sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Black Friday?

Eu me recordo da adolescência, quando as pessoas criticavam uma banda de rock chamada Black Sabbath, por dizerem que o nome remetia a práticas de magia negra e coisas do tipo. Todo mundo torcia o nariz.

Agora temos a nova onda: black friday, importada das práticas do mercado americano, para estimular o consumo de produtos, imediatamente após uma das datas mais tradicionais que acontecem por lá que é o Thanksgiving (ou Dia de Ação de Graças, aqui para nós). Tudo isso acontece na penúltima semana de Novembro.

Primeiro agradece-se à família, aos amigos e a Deus pelas bênçãos recebidas durante o ano e, depois, saem às compras! Tudo isso ajuda a estimular o comércio, recuperar a economia, zerar estoques obsoletos e preparar empresas e consumidores para o Natal.

Acredito que toda estratégia de estímulo aos negócios é muito bem vinda. Ainda mais quando se conhece hábitos de consumo e cultura do seu público alvo, fica ainda melhor!

O que me incomodou profundamente foi a tentativa de empresas e sites brasileiros embarcarem nesta tendência, tentando convencer o consumidor local, dizendo promover alguma coisa com a mesma filosofia do black friday americano. Enganosamente!

Se já me incomodo com Halloween, por prefir o Dia do Folclore, imagine com uma tentativa rota de promoção ludibriante.

Entrei em alguns sites nacionais e americanos que promoveram este dia e busquei o valor cobrado por alguns produtos idênticos. A primeira coluna indica o produto, a segunda o preço cobrado no Brasil e a terceira o preço cobrado nos Estados Unidos (com dólar a R$ 2,10 para efeito de cálculo):

Produto                             Preço Brasil                Preço Estados Unidos
TV 40” LED                       1.698,00                              898,80
Tablet 7” WiFi                      699,00                              438,90
Smartphone                      1.599,00                            1.152,90
Vídeo Game                       1.399,00                              417,90

Sabemos também que a diferença de tributação entre os mercados brasileiros e americanos é abissal e merece um texto só para isso. Mas o que me chama a atenção e quero compartilhar são os preços “promocionais” praticados aqui no Brasil.

Por acaso algum destes valores lhe pareceu realmente promocional ou diferente daqueles que você observou ao longo dos últimos meses?

Fica aqui a observação sobre este momento, que pode vir a ser comercialmente interessante, mas que deve ser tratado com bastante seriedade.

Até a próxima!



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