Pode não parecer, mas quando uma empresa diz ter uma área de Recrutamento e Seleção na verdade ela está trabalhando com dois elementos temporais completamente diferentes.
Recrutamento está ligado ao passado. Seleção está ligado ao futuro.
E é simples de entender...
O Recrutamento diz respeito ao seu passado. É ele que será observado quando uma vaga se torna disponível e as empresas correm para encontrar profissionais que se enquadrem às suas necessidades.
As formas de Recrutamento são inúmeras. A mais tradicional e popular delas está relacionada ao Curriculum Vitae, ou seja, uma descrição pormenorizada (nem por isso enfadonha) de tudo o que você acumulou ao longo da vida.
“Vitae” vem do latim e significa “Vida”. Ou seja, você vai procurar descrever em uma ou duas páginas o que você andou aprontando com sua vida à partir do momento que cresceu e começou a fazer parte, efetivamente, da sociedade.
As experiências, cursos, estudo, idiomas, trabalhos voluntários e uma série de outros detalhes são contados ali. À partir deste momento, a empresa começa a imaginar quem é aquela pessoa, como ela galgou a sua vida e o que fez de bom ao longo dela.
O engraçado é que, friamente, o currículo só mostra pessoas maravilhosas, todas comportadas, sem vícios, sem defeitos... é quase uma fábrica de anjos.
Como não é possível acreditar que existam apenas anjos entre nós, as empresas partem para a segunda fase, a Seleção.
É neste momento que são realizadas entrevistas pessoais, dinâmicas, jogos e uma série de outras atividades presenciais, para verificar se o anjinho em questão não possui um par de chifrinhos escondidos ou mesmo se possui todos os conhecimentos descritos anteriormente.
Neste momento, o passado não mais importa. O que interessa verdadeiramente às empresas é o futuro. Quais os benefícios que ela (empresa) conseguirá se contratar aquela pessoa.
Aqui, a empresa quer saber quais são as diferenças entre os iguais. E são com estas diferenças que as pessoas são contratadas. A isso é dado o nome de Competência.
Ser competente não é ser apto, apenas, para exercer um cargo, mas sim, ter a capacidade de agregar valor, fazer a diferença e representar um diferencial competitivo àquela empresa.
Que neste cenário, a sua vida passada faça diferença no futuro!
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