segunda-feira, 18 de julho de 2011

Saudades do Chacrinha...

Quem tem mais de 40 anos deve se lembrar de um programa de auditório que existia nos anos 80 na TV Brasileira, onde um apresentador com seu jeito excêntrico comandava suas atrações e interagia com a platéia.

Olhando alguns daqueles programas, o jovem de hoje possa considerá-lo de baixa qualidade, vulgar ou qualquer outro adjetivo pejorativo.

Mas o Chacrinha tinha uma capacidade que muito apresentador nos dias de hoje não consegue, sequer, chegar aos seus pés.

O programa consistia de atrações musicais, calouros, dublagens e muita gritaria no auditório, sempre com umas dançarinas (as chacretes) que arrancavam suspiros dos marmanjos pelas suas roupas ousadas para aquela época.

O que mais me recordo eram os “bordões”, as frases que o Chacrinha usava. Algumas rimas de qualidade duvidosa, de forte apelo popular e que viravam verdadeiras pragas que todo mundo imitava.

Talvez a mais célebre delas foi “Quem não comunica, se estrumbica”.

Você sabia que a comunicação não se dá apenas por palavras? Mas que seu corpo, seus gestos e também sua entonação vocal possuem capacidade expressiva e podem ser determinantes?

As organizações precisam urgentemente se lembrar do Chacrinha!

Quantas vezes somos atendidos por funcionários que dizem uma coisa, mas que sua expressão ou seu corpo nos dizem outra? Quantas vezes, ao telefone, somos mal atendidos, embora a pessoa diga todas as palavras que deveriam ser ditas em seu manual de atendimento telefônico?

Este processo precisa de muita atenção e tratar da Comunicação é condição essencial para que uma empresa seja bem sucedida.

De nada adianta possuir um ponto de vendas lindo, bem decorado e iluminado, se a pessoa que faz o atendimento não estiver na mesma sintonia.

Daí, quando isso acontece, sou obrigado a lembrar de outra passagem do programa, quando o Chacrinha pegava um abacaxi e o arremessava para a platéia. Ou seja, jogava o problema para a opinião popular e continuava o seu programa.

A empresa que estiver jogando abacaxis certamente se surpreenderá com os resultados abaixo do esperado e depois ficará tentando descobrir o que aconteceu.

Até a próxima!

Um comentário:

Sandro Ceara disse...

Ele atirava um pedaço de bacalhau para a platéia.

Lembra: "Vocês querem bacalhau?"

O abacaxi era o "Troféu Abacaxi", que ele dava para os calouros que cantavam mal.

Mesmo assim, parabéns pelo post.