domingo, 29 de agosto de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (II)

Alguns nomes se transformaram, ao longo do tempo, em sinônimo da marca e, no caso específico de hoje, de uma mentalidade e de uma das grandes linhas de pensamento da escola da administração.

Henry Ford (1863-1947) talvez seja o nome mais emblemático desta saga que a administração vem trilhando em buscar soluções estratégicas para o desafio dos negócios e da racionalização dos recursos.

Seu primeiro automóvel foi construído em 1893 e, ao contrário do que podemos pensar, a sua circulação pelas ruas de Detroit em 1895 era considera um estorvo, primeiro porque assustava os cavalos das carruagens, segundo porque despertava a curiosidade das pessoas em entender aquele sinistro caixote sendo guiado e, por fim, porque era barulhento e atrapalhava a ordem local.

Tudo isso são fatores interessantes, que poderiam minar a determinação deste personagem mas, mesmo com uma avaliação negativa e uma oferta tentadora de continuar a trabalhar na Light Company (empresa de Thomas Edison), Ford resolveu abandonar o seu trabalho e seguir a sua vontade: produzir carros para grandes massas.

Não foi algo tão romântico ou simples assim, passaram-se muitos anos até que o Ford-T começasse a ser produzido de maneira comercial e vendido às massas, como assim desejava seu fundador.

Depois de uma tentativa frustrada e com 40 anos de idade, Ford se juntou a outros 11 investidores e formaram a Ford Motor Company em 1903.

As contribuições deste empreendedor são inúmeras e uma das mais significativas em seu legado foi a linha de montagem seqüenciada, uma verdadeira revolução no planejamento da produção e na finalização de seus automóveis.

Ford impressionou a todos quando, em 1914, remunerou seus funcionários com o pagamento de 5,00 dólares por dia (mais que o dobro do salário de seus trabalhadores). Isso diminui a rotatividade e, de quebra, trouxe os melhores mecânicos de Detroit para trabalharem em sua empresa. É um dos primeiros registros do que se classifica como "salário de motivação".

O resultado de toda essa persistência é a empresa hoje mundialmente conhecida, fruto de uma vontade de um ex-mecânico de tratores na fazenda de seu pai.

Utilizando as próprias palavras de Henry Ford: “Se você pensa que pode ou se você pensa que não pode, de qualquer forma, você tem toda a razão”.



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sobre os Pais

Para entendermos o significado da palavra “Pai” é necessário uma revisão histórica, além de uma consulta aos dicionários.

Encontramos a origem da palavra no Latim (patre) e seu significado está atrelado ao sentido de genitor ou gerador, aquele que auxilia no processo de criação e de cuidados para com uma nova pessoa.

O Dia dos Pais, como hoje é celebrado, tem origem incerta, alguns atribuindo a antiga civilização babilônica, quando um jovem chamado Elmesu fez um cartão a seu pai, desejando-lhe saúde.

Comercialmente, esta data iniciou-se no século XX, quando uma jovem americana chamada Sonora Louise resolveu criar uma forma de homenagear seu pai. A idéia ganhou força e vários locais começaram a adotar idéia semelhante.

Curiosamente, se pararmos para perceber, utilizamos a palavra pai em inúmeras ocasiões, não restritas apenas aos nossos pais...

Existe o “Pai da Aviação” com Santos Dumont, o “Pai da Administração Científica” com Taylor, o “Pai da Medicina” com Hipócrates, o “Pai da Psicanálise” com Freud e, mais utilizada por quase todas as religiões: Deus, como o Pai Supremo.

O importante é perceber que todos estes (e muitos outros não mencionados) nos remetem a figura da criação, da iniciativa, da proteção, do mostrar um caminho valioso na aplicação prática das coisas; independente da área, temos alguém que é capaz de nos ajudar e de estar presente. Exatamente como fazemos quando recorríamos aos nossos pais pedindo ajuda.

Nos ambientes de trabalho, quando um coordenador, gerente ou diretor consegue trabalhar em sintonia com sua equipe, costumamos chamá-lo de “paizão”, pois é uma pessoa confiável, íntegra e que busca – sempre – o bem de todos os que estão em volta.

Acredito que ser pai é exatamente isso: estar imbuído das responsabilidades e, por prazer e amor ao próximo, consegue doar-se e buscar o melhor para aqueles que ele se sente responsável.

Tenho o prazer de diariamente ouvir a palavra “pai” de minha filha (hoje com sete anos). Certamente é a palavra mais doce que chega aos meus ouvidos e a mais pesada também. Ali tem meu maior tesouro, me chamando para ajudá-la, ensiná-la e compartilhar cada momento, cada medo, cada vitória, cada derrota, cada tristeza e cada alegria.

Que este dia seja um momento de paz para todos nós. Sejamos pais biológicos, de coração ou simplesmente tenhamos colaboradores que contam com nossa direção e nosso apoio.

O prazer da vida reside exatamente nas pequenas reflexões.