domingo, 14 de dezembro de 2008

Análise de Desempenho e o Papai-Noel

Para que a gente consiga entender este assunto, quero recorrer a analogia do Papai-Noel. Semana passada, levei minha filha Melissa ao shopping e fiquei observando-a sendo escrutinada pelo bom velhinho... fiquei pensando na similaridade do ritual, tal qual os funcionários vivenciam nas empresas.

Primeiramente, antes da análise de desempenho, é feito um “acordo” entre empregador e empregado; ali são detalhados quais objetivos serão buscados e como os empregados farão para contribuir com o resultado final.

Não podemos desassociar a Análise de Desempenho de outro ponto fundamental: Plano de Carreira.

Minha filha, por ora, tem como plano de carreira ser uma menina que terá todas as oportunidades que pudermos lhe oferecer; ela quer crescer, estudar, dirigir, namorar, viajar, etc. Os funcionários, tem mais ou menos os mesmos objetivos (não necessariamente nesta mesma ordem). Em qualquer um dos casos, existe uma ferramenta que não deve ser esquecida: Coaching. Que nada mais é do que aprender com quem sabe e beneficiar-se deste manancial de conhecimento para uso e crescimento próprio.

A minha filha sabe “de cor”, quais os termos do acordo para que seu final de ano seja recompensando com um presente (desde evitar palavrões até comportar-se educadamente na casa dos outros, passando pela assiduidade escolar e o bom relacionamento com todos os familiares).

E os funcionários? Será que se lembram durante todo ano daquilo que foi combinado, dos objetivos da empresa e da necessidade de se buscar aperfeiçoamento ou só pensam, de verdade, nos últimos meses do ano?

Isso só se revela quando chega o momento da entrevista pessoal, onde o bom velhinho vai perguntar (como num checklist) se minha filha foi uma boa menina, se alimentou corretamente, se respeitou os pais, se não brigou com os amiguinhos, se estudou, etc. O resultado desta análise do desempenho é que vai garantir a sua premiação, ou não!

Na vida profissional, as perguntas são diferentes, os indicadores mais frios e estatísticos, mas continuamos como crianças, esperando nossa vez na fila, certos de que ganharemos umas balas depois da entrevista (para ir adoçando a expectativa) e com nossa premiação (nosso brinquedo) garantida na noite de Natal.


É importante observarmos os feedbacks e as correções de rota que são feitas ao longo de toda a análise, quer na infância, quer na vida profissional. É com base em todos os resultados, opiniões e retornos recebidos que nos tornamos pessoas melhores e, igualmente na vida adulta, melhores profissionais.

Eu bem sabia que aquele bom velhinho me daria informações importantes, que carregaria-as por toda a vida e que nada daquilo era ilusório.

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