terça-feira, 7 de setembro de 2010

Logística Internacional Descomplicada (e Triste)...

Alguns pontos fundamentais são necessários para a compreensão do tema Logística Internacional: gestão de suprimentos, transportes, parcerias comerciais, moedas de pagamento, exportação, importação, etc.

Ao invés de discorrermos sobre cada um deles, de forma acadêmica, com gráficos, termos internacionais e fórmulas de medição do desempenho, que tal pararmos e pensarmos um pouco na história deste país? Ainda mais hoje... 7 de Setembro.

O Brasil é reflexo deste pensamento internacional. E olha que se passaram pouco mais de 500 anos...

Aprendemos no primeiro grau que este país foi “descoberto” por Cabral.

Dizem que a expedição portuguesa tinha por objetivo a Índia e seu mercado de especiarias e, por um acidente de percurso (erro de roteirização) acabou aportando por aqui. Ou seja, somos frutos de um erro de operação logística com o modal selecionado!

Tornamos-nos colônia, fornecedor não remunerado de matéria prima às necessidades da matriz. Como uma empresa, ao utilizar de fontes esgotáveis de produção sem preocupar-se com a reutilização, replantio, reflorestamento ou qualquer outra política que garantisse a sustentabilidade.

Trocaram espelhinhos e tecidos por pau-brasil, que significa que a moeda de compensação das relações comerciais obedecia às vontades do comprador, subvertendo a ordem de Oferta x Procura, graças a uma relação de poder.

Mais tarde, descobrimos que a remuneração funcional era um componente importante dos custos diretos e optamos pelo modelo nefasto da escravidão, novamente, reduz-se os custos sem considerar as conseqüências futuras.

Mais tarde, a família Real aporta no país e começa a construção da estrutura necessária a sua permanência por aqui: banco, biblioteca, escola, teatro... não por benevolência, apenas para saciar aos nobres egos. É o que chamamos de Rede Necessária às Operações...

Por fim, a abertura dos portos às nações amigas, parcerias comerciais para suprir a demanda de consumo e, posteriormente, para estabelecimento de contratos comerciais internacionais que não auxiliaram no desenvolvimento do negócio, apenas na manutenção do status quo desejado. O modelo de Parcerias aqui descrito não foi tão benéfico assim.

Infelizmente, esta é uma forma triste de se conhecer um pouco da Logística Internacional, talvez o melhor modo seja devolvermos o assunto à realidade e tentar um novo começo, capaz de beneficiar esta terra e desenvolver relações ultra-marinas que contemplem às necessidades do cenário global.


   

Nenhum comentário: