quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Um Profissional a Menos no Mercado

Não é fácil encontrar grandes profissionais. Empresas de toda natureza buscam por este funcionário.

Processos seletivos são iniciados, dinâmicas e entrevistas de seleção são postas em prática, programa de treinamento, remuneração, desenvolvimento profissional, coaching, remuneração variável e tantas outras ferramentas da área de Gestão de Pessoas são colocadas em prática cotidianamente.

Mas chega uma hora que os bons profissionais se aposentam e aí as empresas precisam pensar na sucessão, no legado que aquele profissional deixou, no seu jeito de trabalhar, nos resultados principalmente e, por fim, torcer para que os novos profissionais consigam – pelo menos – manter o mesmo nível de excelência daquele profissional antigo.

Recordo-me quando meu pai se aposentou. Foi um momento de dúvidas para mim, pois não o imaginava em casa, sem sua rotina profissional e temi muito pela sua saúde. Felizmente, eu estava errado. Ele soube aproveitar cada momento profissional e, agora, aproveita a sua vida privada de igual forma.

O profissional de verdade sabe o momento de parar, sabe da sensação de dever cumprido e sai de sua rotina profissional feliz, realizado, agradecido e com uma perspectiva nova de vida pela frente, com outras atividades, outros ritmos e com a cabeça erguida.

Assistimos hoje a aposentadoria de um ícone do esporte, um cara íntegro, de princípios, ético, divertido, sincero e que, mesmo jogando num time que talvez não seja o mesmo que você torce, ainda assim conseguiu o respeito de todos os torcedores.

Assim como na empresa existe o "Paulo da Contabilidade", o "Pedro do Faturamento" e a "Sônia da Controladoria", no futebol existe o "Marcos do Palmeiras", o "Rogério do Sâo Paulo" e o "Pelé do Santos". Profissionais que se confundem com a própria empresa e se tornam verdadeiros patrimônios.

Quer aprender um pouquinho mais de RH? O Marcos é um ótimo exemplo. Muito do que as empresas buscam e esperam dos funcionários, ele fez do jeito mais simples e divertido possível.

Não sou torcedor do Palmeiras, mas meu pai é. Logo, ver o São Marcos se aposentar remeteu-me à lembrança da aposentadoria do meu pai.

Fiquei por alguns minutos pensando no que o goleiro iria fazer a partir de agora e tive a certeza que ele vai fazer o mesmo que meu pai, que é um palmeirense fanático: vai viver plenamente pois sabe que sua missão profissional foi cumprida com honradez e simplicidade.

Valeu Marcão!

2 comentários:

JT disse...

Com toda a sua simplicidade, o Marcos conseguiu quebrar certos paradigmas da sua profissão mesmo no momento de se aposentar: sem entrevista coletiva, sem amistoso da seleção, sem fazer drama.

A imprensa teve que dar atenção do mesmo jeito. E ninguém se enraiveceu por ele aproveitar o momento para divulgar os patrocinadores de seu clube ou sua nova emnpresa de marketing esportivo.

Até nisso o Marcos respeitou os torcedores do futebol romântico. Até nisso ele respeitou os torcedores dos outros times.

O Marcos não jogou seis meses no Palmeiras para se aposentar jurando identificaçãpo eterna com o clube, como fez Ronaldo no Corinthians, por exemplo.

O Marcos jogou vinte anos no Palmeiras e isso é motivo de orgulho para nossos pais palmeirenses, caro João.

Abraços,
Jean

Rogerio Novaes - Consultor e Palestrante disse...

João!

Me lembro em pequenos flashs dos últimos tempos do saudoso Ademir da Guia no Palmeiras. Naquele tempo ainda não se falavam em marketing,gestão, branding e tantos outros atributos do futebol modermo. O "Marcão" depois de " O Divino" são os maiores icones do Palmeiras. Ambos fizeram e serão parte importante da história do verdão. Já que estamos na era do futebol de negócios, vale lembrar sempre destes dois exemplos de homens comprometidos com o trabalho honesto e com os principios humanos que tanto sentimos falta no futebol e no mercado de trabalho de hoje.
Parabéns pelo artigo!