segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A Importância da Alimentação

Este não é um texto nutricional. Hoje falaremos de outras alimentações.

Quando chega o fim do ano, todo mundo passa a se preocupar com festas, confraternizações nas empresas, ceias em família e – invariavelmente – acabamos pensando em comidas e bebidas em fartura sobre a mesa.

Vamos deixar isso de lado por um instante!

Como você tem alimentado seu espírito? Como você tem alimentado sua mente?

A pesquisadora Paula Inez Cunha Gomide (Universidade Federal do Paraná), concluiu em sua pesquisa alguns dados interessantes:

• O comportamento agressivo das crianças e adolescentes do sexo masculino aumentou após assistirem a um filme violento
• Quando a violência refletiu abuso físico, psicológico ou sexual houve um aumento significativo do comportamento agressivo em adolescentes dos dois sexos.

O UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) organizou um fórum chamado Mídia e Educação (disponível em http://www.unicef.org/brazil/pt/midiaedu.pdf), onde sinaliza importantes dados sobre a correlação da mídia no papel educacional de crianças e adolescentes, além de possuir em seu acervo inúmeras publicações que versam sobre violência e juventude, mostrando que o aumento ou a diminuição da violência, especialmente na juventude, possui relação direta com a qualidade daquilo que é visto por todos.

Na Suécia, por exemplo, a TV aberta não funciona 24h por dia, como acontece por aqui. Pode parecer estranho mas está diretamente relacionado à cultura daquele país. Cada faixa de horário possui uma programação específica (infantis, documentários, saúde, programas de auditório, filmes, etc.).

O importante em tudo isso é aquilo que alimentamos. Cada programa que assistimos é um pequeno bloco de informações que ingerimos e nosso organismo reage conforme aquilo que ele recebe.

Aquilo que lemos também é digerido pelo organismo. Que você tenha boas leituras!

Você quer pensamentos bons? Veja e leia coisas boas! Você quer paz? Veja e leia aquilo que lhe dá paz!

Isso não é ser alienado.

Isso é ser seletivo!

Até a próxima!


sábado, 22 de dezembro de 2012

Quem Bom que Não Deu em Nada!

Se você lê este texto é sinal que as previsões Maias e todas aquelas besteiras de fim do mundo não se concretizaram e a humanidade passou ilesa a mais um anúncio de tragédia.

Especialmente agora, que nos aproximamos da data máxima da Cristandade, não vale acreditar em qualquer tipo de previsão catastrófica; o que interessa é elevar o pensamento para coisas boas, preocupar-se com o bem e – principalmente – preparar o espírito para as bênçãos que somos merecedores.

Segundo a New Catholic Encyclopedia, o Natal, como conhecemos hoje, foi uma celebração que se iniciou entre os séculos III e IV da era moderna, com a expansão do Império Romano, obrigando povos pagãos a se converterem e celebrarem esta data como o nascimento de Jesus.

Algumas outras enciclopédias citam esta data como uma celebração pagã, em homenagem ao Deus Sol no solstício de inverno. Em países eslavos e ortodoxos, que tinham o calendário juliano como referência, o nascimento de Jesus é celebrado no dia 7 de Janeiro.

Mais importante do que qualquer data exata, tradição pagã ou cristã, o importante é que nos reunimos nesta data, manifestamos nosso carinho por aqueles que nos são queridos, confraternizamos, presenteamos e – fundamentalmente – oramos.

Fica aqui meu desejo por uma data abençoada em seu lar, repleto de paz, saúde e harmonia. Que esta data, independente da forma que seja comemorada, venha trazer um presente muito especial em seu lar: sorrisos.

Que tenhamos a capacidade de sorrir!

Sorrir por gratidão, por todas as coisas boas que aconteceram em nossa vida e que são dádivas que diariamente nos são concedidas. A vida é uma dádiva.

Sorrir por respeito, por todas as coisas ruins que nos aconteceram e que nos ensinam que somos pessoas em evolução, que ainda temos muito a aprender.

Sorrir por amor, porque este é o principal ensinamento que este dia nos oferece. Celebramos o nascimento de Jesus, ou seja, celebramos o amor.

Um Feliz Natal a você e a todos os seus!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Confraternizações

Dezembro tem um ritmo diferente!

Por mais que o mês esteja apenas começando, a cabeça de todo mundo começa a divagar com o ritmo especial que este mês possui.

• Alunos contam os dias para o encerramento das aulas;
• Crianças contam os dias para a chegada do Papai Noel;
• Muitos profissionais aguardam as merecidas férias;
• Religiosos aguardam pelas principais comemorações cristãs;
• E funcionários esperam pelas festas de confraternização da empresa.

Este último grupo é o que merece atenção neste texto. Afinal de contas, é na festinha de confraternização da empresa que muitas pessoas perdem o emprego, outras se comprometem desnecessariamente e outras, em menor quantidade, aproveitam o momento para estabelecer uma marca pessoal positiva.

A festa de confraternização da empresa é aquele momento de diminuir o ritmo, celebrar o bom desempenho, bater papo, divertir-se e diminuir a distância entre os departamentos e as funções.

Não é aqui que se resolve problemas; também não é nela que as diferenças são esclarecidas. Confraternizar significa tratar/unir como irmão.

Nunca é demais lembrar de alguns cuidados, sugerir algumas pequenas dicas e torcer para que sua imagem ou reputação não seja prejudicada na festinha da empresa.

• Combata todo e qualquer exagero: bebidas, comidas ou roupas. Tudo o que for exagerado certamente pesará negativamente em sua imagem;

• Pontualidade para chegar, conveniência ao sair. Assim como ninguém precisa ficar lhe esperando para a festa começar, querer “fechar o bar” também não é algo bonito de se fazer;

• Educação é bem vindo em todo lugar. Então, não seja indiscreto ou rude com as pessoas, nem fale mal de alguém que você não gosta;

• O mundo já viveu tragédias suficientes no curso do ano; não seja você o “urubu de plantão” que vai ficar lembrando de acontecimentos trágicos ou tristes;

• Bebidas alcoólicas estão lá para serem consumidas com moderação. Não faça campeonatos para nem tente mostrar sua resistência ao álcool;

• Não existe hierarquia numa festa de confraternização; todos tem a mesma importância e merecem o mesmo tratamento. Seus funcionários, aqui, não são funcionários que você ficará pedindo coisas ou delegando atividades;

• Amigo Secreto é bacana, mas ficar tripudiando ou denegrindo o seu amigo secreto é extremamente ridículo;

Em resumo, menos é mais!

E boa diversão!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Rastro de Pólvora

Quem já assistiu a um filme ou desenho, onde existe um barril de pólvora e um pavio aceso, sabe bem o que é correr contra o tempo para que o estrago não seja definitivo.

Com a crescente utilização da internet e, principalmente, das chamadas mídias sociais, este mesmo fenômeno se repete, com uma capacidade construtiva ou destrutiva ainda maior.

É o verdadeiro rastro da pólvora.

Quando uma pessoa reclama numa rede social a notícia é visualizada por todos os seus contatos. Se seus amigos compartilharem a informação, os amigos daquele também terão acesso ao ocorrido e a tendência é apenas multiplicar-se cada vez mais.

Já assistimos a fenômenos midiáticos que ganharam espaço e fama pela simples utilização das redes sociais. As celebridades instantâneas proliferam em velocidade exponencial.

De igual forma, para se denegrir uma imagem ou empresa, a velocidade é idêntica. Quanto pior a situação, mais veloz será sua propagação.

Existem empresas que contam em seu quadro funcional com um Analista de Redes Sociais, ou seja, alguém que ficará navegando pelos diversos mecanismos sociais à procura de referências a sua empresa.

Quanto mais rápido detectado o problema, mais eficiente se torna o serviço e menor o prejuízo de imagem e valor que a empresa terá.

Esta nova modalidade de “balcão de reclamações” precisa ser compreendida pelas empresas o quanto antes. Deixar sua imagem ou seu nome flutuando livremente pelas redes, sem uma satisfação ao cliente, é sinônimo de suicídio empresarial.

Você já fez uma avaliação ou uma pesquisa? Já procurou identificar se o pavio do barril de pólvora de sua empresa está aceso?

Corra! Assim como nos filmes e desenhos, a rapidez com que o problema era solucionado se transformava na única garantia de sobrevivência.

Pense nisso!

Um abraço e até a próxima semana



terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Verdadeiro Recurso

Para entender este texto, você precisa ouvir/ler a música Paciência, do Lenine.

Especialmente em Administração, uma das competências que é ensinada aos futuros profissionais é a capacidade de gerenciamento de recursos. Estes recursos assumem diversos nomes ao longo do curso: recursos financeiros, recursos materiais, recursos patrimoniais e recursos humanos.

Na verdade, o que todos estes “recursos” falam silenciosamente aos futuros administradores é exatamente sobre o tempo. Finanças, materiais, patrimônio e força de trabalho humano são produtos temporais.

Os recursos financeiros somente se potencializam com o tempo, com a maturidade financeira de cada empresa, tornando-se sustentável em suas operações. Isso não acontece do dia para a noite; toda tentativa de aceleração acaba em prejuízo às organizações.

Os recursos materiais seguem a mesma lógica. Leva-se tempo para desenvolver um bom fornecedor, leva-se tempo para receber uma matéria prima especial e leva-se muito tempo para que tudo isso se ajuste às necessidades da empresa.

O recurso patrimonial é reflexo do tempo. Aquilo que se tem é conseqüência das atividades desenvolvidas ao longo do tempo, da competência e da experiência que o tempo oferece àqueles que querem aprender. Quantas heranças se dissiparam no ar quando em mãos que pensavam apenas no hoje?

E os recursos humanos? Esse, certamente, é o melhor produto do tempo. A gente entra na escola para aprender, passamos alguns anos (tempo) por lá e formamos nossa base. Depois vem o tempo da faculdade e da especialização... e vamos ficando mais preparados. Dentro da empresa é o tempo que nos auxilia na formação de uma carreira, no desenvolvimento profissional, na realização dos cursos de aprimoramento. Ou seja, o “tempo” esteve ao longo de toda nossa vida de mãos dadas conosco.

Se o que falta é paciência, ou tempo para compreender e a loucura tenta fingir que tudo está normal, é sinal que devemos cantar a música do Lenine como um mantra, um lembrete para que possamos reorganizar prioridades e melhorar a qualidade de vida.

Isso requer tempo, requer preparação... mas o benefício é instantâneo, ganha-se em qualidade de vida e, principalmente, na qualidade dos relacionamentos.

Não se sobrecarregar com tarefas alem da conta, priorizar as atividades, executar com o menor número de interrupções possíveis e diminuir os excessos são receitas simples que podem transformar um dia; transformar uma vida.

Quando se consegue atingir este ponto, a gente vai perceber que mesmo que o mundo gire cada vez mais veloz, a vida é tão rara e tudo tem sua dosagem exata.

Todo exagero ou omissão são prejudiciais à saúde.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Black Friday?

Eu me recordo da adolescência, quando as pessoas criticavam uma banda de rock chamada Black Sabbath, por dizerem que o nome remetia a práticas de magia negra e coisas do tipo. Todo mundo torcia o nariz.

Agora temos a nova onda: black friday, importada das práticas do mercado americano, para estimular o consumo de produtos, imediatamente após uma das datas mais tradicionais que acontecem por lá que é o Thanksgiving (ou Dia de Ação de Graças, aqui para nós). Tudo isso acontece na penúltima semana de Novembro.

Primeiro agradece-se à família, aos amigos e a Deus pelas bênçãos recebidas durante o ano e, depois, saem às compras! Tudo isso ajuda a estimular o comércio, recuperar a economia, zerar estoques obsoletos e preparar empresas e consumidores para o Natal.

Acredito que toda estratégia de estímulo aos negócios é muito bem vinda. Ainda mais quando se conhece hábitos de consumo e cultura do seu público alvo, fica ainda melhor!

O que me incomodou profundamente foi a tentativa de empresas e sites brasileiros embarcarem nesta tendência, tentando convencer o consumidor local, dizendo promover alguma coisa com a mesma filosofia do black friday americano. Enganosamente!

Se já me incomodo com Halloween, por prefir o Dia do Folclore, imagine com uma tentativa rota de promoção ludibriante.

Entrei em alguns sites nacionais e americanos que promoveram este dia e busquei o valor cobrado por alguns produtos idênticos. A primeira coluna indica o produto, a segunda o preço cobrado no Brasil e a terceira o preço cobrado nos Estados Unidos (com dólar a R$ 2,10 para efeito de cálculo):

Produto                             Preço Brasil                Preço Estados Unidos
TV 40” LED                       1.698,00                              898,80
Tablet 7” WiFi                      699,00                              438,90
Smartphone                      1.599,00                            1.152,90
Vídeo Game                       1.399,00                              417,90

Sabemos também que a diferença de tributação entre os mercados brasileiros e americanos é abissal e merece um texto só para isso. Mas o que me chama a atenção e quero compartilhar são os preços “promocionais” praticados aqui no Brasil.

Por acaso algum destes valores lhe pareceu realmente promocional ou diferente daqueles que você observou ao longo dos últimos meses?

Fica aqui a observação sobre este momento, que pode vir a ser comercialmente interessante, mas que deve ser tratado com bastante seriedade.

Até a próxima!



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Os Atrevidos e os Descolados

Vamos ser sinceros...

Você acredita que todas as invenções e tecnologias que despontam diariamente em nosso mundo, foram feitas pensando em nós?

Por “nós” eu defino as pessoas que estão no mercado de trabalho, que tem funções e responsabilidades sociais, que possuem mais de 25 anos e que ocupam um cargo dentro de uma empresa ou instituição, com algum grau de responsabilidade.

Enfim, há uma infinidade de dispositivos tecnológicos que foram disponibilizados no mercado e que – por contingência – somos obrigados a rapidamente aprender sobre eles.

Um tablet, por exemplo, será que foi projetado para ser utilizado por um gerente ou executivo? Não! Estas pessoas são usuárias desta tecnologia e constantemente utilizam a palavra “adaptar” para explicar a transição de uma tecnologia para outra, de um modelo de celular para outro, de um tipo de transmissão eletrônica para outra, etc.

Todos nós, usuários, fazemos parte do grupo dos atrevidos, aqueles que utilizam um determinado produto para manter-se adequado aos novos tempos, para continuar com um senso de utilidade e para não ficar parado à margem do tempo.

Estes produtos foram projetados pensando nas crianças. Se falarmos de futuro, falaremos das crianças. O futuro é delas e para elas. Eles são os descolados da história.

Você se lembra quando o vídeo-cassete chegou em sua casa? Com a “incrível” possibilidade de programar as gravações, sintonizar os canais, ajustar o relógio e determinar a velocidade das gravações?

Quem fez tudo aquilo? Algum familiar mais velho ou o jovem da casa? Tenho quase certeza que foi você...

Você era o descolado para aquela tecnologia. Os demais eram os atrevidos.

Então, já que estamos na semana das crianças, que tal aproveitar o seu lado descolado e divertir-se um pouco mais?

Talvez o que falte à vida seja um pouco da simplicidade infantil, da não preocupação, da diversão, da amizade e das brincadeiras.

Acredito que estes valores podem (e devem) ser levados ao universo organizacional. Acredito que podemos nos divertir como crianças e lembrar um pouco do tempo em que éramos os descolados da história.

Quem sabe o ambiente corporativo não fique melhor?

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Verdadeira Riqueza do Brasil

Mês passado (22 de Agosto) comemorou-se o Dia do Folclore aqui no Brasil.

Talvez possa parecer estranho falarmos disso num espaço que dialogamos sobre mercado de trabalho, carreiras e soluções empresariais. Mas acredito que o Folclore tem fortes ligações com tudo isso também e que podemos aprender muito com ele.

Estudar o Folclore é conhecer o país, descobrir suas origens, compreender seu estilo e, principalmente, respeitar a diversidade que existe em cada ambiente.

Dentro de uma empresa a gente atribui nomes variados para isso: clima organizacional, cultura organizacional, gestão de talentos, administração por competências, ambiente corporativo, estilo de liderança, etc.

Quando você viaja, um dos maiores benefícios é vivenciar algo diferente daquilo que faz parte do seu cotidiano.

Já imaginou que chato seria viajar para uma cidade igualzinha a sua, com os mesmos problemas, as mesmas cores e os mesmos sabores? Não seria uma viagem! Seria apenas a extensão de sua casa.

As empresas também são cidades diferentes.

Que graça haveria de mudar de emprego e encontrar as mesmíssimas coisas que você possuía em seu emprego anterior?

Minha sugestão é exatamente esta: viva o folclore empresarial!

Conheça a empresa, ouça suas histórias, viva o seu clima, respeite as pessoas que pensam diferente de você, faça amizades, descubra novas atividades e competências...

Quando a gente se permite desta maneia, o crescimento profissional acontece e nos tornamos mais ricos, porque o que faz a riqueza de um país é sua diversidade, sua cultura e suas tradições.

A empresa respeita a mesma regra.

Até mais!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Guia Empresarial na Corrida Eleitoral

Entramos no último mês da corrida eleitoral, daqui a um mês – exatamente – as pessoas terão escolhidos seus novos representantes para compor o poder legislativo e executivo.

Já que o objetivo desta coluna é estabelecer um processo simplificado às praticas organizacionais, nada mais justo do que colocarmos também a eleição no mesmo modelo e, com isso, estabelecer um guia que pode lhe ajudar na escolha que vem por aí.

Uma empresa, quando trabalha com fornecedores, tem por objetivo escolher os melhores para que seu produto final atenda a determinados padrões de qualidade, fique dentro de uma margem de segurança e – principalmente – que atenda às necessidades de seus consumidores.

Se a empresa for certifica pelas normas ISO, por exemplo, ela vai fornecer laudos e exigir comprovantes de seus fornecedores, garantindo que estes trabalhem de acordo com normas internacionais e ofereçam um padrão confiável.

Com a crescente preocupação sócio-ambiental, questões como sustentabilidade e práticas não agressivas ao meio-ambiente também fazem parte dos pré-requisitos que as empresas esperam encontrar em seus fornecedores.

Eu utilizo as mesmas questões quando o assunto é política.

Primeiro faço um checklist e identifico aspectos que considero importantes para confiar o meu voto a alguém: formação, experiência, ficha limpa, vivência na cidade e histórico pregresso são alguns dos pontos que me auxiliam na escolha de um candidato.

O segundo ponto é ambiental. Sou radicalmente contra qualquer tipo de poluição.

Poluição visual: que agride nosso olhar, placas, cavaletes e outros artifísicos, que desviam a atenção quando estamos dirigido ou com cores berrantes e de mal gosto, são pontos que me auxiliam na escolha (ou não) de um candidato;

Poluição ambiental: a eleição deste ano tem pecado muito neste aspecto; quase nenhum candidato tem mostrado lucidez ou preocupação ambiental. Nunca vi a cidade tão suja, com tantos “santinhos” e papéis inúteis jogados pelo chão e nas residências;

Poluição sonora: muitos candidatos precisam entender que ninguém é surdo, que aquele carro de som que fica urrando pelas ruas é a demonstração máxima de desrespeito aos eleitores. Tem muita gente que faz turno e precisa dormir no período diurno, muitos tem filhos recém-nascidos e todo o restante da população precisa de um pouco de silêncio e paz.

Depois de tudo isso, se um candidato passou imune aos agentes poluidores e obteve uma nota positiva no checklist, considero-o uma pessoa confiável de se votar.

Que tal tentar?

Podem dizer que é utopia, sonho... mas pelo menos não compartilho dos mesmos pesadelos.

sábado, 1 de setembro de 2012

Uma Questão de Oportunidade

Quando a gente começa a ensinar os fundamentos da Logística, são muitas as áreas que são abordadas, passando por o que é logística, quais suas áreas correlatas, nível de serviço, indicadores de performance, fornecedores, clientes... uma infinidade de assuntos e temas que vão sendo adicionados a cada novo semestre.

Muito disso se deve ao modelo anteriormente utilizado, com departamentos desconexos, uma operação capenga e a visão míope de que só cuidar do transporte já era suficiente para desempenhar atividade puramente logística.

Como o objetivo aqui é sempre simplificar os fatos, vamos tentar explicar um pouco da Logística de uma maneira rápida e direta.

Logística é oportunidade. (só isso)

Se a sua empresa se preocupa com a qualidade dos materiais que recebe e acredita que eles são importantes para a qualidade final de seus produtos, então você enxerga uma oportunidade de mercado.

Se você procura sempre oferecer novos produtos e serviços, de maneira que isso possa lhe diferenciar da concorrência, então você percebeu uma oportunidade de relacionamento individualizado com seus clientes.

Se você acredita que controlar o processo produtivo nos seus mínimos detalhes é importante para que seu custo operacional não fique comprometido e consiga maximizar seus recursos, então você acredita que exista uma oportunidade de melhoria constante.

Se o escoamento dos seus produtos, desde a embalagem, movimentação, armazenamento, transporte e exatidão das informações são atividades necessárias ao bom funcionamento da sua empresa, você descobriu uma oportunidade de assegurar a eficiência dos seus serviços.

Por fim, se tudo isso é percebido pelo consumidor final, você acabou de descobrir uma oportunidade de agregar valor ao seu produto ou serviço.

É por conta disso que a logística é uma questão de oportunidade.

O universo empresarial é complexo, mas ela tem a capacidade de extrair o melhor e oferecer ao mercado.

Esta é uma boa oportunidade para você refletir sobre a oportunidade logística em sua empresa, não?

Até a próxima!

sábado, 11 de agosto de 2012

A Melhor Missão

Hoje vamos falar da paternidade, com um olhar administrativo.

Ser pai é ser administrador também!

Afinal de contas, é preciso um pequeno malabarismo para gerenciar cada uma das atividades e fazê-las funcionar de forma harmônica.

Veja se não parece uma empresa:

• Administração Financeira: cada nova fase de nossos filhos, obriga-nos a um estudo orçamentário diferente. No começo eram as fraldas, depois o material escolar e, por fim, o carro e a universidade;

• Gestão de Conflitos: aquela briga com o irmão mais novo, a disputa pelo controle remoto e a discussão pelo vídeo game são alguns dos conflitos que o pai/administrador vai precisar solucionar da forma mais justa possível;

• Administração de Recursos Humanos: assim como numa empresa, o elemento humano é a chave de todo o equilíbrio; cada uma das necessidades dos filhotes precisa ser discutida, estudada, planejada e executada. Logo, tratar do gerenciamento do “pessoal” é uma das atividades mais nobres que qualquer um encontrará como desafio;

• Treinamento e Desenvolvimento: qual a melhor escola? Qual a melhor universidade? Quais cursos e atividades complementares serão oferecidos? Aquela preocupação com o desenvolvimento das equipes é potencializada quando o assunto são nossos filhos. Aquela vontade de prepará-los para a vida e transformá-los na melhor pessoa possível é uma atividade nobre;

• Planejamento de Carreira: porque um dia o filhote cresce e vai desbravar o mundo com suas próprias pernas. A gente pode até achar que perdeu a cria, mas somos o porto seguro que ele atracará sempre que necessário e que nos fará ter a certeza que a vida valeu a pena.

Feliz Dia dos Pais para você, que tem a felicidade de exercer o papel mais digno e importante que Deus poderia nos conceder!

Sábio é o pai que conhece o seu próprio filho (William Shakespeare)

Até a próxima!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Atualização Necessária

Não existe segmento de negócio que resista sem atualizações. Mesmo que você pense m patrimônios históricos ali também devem existir atualizações, não dos prédios tombados, mas do acesso e das informações aos turistas.

Da mesma forma, um profissional requer atualização constante.

Quais foram os cursos que você realizou este ano?

Quando você envia um currículo, um dos pontos observados é o de Cursos Complementares. O principal objetivo dos empregadores não é apenas verificar se o curso que você fez é condizente com as necessidades deles.

Um dos objetivos centrais é verificar o quanto você se manteve atualizado nos últimos 12 meses, por exemplo.

Quando a gente faz um novo curso, abrimos a possibilidade de conhecer novas técnicas, novas abordagens e, principalmente, ampliar o conhecimento sobre determinado assunto.

Imagine uma pessoa que se formou em Turismo. A primeira impressão é que apenas o curso e as experiências de viagem seriam suficientes para gabaritá-la a uma vaga na área.

Mas quem você contrataria, a pessoa acima ou uma pessoa que aparece com a mesma formação, sem experiências de viagem, mas com alguns cursos como atendimento, primeiros socorros, cuidados com grupos da melhor idade e gestão de conflitos?

Certamente, a segunda pessoa seria mais capacitada; ela estaria preparada para trabalhar com uma gama de possibilidades maiores e deixaria o empregador mais confiante.

Não importa a área. O importante é que você tenha um conhecimento amplo, que aumente o poder de atração. Isso é a verdadeira empregabilidade.

Então, se você trabalha em Recursos Humanos, considere um curso de projetos.

Se você trabalha na área de Logística, considere um curso de gestão de pessoas.

Se trabalhar em Administração, que tal um curso de redação?

Trabalha com vendas? Que tal um curso de apresentação pessoal e oratória?

Tem um negócio próprio? Aconselho a fazer todos os cursos acima.

E a gente já falou sobre custos algum tempo atrás; existe uma infinidade de cursos gratuitos e online, para não deixar que as finanças sejam comprometidas.

Até a próxima!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Hora da Verdade

As últimas semanas foram povoadas por assuntos das naturezas mais diversas... de crimes hediondos a notícias futebolísticas... de alianças políticas absurdas até oscilações econômicas na Europa.

E o principal é acompanhado com pouca atenção, por poucas pessoas, com destaque limitado dentro das grades televisivas.

Há exatos 20 anos, líderes mundiais se reuniram no Rio de Janeiro para discutir problemas que enfrentaríamos caso continuássemos com uma conduta globalmente irresponsável de consumo, devastação e desperdício. Era a ECO 92.

Um dos principais pontos daquela discussão foi a Agenda 21.

Agenda 21 é um documento que fala sobre a importância de cada país a se comprometer a refletir sobre de que maneira poderiam cooperar para estudar, pesquisar e encontrar soluções para os problemas sócio-ambientais.

Passados 20 anos, chegamos a conferência RIO +20.

E o que percebemos nestes últimos 20 anos?

Globalmente, com o aumento da poluição, do consumo desenfreado, das regiões devastadas por fenômenos naturais, guerras, genocídios e ameaças químicas em inúmeras situações.

Localmente, o aumento das desigualdades sociais, do consumo, do desmatamento criminoso em regiões de preservação, rios agonizantes, poluição, aumento da violência, o inchaço das cidades e a extinção do campo para pequenos produtores ou produtores de subsistência.

Para este encontro dois foram os temas centrais de discussão: economia verde, que discute om um novo modelo de produção que não afete tanto o meio ambiente, e a governança internacional, que busca estruturas para tornar isso verdade.

Eu só espero que os resultados e as discussões permitam um avanço significativo, de verdade, que não tenhamos assistido apenas a discursos evasivos; que tenhamos líderes mundiais realmente dispostos a fazer alguma coisa.

Infelizmente, sou cético com relação a tudo isso.

Mas não abro mão de sonhar.

Até a próxima!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quer que Embrulhe para Presente?

Quando alguém pergunta isso é sinal de que a compra é especial. E receber um presente embrulhado num papel bonito é mais bonito do que recebê-lo sem nenhum tipo de embrulho, correto?

Então, qual a função do embrulho? Sabendo que a vamos jogá-lo fora após abri-lo...

Este é um exemplo simples daquilo que marketing chama de atribuição de valor.

Na verdade, o que a gente compra é o valor. Ou seja, os benefícios que percebemos e acreditamos que um determinado produto possa nos trazer.

Com sua imagem é assim. Com seu currículo é assim.

Você se lembra, quando era solteiro, e que foi buscar sua esposa ou namorada para saírem a primeira vez?

• Por acaso você foi com a camisa do seu time?
• Foi com o carro todo sujo, com aqueles jornais velhos no chão?
• Ou sem tomar um banho e fazer a barba?

Pois é... o que você fez foi adicionar valor ao seu produto (você). O conteúdo era o mesmo, mas impressionar o consumidor final com a embalagem foi uma grande estratégia de marketing.

As empresas precisam fazer o mesmo, buscar o encantamento do cliente, a fidelização, o reconhecimento e o desejo de consumir seus produtos.

Mas é bom lembrar também que, assim como no primeiro exemplo, não é apenas a embalagem que trará sucesso. De nada adianta uma embalagem bacana, uma comunicação elaborada; se o conteúdo não for bom, o consumidor vai mudar de marca. Ou de amor.

E para trabalhar a embalagem (e o valor) também é fundamental perceber o consumidor. É preciso identificar quais são suas aspirações, desejos, vontades e – depois – fazer o processo de embalagem se moldar a este padrão. A chance de sucesso é muito maior.

Se você já conseguiu conquistar a sua cara-metade e fez ela acreditar no valor do seu produto (você mesmo), agora é mais fácil trabalhar a questão dentro da empresa.

Os princípios são parecidos. Os resultados também podem ser.

Até a próxima!

domingo, 27 de maio de 2012

O Verdadeiro Vendedor

Acredito que já seja tempo de falarmos um pouco sobre a função de vendas e, especialmente, sobre aquele que é o impulsionador de tudo isso: o vendedor.

Felizmente, a idéia que se tinha sobre ser vendedor está mudando bastante e aquele preconceito desnecessário já não faz mais parte do cotidiano desta profissão.

Conheci muita gente que falou “estou trabalhando como vendedor... é que não arrumei nenhum outro emprego, então, estou me virando nesta função”. Não é preciso nem dizer que estas pessoas nunca foram vendedores de verdade e não permaneceram no emprego por muito tempo.

Primeiro de tudo, não se “está” vendedor. Eu acredito que se “é” vendedor.

Não dá para trabalhar em vendas se algumas habilidades não fazem parte do rol de suas competências profissionais:

• Saber ouvir
• Negociar com profissionalismo
• Gostar da proximidade com outras pessoas
• Ser persistente
• Ter uma boa rede de contatos
• Possuir uma comunicação positiva
• Não ter preguiça com horários ou viagens

Parece pouco, mas é apenas um pedaço do universo do verdadeiro profissional de vendas.

Algum tempo atrás, quando entrei numa loja de shopping para comprar uma camisa, fui surpreendido por uma vendedora que me perguntou “o que é que você quer?”. Sinceramente, foi o pior atendimento que presenciei. Saí imediatamente da loja e nunca mais retornei.

Em outra situação, após finalizar a compra, um vendedor me disse “vou pedir para embrulhar para presente, afinal de contas, a gente sempre dá presentes para todo mundo, mas precisamos também nos presentear”. Fiquei impressionado.

Agora me responda, qual dos dois profissionais é verdadeiramente um profissional de vendas? Em qual empresa dá vontade de retornar para uma nova compra?

De igual forma, os consumidores reagem a sua equipe de vendas.

Pense nisso!

sábado, 19 de maio de 2012

Séries Para Treinamentos

Algum tempo atrás postei referências de filmes que poderiam ser usadas em treinamentos empresariais.

Uma segunda fonte de pesquisa que considero extremamente útil são as séries que constantemente são vistas nos canais por assinatura e, algumas vezes, nos canais abertos também.

Algumas destas séries já foram canceladas das grades originais, mas ainda é possível encontrá-las a venda e, muitas vezes, por preços bem interessantes.

Vamos ver algumas delas:

The Office: Existe a versão inglesa e a versão americana. Eu prefiro a primeira. É uma excelente oportunidade para discutir o comportamento organizacional, liderança, teamwork e tantos outros assuntos que fazem parte do cotidiano organizacional.

House: Para mim uma das melhores séries produzidas. Excelente para discutir técnicas de negociação, ética, valores profissionais, hierarquia e tomada de decisão.

Desperate Housewives: Maternidade, relações matrimoniais e extraconjugais, vida em sociedade, família e traição são alguns dos temas abordados nesta série.

Friends: Talvez a série de maior sucesso da TV americana. As possibilidades de utilização são infinitas, passando por temas como amizade, relacionamentos, cumplicidade, mercado de trabalho e problemas familiares.

Monk: Muito interessante para se abordar o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), uma vez que seu protagonista mostra todas as características, além de abordar temas como fobias e medos.

CSI e Criminal Minds: Para quem gosta do gênero policial investigativo, são duas das séries mais interessantes. Para se estudar comportamentos compulsivos, psicóticos e discutir questões da personalidade, são ótimos exercícios.

Lie to Me: Assim como existe o livro “O Corpo Fala”, esta série trata do processo de detectar fraudes a partir da observação da linguagem corporal e das micro expressões faciais. Muito útil para vendas, negociações e o universo empresarial como um todo.

Agora é arrumar tempo, providenciar a pipoca e começar a estudar estas e tantas outras séries que muito contribuem para a educação corporativa.

Até a próxima!


sábado, 12 de maio de 2012

A Grande Administradora

Hoje vou pedir licença para não falar de assuntos diretamente ligados a uma organização, os desafios do mercado de trabalho, as sutilezas do marketing ou qualquer um dos outros temas que abordamos costumeiramente aqui.

Resolvi falar sobre a executiva mais competente e mais importante que existe, aquela que nenhuma organização será capaz de formar: no meu caso é chamada de Izabel, mas todos nós utiliza um gênero que a identifica. Estou falando das MÃES.

Poderíamos falar sobre gestão, uma vez que se considerarmos a gravidez e seus nove meses de doação, cuidados, gerenciamento dos insumos, processamento das emoções e acompanhamento periódico do desenvolvimento, não existirá exemplo mais bonito de gestão do que este.

Poderíamos falar sobre treinamento e desenvolvimento, uma vez que foi através dela que aprendemos as primeiras palavras, os primeiros passos e constantemente estava por perto para incentivar-nos a continuar melhorando.

Poderíamos também falar de marketing, uma vez que ela sempre achou que seus filhos eram as pessoas mais lindas do universo, que se orgulhava de comentar sobre eles com outras mães, ressaltando pontos positivos que às vezes nem tínhamos.

Se fosse necessário comentar sobre ética, a figura materna também seria referência, uma vez que ela nos ensinou o que era certo ou errado, sobre o respeito aos mais velhos, sobre valores e condutas que seguimos até hoje.

E, por fim, se o assunto fosse administração, veríamos cada uma das grandes áreas representadas em seus gestos e suas ações; passaríamos pelo controle das despesas do lar, do gerenciamento dos ativos, da delegação de atividades, do controle, da inspeção e da manutenção da ordem e do bom andamento da casa.

Mas principalmente, todos nós tivemos a chance de aprender sobre gestão de pessoas, afinal de contas, ela sempre deu uma atenção individualizada a cada um dos membros da casa, o que sempre nos fez sentir único e especial.

Não importa a distância que lhe separa de sua mãe, seja uma rua, uma cidade ou uma eternidade. O importante é que você, como filho, possa reverenciá-la, homenageá-la e – principalmente – agradecer a Deus pelo privilégio de conhecer a administradora mais importante que pode existir na vida de alguém.

Felizes daqueles que conseguem reconhecer estes valores.

Feliz Dia das Mães!

domingo, 6 de maio de 2012

Empurrando e Puxando

Responda rápido: você prefere que te empurrem ou que te puxem?

Pois bem... quando esta pergunta é feita dentro de um ambiente produtivo, não se torna mais uma questão de preferência, mas sim de orientação que a empresa vai escolher considerando seu produto e sua filosofia de trabalho.

Produção Empurrada
Termo que veio do padrão inglês de produção (push system). Dependendo como o mercado se comporta, a produção segue esta tendência, ou seja, a empresa primeiro fabrica o produto e depois ocorre a demanda do mercado.

Por exemplo: Na Páscoa, as empresas se antecipam à demanda do mercado e começam a produção de seus ovos antes que o mercado peça por eles. Já imaginou o caos que seria se, para comprar um Ovo de Páscoa, fosse necessário primeiramente fazer o pedido para só depois produzi-lo?

O importante aqui é que a empresa conheça seus prazos (lead times), de tal forma que consiga antecipar-se ao mercado de maneira inteligente. De igual forma, se torna fundamental que ela tenha dados sólidos sobre comportamentos e tendências de mercado, assim, evita produzir produtos que ficaram “encalhados”.

Produção Puxada
Termo também originário do inglês (pull system), tem como fundamento a idéia de que a demanda (pedido) vai puxar as necessidades de produção a cada etapa. Logo, se torna fundamental o controle do fluxo de materiais, para que as necessidades de cada etapa estejam disponíveis no momento exato.

Por exemplo: Imagine que uma determinada montadora produz um modelo de carro com motorização que varia de 1.0 até o motor 1.8, que possui o ar-condicionado e vidros elétricos como opcionais de venda.

Com base nos pedidos que cada concessionária vai fazer, a montadora consolida suas etapas produzidas a cada instante. Se ela for produzir 100 veículos, significa que vai precisar de pneus para todos eles, mas só vai precisar de ar condicionado ou vidro elétrico de acordo com os pedidos que assim o solicitarem. De igual forma, os motores vão obedecer aos pedidos realizados.

Cada opção tem seu valor e sua aplicação. O segredo é compreender que ambos são valiosos e que possuem benefícios e malefícios. Compete a um bom administrador o conhecimento deles e a reflexão crítica.

Até a próxima!



domingo, 29 de abril de 2012

A Forma de Gelo Vazia

Para mim, um dos maiores exemplos de desperdício que pode existir é abrir um congelador ou freezer e encontrar uma forma de gelo vazia, sem todos os espaços preenchidos e, logo, sem gelo.

Estamos congelando o ar e não a água... a forminha de gelo não cumpre o seu papel e a gente fica sem o gelo que ela poderia nos oferecer.

Quantas vezes não percebemos este mesmo vazio em nossas vidas, nas suas mais diversas possibilidades?

• Profissionalmente, deixamos nossa forminha de gelo vazia todas as vezes que não aproveitamos uma oferta da empresa, não fazemos um sólido networking com nossos companheiros de trabalho e não aproveitamos os contatos externos intensamente em feiras e eventos.

• Familiarmente, deixamos nossa forminha de gelo vazia cada vez que as horas extras consomem o tempo que deveria ser dedicado aos filhos, cônjuge, pais ou irmãos. As forminhas ficam vazias também quando qualquer outro subterfúgio, como um programa televisivo, é capaz de roubar a atenção que deveríamos oferecer às nossas famílias.

• Socialmente, deixamos nossa forminha de gelo vazia cada vez que não retornamos um telefonema de um amigo, esquecemos um aniversário, não comparecemos a um evento ou mesmo deixamos que a preguiça seja mais forte do que alguma atividade. Cada vez que um vício é mais forte do que a gente, a nossa forminha permanece vazia..

• Emocionalmente, a forminha de gelo fica vazia cada vez que uma diversão fugaz é mais interessante do que permanecer ao lado de quem se gosta, de trocar um eu te amo por qualquer outra coisa. De permitir que uma discussão dure mais tempo do que um intervalo comercial.

Certamente, a gente já deixou diversas forminhas de gelo vazias ao longo da vida. Infelizmente, estas formas não têm volta e permanecerão vazias.

Mas, existe a possibilidade de mudança. Que a partir de hoje cada nova oportunidade possamos deixar nossas forminhas cheias, plenas e sem espaços para o vazio, para o nada, para aquilo que não nos serve.

Que você tenha muitas pedras de gelo para oferecer à humanidade. Todo mundo precisa delas e a abundância é sinal de realização pessoal.

Até a próxima!




domingo, 22 de abril de 2012

A Sua Vida Vista Pela Janela de Overton

Você já ouviu falar da Janela de Overton?

Ela é uma teoria das mais interessantes, elaborada por Joseph P. Overton, que ocupou o cargo de VP de uma empresa chamada Mackinac Center.

Segundo sua teoria, para que um acontecimento seja referendado, é necessário que – as vezes – exista um deslocamento do seu foco original, contribuindo para que a opinião pública passe a observá-lo de uma nova perspectiva.

Muitos chamam isso de manipulação, Overton classificava isso como operação. Vamos a um exemplo prático:

Imagine que sua empresa pretende trocar o plano médico que faz parte do pacote de benefícios oferecidos aos funcionários.

Num primeiro momento, as opiniões sobre esta troca vão variar de “concordo totalmente com da troca” até o “discordo totalmente da troca”. Imaginemos que a maioria dos funcionários (e até o sindicato) sejam contrários à troca, mas a empresa entende que trocar o plano pode representar uma redução de seus custos, bem como uma possível parceria estratégica de negócios com esta nova empresa, que pode lhe render novos contratos.

Se fosse uma medida ao estilo Maquiavel, ela simplesmente trocaria o plano, geraria uma situação de desconforto com funcionários e sindicato, e não mudaria a sua decisão. Como dizia o escritor: o mal deve ser feito de uma vez, contando que as pessoas esquecerão da maldade com o passar do tempo.

Pelo princípio de Overton, ao invés de entrar em rota de colisão, a parte interessada começa a mudar o foco a discussão.

Ao invés de falar de mudanças diretamente, começa a falar dos problemas da empresa anterior, começa a relatar casos de sucesso de médicos conveniados à segunda empresa, começa mostrar comparativos entre planos de saúde, valoriza convênios existentes na cidade por parte da nova empresa.

Ao mesmo tempo, começa a falar de custo x benefício na área da saúde, do caos do sistema público de saúde e outros assuntos.

Em pouco tempo, a opinião pública está sensibilizada e menos irascível com uma mudança deste porte. Assim como o exemplo da saúde aqui foi empregado, quantas vezes não vemos ações semelhantes vindas dos mais diversos lugares?

Ou você acredita que apenas abolir as sacolinhas plásticas salvará o meio-ambiente? Ou que o desarmamento da população diminuiu a violência? Ou que a economia de água não é um ótimo pretexto para o aumento das tarifas?

Exemplos não faltam...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Funcionário Mico-Leão-Dourado

Todo mundo já deve ter visto um mico-leão-dourado, aquele simpático mico que está ameaçado de extinção e que a sociedade tem concentrado esforços para salvá-lo do extermínio e garantir um tempo de sobrevida à espécie.

Embora eu brinque com esta situação em minhas aulas, faço isso para alertar sobre o comportamento e não sobre o pobre primata.

Quantas vezes não encontramos um funcionário mico-leão-dourado dentro das organizações?

Você conhece algum funcionário que é simpático, inofensivo, que as pessoas gostam mas que não são as melhores referências dentro da empresa, não contribuindo com os melhores resultados organizacionais?

Pois então... estes é o mico-leão-dourado em sua organização!

Quando existe a necessidade de um corte de pessoal, alguns critérios devem ser estabelecidos durante a avaliação de cada funcionário e sua permanência (ou não) dentro da empresa.

Nestas horas, sempre aparecem alguns comentários do tipo:

“O funcionário A é pai de família, tem filhos pequenos...”
“O funcionário B é sozinho, coitado...”

E o pior de todos os comentários:

“O funcionário C trabalha bem, mas ainda é novo e pode encontrar outro emprego”

Infelizmente, podem parecer crueldades estes comentários, mas o critério de seleção, promoção e demissão passa pelas mesmas balanças... é uma questão de mérito, resultados e competência.

Quando o julgamento passa por questões subjetivas, a empresa corre o risco de dispensar seus talentos e conservar, por benevolência, algum mico-leão-dourado, que é bonitinho, mas que não contribui muito para a ecologia organizacional.

No caso do simpático animalzinho, com uma campanha e recursos ainda podemos evitar sua extinção, mas no caso da empresa, só existe a contabilidade dos prejuízos alcançados.

Até a próxima!


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Os Sete Pecados Capitais dos Funcionários

A tradição conta que os pecados capitais tratam daquilo que é chamado de “vício”, de hábitos da condição humana e que trata de instintos, além de toda a carga de culpa que o cristianismo adicionou a eles.

Nas empresas é possível de perceber a prática destes mesmos pecados através de seus colaboradores; quem não conhece um profissional que manifestou estes pecados ou mesmo fez um exame de autoconsciência e percebeu-se repetindo os mesmos pecados?

Gula – Aquela situação exacerbada, que altera o padrão de consumo habitual. Já percebeu alguém numa festa de confraternização ou num coffee break com este sintoma?

Avareza – O apego as coisas materiais: minha mesa, minha cadeira, minha caneta, meu trabalho, minha vaga no estacionamento.

Luxúria – Ostentação, a busca do prazer em cada ação. Alguns funcionários adoram contar vantagens de seus carros, suas viagens e suas atividades na empresa.

Ira – O sentimento de revolta, a incompreensão. Já viu um funcionário ser preterido numa promoção? Sempre tem uma desculpa e um ódio camuflado em seus comentários.

Inveja – Aquele que não trabalha em equipe. Que não consegue alegrar-se com o sucesso do outro e que não se conforma porque as coisas não vão tão bem com ele.

Preguiça – Aquele que deixa o serviço para amanhã, que não atende o telefone próximo da hora do almoço, que evita se comprometer em atividades voluntárias.

Orgulho – O tipinho nojento que só deseja “bom dia” para pessoas estrategicamente acima dele; que não reconhece que é apenas parte de um todo e se acha o maioral.

Opções e exemplos não faltam. Infelizmente, o ambiente corporativo é cheio destas mazelas humanas e sempre reproduzem àquilo que é percebido no meio social.

Assim como aprendemos a comparar as empresas e seus funcionários com coisas boas, também podemos perceber estes mesmos atores cometendo estes pequenos erros que em nada auxiliam no processo de crescimento.

Aproveite o momento, faça um exame detalhado de sua organização e descubra se aquele ambiente está muito “carregado”, cheio de pecadores... e providencie a redenção, que em muito auxiliará o clima e o desempenho organizacional.

Até a próxima!

 

domingo, 1 de abril de 2012

A Evolução do Currículo

Algumas pessoas já reclamaram publicamente comigo, outras ainda não tem uma opinião formada e muitas entendem o processo como legítimo.

Recentemente, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) reconheceu o direito de uma empresa de Aracaju que havia consultado o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) durante o processo de recrutamento e seleção, com o intuito de selecionar apenas os candidatos que não apresentassem problema junto ao SPC.

Em outras palavras, consultas a órgãos como SPC ou Serasa são válidos e a empresa não está cometendo nenhum crime de discriminação.

Qual a sua opinião a respeito?

Você é a favor? Então como uma pessoa consegue resgatar o seu crédito se não tem emprego para saldar suas dívidas?

Você é contra? Então seja sincero e me responda se entre dois candidatos com currículos e experiências semelhantes: um com a situação normal e outro com restrições de crédito, qual seria contratado para trabalhar na sua empresa?

A questão é extremamente complexa e merece uma ampla discussão pela sociedade. Há que se ter muito cuidado, para não classificar uma pessoa com restrições ao crédito como alguém não qualificado.

Se isso acontecer, estaremos criando mais um grupo de trabalhadores que não consegue uma recolocação decente, exatamente como acontece com os presidiários. Infelizmente, a sociedade não dá a ampla oportunidade de re-socialização para estes; não sejamos hipócritas.

Na mesma linha de consulta, muitas empresas selecionam os seus candidatos considerando, também, seus perfis nas redes sociais. Novamente, pode-se iniciar uma discussão entre ser correto ou não esta prática.

Mas você acredita mesmo que um empregador se sentiria confiante ou feliz ao consultar o perfil de um candidato e encontrar algumas frases como: “odeio segunda-feira” ou “fim de semana chegou, vamos beber!” ou mesmo “este emprego acaba comigo, preciso de férias urgentes”?

São reflexos da época que estamos vivenciando.

Com relação às finanças, prudência e controle nunca fizeram mal a ninguém; e agora podem ser um diferencial.

Com relação às redes sociais, a partir do momento em que escrevemos algo, tornamos aquilo público. Queremos privacidade? Sejamos privativos.

Até a próxima!

domingo, 25 de março de 2012

Ser Moderno é Questão de Sobrevivência

Uma das minhas frases favoritas vem do naturalista inglês Charles Darwin, autor da teoria da evolução das espécies, através da seleção natural.

Seus estudos representam um divisor de águas nos estudos que, embora possam ser catalogados como Biologia, vou ter o atrevimento de levá-lo até a Administração.

O que disse Darwin:

"Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente; mas sim aquele que melhor se adapta à mudança".

Se observarmos algumas empresas, vamos identificar este mesmo modelo naturalmente seletivo e descobrir porque algumas empresas existem há mais de 100 anos e, outras, não conseguem completar uma década de existência.

Adaptação. Esta é a palavra chave dos estudos de Darwin e das organizações.

Você já reparou como uma enxurrada de empresas tem usado termos e discursos coerentes com o meio ambiente, com a responsabilidade social, com o planeta, com a economia de recursos naturais e a reutilização/reciclagem de algumas outras coisas?

Não se espante! Não são empresas que, subitamente, ficaram boazinhas e agora estão preocupadas com o próximo, com a comunidade ou o país. São empresas que estão antenadas às tendências de mercado e se não se adaptarem a elas, provavelmente serão esquecidas por seus clientes.

Já encontrei mais de um diretor de empresa que me afirmou que os processos de certificação não servem para nada em termos práticos, mas que sem eles a aceitação da empresa pelo mercado, a lucratividade e o desempenho dos negócios seriam infinitamente menores.

Então, estamos falando de estratégia, correto? A percepção de oportunidades e problemas (exatamente como na clássica Análise SWOT), potencializadas ou minimizadas de forma a não impactar o desempenho operacional.

Alguém pode até dizer que isto não é ético, mas é parte do jogo e dos negócios.

Existem empresas, sim, que possuem em seu DNA estas preocupações, mas muitas empresas (e eu diria a maioria delas) tratam a questão apenas como uma adequação de negócios.

De toda forma é bom para a sociedade como um todo. Só precisamos da torcida para que tudo isto não seja uma moda passageira, mas um comprometimento real.

Até a próxima.

domingo, 18 de março de 2012

Empresa: Formadora de Talentos

Você já deve ter percebido o crescente uso do termo “Universidade Corporativa” nos meios empresariais.

De igual forma, o crescente número de estudantes no ensino superior e, também, as solicitações por cursos superiores nos processos de recrutamento.

Algumas empresas, cientes destas necessidades, optaram por trazer o modelo universitário para dentro de seus domínios, capacitando seus funcionários e, principalmente, direcionando os cursos e as pesquisas às necessidades de suas atividades fins.

Antigamente, as empresas ofereciam apenas o benefício de bolsas integrais ou parciais para que seus funcionários realizassem o ensino superior e, com isso, aumentava o capital intelectual percebido dentro da organização.

A diferença principal era que, ao se oferecer apenas bolsas, o aluno optava por um dos cursos que a empresa permitia-se custear, mas que não estava necessariamente alinhado às necessidades organizacionais.

Com a universidade corporativa não acontece este problema. Os cursos oferecidos dizem respeito às atividades desenvolvidas pela empresa e, logo, todo o direcionamento de estudo e pesquisa vai de encontro a estas necessidades.

A implantação de uma universidade corporativa é complexa, uma vez que implica o conhecimento do universo acadêmico, das exigências curriculares, procedimentos obrigatórios, elementos comprobatórios e toda a sorte de padrões exigidos pela sociedade, pelo MEC ou pelo próprio mercado.

A saída que muitas empresas encontram é a parceria com faculdades e universidades públicas ou privadas para que estas prestem este serviço nos domínios da empresa. E esta parceria é um dos principais caminhos que a pedagogia empresarial pode se utilizar; o processo é interessante para ambas as partes.

Só é importante frisar, antes de concluirmos, que uma universidade corporativa é diferente dos processos tradicionais de treinamento e desenvolvimento. Afinal de contas, não estamos falando de um curso pontual de baixa carga horária, estamos falando de ensino superior regulamentado... e isso faz toda a diferença!

Até a próxima!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Simulando o Futuro com a Campus Party

Vamos falar um pouco sobre o futuro...

Sempre existe a curiosidade de saber como as coisas serão, o que acontecerá em termos de tecnologia e, principalmente, quais características serão importantes nos profissionais do futuro.

Então, aqui vão algumas pistas simples:

• 7 mil profissionais reunidos, trocando informações e experiências
• Internet rodando com conexões de 20 GB
• Aproximadamente 200 mil pessoas visitando o mesmo espaço diariamente
• Geração de mais de 500 horas de conteúdo
• Presença de representantes de todos os estados do país
• As maiores empresas de Recrutamento e Seleção se fazem presentes

Tudo isso para ilustrarmos um pouco o que é a Campus Party, o principal evento de inovação, ciência, cultura e entretenimento digital.

Durante alguns dias, pessoas de todos os lugares do Brasil se reúnem em São Paulo para discutirem as principais tendências do mundo digital, apresentar soluções tecnológicas, divulgar suas iniciativas, navegar em alta velocidade e, principalmente, aprender e trocar experiências.

Não é por acaso que as principais empresas de Recrutamento e Seleção se encontram nestes eventos com muitos de seus melhores headhunters procurando por talentos únicos, com ofertas de salários e benefícios vindos de grandes corporações.

Se expressões como geeks, wiki, overclocking, modding, IPv6, cloud computing, moodle e tantas outras lhe parecem estranhas, então é hora de você se aprofundar neste universo expansível da tecnologia e ajudar a pensar sobre o que acontecerá no futuro.

Antigamente, uma pessoa aficionada por tecnologia era chamada de nerd, era motivo de gozação entre as turmas e sinônimo de pessoa estudiosa e “bitolada”. Pois bem, este nerd cresceu, desenvolveu produtos que a maioria das pessoas utiliza em seu cotidiano e ainda continua pensando sobre o futuro, inovação e tecnologia.

Uma ótima oportunidade para deixar os conceitos pré-concebidos de lado e permitir-se participar desta fascinante (e irreversível) evolução tecnológica.

No próximo ano, a Campus Party será ainda maior, fique atento e participe!

Até a próxima!


 

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Diferença Entre Jogo e Evento

Qual seria sua reação, se a empresa que você trabalha apresentasse estes números como desempenho em pouco mais de três horas de atividade:

• 6,5 milhões de menções no Twitter
• 10 mil posts por segundo nos EUA
• Mais de 110 milhões de espectadores
• Mais de U$ 1,7 bi gerados em negócios
• 1,3 milhões de garrafas de cerveja consumidas
• 3,7 ton de pipocas e 12,7 ton de batatinhas consumidas
• Um show da Madonna para animar seus convidados
• Mais de U$ 400 milhões de receita gerada na cidade

Estes são números primários do último Super Bowl (edição 46), que aconteceu em Fevereiro de 2012, em Indianápolis (USA).

Os números dizem respeito a consumo de produtos, espectadores, receitas geradas, vendas e todos os outros indicadores que qualquer empresa também utiliza. Tudo é medido, tudo é monitorado, de asinhas de frango consumidas até índices de audiência.

Tudo isso, para provar que não estamos falando de um “jogo”, estamos falando de um “evento”. E é esta tônica que deveria nortear os esforços de todos os empresários e administradores quando pensam em suas empresas.

Tudo tem que ser tratado como um “evento”, um acontecimento único e especial. É esta a mágica que os promotores de eventos americanos tanto se especializaram ao desenvolverem campanhas e estratégicas promocionais.

Você pode ir a qualquer evento por lá: um jogo de baseball, basquete, pôquer, hóquei, futebol americano, queda de braço, corrida... não importa... por mais simples ou bizarro que um esporte possa parecer, lá eles são levados a sério, de tal forma que o objetivo principal é capitalizar com todas as ações periféricas que o envolvem.

O Brasil tem um filão interessante em mãos: o futebol é acompanhado pela maioria esmagadora da população e são pouquíssimos os clubes que conseguem potencializar resultados com isso.

Se nem o futebol aqui é bem administrado, imagine como é difícil para capitalizar com outros esportes de menor audiência ou popularidade.

É este esforço monstruoso que existe nos eventos americanos que o empresariado brasileiro deve conhecer em detalhes.

Pode significar a distância entre o sucesso ou o esquecimento.

Até a próxima!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Carnaval e a Administração

Apesar de não gostar deste feriado, todo ano, com a chegada do Carnaval, eu me impressiono com a capacidade de organização e com a aula que uma escola de samba nos oferece. São vários os conteúdos que um desfile pode nos ensinar.

Logística
O transporte dos carros alegóricos, a organização dos instrumentos da bateria, compra dos materiais utilizados na confecção das fantasias e as escalas de trabalho nos barracões são verdadeiras aulas de atividade logística. Tudo o que se aprende num curso pode ser aplicado às escolas de samba.

Administração
Planejamento de recursos financeiros, gestão de equipes, controle dos ativos, produção e estrutura hierárquica de poder são apenas alguns dos exemplos administrativos das escolas; por todo lado que você olhar, vai encontrar uma aula de administração.

Gerenciamento de Tempo
O que acontece com uma escola se ela extrapola o tempo máximo de uma apresentação? E se ela não cumpre o tempo mínimo também perde pontos no quesito evolução. O controle do tempo e das atividades desempenhadas é crucial para o sucesso.

Liderança
Cada ala possui seus responsáveis, cada carro alegórico tem o seu destaque, cada bateria tem o seu mestre... e todos eles seguem o diretor de harmonia, que por sua vez segue o diretor geral, que segue o presidente e assim por diante. Cada um sabe a sua parcela de contribuição e entrega para o resultado final. Todos são dotados de empowerment.

Teamwork
Da comissão de frente até a velha guarda (que geralmente encerra o desfile) existe um sentimento único. Ninguém é menos importante naquele momento, todos são responsáveis pelo resultado final. Não adianta a ala das baianas desempenhar a função maravilhosamente bem se o casal de mestre-sala e porta-bandeira não fizer o deles. Ou todos ganham ou todos perdem.

Pois é...

Até para ser folião, a gente não pode perder de vista as analogias e descobrir que até se divertindo podemos aprender.

Só é preciso estar atento.

Bom carnaval para você que vai se divertir.

Até a próxima!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Calculando o Nível de Empregabilidade

O mercado de trabalho está dando alertas claros do apagão da mão de obra, da ausência de profissionais qualificados no mercado, da dificuldade e da demora em se repor uma vaga que fica disponível na empresa.

Do outro lado, uma grande quantidade de pessoas, à procura de recolocação no mercado reclamando que o nível de exigência das empresas está nas alturas e que a remuneração oferecida não é atraente.

Então, como se equaciona uma situação destas? Como saber se sua empregabilidade é boa ou ruim?

Acredito que o primeiro passo é acabar com a estupidez. Só que para isso é preciso disciplina e força de vontade. As pessoas desacostumaram a pensar!

Quando a gente questiona algum profissional, porque ele não se especializou mais, porque não fez cursos complementares ou porque não estudou nada de novo nos últimos 12 meses, algumas das respostas mais ouvidas são “não tenho tempo” ou “não tenho dinheiro para investir num curso”.

Com relação à questão financeira existem muitos cursos gratuitos e certificados; até já falamos a respeito disso em uma publicação recente.

Já com o tempo não existe outro caminho: devem-se trocar algumas coisas de menor importância por outras de maior importância. A idéia da calculadora veio para auxiliar e medir quanto tempo de sua vida é perdido com coisas inúteis e desnecessárias.

• Some quanto tempo você perde assistindo reality shows na TV brasileira. Lembre-se que existe um reality show para cada grupo de desocupados: brothers, fazendeiros, lutadores, socialites, modelos, etc.;

• Adicione o tempo você perde lendo alguma coisa sobre estes mesmos programas estúpidos;

• Some também quantas horas você perde assistindo, lendo e discutindo sobre novelas ou outros programas alienantes;

• Não se esqueça de adicionar as horas com programas inúteis que apenas se interessam em mostrar tragédias, desgraças e problemas familiares.

Cada minuto perdido com alguma dessas coisas é um minuto a menos que temos para estudar, se especializar, ler um livro, aumentar nosso conhecimento e cultura. A troca é mais do que recompensadora... experimente!

Espero que sua soma tenha dado zero como resultado. Nenhum desses programas vai lhe ajudar a melhorar profissionalmente.

E você vai perceber o quão alienante estas coisas são.

Até a próxima!