quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Verdadeiro Big Brother

Pela primeira vez, ficar frente a uma TV, torcendo pelo destino final dos participantes valeu a pena!

Não me refiro àquele programa desnecessário que passa anualmente por aqui ou a qualquer outro que tenha o mesmo propósito: de promover à celebridade, qualquer ser dotado de dois neurônios (no máximo), mais interessados em promover o corpo, posar para alguma revista ou mesmo ficarem ventilado imbecilidades em horário nobre.

Estou me referindo ao resgate dos mineiros soterrados no Chile que, felizmente, tem nos mostrado um final feliz e o quanto o ser humano é capaz de trabalhar em equipe, pensar em termos de projeto e colocar em prática, planos e ações eficazes.

O esforço que foi empregado neste resgate nos ofereceu valiosas lições:

1 – Trabalho em Equipe: A 700 metros de profundidade, ninguém lutou para se salvar sozinho, em detrimento do azar de outro. Para que algo positivo acontecesse, todos trabalharam num esforço coletivo, para o benefício de todos.

2 – Planejamento: Muito se discutiu sobre qual a melhor forma de resgatar os mineiros, inúmeras sugestões foram dadas e, por fim, as melhores soluções foram escolhidas. Não foram escolhidas por ego ou vaidade, mas pela viabilidade e pelos resultados.

3 – Gestão de Projetos: A cada nova opção, a equipe se reunia, discutia as melhores opções, analisava a viabilidade, os riscos, os custos, consultavam especialistas e sabiam cada detalhe da ação, incluindo tempo e prioridades.

4 – Motivação: Apesar de não ser uma das minhas palavras favoritas (pelo seu mau uso cotidiano), a forma como esta foi utilizada durante este longo período, foi um bom exemplo de sua correta utilização. Familiares, autoridades, especialistas e os próprios mineiros foram envolvidos numa atmosfera de possibilidade positiva e o resultado veio como uma benção para todos.

5 – Inovação: A palavrinha que tantas empresas gostam de utilizar, mas pouco faz para torná-la verdadeira, foi maravilhosamente usada aqui. Uma cápsula especialmente projetada, com diversos apetrechos de sobrevivência e controle para este resgate. Ou seja, uma solução especialmente desenhada para uma situação especial.

Este é o tipo de programa que vale a pena “assistir”... não tive vergonha de torcer pelos participantes, sabendo que não era uma questão de manipulação ou vergonhosa luta por alguns pontos de audiência.

Foi uma ação coletiva que deu gosto de pertencer à raça humana.

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