manutenção da marca junto ao público consumidor).

Ao se indicar o sucesso, a idéia era potencializar o ciclo de vida daquele produto (o álbum ou o show). Com isso, aproveitava-se de um momento favorável, de grande aceitação popular e massificava a divulgação através de clips, músicas em rádios, lista dos mais vendidos e toda sorte de fomentadores de opinião. Os ventos eram favoráveis, então, o melhor era aproveitar para se navegar o mais longe e duradouro possível.

Ao se veicular os escândalos e as excentricidades, o objetivo era evitar que o produto entrasse no declínio e, com isso, sumisse do mapa e da lembrança (top of mind) do seu público consumidor. A manutenção também é essencial para o sucesso de uma marca. Se assim não fosse, grandes marcas comuns ao nosso imaginário, não precisariam mais de comerciais, planos de marketing e outros instrumentos de comunicação.

Com isso, a parábola do Ciclo de Vida de um produto (Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio) fica cada vez mais alongada entre o crescimento e a maturidade.

Eu sei que existem críticos ao modelo americano, sua política ou seus costumes. Mas é inegável que eles são especialistas em promover um produto. São especialistas em eventos que valorizam estes produtos.

Quem já acompanhou uma final de Super Bowl (futebol americano) ou dos playoffs da NBA (basquete) sabe bem o que é valorizar cada segundo de um evento, maximizando cada um dos produtos ali envolvidos.

O funeral do cantor não foi diferente. Inclusive foi realizado no Staples Center (sede do Los Angeles Lakers). Muito mais do que um “velório”, ali foi a síntese dos aspectos promocionais de uma campanha, mesmo que seja por um motivo funesto, lúgubre ou triste.

Aliás, estes elementos também são eficientes durante a promoção. Às vezes se conquista pelo encanto, outras vezes pela tristeza e pela dor. O importante é que a marca fique registrada. E eu não tenho dúvidas do efeito que a promoção desta vez tenha atingido o seu ápice.

Os números nos mostrarão no futuro.

domingo, 5 de julho de 2009

A República da Prepotência

Reza a lenda, que há muito tempo atrás, existia uma nação chamada Prepotência, onde seus moradores viviam em plena prosperidade, pois dominavam a fabricação de armamentos manuais de guerra.

Com isso, colocavam as outras nações em condição de submissão, obrigando-as a comprar seus armamentos pelas condições que eles achavam interessante, controlando e dominando todo o comércio internacional.

Uma outra nação (chamada Cooperação), cansada de ser explorada por Prepotência, resolveu inventar suas próprias armas e compartilhar com suas vizinhas (Oportunidade e Talento) suas idéias, formando assim um novo bloco alternativo de comércio.

À medida que o resto do mundo tomava conhecimento das novidades, Cooperação descobriu que, além de Oportunidade e Talento, também eram poderosas parceiras comerciais as nações Parceria e Trabalho.

O resultado foi gradativamente progredindo, Prepotência ficou perdida e se viu desesperada, com a iminente invasão de seus territórios e a perda do controle do comércio e da fabricação dos armamentos.

Para resumir a história, Oportunidade e Talento, associadas à Parceria e Trabalho perceberam que o sucesso de uma dependia do sucesso da outra e elegeram Cooperação como a nova líder de seu bloco.

Com isso, o mundo passou a ter novas possibilidades, novos parceiros e novas alternativas para suas necessidades. Prepotência ficou olhando o progresso passar e perdeu o bonde da história.

Segundo as testemunhas dizem, Prepotência anda por aí, vivendo de pequenos favores, sonhando que ainda é uma grande nação e sempre reclamando dos tempos áureos, num saudosismo que não o ajuda em nada a se recuperar do impacto.

A história pode não ser das mais lindas, mas revela um pouco do que acontece com empresas e pessoas que se julgam insubstituíveis ou eternas naquilo que fazem.

Você conhece alguma empresa que era líder de mercado, quase exclusiva naquele segmento, e hoje não tem mais controle sobre seu produto, porque existem concorrentes maiores e melhores?

Alguma pessoa que era expert numa atividade e hoje não tem o que fazer?

Pois é... todas estas figuras deveriam ter viajado e conhecido um pouco destas outras nações: Cooperação, Oportunidade, Talento, Parceria e Trabalho. Veriam que apenas desta forma a gente consegue se manter no mercado profissional, crescendo e prosperando.

Ou então, viver com a Prepotência, delirando e sonhando com algo que não mais existe.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Coaching ao Longo da Vida

As empresas adoram a expressão coaching. Vendem isso como se fosse uma das grandes novidades de suas políticas de desenvolvimento de pessoas. Algumas, inclusive, colocam como um de seus benefícios.

Antes de qualquer coisa, coaching é receber orientações, conselhos e exemplos que uma pessoa mais experiente dispõe-se a passar. Assim, você consegue potencializar seus resultados, evita erros desnecessários e progride de uma forma acelerada.

Na verdade, a gente até compra essa idéia muitas vezes, mas apenas porque não percebemos que esta figura existe em nossa vida desde que nascemos.

O pai foi um coach. A mãe foi uma coach. Cada professor em cada matéria foi um coach. O técnico da escolinha de futebol foi um coach. O orientador espiritual foi um coach. E quantas outras referências não poderiam ficar aqui relatando sobre os experts que passaram em nossa vida.

Mas tem um detalhe fundamental neste processo: não basta existir a figura que ensinará o caminho das pedras. É preciso que o outro lado reconheça que necessita de auxílio e esteja disposto a aprender e melhorar. Ou seja, é a conjunção do altruísmo com a humildade.

Não foi em vão que nossos pais ensinaram bons modos desde a mais tenra idade, como se comportar na casa dos outros, comer com a boca fechada, não falar palavrões, respeitar os mais velhos, orar, andar de bicicleta... eles estavam passando os macetes daquilo que seriamos cobrados lá na frente, quando eles não estivessem necessariamente conosco.

Quando vem a adolescência, por melhor que seja o coach que existe dentro de casa, o jovem recusa-se a aceitar aquelas orientações como norte à sua vida. O resultado não poderia ser outro: frustrações, erros bobos e aquela sensação de que tudo poderia ter sido diferente se tivesse dado ouvidos à experiência domiciliar.

Na escola ou faculdade é a mesma coisa. Muitos são rotulados e os avisos dos professores não são ouvidos, depois é aquela choradeira, mil desculpas, justificativas vãs que tentam explicar a nota vermelha, a reprovação ou o fracasso.

Às vezes, um grande técnico não consegue emplacar num time de futebol. Ou seja, não houve sintonia entre as partes interessadas. E o time se torna um saco de pancada.

Nas empresas, muitas vezes, o funcionário comporta-se do mesmo jeito. Confunde orientação com palpite, chatice, perseguição ou qualquer outro adjetivo para um superior ou um funcionário mais experiente que está querendo ajudar.

A mudança de postura é fundamental. Pode ser utópico, mas é o caminho mais rápido, simples e eficiente para o crescimento.

E pensar que desde cedo, tudo poderia ter sido mais fácil.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A Síndrome do Príncipe Charles

O exemplo do Príncipe Charles é uma forma interessante de analisarmos o que acontece com a carreira de um profissional que se imagina eternamente ligada a uma empresa ou que acredita que existe apenas uma forma de desenvolvimento profissional.

Ele foi educado para ser Rei, foi preparado para assumir o trono, teve sua vida toda moldada para as obrigações de um Chefe de Estado e espera, há muito tempo, assumir a posição que lhe foi confiada.

Só que existe uma pequena cláusula: ele só vai assumir quando o seu antecessor não mais existir ou abdicar do seu cargo. Logo, só na ausência da Rainha Elizabeth II é que isso vai acontecer.

Pois bem... a Rainha está no trono há exatos 56 anos e, até agora, nenhum sinal de que ela vá abandonar o posto ou que sua saúde leve-a para outro plano espiritual.

Da mesma forma, muitos profissionais pensam suas carreiras.

Dedicam-se exclusivamente a um cargo, estudam e se preparam para alcançar aquele posto e não conseguem, porque a pessoa que hoje o ocupa não demonstra que vá sair ou que uma nova oportunidade vá aparecer.

Outros, por heraça genética, decidem seguir uma carreira porque seus pais assim o fizeram. E as vezes descobrem-se fora de contexto, trabalhando em algo que não é sua verdadeira vocação, pensando apenas no dinheiro ou no status... e aparece a frustração e os profissionais incompetentes.

Logo, concluímos que assumir um cargo implica em muito mais do que estar simplesmente preparado; implica em conciliar oportunidade e competência.

E o que fazer quando a oportunidade não aparece, mesmo que a competência já esteja desenvolvida?

O que os profissionais precisam entender é que o universo é um pouco maior do que as paredes que hoje o empregam. Existe sempre uma oportunidade em outro lugar, em outra empresa, em outro cenário que ele não imaginava.

Para tanto, um pouco de coragem é sempre bem vinda, traduzir em ação aquilo que era apenas planejamento e, principalmente, vontade de crescer.

O Príncipe Charles, mesmo que nunca assuma o trono da Inglaterra, goza de privilégios (benefícios) que nenhum funcionário possui em qualquer empresa. Para ele não é o pior dos castigos ficar esperando pelo posto que nunca virá. Ele tem suas atividades paralelas e suas funções complementares, que o deixam bem ocupado independentes do cargo.

Mas a maioria de nós não possui tal privilégio. Ou você se mexe ou então o seu espaço vai ficando cada vez mais diminuto, dependente ou monótono. Aí chega uma política nova dentro da empresa ou a idade passa do limite interessante para o mercado de trabalho e você se descobre ultrapassado e se obriga a qualquer atividade apenas para garantir a renda.

A coragem reside exatamente nesta reflexão, de se pensar o que você está fazendo por sua vida e mudar, porque as chances não aparecem, elas são criadas.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Quanto Vale o Show?

Me recordo, há algum tempo atrás, de um programa de calouros, onde artistas das mais diversas naturezas se apresentavam na TV e uma comissão de jurados avaliava a performance de cada um e concedia, ou não, quantias de dinheiro para o artista. No fim do “julgamento” o mesmo saia de cena com o valor arrecadado à partir daquela comissão de jurados.

O programa acabou. Mas o conceito permanece até hoje.

A diferença é que os jurados mudaram de nome. Hoje, eles podem ser chamados de Mídia, Formadores de Opinião, Status, Desejo, Consumo... e os artistas também mudaram, hoje se chamam Marcas.

Como se atribui valor à uma marca?

Existem duas categorias de atribuição.

A primeira é a tangível, aquilo que efetivamente se gasta para produzir algum bem e as despesas para que o mesmo chegue até você. Isso, geralmente, é chamado de Custos.

A segunda é a intangível, a mais complicada delas, porque possui infinitas variáveis e oscilam entre produtos da mesma natureza, mas que possuem valores completamente diferentes. Antes de mais nada, Valor é aquilo que se atribui a um produto, marca ou serviço... é o quanto estamos dispostos a pagar (preço) em troca daquele produto e quais os benefícios (valor) que levamos ao adquirir aquele bem.

Um exemplo simples. Enquanto escrevia este artigo, olhei num grande supermercado o preço da água mineral, disposta em uma garrafinha de 300ml.

Enquanto uma garrafinha da água nacional custava R$ 0,75, uma garrafinha da água Perrier (francesa) custava R$ 5,71. Estamos falando simplesmente de água mineral. Como isso é possível?

Primeiro porque uma é nacional e a outra é importada (logo, tem seus custos de importação também). Segundo, porque a imagem da segunda possui atributos que a primeira ainda não conseguiu associar. A única diferença real é que a segunda foi envasada na França e a primeira no Brasil. Só isso!

Mas os atributos de valor que se atribuiu à Perrier são completamente diferentes, ela faz parte de um grupo seleto que carrega uma série de adjetivos intangíveis, verdadeiros ou não: classe, requinte, luxo, status, ostentação... são apenas adjetivos... as duas são água e devem matar a sede quando necessário.

Logo, a gente começa a entender que mais do que um produto, precisamos da marca, pois ela é um dos diferenciais que justificam o preço. O show dela, no final das contas, acabou valendo mais, independente de ser melhor ou não... os jurados que escolheram.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Um Outro Lado da Responsabilidade Social

É inegável que o termo Responsabilidade Social é uma verdade em nosso cotidiano e, diariamente, somos impactados por comerciais e informes de empresas que resolveram adotar a causa do meio-ambiente e do uso consciente dos recursos do planeta e transformaram isso num diferencial de seus negócios, uma vez que a globalização colocou processos, produtos e práticas num terreno comum.

Hoje, dizer que sua empresa possui o melhor produto ou serviço é chover no molhado... Todo mundo diz ter o melhor para resolver seus problemas e satisfazer suas necessidades. O diferencial agora é fazer isso sem que o planeta seja sacrificado.

O que não sai da minha cabeça é o outro lado da questão:

O que cada um de nós (a sociedade civil) tem feito de útil ou semelhante a esta tendência mundial?

E nem me venham com aquele papo de que nossas ações são pequenas e não tem impacto direto na natureza, no meio-ambiente, no clima ou na qualidade de vida coletiva. Tem e muito!

São de ações simples que este planetinha azul precisa. Aquelas pequenas ações que a gente tem a obrigação de ensinar à nossos filhos desde pequenos e praticá-las também, porque não adianta nada ensinar uma coisa e praticar outra.

Então, vamos as ações práticas que qualquer um pode, conscientemente, fazer:

  • Vai jogar papel no chão?
  • Vai descartar uma latinha em qualquer lugar?
  • A embalagem pet de refrigerante vai junto com o lixo comum?
  • Para comprar pão na padaria da esquina você vai de carro?
  • Acha lindo roupas, bolsas e outros produtos feitos a base de couro animal?

Simples de fazer o que é certo, não? Se você respondeu “não” a todas as questões acima, parabéns... você está no caminho certo.

E tem outras, um pouco mais radicais, mas tão interessantes quanto:

  • Você compra produtos de empresas que poluem os rios ou o ar?
  • Compra produtos de marcas que exploram seus trabalhadores em jornadas de horas-extras?
  • Fica indiferente a empresas que exploram a mão-de-obra infantil?
  • Consome qualquer tipo de alimento, independente de como foi cultivado?
  • Acha normal uma companhia pagar salários diferentes entre homens e mulheres?

Espero que você tenha respondido “não” a estas questões também... Assim eu acredito que estaremos fazendo algo socialmente responsável e de resultado.

domingo, 3 de maio de 2009

Cair e Levantar: Princípios da Criatividade

Mostre-me uma empresa que não exige criatividade de seus colaboradores e te mostrarei uma empresa prestes a fechar as suas portas.

Esse assunto, que é uma das solicitações mais recorrentes de mercado atualmente, leva-nos a outra reflexão... e outra lamentação: é que muita gente não sabe, mas criatividade é um item de série dos seres humanos. Infelizmente, a gente parece que se esqueceu disso e não consegue pensar fora dos manuais ou daquilo que convencionamos chamar de padrão. A humanidade transformou-se numa excelente cumpridora de regras e numa perfeita executora de instruções.

O que diferencia um profissional excepcional de um funcionário comum? Não é a velocidade ou a maneira que este se veste. São seus resultados.

E por que este profissional apresenta resultados melhores que os seus? Simplesmente porque suas soluções são mais criativas e acabam de alguma forma, beneficiando mais a empresa do que os resultados que você apresenta... Simples assim!

Por que o Senna (que foi participar da corrida celestial há 15 anos) era melhor do que qualquer outro de seu tempo? Porque a sua competência era criativa!

Por que um livro vende e outro parecido não vende? Você consegue descobrir a criatividade do tema, do enredo, da divulgação ou mesmo da figura do escritor?

Por que existem vencedores e perdedores? Porque aquele que venceu, certamente, optou por fazer algo criativo, fora do manual, da regra, do procedimento ou do esperado... Não estamos falando de trapaça, estamos falando de competência para observar uma situação e tentar algo diferente, novo.

Inventar a lâmpada foi uma tarefa árdua. Thomas Edison tentou por mais de 10.000 vezes até conseguir que a dita cuja permanecesse acesa. A diferença entre ser criativo e mandar tudo às favas é que ele, a cada nova tentativa frustrada, encontrava uma forma diferente de gerar um novo teste (lembrando que ele utilizou até fios de barba como filamentos, até que chegou ao algodão carbonizado em seu primeiro modelo de sucesso).

Essa capacidade de recriar e buscar uma saída diferente é que fascina. Nenhum bebê nasceu aprendendo a mamar, andar, falar, escrever... foram coisas desenvolvidas... entre tentativas e erros, entre estímulos e desistências... mas a vontade de ir além foi o que permitiu evoluir.

Nem vamos entrar no mérito de Darwin e suas teorias evolutivas e seletivas. Mas, para mim, evolução de uma espécie é sinônimo de que uma espécie foi criativa e conseguiu encontrar um jeito novo e diferente de permanecer e evoluir.

Igualzinho a um profissional, que entra numa empresa e descobre as suas possibilidades de permanecer (empregabilidade) e evoluir (planejamento de carreira). Alguns entendem o recado e, criativamente, alcançam seus objetivos. Outros permanecem como marmotas petrificadas (só a boca que não petrifica e aí buscam culpados e ficam pelos cantos lamentando e se queixando).

Eu optei por escrever, você optou por ler... foram opções criativas, diferentes... O benefício é nosso!

Da próxima vez, ao deparar-se com uma situação de problema, pense da seguinte forma:
* O que esperam que eu faça?
* O que não esperam que eu faça?
* O que eu tenho vontade de fazer?
* O que eu realmente vou fazer?


Talvez, pensando através de mais de um ponto de vista, a gente encontre uma saída inesperada e inovadora e o resultado pode ser muito melhor do que imaginávamos.

Vamos tentar?

domingo, 19 de abril de 2009

As Lições da Fórmula Um

Acho que não é mais segredo para ninguém e um discurso comum nos treinamentos, sobre a necessidade de inovação, das tendências de mercado, da adaptabilidade e tantos outros termos que sempre aparecem nestes encontros.

O interessante é perceber, agora, como um esporte pode ensinar tanto, com tanta facilidade e sem que você precise gastar um centavo para ouvir, ver e comprovar.

Como todo começo de temporada da Fórmula 1, lá vou eu para meu sofá, com refrigerante e pizza gelada assistir a mais uma etapa do campeonato. As primeiras corridas são sempre as mais difíceis, afinal de contas, resolvem fazer provas do outro lado do mundo e, para atender aos interesses de transmissão ingleses especialmente, colocam corridas as 03h00 ou 04h00 da madrugada.

Tudo bem! Nada que um despertador não consiga quebrar o galho e ajudar na deliciosa tarefa de acompanhar as escuderias e seus pilotos na disputa pelo campeonato.

Se olharmos para quatro meses atrás, quem eram os favoritos? Quais equipes representavam o que de mais moderno existia em termos de tecnologia automotiva? A resposta era tão fácil, que até minha filha de 06 anos saberia responder: McLaren e Ferrari. Alguma novidade em relação aos últimos anos?

Mas... passaram-se quatro meses... E toda a supremacia de anos foi por água abaixo.

Qual o segredo? Qual a palavrinha mágica?

Inovação e a capacidade de adaptar-se às novas tendências.

Uma modificação aqui... um difusor ali... uma regrinha nova... e pronto! O estrago está feito e o grandão ficou ridículo... o campeão ficou esquecido... e os pequenos se rebelaram! Basta olhar a classificação de pilotos e equipes. Quem está na frente? Quais são os maiores pontuadores do momento?

Essa pseudo-revolução do proletariado, essa insurgência dos nanicos foi garantida graças a capacidade de adaptação que as pequenas equipes conseguiram. Eu não duvido que as “grandes” darão a resposta em pouco tempo, mas correr atrás do prejuízo é sempre mais caro e mais complicado. O seu concorrente continua lá na frente, esbanjando saúde e administrando os lucros que poderiam ser seus.

As grandes indústrias de refrigerantes sentiram isso alguns anos atrás, quando as marcas regionais (as nanicas) abocanharam uma parcela significativa de mercado, com seus refrigerantes baratos e distribuição em todos os pontos de consumo local. As grandes não perderam para uma ou outra marca... mas apanharam de todas as pequenas marcas regionalmente.... isso sim é uma revolução das massas! Nem Marx imaginou tanto...

E o mesmo vai acontecer com sua empresa se você continuar achando que o que está sendo feito é bom e não precisa de evolução constante.

Agora, resta-nos esperar as próximas provas e comprovar se foi apenas um cavalo paraguaio que saiu correndo à frente dos demais ou se estamos vivenciando uma nova era tecnológica. De qualquer forma, a lição já foi dada, o estrago já está feito e a corrida atrás do prejuízo está muito engraçada.

Ainda bem que a próxima corrida é as 09h00... meu sono agradece!

sábado, 11 de abril de 2009

Quando Chega a Hora de Adaptar-se

Não importa qual é o motivo, mas toda mudança ou adaptação implica em stress e riscos. Aqueles que já mudaram de profissão, mudaram de casa ou mudaram um ponto de vista sabem bem o que significa esta palavrinha. E correr riscos vale a pena.

Com o avanço tecnológico e as novas exigências do mercado, é impossível imaginar-se eterno numa atividade. Esse imaginar-se eterno é o que a literatura costuma classificar como zona de conforto.

Se existe algo que pode estragar a sua vida por completo é isso, estacionar na zona de conforto e acreditar que tudo continuará tão bom como hoje se mostra.

Você acredita que seu emprego é eterno? Que seus clientes nunca vão procurar o vizinho para comparar os produtos? Que seus conhecimentos são suficientes? Ou mesmo que sua empresa vai continuar líder de mercado?

Se você respondeu “sim” a qualquer uma das perguntas acima, lamento te informar, mas você vai se decepcionar... Mas antes de sair cortando os pulsos em sinal de protesto e desespero, vale a pena lembrar que existe saída e que o cenário não precisa ficar tão cinza. Só depende de você.

Depende de você continuar crescendo, não se conformar em ser o que é hoje. Depende da sua disposição de estudar, ler muito, conversar com gente interessante, estudar, especializar-se e – principalmente – ter humildade para entender que a terra gira e não é o bonitão aí que vai ficar parado, né?

Para tudo isso, existe uma palavrinha mágica: resiliência.

Resiliência nada mais é do que a capacidade de um material sofrer um impacto profundo, adaptar-se ao novo cenário e, depois, retornar ao seu estado original.

Traduzindo em miúdos: é você adaptar-se a um novo cenário, absorver o impacto, compreender o novo ambiente e domina-lo de tal forma que conseguirá supera-lo e voltar ao seu estado perfeito, tomando conta da situação.

Pense no pneu do seu carro quando passa num buraco ou numa daquelas insuportáveis lombadas... ele se molda à necessidade iminente e depois retorna ao seu formato de concepção e utilidade. Ele não fica quadrado. Ele sabe ser pneu, se adapta ao que aparecer na frente e volta a ser pneu. Prova disso é que há mais de um século usamos pneus e eles continuam insuperáveis.

Quantos profissionais não absorvem o impacto e se perdem pelo caminho. Quantos produtos somem do mercado porque não conseguem se adaptar. Quantas vidas são perdidas pelo medo do novo ou do desconhecido. Quantas chances jogadas fora!

Não seja o próximo.

sábado, 4 de abril de 2009

O Projeto de Malas Prontas

Imagine se fosse simples assim... chegar em casa, olhar para a programação besta da TV, dar uma suspirada e falar para a família:

- Arrumem as malas! A gente vai viajar agora!.
- Mas para onde vamos, papai?
- Sei lá! No caminho a gente decide...


Você pode até fazer isso, mas eu não garanto que o resultado seja tão bom ou que tenha sido a forma mais racional, temporal e econômica de realizar a viagem.

Infelizmente, muitas empresas também tratam assim seus negócios. E fazem da necessidade, uma oportunidade de instalar o caos, deixar todo mundo louco e gastar esforços, tempo e dinheiro.
Se der tudo errado, aí coloca a culpa na crise, nos juros e impostos, no governo, no cliente ou em qualquer outro que nem sabia da farra administrativa daquela empresa.

Gerenciar Projetos é isso. Fazer a coisa de maneira racional e equilibrada, garantindo que o caos não se instalará, que a equipe trabalhará com racionalidade e que os recursos serão alocados naquilo que é necessário.

Assim como fazer uma viagem implica numa revisão do veículo, consulta de hotéis, saldo bancário, rota, clima e principais pontos a serem visitados, gerenciar um projeto é igual.

Só que as etapas são diferentes. Se considerarmos o PMBOK® como parâmetro inicial, pode-se dizer que estas são as etapas:

  • Integração – A capacidade de envolvimento, desde a primeira reunião até a apresentação final dos resultados,
  • Escopo – O que vai ser realizado detalhadamente,
  • Tempo – Qual o tempo de execução,
  • Custos – O valor do projeto,
  • Qualidade – Quais indicadores vão garantir-nos que as coisas estão acontecendo da forma correta,
  • Recursos Humanos – Quem são as pessoas e equipes que estarão envolvidas na realização deste projeto,
  • Comunicações – Como comunicaremos e a quem comunicaremos cada detalhe do projeto,
  • Riscos – Nem tudo são flores, então é bom calcular quais os espinhos aparecerão e o que faremos para eliminá-los,
  • Aquisições – O que vai ser necessário comprar ao longo do projeto,
  • Encerramento – Apresentação dos resultados e o projeto concluído!

Percebeu a semelhança com uma viagem?

Agora é só planejar, escolher as músicas, verificar os passageiros, escolher o roteiro, calcular o tempo, o valor que será gasto, descobrir se todo mundo está gostando ou não, pensar nos problemas que podem surgir, nas paradas e cuidar do reabastecimento.

E boa viagem!

domingo, 29 de março de 2009

O Buldogue Inglês e a Liderança

Se você deseja conhecer bem esta palavra ou mesmo colocá-la em prática nas suas atividades, existem dois caminhos básicos: o primeiro é a leitura (embora tenha muito lixo no meio do assunto) e a outra é aprender com quem já fez.

Infelizmente os maiores líderes que já existiram estão em outro plano, mas seus exemplos foram tão marcantes, que mesmo décadas (ou séculos) depois da existência deles, ainda assim podemos aprender.

Vamos falar, logo, daquele que considero o maior líder que o Século XX conheceu: Winston Churchill, mostrando aspectos de seu estilo de liderança, além de algumas citações (que era uma de suas especialidades).

Conhecimento
“A sorte não existe. Aquilo a que chamas sorte é o cuidado com os pormenores”
O cenário da Segunda Guerra era desolador, o avanço nazista parecia não ter limites, invasões, conquistas, a capitulação francesa... tudo caminhava para uma europa nazista unificada. Só que tinha Churchill no caminho e o resultado é conhecido. Com estratégia, parcerias e planejamento o nazismo foi vencido e a Inglaterra jamais sucumbiu.

Delegação
“Não adianta dizer: Estamos fazendo o melhor que podemos. Temos que conseguir o que quer que seja necessário”
Não se constrói uma liderança sozinho. É nestas horas que as pessoas certas devem ser nomeadas para as possições corretas, acompanhar a formação do gabinete britânico, bem como as divisões das forças armadas são verdadeiras aulas de delegação.

Entusiasmo
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo“
Mostrar confiança e acreditar verdadeiramente nos resultados são os melhores remédios para contagiar uma equipe. Entusiasmo é um vírus e se propaga. Ninguém quer seguir um cortejo fúnebre, mas milhares de pessoas seguem um trio-elétrico... o princípio é o mesmo, as pessoas se animam com aquilo que se torna possível aos olhos e Churchill fez isso ao mostrar ao povo britânico que eles poderiam resistir a qualquer avanço inimigo.

Oratória
“Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor”
O poder da boa oratória é o que faz a diferença entre líderes e medíocres. Se você tiver a oportunidade de ler sobre os discursos de Churchill, certamente vai entender o porque ele reunia todas as características necessárias. Visão de futuro, confiança, certeza, clareza e eloquência não são habilidades que se compra num supermercado, se desenvolvem com as experiências boas e más que a vida nos oferece.

Determinação
“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”
Já falei que “motivar” não é o melhor caminho, isso passa depois de pouco tempo. O que vale é a confiança e a certeza que algo vai ser feito, que você vai fazer o seu melhor e que tem as habilidades necessárias para realizar o que precisa ser feito.

Acreditar é fundamental.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Muito Além do Heavy Metal

Semana passada foi dia de show.

Iron Maiden em São Paulo, ingresso comprado com três meses de antecedência e uma expectativa danada para ouvir os bons e velhos clássicos novamente ao vivo.

E no meio do show, ao lado de uma multidão, entre tantos pensamentos, fiquei divagando sobre o quanto a música ajuda na formação cultural e na curiosidade das pessoas.

Meus pais acham que aquilo é só barulho, mas as letras abriram caminhos para um mundo que despertou a curiosidade e o fascínio pelos acontecimentos do mundo. É só ter a boa vontade de ir além da melodia e pesquisar um pouco sobre as canções.

Powerslave (antigo Egito), The Rime of Ancient Mariner (poesia Inglesa), Aces High (Segunda Guerra Mundial), Run To the Hills (colonização Americana), Hallowed Be Thy Name (Idade Média) e tantas outras, ao longo dos anos, ajudaram a despertar o interesse pela informação e a busca por novos conhecimentos.

Assim como uma música é capaz de despertar este interesse, qual o papel do profissional desejado em pleno Século XXI?

As empresas, ao contrário do que acontecia antigamente, buscam profissionais prontos, experientes e com sólidos conhecimentos em suas áreas de atuação. Antes a força de trabalho bruta era suficiente em muitos casos, hoje, além desta força, as empresas esperam profissionais com poder de argumentação, decisão e – principalmente – conhecimento. A junção de todos estes fatores é o que transforma, verdadeiramente, o colaborador num patrimônio que merece cuidados.

Ao chegar numa empresa, uma das primeiras coisas que se encontra é a Política de Missão e Visão da Empresa, devidamente emoldurada, gritando para quem se interessar sobre os princípios que norteiam aquele organismo. Infelizmente, a maioria dos colaboradores não sabe qual a Missão e a Visão de sua empresa. No fundo, perde uma oportunidade de ouro de trabalhar consoante à empresa, traduzindo seus esforços em ações estratégicas que beneficiariam ambas as partes.

Então para facilitar, vamos lá:

Missão: O que a empresa faz, para quem faz, para que faz, como faz e onde deve fazer.

Visão: Tradução da Ideologia da empresa (princípios e razão da existência) e planos para o futuro.

Alguns dos grandes autores da administração moderna (Drucker, Kotler, Tilles, Mayo, etc.) tem muitas pistas sobe estas duas palavrinhas.

E recorde-se que nem passamos do hall de entrada da empresa.

Agora é sua vez, aproveite a declaração de sua empresa e reflita sobre ela, talvez as coisas façam mais sentido para você.

E aumente o som... tem muita informação através das músicas.

sábado, 14 de março de 2009

O Remédio Para Todos os Males

Não... esta não é a propaganda daquelas garrafadas milagrosas ou de curandeiros capazes de qualquer milagre: de desvio de coluna até espantar fenômenos sobrenaturais ou mesmo trazer seu time de volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

Constantemente as pessoas se perguntam o que poderiam fazer para melhorar o seu desempenho profissional, a sua colocação na empresa, perder a vergonha de falar em público, ser mais sociável, ter mais habilidade com as situações e tantos outros questionamentos que sempre aparecem.

A resposta que acredito é simples: Leitura.

A capacidade criativa é desenvolvida desde a infância, livros infantis, teatros, pintura, exercícios cognitivos, tudo tem um reflexo no futuro. Imaginar saídas criativas para problemas (o que se chama por aí de inovação), desenvolver novas perspectivas de negócios (vulgarmente conhecido como empreendedorismo) e tantas outras habilidades que as empresas exigem de seus contratados, começam lá no passado, na leitura e no convívio com aqueles que lêem.

Felizes daqueles que estimulam suas crianças à leitura, que mostram um universo imaginário mesmo antes dos pequenos aprenderem a ler. Não espere como num passe de mágica que seus filhos aprendam a desenvolver este hábito. Aqui a osmose não funciona. O exemplo continua sendo o melhor antídoto à falta de imaginação.

Se os jovens soubessem que dentro dos livros encontram-se respostas que a puberdade apenas insiste em fustigá-los, talvez lessem mais. Aqueles problemas existenciais também são contemplados nos livros. As diferenças entre homens e mulheres também. Até as aulas de história seriam ainda melhores com um livro que relata acontecimentos da época estudada.

Se os adultos soubessem que para viajar não é necessário esperar o período das férias do trabalho e que se vai de um pólo ao outro do mundo apenas virando uma página, talvez o universo de cada um fosse um pouco maior, os sonhos mais tangíveis, os medos menos dominadores e as realizações mais prazerosas.

Alguns podem reclamar “mas o livro é muito caro no Brasil”, até onde eu sei, bibliotecas públicas não cobram por seus empréstimos, amigos sempre tem alguns livros disponíveis (mas faça o favor de devolvê-los nas mesmas condições que lhe foram emprestados) e até mesmo a internet tem uma imensidão de arquivos digitalizados para download.

Ah! Tem a desculpa do sono: “eu começo a ler e durmo...”. Isso é compreensível, o cérebro não está acostumado a concatenar idéias, fatos e personagens, pode parecer cansativo a princípio... mas como todo exercício físico, depois de um breve tempo, o corpo se acostuma e faz um bem enorme.

Se você leu este artigo até o fim, já é um princípio. Agora aproveite o exercício, escolha um livro e comece a crescer. Perceba que o mundo é maior do que você imaginava... e o melhor: está ao alcance de suas mãos!

sábado, 7 de março de 2009

Sexo, Futebol, Política e Religião

Alguns medrosos dizem que estes são assuntos que não se discutem. Eu discordo! Discutem-se, opina, concorda e discorda... e que mal tem isso?

Na vida, a gente não deve se esquivar dos assuntos que nos são polêmicos ou desconhecidos, é uma grande oportunidade de se aprender algo novo, um ponto de vista diferente, um conceito revolucionário... qualquer coisa!

Infelizmente, o perfil de grande parte dos funcionários é assim mesmo: não se envolve, não participa, não opina, não diverge de sua linha gerencial, não pergunta... E depois as coisas não evoluem como ele esperava e fica atirando pedra na vidraça dos outros.

Uma coisa é postura, outra coisa é educação. Algumas pessoas, por não possuírem a segunda bem desenvolvida, acabam não entrando numa conversa sobre temas polêmicos e perdem a chance de conhecer algo diferente. E dizem que tem postura. Simplesmente estes não sabem se comportar numa discussão onde pontos divergem dos seus e acabam apelando para o pouco berço que receberam em casa.

O que quero dizer é sobre a Diversidade. Um tema tão bonitinho nas empresas, mas que é pouco aprofundado. É aquele exercício inútil do “eu finjo que entendi, você finge que ensinou”...

Um dos maiores diferenciais de uma empresa é a diversidade cultural, étnica, política e religiosa de seus funcionários. Quando isso é bem utilizado, a empresa possui uma gama de opções para cada necessidade. Imagine uma empresa constiuída apenas de engenheiros, analistas de sistemas ou publicitários. As opiniões seriam tão idênticas que ninguém agregaria nada de novo em sua bagagem profissional.

Só que tem muita empresa que tem medo do novo, do diferente. Assim como tem muita gente covarde, que prefere ficar escondido nos seus “achismos” e acaba não concluindo nada em sua vida... É mais fácil dizer que “não é para mim”, “não tinha clima”, “eu me sinto um estranho no meio”... no fundo, variações do mesmo tema: “eu tenho medo e não sei lidar com a situação... vou me esquivar”. Só isso.

Felizes das entidades que tem a humildade para entenderem que algo é novo ou desconhecido e se dispõe, de maneira desarmada, a conhecer do assunto. Falar de raça, opção sexual, time de futebol ou orientação religiosa nem sempre é o tema mais fácil; respeitar a diferença, então, mais complicado ainda!

Mas com certeza é um ótimo caminho para empresas e funcionários se destacarem e criarem um diferencial competitivo em seus negócios. Só precisa de boa vontade e respeito ao próximo.

Ninguém cresce parado no seu mundinho.

segunda-feira, 2 de março de 2009

De Tampinhas a Embalagens de Cigarro

Um hábito que as crianças da minha época tinham era o de colecionar. Colecionava-se qualquer coisa: tampinhas, latinhas de cervejas ou refrigerantes, rótulos, embalagens de cigarro e carrinhos de ferro.

O que a gente não sabia era que estava guardando mais informações do que simples quantidades de embalagens ou latas... a gente estava acompanhando a evolução das empresas, do marketing e – principalmente – do perfil do consumidor.

Nenhuma mudança acontece à toa, nenhum executivo acorda e pensa “hoje vou trocar a embalagem do meu produto” sem que isso tenha um motivo muito sério.

As embalagens e rótulos nada mais são do que reflexos do momento exato da sociedade e do mundo dos negócios. Elas representam o termômetro do que está acontecendo pelo mundo afora e, por fim, representam uma tentativa de manter aquele produto em níveis adequados de venda e consumo.

Vejamos um exemplo rápido...

Você já reparou o quanto uma embalagem de refrigerante mudou? Antigamente era aquela garrafa de 1 litro e a garrafinha de 290ml, que fazia a alegria no almoço de domingo ou nas festinhas infantis respectivamente; depois veio a latinha de ferro, que foi substituída pela latinha de alumínio, a embalagem PET de 2 litros, de 2,5 litros, de 1,5 litro, a PET de 600ml até chegarmos as edições comemorativas com 3 litros.

O que é isso, senão a adequação das indústrias ao momento social, ao aumento do poder aquisitivo, à individualidade do ser humano, às confraternizações, etc.


Isso sem falarmos da praticidade do plástico quando se popularizou e ao retorno da embalagem de vidro quando o plástico representou uma preocupação ecológica. Afinal de contas, nenhum empresário queria ver uma reportagem sobre a degradação do meio ambiente, mostrando um rio, cheio das suas garrafas plásticas boiando...

A todo instante as indústrias estão se adequando ao consumidor.

Uma passadinha rápida no supermercado também pode ajudar-lhe a entender porque existem embalagens tão pequenas de massa de tomate, de enxágües bucais, creme dental, shampoo, pacote de arroz de 1 quilo ou embalagens de salada cortadas e prontas para o consumo. O perfil do consumidor muda e tem muita gente morando sozinha, o que abre novas perspectivas de mercado.

Se você é um adepto das coleções, certamente já deve ter percebido isso com o passar do tempo. Se não é, aconselho-o a começar uma coleção qualquer e perceber que estes produtos acompanham a evolução do mundo e do consumidor.

Aproveite e desperte em seu filho, caso o tenha, o gosto por colecionar. É uma forma divertida e interessante de perceber que tudo evolui, até uma embalagem de chocolate ou uma latinha.


Depois a nostalgia toma conta do resto...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pode Parar com a Motivação!

Se tem uma palavrinha chata que é usada a todo instante é a tal da “motivação”. São dois os motivos que me levam a não gostar da palavra “motivar”.

1 – Ela vem do latim movere, que significa mover ou estar em movimento
2 – Se você embaralhar as letras de motivar, vai obter vomitar...

O que leva alguém a estar motivado? Recompensa Imediata, só isso... Isso me lembra os estudos de Skinner.

Skinner, psicólogo americano, professor de Harvard, desenvolveu um aparelho chamado Caixa de Skinner, que nada mais era que um caixote onde um rato era colocado dentro e que continha apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento. Se o ratinho apertasse a alavanca, um pedaço de queijo caía onde ele estava, recompensando-o.

Ou seja, ele só fazia isso quando sentia fome, só quando precisava. Ou seja, ele tem o que chamamos de Ação Imediatista!

E a capacidade evolutiva? A vontade de ser melhor? De progredir? Ou pelo menos fugir daquele caixote, onde ficava?

O ser humano as vezes é assim também, só sai da sua inércia quando as coisas apertam, só quando “a água bate” é que ele se mexe...

Profissionalmente falando, muita gente se comporta da mesma forma... fica esperando as coisas caírem do céu e depois reclamam quando não acontece e elenca toda sorte de desculpas e culpados para encontrar justificativas.

A palavra certa, logo, não é motivação. É Determinação.

Determinação é aquilo que te faz ir adiante, independente de ser recompensado ou não, porque você sabe que este é o caminho, que não existe espaço para quem quer ficar parado ou esperando. Você segue adiante porque é necessário e ninguém vai se lembrar de quem ficar lá atrás. Você faz o seu melhor, simplesmente porque você é assim.

Winston Churchill, Ayrton Senna , Patch Adams, Irmã Dulce e tantos outros, são bons exemplos de pessoas determinadas. Eles fizeram o que tinha de ser feito. Alguns com condições favoráveis, outros com suporte financeiro, outros contra tudo e contra todos... não era o dinheiro que importava... era a vontade de fazer direito, de fazer bem feito, porque este era o único jeito que eles entendiam suas tarefas.

Não seja mais um rato que vai comer a sua porção de queijo só quando tiver fome, determine-se a viver num mundo melhor e fazer o seu melhor, nenhuma ratoeira vai te prender... nem um caixote.

Que todos nós possamos ser determinados, o mundo agradecerá!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Por onde anda o Quinto "P"

Se tem uma teoria que ainda sobrevive ao tempo, apesar de tudo, é a Teoria dos 4 P’s, também conhecida como Composto de Marketing ou Marketing Mix.

Apesar de todo mundo achar que o pai da criança foi Philip Kotler, o verdadeiro pai foi Prof. Jerome McCarthy nos anos 60, que utilizou os estudos de Neil Borden, que por sua vez baseou-se em estudo de James Culliton. Ou seja, cada um levou um pouco da fama pelo sucesso do filho que nem era seu.

Cada “P” tem um significado:
1. Product
Aqui são discutidas as particularidades do Produto, como características, design, posicionamento de mercado, concorrentes, etc.
2. Price
Que estuda as formas de valor deste produto, como preço final, formas de pagamento e financiamento (se necessário), etc.
3. Promotion
Entenda por promoção a parte de propaganda e publicidade, a comunicação e demais elementos que este amplo leque lhe oferece.
4. Place
Aqui a gente estuda sobre as lojas, os pontos de venda, canais de distribuição, logística e tudo mais que envolve a Praça onde o produto está inserido.

Mas, lamento-lhes informar. Esta teoria, embora muito utilizada tem um erro grave, que sempre me deixa invocado quando percebo alguém utilizando-a. Com tantos “P” e tantas coisas importantes para apurar, o principal “P” não está contemplado, embora tenha muita gente que diga que ele está escondido em algum lugar entre os quatro.

Cadê o quinto “P”? Cadê a Pessoa neste estudo?

Parece-me muito estranho que se consiga fazer o mapeamento de todo o canal de distribuição, precificação, composição do produto e divulgação, mas não tenha dado a devida importância a QUEM vai consumir tal produto.

Foi-se o tempo em que o consumidor era apenas o final da cadeia alimentar. Hoje em dia, cada vez mais, as empresas sabem que se essa peça do tabuleiro não for atendida conforme as suas necessidades, de acordo com suas expectativas e conforme a sua freqüência de consumo, não tem praça, produto, preço ou promoção que faça o danado comprar...

Inserir o quinto “P” neste estudo, talvez seja um bom caminho para entender porque alguns produtos fracassaram no mercado, mesmo que parecessem boas idéias.

Boa sorte!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Você Tem Certeza?

O artigo de hoje não vem para falar de nenhuma teoria administrativa ou ferramenta da qualidade específica, nem das práticas comuns ao RH na condução de suas atividades.

Simplesmente vamos falar do príncipio mais importante que norteia todas as ciências e que faz as coisas acontecerem...

Responda rápido:
Qual a semelhança que existe entre o avião, o automóvel, o refrigerante em latinha, um DVD, a calça jeans, a escova de dente e qualquer outra coisa que você pensar?
Para todas, um componente idêntico foi usado na sua construção: A Dúvida.

A humanidade só evoluiu porque, em algum momento, alguém duvidou da ordem existente e se questionou se aquilo não poderia ser melhorado.

Andar de carroça ou carruagem no século XIX era o máximo... até que alguém duvidou se não seria possíel dar uma envenenada naquela geringonça e chegar mais rápido do que os outros...

Viajar de navio ou trem no início do século XX, convenhamos, era um porre para qualquer um... daí alguns sonhadores duvidaram do que era oferecido e resolveram imitar os pássaros... o resultado a gente conhece.

E assim, sucessivamente, a humanidade foi duvidando do que existia e começou a melhorar ou criar coisas novas... Quando existia algo era só uma questão de melhorar... Quando não existia, a necessidade fazia o serviço final...

Se considerarmos os dias atuais, isso pode ser chamado de Processo de Melhoria Continua, ou seja, encontrar o que existe em perfeito funcionamento (ou não) e melhorar... melhorar sempre... nunca se dar por satisfeito!

O que me incomoda mais é saber se VOCÊ, na sua vida, também está fazendo o mesmo. Todo mundo sabe onde apertam seus calos e onde dói mais. O que VOCÊ está fazendo para melhorar isso? Quer seja na sua vida pessoal, profissional, educacional ou social...

Duvide! Duvide a cada instante. Duvide de tudo.
Mas não seja aquela oposição vazia que só reclama e não faz nada para melhorar: “Uma andorinha só não faz verão”, “Sou peixe pequeno perto destes tubarões”, “Isso não é pro meu bico”... desse tipo derrotista, a humanidade já está saturada.

Que a sua dúvida seja o princípio da mudança, independente do tamanho desta mudança. Basta duvidar, acreditar e realizar. O princípio da mudança e da melhoria existe dentro de você... é só despertá-lo.

Ou você duvida disso também?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Arrume Essa Bagunça!

Todo mundo deve ter ouvido isso da mãe durante a infância (alguns marmanjos ouvem até hoje)... especialmente quando o quarto estava uma zona e ninguém conseguia andar por ele, tropeçando em brinquedos, roupas espalhadas e sapatos desparceirados.

Talvez você não saiba, mas sua mãe estava executando uma das ferramentas da qualidade mais simples e eficientes que existem: o 5S. Uma metodologia de trabalho, baseado em cinco posturas que fazem maravilhas na sua empresa e na sua vida.

Seiri (Utilização)
Simplesmente separar o que é útil do que não é. É aqui que você vai separar o que é útil daquilo que vai ser descartardo (o que não presta).

Seiton (Organização)
Uma vez que você já sabe o que é útil, basta organizar tudo isso, de acordo com a sua freqüência de uso ou facilidade de acesso.

Seisou (Limpeza)
Uma vez que tudo foi organizado, é muito mais fácil (e muito mais inteligente) manter a nova ordem e cuidar para que não fuja do controle.

Seiketsu (Saúde)
Pode parecer loucura, mas a sua produtividade e a sua concentração melhoram com tudo que foi descrito acima; logo, a sua saúde agradece... menos stress e menos irritação.

Shitsuke (Autodisciplina)
Com o tempo, tudo isso se torna automático e você descobre que é possível ser organizado sem que sua mãe tenha que te lembrar todo fim de semana.

Então, depois dos conceitos básicos, vamos pensar de maneira prática...

Convido a todas as mulheres a olharem as suas bolsas... aos homens para olharem suas carteiras ou o porta-luvas do carro...

Será que tudo o que está aí dentro é útil?
Será que tudo está organizado?
Será que não dá para jogar um pouco de papel (como recibos de pedágios antigos, tickets de cartão de crédito, papel de bala ou de rascunho) fora?
Será que faz sentido ficar carregando peso inutilmente?
Será que não dá para fazer disso um exercício freqüente?

Se você fez esta análise e conseguiu se livrar de algo inútil ou desnecessário, parabéns! Você já está apto a praticar o 5S em todos os lugares... de casa ao escritório.

E sem que a sua mãe precise gritar para te lembrar!

domingo, 25 de janeiro de 2009

A Rádio Peão Informa a Temperatura

Toda empresa tem sua rádio peão... que é aquele comentário extra-oficial que anda pelo café, pelo refeitório e nos happy hours que sempre acontecem...

A empresa tem que aproveitar e colocar estes comentários numa maneira séria de análise. Isso tem nome: Pesquisa de Clima Organizacional (PCO).

É uma forma de quantificar e qualificar o que a rádio peão anda falando alhures. É realizada com critério, permitindo que as pessoas – de maneira anônima – falem o que pensam e dêem sugestões de melhoria.

O resultado é como se analisássemos a temperatura: calor demais é sinal que alguma coisa vai ferver (e vão fritar alguém); frio demasiado é sinônimo de apatia e desinteresse (e ninguém está levando nada a sério).

Mas as empresas nem sempre reagem de acordo com o objetivo da pesquisa.

Quando ela é massacrada nos resultados, inicia-se uma caça às bruxas, reuniões acaloradas e pescoços na guilhotina, como nos tempos medievais.

Quando os resultados são positivos, ela se acha a gostosona do pedaço e, pior, não dá importância para pequenos comentários que podem significar uma grande oportunidade.

Não existe um modelo de PCO pronto. Cada empresa deve elaborar o seu, de acordo com sua experiência e suas expectativas. Nunca pergunte o que você não quer ouvir ou que não tem competência para realizar.

Entretanto, a empresa deve pensar em alguns pontos chaves, que são obrigatórios para quem quer evoluir e melhorar a coexistência (e os resultados) da empresa com seus colaboradores. Vamos a estes pontos:

Administrar Competências: Cada empresa demanda por determinados profissionais, promover o desenvolvimento de sua equipe de acordo com suas necessidades é uma arte. E valoriza-los por isso também!

Administrar Lideranças: Nem sempre o gerente amigão é a melhor opção. Nem sempre o gerente carrasco é a pior escolha. O que importa e será demonstrado é o quanto cada um deles contribui para os resultados e para as equipes.

Administrar Qualidade de Vida: Porque a vida do colaborador também lhe diz respeito; desde as condições gerais do ambiente de trabalho até os problemas extra-empresa.

Administrar o Futuro: Perceber tendências, expectativas e anseios é a garantia de que a rotatividade será pequena, que sua empresa é atraente aos olhos do mercado e, por fim, que você não vai fechar as portas ou afundar em dívidas trabalhistas.

Transforme a rádio peão num instrumento estratégico e gerencial.

E ganhe com isso!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Exorcizando o Capeta do Outsourcing

Se existe um termo que é constantemente colocado na cruz é este. Muito se fala e pouco se conhece... não precisa nem dizer que a confusão é grande, né?

Os mais terroristas chamam isto de demissão em massa. Mas o capeta não é tã feio assim... vamos refletir um pouco...

Sua empresa contrata uma agência de publicidade, que cuidará dos impressos, catálogos, comerciais e todo tipo de publicidade que seu negócio utilizará.

A agência, por sua vez, contratará uma gráfica para produzir o material.

A gráfica, por sua vez, contratará uma fornecedora de papel e tintas.

A fornecedora, por fim, contratará uma transportadora para levar a carga de material até a gráfica.

Em resumo... entendeu o que é outsourcing?

Cada empresa concentra suas atividades de acordo com o que sabe fazer. Não faz sentido uma escola de idiomas contratar uma equipe de publicitários completa, uma impressora rotativa para produção de materiais e nem plantar eucaliptos para extrair deles o papel necessário para o material gráfico. Isso só aumentaria os custos fixos da escola. Ela concede à outra empresa a responsabilidade sobre isso.

Ou seja, tem gente especialista neste assunto e sai bem mais barato, dando a oportunidade de você se concentrar apenas naquilo que sua empresa faz (o famoso core business), além de melhorar os indicadores da economia, com a fomentação de novos negócios.

De maneira mais simples, seria a mesma coisa que você resolver comer uma pizza no sábado e fosse obrigado a plantar o trigo, fazer a massa, ter uma vaquinha no quintal para produzir leite, transformá-lo em queijo, uma horta com manjericão e tomate, um forno a lenha construído do lado do microondas, madeira e muita paciência... sem falar na sujeira que ficaria pela casa.

Bem mais fácil pegar o telefone e ligar para a pizzaria, né? Rápido, limpo, gostoso e barato... e entregue na porta de casa!

A gente faz isso o tempo todo... sempre delegamos a outras empresas algumas funções que não são essenciais a nosso negócio, mas que sem elas também não conseguiríamos realizar nossas atividades.

Viu só? Não é tão assustador assim esse termo...

domingo, 11 de janeiro de 2009

PDCA no Carnaval

Quem diria!
O carnaval é uma grande oportunidade para aprender um pouquinho daquilo que Shewart e Deming divulgaram como um processo de melhoria contínua nas empresas. Aprender a sambar é em outro blog!
PDCA é um ciclo de desenvolvimento que implica no pensar das quatro palavras que geram esta sigla. Plan (Planejar), Do (Executar), Check (Controlar), Act (Agir).

Então vamos pensar no carnaval, colocá-los na avenida e ver como isso é na prática...

Plan (P)
É muito bonito ver uma escola de samba na avenida, desenvolvendo um enredo e compondo alas que representam cada trecho da música. Mas para que tudo isso funcionasse, existiu planejamento, estudo, análise, pesquisa, simulações e um cronograma gerenciado por todos os envolvidos no projeto. Pergunte para um diretor de escola de samba quanto tempo antes o desfile é pensado...
Ou seja, primeiro se identifica o que quer, depois se estabelecem metas e métodos para alcançá-las.
Ninguém, profissionalmente, junta um bloco e sai batucando de qualquer jeito...

Do (D)
Para que as coisas funcionem é necessário treinar a equipe com o método definido.
Ensaios são planejados nos barracões, passistas sambam à exaustão, costureiras trabalham durante todo o ano de acordo com os modelos recebidos, a bateria vai se harmonizando com o samba-enredo e com o ritmo, carros são verdadeiramente esculpidos e construídos...
E o mais interessante é que todos fazem isso de maneira harmônica, porque sabem qual é o objetivo final, aonde se quer chegar e qual o cenário do mercado concorrente. É o sonho de toda empresa, ter uma equipe integrada e alinhada com seus objetivos.

Check (C)
Eis que chega o momento mais crítico. O momento de colocar tudo em prática. É o momento de “ir ao mercado” e ver se a aceitação do seu produto é de acordo com as expectativas do seu público consumidor.
E o pior (ou melhor)... haverá toda uma comissão analizando cada ponto do seu desfile, como um controle de qualidade, que se atentará a cada detalhe que é importante... Desde a apresentação (comissão de frente) até o encerramento do contrato (ala de fechamento do desfile).
E não adianta desculpas... ou as coisas funcionam ou a escola de samba é rebaixada. Atrasos são imperdoáveis também. No mundo das empresas, as coisas não são tão diferentes assim...

Act (A)
Depois da alegria ou da tristeza do desfile, é hora de corrigir o processo e evitar o que deu errado ou que saiu abaixo do esperado.
Se alguma coisa deu errada, este é o momento de pensar no que pode e deve ser melhorado... concorrência existe e o mercado não perdoa falhas...
Se tudo deu certo, também é este o momento de pensar no que pode e deve ser melhorado... concorrência existe e o que é bom hoje pode não ser amanhã...
E o mais interessante é que ninguém promove uma caça às bruxas; todo mundo aceita os erros e acertos como parte do processo e trabalham, ainda mais, para que no próximo ano o resultado seja melhor.
Será que a administração, os projetos e o controle de qualidade estão tão longe assim do carnaval? Isso sem falarmos no gerenciamento de pessoas...

Aproveite o momento folião e faça a diferença!