quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

FORDISMO (Nem Tão Velho Assim)

Muita gente anda dizendo que 2011 vai ser um ano de cifras espetaculares, que a produção brasileira vai alcançar seu maiores índices e que o país vai crescer de maneira robusta ao longo dos próximos anos.

Já que eles dizem, então vamos conversar um pouquinho sobre meios de produção que nada mais é do que a maneira como uma empresa se organiza em seu setor produtivo para produzir.

O primeiro deles chama-se fordismo, desenvolvido por Henry Ford (de quem já falamos algum tempo atrás) e que marcou época e, por ser tão importante, estudamos até hoje.

Este meio de produção tem origem lá no começo do século XX e caracteriza-se por ser um modelo de produção em massa que revolucionou a indústria automobilística.

O seu principal desenho é a linha de montagem automatizada. Ford baseou seu meio de produção com uma palavrinha muito importante: padronização.

Padronizar nada mais é do que criar modelos que podem ser sistematicamente repetidos e que garantem agilidade ao processo.

Os veículos eram montados em esteiras rolantes, enquanto os funcionários permaneciam estáticos, sendo responsáveis por pequenas etapas da produção. O grande benefício é que o funcionário não precisa conhecer todo o processo produtivo, apenas a sua função.

Se você for a uma lanchonete de fast food vai perceber o espírito de Henry Ford ainda dando as cartas do jogo. Cada funcionário executa uma atividade e o lanche foi dividido em micro etapas, o que garantiu maior produtividade e lanches praticamente idênticos.

Para fazer um teste maldoso, experimente da próxima vez, pedir um lanche sem picles, ou batata sem sal ou mesmo um lanche sem alface. Você vai perceber o quanto o seu lanche vai demorar, pois você acabou de quebrar a linha de produção, obrigando o funcionário a produzir um lanche não padronizado, quebrando a lógica da linha de produção estabelecida previamente.

De igual forma, a principal crítica ao modelo desenvolvido por Ford era exatamente este, onde produções em massa, seriadas, talvez não fossem mais o objetivo desejado.

Mas, se você olhar ao redor, vai perceber uma centena de negócios que ainda trabalham sobre este modelo de produção e funcionam muito bem, mesmo que estejamos falando de algo que já tem mais de 100 anos.

Por isso Ford é eterno!

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