sexta-feira, 19 de abril de 2013

10 Anos

Meu texto hoje não vai falar sobre administração ou recursos humanos. Peço licença para escrever com o coração e não com a mente. Quero falar de família e não de empresas.

Exatamente 10 anos atrás, no dia 19/04/2003, minha vida ficou completa quando Deus me ofereceu a chance de ser pai e trouxe a Melissa ao mundo, fazendo meu mundo mudar radicalmente para melhor.

Lembro de cada um destes 10 anos ao seu lado, de cada uma das brincadeiras, dos passeios, das viagens, das reprimendas e das risadas. Foi por conta de você Melissa, que eu decidi me especializar, me transformar num profissional mais capacitado e que pudesse lhe oferecer exemplos.

Isso não foi nenhum esforço, não foi nenhum sacrifício. Foi apenas objetivo, plano e ação. Da mesma forma que instruímos nossos colaboradores a cumprirem uma meta, minha maior meta é ser teu pai, presente em todos os instantes da sua vida.

Sinto prazer por tudo que construímos juntos, sinto alegria por cada instante e sinto saudades também daquele bebê lindo, que acostumei a chamar de baixinha e, hoje, já está quase do meu tamanho.

Se eu pudesse escolher entre todas as pessoas do mundo, aquela que eu gostaria que fosse minha filha, não tenha dúvidas: eu escolheria você!

Amar é participar, é viver junto do outro, é alegrar-se com cada pequena conquista e aprender junto com cada pequena derrota.

Temos muitos desafios ainda pela frente, mas a caminhada ao seu lado é sempre muito mais gostosa e mais divertida.

Espero sempre ser o pai presente, aquele que te acompanha, que te incentiva, que te corrige e que te apóia.

A nossa vida só se completa quando nossos filhos crescem e ganham o seu próprio mundo. Sou testemunha ocular deste tempo e vejo que você começa a construir o seu mundo.

Melissa, estarei sempre aqui para te apoiar, te ajudar e ser teu amigo. Nossa amizade é eterna, conte sempre comigo.

Obrigado por fazer destes 10 anos os melhores anos que eu vivi até hoje!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

E as Lojas de CDs?

Um pouquinho antes do Natal, estava com um amigo que queria comprar um CD para sua esposa... Até aí, nada de anormal, correto?

O problema foi que a gente tentou comprar o CD em uma loja, no centro da cidade, como fazíamos algum tempo atrás.

Qual não foi a surpresa ao perceber que uma lojinha de CDs já não faz parte mais do cenário de uma cidade.

Poderíamos encontrar o CD, talvez, num hipermercado ou num magazine, mas dificilmente haveria uma loja exclusivamente para venda de CDs. Exceção feita à Galeria do Rock em São Paulo, onde ainda existem lojas destes produtos, foi uma sensação estranha perceber que isso é parte do passado.

Da mesma forma, alguns hábitos são abandonados. Quantas vezes a gente não se percebe com hábitos estranhos, que já não são mais necessários e, mesmo assim, ainda nos sentimos dependentes deles?

• Você ainda recebe extratos bancários pelo correio?

• Vai até a agência bancária fazer seus pagamentos?

• Faz pagamentos com cheque?

• Escreve cartas para dar notícias?

Da mesma forma, não se justifica mais pensar em educação como uma única forma possível. Da mesma forma, não faz sentido pensar as relações humanas com o mesmo conjunto de valores de 20, 30 ou 40 anos passados.

É chegado o tempo de evoluir, de entender que as coisas inexoravelmente caminham em uma velocidade diferente, que precisamos acompanhar para não ficar à margem da sociedade.

Com relação ao CD, a solução foi comprar por intermédio de um site de e-commerce ou então, entrar no iTunes® e comprar exclusivamente as faixas que interessavam, para ouvi-las num dispositivo móvel, acoplado a um sistema de compartilhamento de informações e comentários baseado em feeds de outros usuários!

Que mundinho moderno, não?

Até a próxima!



sábado, 16 de fevereiro de 2013

O Lado de Dentro

Pode parecer redundante, mas cada vez que percebo uma empresa com uma fachada linda, com um site poderoso e com equipamentos de última geração, fico pensando como é o lado de dentro.

Todas estas coisas são externas, são fachadas...

Ter equipamentos de última geração é oferecer a possibilidade de ser referência naquilo que se executa e, principalmente, oferecer rapidez, confiabilidade, volume e eficiência nos negócios.

Mas as pessoas que utilizam estes equipamentos (o lado de dentro) estão verdadeiramente capacitadas e motivadas para operá-los? Se não estiverem, não importa o equipamento.

Cansei de ver empresas com uma aparência requintada, convidativa e agradável de se conhecer, mas que possuem um clima organizacional ruim, uma rotatividade de pessoal acentuada e um nível motivacional baixo. Ou seja, o lado de fora está bonito, mas o lado de dentro continua deplorável. Será que a aparência vai contribuir com algo mesmo?

Não adianta o discurso ser bonito. Não basta que o anúncio emocione. É preciso competência para que o lado de dentro seja a principal engrenagem de uma empresa.

Faça um exercício e pense numa empresa que você considera referência, em qualquer segmento, de qualquer tamanho.

Porque esta empresa é tão importante?

  • Seus produtos são bons?
  • Seu atendimento é eficaz?
  • Sua credibilidade é alta?
  • A lucratividade é um bom investimento?

Depois de encontrar as melhores respostas, certamente você encontrará o lado de dentro desta empresa.

Produtos são bons porque existem pessoas que o desenvolveram; o atendimento é eficaz porque existem pessoas capacitadas, habilitadas e motivadas para tal; credibilidade é algo que advêm de pessoas e lucratividade só se consegue se existir competência em todas as etapas.

Agora é a vez de você perceber o seu lado de dentro.

Até a próxima!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Erros no Recrutamento e Seleção - Parte II

Na semana passada, falamos sobre algumas situações em que os candidatos precisam se preocupar durante o processo de recrutamento e seleção. Mas não são apenas as pessoas que erram durante este processo. As empresas erram tanto (ou mais) que os candidatos.

Cada vez que um processo seletivo é demorado ou que os resultados não atendem aos anseios da empresa, toda a área de pessoal deve fazer uma análise crítica e verificar se alguns dos erros abaixo não são cometidos:


Recrutamento Inadequado

Entenda por recrutamento inadequado toda e qualquer situação que a empresa faz e que não atende os objetivos que, previamente, deveriam ser estabelecidos:

• Anúncio mal redigido;

• Divulgação (jornal, revista, internet, etc.) inadequada;

• Utilização de uma agencia de empregos apenas por questões financeiras ou de proximidade com a empresa;


Seleção de Currículos

Não é uma das atividades mais legais do dia, a leitura de 100 ou 200 currículos. Este processo de garimpagem deve ser realizado por pessoas gabaritadas.

• Por ser uma atividade cansativa, muitas vezes é o auxiliar ou o estagiário da área de recursos humanos que fazem a leitura e a seleção dos currículos;

• Não existência de um critério formal para auxiliar na seleção dos currículos;

• Não existência de um sistema de pontuação, que permita a classificação dos referidos currículos;


Entrevistas

Muitos departamentos de RH fazem as entrevistas da mesma forma, do auxiliar ao diretor, todos são entrevistados iguais. Cada entrevista é única, diz respeito apenas àquela vaga e não é uma receita de bolo que deve ser exaustivamente copiada.

• É interessante que exista um roteiro, um guia auxiliar aos entrevistadores, para que as perguntas sejam adequadas e permitam o fluxo da conversa de maneira interessante para ambas as partes e não se pareça com um interrogatório policial;


Dinâmicas

Uma vez que todo mundo comenta sobre as dinâmicas, a empresa resolve adotá-las também. E, muitas vezes, a atividade resume-se a busca de dinâmicas na internet e a escolha aleatoriamente, sem critérios importantes.

• Qual o objetivo da dinâmica escolhida?

• Quais competências serão avaliadas?

• Quais comportamentos serão determinantes?


Com estas simples observações, as chances de um processo seletivo mais eficiente aumentam consideravelmente.

Até a próxima!

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Erros no Recrutamento e Seleção – Parte I

Perderíamos a conta se fossemos listar todas as dicas sobre o processo de recrutamento e seleção que são cometidos.

Para facilitar a vida, vamos separar os erros entre aqueles cometidos pelos funcionários e aqueles cometidos pelas empresas.

Nesta semana falaremos dos erros cometidos pelos funcionários e, na semana que vem, falaremos sobre os erros das empresas.


Currículo

A sua primeira apresentação à empresa é feita através do currículo e este deve ser tratado como uma ferramenta estratégica. Ele revela um pouquinho sobre você.

• Estética é fundamental. A apresentação visual do currículo diz muito a seu respeito e mostra o esmero que você tem naquilo que faz. Logo, um currículo com diversas fontes, cores e informações desnecessárias, nem pensar!

• Foto, apenas se você concorrer a uma vaga de ator, apresentador, modelo ou algo semelhante, uma vez que características físicas são importantes em campanhas publicitárias ou formação de casting.


Entrevista

Toda entrevista é estressante. Você se lembra da primeira vez que foi a casa de sua namorada? Pois bem, é mais ou menos da mesma forma.

• O visual é um ponto importante. Roupas discretas, alinhadas, perfume moderado, acessórios em pequena quantidade e sapatos limpos são obrigações cotidianas, não apenas das entrevistas. Crie o hábito!

• Vocabulário adequado, sem gírias ou anglicismos, é boa pedida sempre. Mostra um pouco da sua formação cultural. E lembre-se: você está na entrevista desde o momento que entra na empresa até o momento em que sai, todo o conjunto conta positiva ou negativamente.


Dinâmicas

A parte mais temida por muitos candidatos.

• O principal objetivo da dinâmica é verificar como você se comporta em situações extremadas, como trabalha em grupo e como você se posiciona numa roda de sugestões. Logo, a dica principal é ser você mesmo.


Se por algum motivo, você não foi selecionado em algum processo nos últimos tempos, faça a coisa mais difícil a qualquer pessoa: uma análise crítica. Responda à pergunta: “Por que não fui selecionado?”

Esqueça a síndrome de injustiçado e faça uma análise sincera sobre tudo o que aconteceu e faça uma leitura dos demais candidatos. Qual a distância ou qual a diferença entre você e eles?

É irritante, mas a gente descobre muito sobre nós mesmos em cada processo seletivo.

Boa sorte!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Perceber a Realidade

Durante muito tempo, o Brasil era sinônimo de partida. As oportunidades existiam em outras partes do mundo e quase todo mundo sonhava em migrar para estes países, obter uma cidadania internacional e fazer o pé-de-meia em outras paragens.

Entretanto, o que observamos hoje é uma inversão gradativa deste processo. Além de muitos brasileiros retornarem, outras nacionalidades começam a perceber a realidade local como uma oportunidade.

Basicamente, é o que se espera de um país próspero e considero esta realidade como um bom indicador de que estamos num caminho correto e que precisa ser cuidado com carinho para que seja sempre crescente.

Organizar cada ação, pensar em cada passo e ter a determinação de trabalhar arduamente em prol do sucesso são verbos que caem bem em qualquer lugar do mundo e aqui não é diferente.

Rapidamente, com esta nova oportunidade, o país vai se adaptando às tendências globais e vai se firmando como uma referência mundial. Tudo isso é novo por aqui e traz desafios que precisam ser administrados sem bairrismos; não há espaço para o “talvez”, só há espaço para fazer a coisa certa.

Aproveite para se especializar, para ser referência no mercado e para comandar. O país precisa de líderes e esta oportunidade está em suas mãos.

Todo esforço é recompensado pela determinação. E este país precisa de gente assim.

Esforços implicam em sacrifícios, comprometimentos e propósito firme de mudar o ritmo da vida, da profissão, dos estudos e de tudo mais que existir.

Amenidades são poucas, facilidades quase não existem, mas mesmo assim tudo vale à pena quando a gente se percebe capaz e se prepara para isso.

Mais do que salário, status, cargo ou reconhecimento social, estamos nos preparando para ser referência. Muito se admirou japonês americano ou europeu e agora existe a oportunidade deste país fazer melhor.

O que não significa que as coisas são fáceis, mas certamente são prazerosas e nos permitirão evoluir. É como um relacionamento: ele não nasce pronto, lindo ou feliz; ele se constrói a cada dia e pode ser a melhor parte de sua vida.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Entender Para Atender

Peço licença para utilizar como título desta coluna o slogan que vi estampado no veículo de uma empresa logística.

Como poucas palavras podem resumir tão bem àquilo que acredito ser a essência de um trabalho bem feito!

Em qualquer ramo profissional, este deveria ser um mantra praticado por todos aqueles que, diariamente, saem de casa para seus trabalhos e têm a chance de criar soluções, apresentar propostas e melhorar o desempenho organizacional.

Quando a gente lê os relatórios que sobre os serviços de atendimento ao consumidor (SAC) de empresas das mais diversas naturezas, percebemos o quanto este slogan é deixado de lado. Companhias telefônicas, bancos, cartões de crédito, automotivas e tantas outras são campeãs em reclamação por parte dos consumidores.

Ou seja, será que estas empresas verdadeiramente estão entendendo seus clientes para conseguir atender com eficiência? Pelo número de reclamações, eu acredito que não!

Entender o seu cliente é muito mais do que um programa de CRM ou uma pesquisa de satisfação. É penetrar no universo do cliente, entender profundamente seus hábitos de consumo, aspirações, formação, cultura, desejos, expectativas e tantos outros indicadores que ficaríamos o dia todo discorrendo sobre eles.

Entender é praticar a realidade deles.

Não adianta pensar em produtos e soluções se estes não forem um reflexo do universo dos clientes potenciais.

E após entender, vem o segundo desafio que é atender.

Existem produtos ótimos que se enquadram as necessidades dos clientes e que, mesmo assim, geram inúmeras reclamações. Ou seja, não foram atendidos da forma correta.

Entenda atendimento como muito mais do que a linha de frente no contato com seus consumidores. Entenda o atendimento como o resultado daquilo que foi feito entre sua empresa e seus clientes.

E não restrinja o pensamento a uma relação comercial apenas.

Esta relação entre Entender x Atender se aplica a todos os momentos, pessoais ou profissionais.

Estamos começando um novo ano, que possamos entender o máximo, para que nosso atendimento seja cada vez mais perfeito!

Um abraço.

sábado, 12 de janeiro de 2013

A Coisa Não Está Bem... Mas Pode Melhorar!

O processo de demissão sempre é uma experiência desagradável, tanto para a empresa como para o empregado.

Para a empresa, é o fim de um ciclo, de uma aposta, de uma tentativa, de um investimento.

Quando o funcionário vai embora, leva o Capital Intelectual, a experiência de uma função, os investimentos nele realizados em treinamento e desenvolvimento, etc.

Também representa uma saída financeira muitas vezes não desejada; os custos trabalhistas no Brasil são altos, o processo recisório significa despesas, indenizações e outras saídas financeiras que as empresas se obrigam a arcar com os custos.

Esta semana,vi um empresário justificando a permanência de um funcionário até que a situação financeira melhore e permita que ele demita o funcionário e honre o montante que será necessário na demissão.

Para o funcionário também é o fim de um ciclo. Acostuma-se com a empresa, comas pessoas, com a atividade, com o clima e a cultura organizacional, com o rendimento mensal garantido, com os benefícios.

E, de repente, tudo isso é perdido. Recomeçar nem sempre é uma atividade simples para o funcionário. Questões regionais, sociais e demográficas são determinantes nos processos futuros. Além do prejuízo íntimo, toda a família e seu entorno sentem também o processo decisório.

Embora necessário muitas vezes, a demissão é uma oportunidade ímpar de aprimoramento e evolução, tanto para a empresa como para os funcionários.

Para o funcionário é a oportunidade de reflexão, de identificar pontos que precisam ser aprimorados, competências que precisam ser desenvolvidas e atitudes que devem ser melhoradas ou evitadas. Não é fácil, não é agradável, mas é necessário.

Já para as empresas, existe uma ferramenta maravilhosa neste processo e que nem todas se utilizam.

Existe a Entrevista Demissional ou Entrevista de Desligamento.

Nada mais é do que uma entrevista estruturada entre o representante da empresa (de preferência o RH) e o funcionário a ser demitido. Numa conversa franca, é a oportunidade de se avaliar os motivos da demissão, apurar a avaliação do funcionário com relação à empresa, chefia, políticas internas, benefícios e toda sorte de apuração que a empresa desejar.

As oportunidades de crescimento organizacional e correção de atividades que eram julgadas perfeitas são incalculáveis. Além disso, pode-se evitar a repetição dos mesmos erros, o que representa vantagem competitiva pura às organizações.

Até a próxima!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Receita Para o Novo Ano

Hoje vou ensinar uma “receita”, escrita por Carlos Drummond de Andrade, que tenho certeza ser o melhor prato que podemos fazer para nosso ano ser realmente novo e maravilhoso!


Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.