domingo, 25 de março de 2012

Ser Moderno é Questão de Sobrevivência

Uma das minhas frases favoritas vem do naturalista inglês Charles Darwin, autor da teoria da evolução das espécies, através da seleção natural.

Seus estudos representam um divisor de águas nos estudos que, embora possam ser catalogados como Biologia, vou ter o atrevimento de levá-lo até a Administração.

O que disse Darwin:

"Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente; mas sim aquele que melhor se adapta à mudança".

Se observarmos algumas empresas, vamos identificar este mesmo modelo naturalmente seletivo e descobrir porque algumas empresas existem há mais de 100 anos e, outras, não conseguem completar uma década de existência.

Adaptação. Esta é a palavra chave dos estudos de Darwin e das organizações.

Você já reparou como uma enxurrada de empresas tem usado termos e discursos coerentes com o meio ambiente, com a responsabilidade social, com o planeta, com a economia de recursos naturais e a reutilização/reciclagem de algumas outras coisas?

Não se espante! Não são empresas que, subitamente, ficaram boazinhas e agora estão preocupadas com o próximo, com a comunidade ou o país. São empresas que estão antenadas às tendências de mercado e se não se adaptarem a elas, provavelmente serão esquecidas por seus clientes.

Já encontrei mais de um diretor de empresa que me afirmou que os processos de certificação não servem para nada em termos práticos, mas que sem eles a aceitação da empresa pelo mercado, a lucratividade e o desempenho dos negócios seriam infinitamente menores.

Então, estamos falando de estratégia, correto? A percepção de oportunidades e problemas (exatamente como na clássica Análise SWOT), potencializadas ou minimizadas de forma a não impactar o desempenho operacional.

Alguém pode até dizer que isto não é ético, mas é parte do jogo e dos negócios.

Existem empresas, sim, que possuem em seu DNA estas preocupações, mas muitas empresas (e eu diria a maioria delas) tratam a questão apenas como uma adequação de negócios.

De toda forma é bom para a sociedade como um todo. Só precisamos da torcida para que tudo isto não seja uma moda passageira, mas um comprometimento real.

Até a próxima.

domingo, 18 de março de 2012

Empresa: Formadora de Talentos

Você já deve ter percebido o crescente uso do termo “Universidade Corporativa” nos meios empresariais.

De igual forma, o crescente número de estudantes no ensino superior e, também, as solicitações por cursos superiores nos processos de recrutamento.

Algumas empresas, cientes destas necessidades, optaram por trazer o modelo universitário para dentro de seus domínios, capacitando seus funcionários e, principalmente, direcionando os cursos e as pesquisas às necessidades de suas atividades fins.

Antigamente, as empresas ofereciam apenas o benefício de bolsas integrais ou parciais para que seus funcionários realizassem o ensino superior e, com isso, aumentava o capital intelectual percebido dentro da organização.

A diferença principal era que, ao se oferecer apenas bolsas, o aluno optava por um dos cursos que a empresa permitia-se custear, mas que não estava necessariamente alinhado às necessidades organizacionais.

Com a universidade corporativa não acontece este problema. Os cursos oferecidos dizem respeito às atividades desenvolvidas pela empresa e, logo, todo o direcionamento de estudo e pesquisa vai de encontro a estas necessidades.

A implantação de uma universidade corporativa é complexa, uma vez que implica o conhecimento do universo acadêmico, das exigências curriculares, procedimentos obrigatórios, elementos comprobatórios e toda a sorte de padrões exigidos pela sociedade, pelo MEC ou pelo próprio mercado.

A saída que muitas empresas encontram é a parceria com faculdades e universidades públicas ou privadas para que estas prestem este serviço nos domínios da empresa. E esta parceria é um dos principais caminhos que a pedagogia empresarial pode se utilizar; o processo é interessante para ambas as partes.

Só é importante frisar, antes de concluirmos, que uma universidade corporativa é diferente dos processos tradicionais de treinamento e desenvolvimento. Afinal de contas, não estamos falando de um curso pontual de baixa carga horária, estamos falando de ensino superior regulamentado... e isso faz toda a diferença!

Até a próxima!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Simulando o Futuro com a Campus Party

Vamos falar um pouco sobre o futuro...

Sempre existe a curiosidade de saber como as coisas serão, o que acontecerá em termos de tecnologia e, principalmente, quais características serão importantes nos profissionais do futuro.

Então, aqui vão algumas pistas simples:

• 7 mil profissionais reunidos, trocando informações e experiências
• Internet rodando com conexões de 20 GB
• Aproximadamente 200 mil pessoas visitando o mesmo espaço diariamente
• Geração de mais de 500 horas de conteúdo
• Presença de representantes de todos os estados do país
• As maiores empresas de Recrutamento e Seleção se fazem presentes

Tudo isso para ilustrarmos um pouco o que é a Campus Party, o principal evento de inovação, ciência, cultura e entretenimento digital.

Durante alguns dias, pessoas de todos os lugares do Brasil se reúnem em São Paulo para discutirem as principais tendências do mundo digital, apresentar soluções tecnológicas, divulgar suas iniciativas, navegar em alta velocidade e, principalmente, aprender e trocar experiências.

Não é por acaso que as principais empresas de Recrutamento e Seleção se encontram nestes eventos com muitos de seus melhores headhunters procurando por talentos únicos, com ofertas de salários e benefícios vindos de grandes corporações.

Se expressões como geeks, wiki, overclocking, modding, IPv6, cloud computing, moodle e tantas outras lhe parecem estranhas, então é hora de você se aprofundar neste universo expansível da tecnologia e ajudar a pensar sobre o que acontecerá no futuro.

Antigamente, uma pessoa aficionada por tecnologia era chamada de nerd, era motivo de gozação entre as turmas e sinônimo de pessoa estudiosa e “bitolada”. Pois bem, este nerd cresceu, desenvolveu produtos que a maioria das pessoas utiliza em seu cotidiano e ainda continua pensando sobre o futuro, inovação e tecnologia.

Uma ótima oportunidade para deixar os conceitos pré-concebidos de lado e permitir-se participar desta fascinante (e irreversível) evolução tecnológica.

No próximo ano, a Campus Party será ainda maior, fique atento e participe!

Até a próxima!


 

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Diferença Entre Jogo e Evento

Qual seria sua reação, se a empresa que você trabalha apresentasse estes números como desempenho em pouco mais de três horas de atividade:

• 6,5 milhões de menções no Twitter
• 10 mil posts por segundo nos EUA
• Mais de 110 milhões de espectadores
• Mais de U$ 1,7 bi gerados em negócios
• 1,3 milhões de garrafas de cerveja consumidas
• 3,7 ton de pipocas e 12,7 ton de batatinhas consumidas
• Um show da Madonna para animar seus convidados
• Mais de U$ 400 milhões de receita gerada na cidade

Estes são números primários do último Super Bowl (edição 46), que aconteceu em Fevereiro de 2012, em Indianápolis (USA).

Os números dizem respeito a consumo de produtos, espectadores, receitas geradas, vendas e todos os outros indicadores que qualquer empresa também utiliza. Tudo é medido, tudo é monitorado, de asinhas de frango consumidas até índices de audiência.

Tudo isso, para provar que não estamos falando de um “jogo”, estamos falando de um “evento”. E é esta tônica que deveria nortear os esforços de todos os empresários e administradores quando pensam em suas empresas.

Tudo tem que ser tratado como um “evento”, um acontecimento único e especial. É esta a mágica que os promotores de eventos americanos tanto se especializaram ao desenvolverem campanhas e estratégicas promocionais.

Você pode ir a qualquer evento por lá: um jogo de baseball, basquete, pôquer, hóquei, futebol americano, queda de braço, corrida... não importa... por mais simples ou bizarro que um esporte possa parecer, lá eles são levados a sério, de tal forma que o objetivo principal é capitalizar com todas as ações periféricas que o envolvem.

O Brasil tem um filão interessante em mãos: o futebol é acompanhado pela maioria esmagadora da população e são pouquíssimos os clubes que conseguem potencializar resultados com isso.

Se nem o futebol aqui é bem administrado, imagine como é difícil para capitalizar com outros esportes de menor audiência ou popularidade.

É este esforço monstruoso que existe nos eventos americanos que o empresariado brasileiro deve conhecer em detalhes.

Pode significar a distância entre o sucesso ou o esquecimento.

Até a próxima!