Não é fácil encontrar grandes profissionais. Empresas de toda natureza buscam por este funcionário.
Processos seletivos são iniciados, dinâmicas e entrevistas de seleção são postas em prática, programa de treinamento, remuneração, desenvolvimento profissional, coaching, remuneração variável e tantas outras ferramentas da área de Gestão de Pessoas são colocadas em prática cotidianamente.
Mas chega uma hora que os bons profissionais se aposentam e aí as empresas precisam pensar na sucessão, no legado que aquele profissional deixou, no seu jeito de trabalhar, nos resultados principalmente e, por fim, torcer para que os novos profissionais consigam – pelo menos – manter o mesmo nível de excelência daquele profissional antigo.
Recordo-me quando meu pai se aposentou. Foi um momento de dúvidas para mim, pois não o imaginava em casa, sem sua rotina profissional e temi muito pela sua saúde. Felizmente, eu estava errado. Ele soube aproveitar cada momento profissional e, agora, aproveita a sua vida privada de igual forma.
O profissional de verdade sabe o momento de parar, sabe da sensação de dever cumprido e sai de sua rotina profissional feliz, realizado, agradecido e com uma perspectiva nova de vida pela frente, com outras atividades, outros ritmos e com a cabeça erguida.
Assistimos hoje a aposentadoria de um ícone do esporte, um cara íntegro, de princípios, ético, divertido, sincero e que, mesmo jogando num time que talvez não seja o mesmo que você torce, ainda assim conseguiu o respeito de todos os torcedores.
Assim como na empresa existe o "Paulo da Contabilidade", o "Pedro do Faturamento" e a "Sônia da Controladoria", no futebol existe o "Marcos do Palmeiras", o "Rogério do Sâo Paulo" e o "Pelé do Santos". Profissionais que se confundem com a própria empresa e se tornam verdadeiros patrimônios.
Quer aprender um pouquinho mais de RH? O Marcos é um ótimo exemplo. Muito do que as empresas buscam e esperam dos funcionários, ele fez do jeito mais simples e divertido possível.
Não sou torcedor do Palmeiras, mas meu pai é. Logo, ver o São Marcos se aposentar remeteu-me à lembrança da aposentadoria do meu pai.
Fiquei por alguns minutos pensando no que o goleiro iria fazer a partir de agora e tive a certeza que ele vai fazer o mesmo que meu pai, que é um palmeirense fanático: vai viver plenamente pois sabe que sua missão profissional foi cumprida com honradez e simplicidade.
Valeu Marcão!
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2 comentários:
Com toda a sua simplicidade, o Marcos conseguiu quebrar certos paradigmas da sua profissão mesmo no momento de se aposentar: sem entrevista coletiva, sem amistoso da seleção, sem fazer drama.
A imprensa teve que dar atenção do mesmo jeito. E ninguém se enraiveceu por ele aproveitar o momento para divulgar os patrocinadores de seu clube ou sua nova emnpresa de marketing esportivo.
Até nisso o Marcos respeitou os torcedores do futebol romântico. Até nisso ele respeitou os torcedores dos outros times.
O Marcos não jogou seis meses no Palmeiras para se aposentar jurando identificaçãpo eterna com o clube, como fez Ronaldo no Corinthians, por exemplo.
O Marcos jogou vinte anos no Palmeiras e isso é motivo de orgulho para nossos pais palmeirenses, caro João.
Abraços,
Jean
João!
Me lembro em pequenos flashs dos últimos tempos do saudoso Ademir da Guia no Palmeiras. Naquele tempo ainda não se falavam em marketing,gestão, branding e tantos outros atributos do futebol modermo. O "Marcão" depois de " O Divino" são os maiores icones do Palmeiras. Ambos fizeram e serão parte importante da história do verdão. Já que estamos na era do futebol de negócios, vale lembrar sempre destes dois exemplos de homens comprometidos com o trabalho honesto e com os principios humanos que tanto sentimos falta no futebol e no mercado de trabalho de hoje.
Parabéns pelo artigo!
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