sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pode Parar com a Motivação!

Se tem uma palavrinha chata que é usada a todo instante é a tal da “motivação”. São dois os motivos que me levam a não gostar da palavra “motivar”.

1 – Ela vem do latim movere, que significa mover ou estar em movimento
2 – Se você embaralhar as letras de motivar, vai obter vomitar...

O que leva alguém a estar motivado? Recompensa Imediata, só isso... Isso me lembra os estudos de Skinner.

Skinner, psicólogo americano, professor de Harvard, desenvolveu um aparelho chamado Caixa de Skinner, que nada mais era que um caixote onde um rato era colocado dentro e que continha apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento. Se o ratinho apertasse a alavanca, um pedaço de queijo caía onde ele estava, recompensando-o.

Ou seja, ele só fazia isso quando sentia fome, só quando precisava. Ou seja, ele tem o que chamamos de Ação Imediatista!

E a capacidade evolutiva? A vontade de ser melhor? De progredir? Ou pelo menos fugir daquele caixote, onde ficava?

O ser humano as vezes é assim também, só sai da sua inércia quando as coisas apertam, só quando “a água bate” é que ele se mexe...

Profissionalmente falando, muita gente se comporta da mesma forma... fica esperando as coisas caírem do céu e depois reclamam quando não acontece e elenca toda sorte de desculpas e culpados para encontrar justificativas.

A palavra certa, logo, não é motivação. É Determinação.

Determinação é aquilo que te faz ir adiante, independente de ser recompensado ou não, porque você sabe que este é o caminho, que não existe espaço para quem quer ficar parado ou esperando. Você segue adiante porque é necessário e ninguém vai se lembrar de quem ficar lá atrás. Você faz o seu melhor, simplesmente porque você é assim.

Winston Churchill, Ayrton Senna , Patch Adams, Irmã Dulce e tantos outros, são bons exemplos de pessoas determinadas. Eles fizeram o que tinha de ser feito. Alguns com condições favoráveis, outros com suporte financeiro, outros contra tudo e contra todos... não era o dinheiro que importava... era a vontade de fazer direito, de fazer bem feito, porque este era o único jeito que eles entendiam suas tarefas.

Não seja mais um rato que vai comer a sua porção de queijo só quando tiver fome, determine-se a viver num mundo melhor e fazer o seu melhor, nenhuma ratoeira vai te prender... nem um caixote.

Que todos nós possamos ser determinados, o mundo agradecerá!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Por onde anda o Quinto "P"

Se tem uma teoria que ainda sobrevive ao tempo, apesar de tudo, é a Teoria dos 4 P’s, também conhecida como Composto de Marketing ou Marketing Mix.

Apesar de todo mundo achar que o pai da criança foi Philip Kotler, o verdadeiro pai foi Prof. Jerome McCarthy nos anos 60, que utilizou os estudos de Neil Borden, que por sua vez baseou-se em estudo de James Culliton. Ou seja, cada um levou um pouco da fama pelo sucesso do filho que nem era seu.

Cada “P” tem um significado:
1. Product
Aqui são discutidas as particularidades do Produto, como características, design, posicionamento de mercado, concorrentes, etc.
2. Price
Que estuda as formas de valor deste produto, como preço final, formas de pagamento e financiamento (se necessário), etc.
3. Promotion
Entenda por promoção a parte de propaganda e publicidade, a comunicação e demais elementos que este amplo leque lhe oferece.
4. Place
Aqui a gente estuda sobre as lojas, os pontos de venda, canais de distribuição, logística e tudo mais que envolve a Praça onde o produto está inserido.

Mas, lamento-lhes informar. Esta teoria, embora muito utilizada tem um erro grave, que sempre me deixa invocado quando percebo alguém utilizando-a. Com tantos “P” e tantas coisas importantes para apurar, o principal “P” não está contemplado, embora tenha muita gente que diga que ele está escondido em algum lugar entre os quatro.

Cadê o quinto “P”? Cadê a Pessoa neste estudo?

Parece-me muito estranho que se consiga fazer o mapeamento de todo o canal de distribuição, precificação, composição do produto e divulgação, mas não tenha dado a devida importância a QUEM vai consumir tal produto.

Foi-se o tempo em que o consumidor era apenas o final da cadeia alimentar. Hoje em dia, cada vez mais, as empresas sabem que se essa peça do tabuleiro não for atendida conforme as suas necessidades, de acordo com suas expectativas e conforme a sua freqüência de consumo, não tem praça, produto, preço ou promoção que faça o danado comprar...

Inserir o quinto “P” neste estudo, talvez seja um bom caminho para entender porque alguns produtos fracassaram no mercado, mesmo que parecessem boas idéias.

Boa sorte!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Você Tem Certeza?

O artigo de hoje não vem para falar de nenhuma teoria administrativa ou ferramenta da qualidade específica, nem das práticas comuns ao RH na condução de suas atividades.

Simplesmente vamos falar do príncipio mais importante que norteia todas as ciências e que faz as coisas acontecerem...

Responda rápido:
Qual a semelhança que existe entre o avião, o automóvel, o refrigerante em latinha, um DVD, a calça jeans, a escova de dente e qualquer outra coisa que você pensar?
Para todas, um componente idêntico foi usado na sua construção: A Dúvida.

A humanidade só evoluiu porque, em algum momento, alguém duvidou da ordem existente e se questionou se aquilo não poderia ser melhorado.

Andar de carroça ou carruagem no século XIX era o máximo... até que alguém duvidou se não seria possíel dar uma envenenada naquela geringonça e chegar mais rápido do que os outros...

Viajar de navio ou trem no início do século XX, convenhamos, era um porre para qualquer um... daí alguns sonhadores duvidaram do que era oferecido e resolveram imitar os pássaros... o resultado a gente conhece.

E assim, sucessivamente, a humanidade foi duvidando do que existia e começou a melhorar ou criar coisas novas... Quando existia algo era só uma questão de melhorar... Quando não existia, a necessidade fazia o serviço final...

Se considerarmos os dias atuais, isso pode ser chamado de Processo de Melhoria Continua, ou seja, encontrar o que existe em perfeito funcionamento (ou não) e melhorar... melhorar sempre... nunca se dar por satisfeito!

O que me incomoda mais é saber se VOCÊ, na sua vida, também está fazendo o mesmo. Todo mundo sabe onde apertam seus calos e onde dói mais. O que VOCÊ está fazendo para melhorar isso? Quer seja na sua vida pessoal, profissional, educacional ou social...

Duvide! Duvide a cada instante. Duvide de tudo.
Mas não seja aquela oposição vazia que só reclama e não faz nada para melhorar: “Uma andorinha só não faz verão”, “Sou peixe pequeno perto destes tubarões”, “Isso não é pro meu bico”... desse tipo derrotista, a humanidade já está saturada.

Que a sua dúvida seja o princípio da mudança, independente do tamanho desta mudança. Basta duvidar, acreditar e realizar. O princípio da mudança e da melhoria existe dentro de você... é só despertá-lo.

Ou você duvida disso também?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Arrume Essa Bagunça!

Todo mundo deve ter ouvido isso da mãe durante a infância (alguns marmanjos ouvem até hoje)... especialmente quando o quarto estava uma zona e ninguém conseguia andar por ele, tropeçando em brinquedos, roupas espalhadas e sapatos desparceirados.

Talvez você não saiba, mas sua mãe estava executando uma das ferramentas da qualidade mais simples e eficientes que existem: o 5S. Uma metodologia de trabalho, baseado em cinco posturas que fazem maravilhas na sua empresa e na sua vida.

Seiri (Utilização)
Simplesmente separar o que é útil do que não é. É aqui que você vai separar o que é útil daquilo que vai ser descartardo (o que não presta).

Seiton (Organização)
Uma vez que você já sabe o que é útil, basta organizar tudo isso, de acordo com a sua freqüência de uso ou facilidade de acesso.

Seisou (Limpeza)
Uma vez que tudo foi organizado, é muito mais fácil (e muito mais inteligente) manter a nova ordem e cuidar para que não fuja do controle.

Seiketsu (Saúde)
Pode parecer loucura, mas a sua produtividade e a sua concentração melhoram com tudo que foi descrito acima; logo, a sua saúde agradece... menos stress e menos irritação.

Shitsuke (Autodisciplina)
Com o tempo, tudo isso se torna automático e você descobre que é possível ser organizado sem que sua mãe tenha que te lembrar todo fim de semana.

Então, depois dos conceitos básicos, vamos pensar de maneira prática...

Convido a todas as mulheres a olharem as suas bolsas... aos homens para olharem suas carteiras ou o porta-luvas do carro...

Será que tudo o que está aí dentro é útil?
Será que tudo está organizado?
Será que não dá para jogar um pouco de papel (como recibos de pedágios antigos, tickets de cartão de crédito, papel de bala ou de rascunho) fora?
Será que faz sentido ficar carregando peso inutilmente?
Será que não dá para fazer disso um exercício freqüente?

Se você fez esta análise e conseguiu se livrar de algo inútil ou desnecessário, parabéns! Você já está apto a praticar o 5S em todos os lugares... de casa ao escritório.

E sem que a sua mãe precise gritar para te lembrar!