domingo, 12 de setembro de 2010
A Cama Sem Lençol
De igual forma, uma empresa sem gerentes é a mesma coisa.
Não falo de uma revolução organizacional, desprovida deste funcionário, mas sim daquelas organizações em que seus gerentes são similares a parábola: não servem de intermediário entre o colchão (a empresa) e aquele que se aninha sobre ele (o funcionário).
Ao longo dos tempos, percebemos que o cargo da gerência é sonho comum entre muitos funcionários e que estes se empenham para chegar lá baseados em algumas premissas que fazem parte da cultura organizacional daquela empresa: tempo de serviço, indicação, contatos, resultados financeiros, amizades, ações nebulosas e, algumas poucas vezes, na competência.
O resultado, em grande parte das vezes, é que tentamos colocar um lençol de solteiro numa cama de casal (ou vice-versa): o resultado é a inadequação à atividade e, através do status ou do título revestido, suas administrações não surtem o efeito desejado e os indicadores não refletem os objetivos das empresas.
Alguns tipos são clássicos:
O Gerente Macarrão: aquele que com um pouco de água quente (pressão) amolece para facilitar a sua permanência no cenário;
O Gerente Banana: que possui uma casca, mas que é facilmente removida e devorado;
O Gerente Mártir: que parece sempre se sacrificar pela empresa, pelos resultados, pelos colaboradores, mas que sempre termina como a maioria dos mártires da história;
O Gerente Gabriela: “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim”, ou seja, não muda, não se adéqua aos novos tempos;
O Gerente Cavalo de Tróia: por fora, um presente... por dentro, uma maldição;
Espero que em sua empresa estes modelos já tenham sido abolidos, que ao olhar para os gerentes da companhia, você reconheça competência, orientação aos resultados e habilidades para lidar com os diversos cenários requeridos.
E não se esqueça: mais cedo ou mais tarde você também pode ser nomeado gerente...
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Logística Internacional Descomplicada (e Triste)...
Ao invés de discorrermos sobre cada um deles, de forma acadêmica, com gráficos, termos internacionais e fórmulas de medição do desempenho, que tal pararmos e pensarmos um pouco na história deste país? Ainda mais hoje... 7 de Setembro.
O Brasil é reflexo deste pensamento internacional. E olha que se passaram pouco mais de 500 anos...
Aprendemos no primeiro grau que este país foi “descoberto” por Cabral.
Dizem que a expedição portuguesa tinha por objetivo a Índia e seu mercado de especiarias e, por um acidente de percurso (erro de roteirização) acabou aportando por aqui. Ou seja, somos frutos de um erro de operação logística com o modal selecionado!
Tornamos-nos colônia, fornecedor não remunerado de matéria prima às necessidades da matriz. Como uma empresa, ao utilizar de fontes esgotáveis de produção sem preocupar-se com a reutilização, replantio, reflorestamento ou qualquer outra política que garantisse a sustentabilidade.
Trocaram espelhinhos e tecidos por pau-brasil, que significa que a moeda de compensação das relações comerciais obedecia às vontades do comprador, subvertendo a ordem de Oferta x Procura, graças a uma relação de poder.
Mais tarde, descobrimos que a remuneração funcional era um componente importante dos custos diretos e optamos pelo modelo nefasto da escravidão, novamente, reduz-se os custos sem considerar as conseqüências futuras.
Mais tarde, a família Real aporta no país e começa a construção da estrutura necessária a sua permanência por aqui: banco, biblioteca, escola, teatro... não por benevolência, apenas para saciar aos nobres egos. É o que chamamos de Rede Necessária às Operações...
Por fim, a abertura dos portos às nações amigas, parcerias comerciais para suprir a demanda de consumo e, posteriormente, para estabelecimento de contratos comerciais internacionais que não auxiliaram no desenvolvimento do negócio, apenas na manutenção do status quo desejado. O modelo de Parcerias aqui descrito não foi tão benéfico assim.
Infelizmente, esta é uma forma triste de se conhecer um pouco da Logística Internacional, talvez o melhor modo seja devolvermos o assunto à realidade e tentar um novo começo, capaz de beneficiar esta terra e desenvolver relações ultra-marinas que contemplem às necessidades do cenário global.
domingo, 29 de agosto de 2010
Pequenas Histórias, Grandes Nomes (II)
Henry Ford (1863-1947) talvez seja o nome mais emblemático desta saga que a administração vem trilhando em buscar soluções estratégicas para o desafio dos negócios e da racionalização dos recursos.
Seu primeiro automóvel foi construído em 1893 e, ao contrário do que podemos pensar, a sua circulação pelas ruas de Detroit em 1895 era considera um estorvo, primeiro porque assustava os cavalos das carruagens, segundo porque despertava a curiosidade das pessoas em entender aquele sinistro caixote sendo guiado e, por fim, porque era barulhento e atrapalhava a ordem local.
Tudo isso são fatores interessantes, que poderiam minar a determinação deste personagem mas, mesmo com uma avaliação negativa e uma oferta tentadora de continuar a trabalhar na Light Company (empresa de Thomas Edison), Ford resolveu abandonar o seu trabalho e seguir a sua vontade: produzir carros para grandes massas.
Não foi algo tão romântico ou simples assim, passaram-se muitos anos até que o Ford-T começasse a ser produzido de maneira comercial e vendido às massas, como assim desejava seu fundador.
Depois de uma tentativa frustrada e com 40 anos de idade, Ford se juntou a outros 11 investidores e formaram a Ford Motor Company em 1903.
As contribuições deste empreendedor são inúmeras e uma das mais significativas em seu legado foi a linha de montagem seqüenciada, uma verdadeira revolução no planejamento da produção e na finalização de seus automóveis.
Ford impressionou a todos quando, em 1914, remunerou seus funcionários com o pagamento de 5,00 dólares por dia (mais que o dobro do salário de seus trabalhadores). Isso diminui a rotatividade e, de quebra, trouxe os melhores mecânicos de Detroit para trabalharem em sua empresa. É um dos primeiros registros do que se classifica como "salário de motivação".
O resultado de toda essa persistência é a empresa hoje mundialmente conhecida, fruto de uma vontade de um ex-mecânico de tratores na fazenda de seu pai.
Utilizando as próprias palavras de Henry Ford: “Se você pensa que pode ou se você pensa que não pode, de qualquer forma, você tem toda a razão”.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Sobre os Pais
Encontramos a origem da palavra no Latim (patre) e seu significado está atrelado ao sentido de genitor ou gerador, aquele que auxilia no processo de criação e de cuidados para com uma nova pessoa.
O Dia dos Pais, como hoje é celebrado, tem origem incerta, alguns atribuindo a antiga civilização babilônica, quando um jovem chamado Elmesu fez um cartão a seu pai, desejando-lhe saúde.
Comercialmente, esta data iniciou-se no século XX, quando uma jovem americana chamada Sonora Louise resolveu criar uma forma de homenagear seu pai. A idéia ganhou força e vários locais começaram a adotar idéia semelhante.
Curiosamente, se pararmos para perceber, utilizamos a palavra pai em inúmeras ocasiões, não restritas apenas aos nossos pais...
Existe o “Pai da Aviação” com Santos Dumont, o “Pai da Administração Científica” com Taylor, o “Pai da Medicina” com Hipócrates, o “Pai da Psicanálise” com Freud e, mais utilizada por quase todas as religiões: Deus, como o Pai Supremo.
O importante é perceber que todos estes (e muitos outros não mencionados) nos remetem a figura da criação, da iniciativa, da proteção, do mostrar um caminho valioso na aplicação prática das coisas; independente da área, temos alguém que é capaz de nos ajudar e de estar presente. Exatamente como fazemos quando recorríamos aos nossos pais pedindo ajuda.
Nos ambientes de trabalho, quando um coordenador, gerente ou diretor consegue trabalhar em sintonia com sua equipe, costumamos chamá-lo de “paizão”, pois é uma pessoa confiável, íntegra e que busca – sempre – o bem de todos os que estão em volta.
Acredito que ser pai é exatamente isso: estar imbuído das responsabilidades e, por prazer e amor ao próximo, consegue doar-se e buscar o melhor para aqueles que ele se sente responsável.
Tenho o prazer de diariamente ouvir a palavra “pai” de minha filha (hoje com sete anos). Certamente é a palavra mais doce que chega aos meus ouvidos e a mais pesada também. Ali tem meu maior tesouro, me chamando para ajudá-la, ensiná-la e compartilhar cada momento, cada medo, cada vitória, cada derrota, cada tristeza e cada alegria.
Que este dia seja um momento de paz para todos nós. Sejamos pais biológicos, de coração ou simplesmente tenhamos colaboradores que contam com nossa direção e nosso apoio.
O prazer da vida reside exatamente nas pequenas reflexões.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Pequenas Histórias - Grandes Nomes (I)
O mais interessante nestas marcas todas é buscar a sua origem, ler a respeito e conhecer um pouco mais do seu início. O melhor de tudo isso é descobrir que grandes marcas foram criadas por pessoas comuns, como nós, mas que tiveram firme propósito e determinação de transformar um sonho em realidade.
Começaremos a falar um pouco sobre algumas destas marcas. E quero começar pela Honda.
Honda é o sobrenome do fundador desta gigante companhia, o Sr. Soichiro Honda, que nasceu no início do século XX e que possuía em seu sangue o principal elemento para qualquer empreendedor verdadeiro: determinação.
Como você seria recebido pelos seus pares se dissesse que iria instalar um motor numa bicicleta? Imagine isso nos anos quarenta ou cinqüenta do século passado... certamente ele não deve ter ouvido as melhores coisas também.
Mas foi exatamente assim que aconteceu... com sua determinação e vontade, o jovem Soichiro começou a estudar sobre motores, peças, funcionamento e propulsão, como um curioso e entusiasta que adorava os motores e a velocidade.
A partir deste momento, nascia dentro dele o desejo de construir algo que fosse útil.
Foram várias tentativas, desde a abertura de sua primeira oficina até a adaptação de barcos e veículos para ficarem mais potentes. E em quase todas o resultado era desanimador. Beirando a falência e sendo desacreditado por aquelas que estavam próximos.
Mas não era motivo para desanimar. Ao invés de consertas peças, ele resolve fabricar seus próprios pistões e vai ganhando confiança e experiência, a medida que desenvolve novos modelos e materiais para serem utilizados neles.
Após a II Guerra Mundial, o Japão passou por um período de escassez e completa falta de estrutura. Até a locomoção dos seus moradores tornava-se complicada, uma vez que faltava de tudo, até o combustível para movimentar os carros.
Foi neste cenário que surgiu a Honda Motor Company, com um protótipo do que seriam nossas motocicletas atuais. Era similar a uma bicicleta, com um motor de 50cc e potência de 0.5 cavalos.
Deste instante em diante, inicia-se a história das motocicletas Honda, que estão presentes em todos os cantos do mundo. É impossível que alguém nunca tenha visto uma motocicleta e quase sempre esta marca é presença constante.
E pensar que tudo começou com a força de vontade de uma única pessoa.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Menos é Mais
Geralmente esta afirmação vem acompanhada de gráficos que mostram que a situação financeira não está boa, que precisa melhorar a lucratividade ou que os resultados do último trimestre ficaram abaixo do esperado.
Na verdade, o que não comentam é que a eficiência está baixa, que o controle dos gastos não está adequado ou que as horas-extras têm pesado nesta avaliação final.
Acredito que não se deve produzir necessariamente mais, mas sim, gastar menos.
A realidade das empresas é que o lucro é auferido pelos resultados das receitas menos os gastos. A lógica é simples: para se ganhar mais, deve-se gastar menos.
Perdi a conta de quantas empresas não tem um controle eficiente sobre seus gastos telefônicos, seu material de escritório, seu consumo de energia, despesas de pessoal, relatórios de viagens ou qualquer outro indicador de custos.
A tecnologia permite que se economize drasticamente em ligações telefônicas, a digitalização de documentos reduz os gastos de escritório, a arquitetura pode auxiliar no controle energético, a racionalização do trabalho diminui a carga trabalhada e as viagens podem ser mais bem controladas quando se avalia ações e resultados.
Só que são mudanças culturais e aí reside o problema.
Ultimamente tenho estudado com um grande grupo de alunos sobre os custos logísticos e seu impacto direto no resultado das operações.
É assustador o peso destes custos ao se perceber que simples ações como a conferência efetiva das cargas e mercadorias contribuem no resultado final; o dimensionamento dos estoques e do armazenamento são importantes aliados e, por fim, como o controle efetivo da frota pode resultar em lucros inimagináveis.
Só que é mais fácil dizer que o valor do frete deve ser reduzido, que a área deve ser terceirizada ou mesmo que o mercado está retraído.
Seria a mesma coisa que você ganhar um aumento e fazer novos financiamentos ou recusar-se a poupar uma parte deste valor. Continua-se com o mesmo resultado operacional, ou seja, margens de lucratividade (saldo) boas.
Um dia as empresas aprenderão e descobrirão que menos é mais.... que não adianta aumentar a velocidade do veículo, deve-se ensinar o motorista a dirigir de maneira econômica.
Vamos tentar???
terça-feira, 25 de maio de 2010
Capitalizando Com a Paixão de Cada Um
É assustador a quantidade de dinheiro que estas ações podem mobilizar e, infelizmente, percebemos o quanto os times brasileiros estão distantes de capitalizar neste nicho de mercado tão lucrativo.
Antes de qualquer coisa, vale ressaltar que marketing esportivo não se reduz, apenas, ao patrocínio que uma empresa estampa na camisa de um time. Esta parte é uma das mais visíveis, mas não é a única. O patrocínio numa camisa é a principal fonte de arrecadação dos times locais, mas outras ações devem ser consideradas.
Existe o licenciamento de produtos. De todas as naturezas imagináveis, desde roupas até brinquedos, passando por bebidas e peças de utilidades domésticas.
Todas estas ações visam aumentar as receitas dos clubes. Afinal de contas, estamos falando de um consumidor que não troca de “marca”. Quem torce por um time dificilmente usará produtos de outra agremiação.
Existem times brasileiros que possuem mais torcedores que alguns países possuem em número de habitantes. Logo, podemos dimensionar a quantidade de potenciais consumidores que comprariam um vinho, um brinquedo, um abridor de garrafas, um boné, uma bola personalizada ou até mesmo um adesivo. O limite é a criatividade.
Um dos problemas existentes no país é a pirataria de produtos. Produtos que são largamente consumidos, produzidos sem critérios de qualidade e que os clubes, maiores prejudicados, não recebem nenhum centavo sobre tais movimentações.
Em alguns países, como a Inglaterra, você encontra produtos oficiais (onde o clube recebe royalties pelas vendas), segmentados por classe social ou grupo de consumo.
Aqui você precisa gastar, praticamente, 1/3 de um salário mínimo para comprar uma camisa do seu time favorito, porque o fabricante detém os direitos exclusivos sobre a confecção... e cobra muito por isso.
Lá, você tem – pelo menos – três modelos diferentes: a confeccionada pelo patrocinador das camisas (igual a dos jogadores, a mais cara) e também encontra outros dois modelos licenciados para marcas de menor poder aquisitivo, abrangendo outras classes sociais. E todas ficam felizes por utilizarem um produto oficial, sabendo que contribui com as receitas do seu time.
É um exercício longo, mas talvez seja uma das melhores formas para se trabalhar o mercado de maneira ampla e irrestrita.
Isso sim é um golaço!
domingo, 16 de maio de 2010
Além das Molduras
Não era um exercício fácil; a gente ficava imaginando o que haveria além dos limites que Monet nos mostrava ou mesmo além das cenas retratadas por Bottero. E a imaginação ganhava asas e nos víamos complementando uma obra. Era divertido.
Hoje em dia, percebo que as empresas têm feito o mesmo exercício com seus funcionários, ao pedirem para que eles sejam inovadores, que quebrem paradigmas e que pensem em novas possibilidades para o rumo de seus negócios.
A zona de conforto é algo perigoso. É fácil se acostumar com o que “funciona” e difícil de pensar em mudanças.
Basta pensarmos em todas as vezes que uma nova cultura, um novo sistema ou uma nova política é implantada na empresa. Encontramos muita resistência, às vezes algumas pequenas sabotagens e muito corpo-mole, para dificultar a mudança.
O que seria da borboleta se esta não abrisse mão de sua condição de lagarta? Ou o que seria da árvore se esta insistisse em continuar semente?
Certamente o mundo seria um lugar menos interessante e bonito de se contemplar.
Inovação é uma das palavras de ordem no momento. Ao inovar, a gente se permite novas possibilidades, novas formas de administrar e gerenciar. É pensar naquilo que ainda não foi tentado.
Quebrar paradigmas, uma frase mal empregada algumas vezes, é sinônimo deste mesmo pensamento. Ao questionar uma verdade absoluta e pensar em formas renovadas de administração, a humanidade evoluiu, a ciência progrediu e as relações humanas foram modificadas.
Se não ousássemos pensar além da moldura, talvez estivéssemos ainda na idade da pedra, os automóveis seriam apenas ficção e você, sequer, estaria lendo esta coluna.
Por sorte, alguém arriscou e pagou o preço da tentativa. Nem sempre obteve sucesso, mas sempre expandiu seu raciocínio... e isso é o que importa!
Espero que seus quadros não terminem nas molduras e que você visualize a pintura de maneira completa, nova e transformadora.
sábado, 8 de maio de 2010
Os Super-Amigos Dentro da Empresa
Ao pensar neste desenho, percebo que algumas empresas incorporam estes personagens à rotina de trabalho de seus escritórios, mas não da maneira bacana que existia no desenho (quando tinham um problema e os esforços eram somados para corrigi-lo), mas da maneira nefasta, onde cada um quer ser melhor que o outro e traços de personalidade acabam se manifestando mais do que o desejado.
Você já viu algum destes Super-Heróis dentro da sua empresa?
Super Homem: Aquele que acha que tem capacidade, poder e influência para fazer de tudo. Responsabiliza-se por um monte de coisas, se envolve em milhares de projetos e acaba atrapalhando na maioria das vezes.
Mulher Maravilha: A poderosa da empresa. Aquela que passa por cima de muitas pessoas, que não faz muita questão de ser educada com todos e que se transforma numa bajuladora para manter-se no cargo.
Aquaman: Este é o rei das escapadas. Responsabilidade não é com ele. Como água, é impossível de segurá-lo e sempre dá um jeitinho para sair ileso quando um problema acontece. Uma de suas frases favoritas é “Se tivessem me perguntado, isso não teria acontecido...”
Batman e Robin: Os “parceiros” de trabalho. Um é o dono da atividade e o outro o seu eterno aprendiz. Não fazem nada sozinhos e fica aquele clima de proteção e indicação sempre que existe uma oportunidade. A influência do primeiro é a escada para o segundo.
The Flash: Está sempre correndo, sempre ocupado, sempre com mil coisas para fazer e, inevitavelmente, os prazos estão se esgotando, impossibilitando de ajudar alguém verdadeiramente.
Trabalhar com egos diferentes é o grande desafio da Gestão de Pessoas. Não defendo a idéia de que todas as pessoas devam ser moldadas de maneira idêntica; cada ser tem suas características e peculiaridades.
Mas o Gestor moderno tem que estar preparado para entrar todo dia na Sala da Justiça e encontrar um bando de super-heróis com habilidades e formas de trabalho diferentes. Seu dever é transformá-los num time e buscar o resultado que a empresa almeja.
Ou seja... uma tarefa para super-herói nenhum colocar defeito!...
sábado, 1 de maio de 2010
E Por Falar em Trabalho
Na verdade, a origem desta data remonta a 1886, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, quando milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições trabalhistas, uma vez que as coisas não eram das mais justas naquele tempo e algumas situações precisavam ser mudadas:
• Redução da Jornada de Trabalho para 08 horas diárias (se trabalhava até 17 horas por dia)
• Condições de saúde, higiene e segurança nos locais de trabalho;
• Fim da utilização de mão de obra infantil
• Não existiam Férias, Descanso Semanal ou mesmo Aposentadoria
A greve geral se alastrou, a violência foi generalizada e muitos trabalhadores perderam suas vidas lutando pelo bem de uma coletividade. Particularmente, considero este momento como um divisor de águas e um exemplo para todos nós.
Agora, em 2010, mais do que aproveitarmos o feriado com a família, devemos fazer um agradecimento àqueles trabalhadores que lutaram com suas próprias vidas por alguns dos direitos que hoje desfrutamos.
Nenhuma conquista é simples ou suave. Todo processo que pede mudanças é complicado, longo e, às vezes, turbulento. Assim foi naquele momento e a história possui inúmeros outros exemplos que comprovam este pensamento.
Em particular no Brasil, o 1º de Maio também nos traz algumas lembranças:
• Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo
• Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho
Pena o 1º de Maio não sirva apenas para nos recordarmos das questões trabalhistas.
É neste dia também que, infelizmente, nos recordamos de um dos maiores exemplos de brasileiro que encantou o mundo: Ayrton Senna.
Hoje completa-se exatamente 16 anos que perdemos a alegria de acordar nos domingos pela manhã e assistir ao melhor piloto de todos os tempos desafiar os seus limites, buscar a perfeição e obter o melhor resultado do fruto de seu trabalho.
No fundo, talvez estejamos falando das mesmas coisas: do trabalho e da forma apaixonada como cada um, em seu tempo, fez valer o direito de ter o melhor e lutar em benefício da coletividade por condições justas para todos.
Que não percamos, nunca, estes excelentes referenciais!
sábado, 24 de abril de 2010
Sobre Estar Apaixonado
Pode parecer estranha a pergunta e o título deste artigo, mas, no fundo, uma parte é complementar à outra.
A paixão que me refiro não é aquela que você pode sentir por alguém; a que quero dizer é aquela sobre você mesmo, sobre aquilo que você faz e quer fazer.
Tenho encontrado uma série de pessoas preocupadas e insatisfeitas com o momento presente e, para todas, utilizo sempre a mesma pergunta: Onde você estará daqui a cinco anos?
Ao se fazer esta pergunta e permitir-se pensar daqui a cinco anos, você fará um belo exercício que, se colocado em prática, vai mudar por completo o seu ânimo e acabar com suas preocupações e tristezas.
Não importa se é uma profissão, um bem, uma vida a dois, uma viagem... o importante é que você faça isso com o sentimento da paixão.
Estar apaixonado por si mesmo é gostar de você exatamente por aquilo que você é e por tudo aquilo que você faz e pode fazer.
Se você pensar assim em sua profissão e em sua vida, certamente fará a coisa certa e, ao invés de pensar em trabalho, vai traduzir isso por prazer. Ao invés do sacrifício, terá a recompensa.
Você gosta de matemática, mas seu trabalho atual não lhe dá prazer. Tudo bem! Daqui a cinco anos é tempo suficiente para fazer algo que você goste e que a matemática lhe acompanhe. Planejamento, determinação e ação.
Você gosta de animais, mas seu trabalho atual não lhe dá prazer. Tudo bem! Daqui a cinco anos é tempo suficiente para fazer algo que você goste e que os animais façam parte da sua rotina. Planejamento, determinação e ação.
Na vida, tudo aquilo que a gente acredita e busca tem a chance de acontecer, mas para isso a peça fundamental é você e sua força de vontade.
Falar em planejamento de carreira é fácil. Difícil é falar de carreira planejada.
Quando se está apaixonado, o organismo vibra diferente, os esforços são diferentes, as ações são diferentes e o resultado é quase sempre satisfatório, mesmo que a paixão não seja correspondida. Fica a certeza de que a gente tudo pode e que o mundo não é um obstáculo, mas sim um cenário de oportunidades.
A vida profissional pode ser do mesmo jeito... é só utilizarmos a mesma alegria e imaginação que a paixão desperta em nós.
Que você se apaixone. E que se descubra capaz de realizar tudo o que quiser. Tudo!
sábado, 17 de abril de 2010
Aberta a Temporada de Falsidades
Não estou falando das eleições. Este é um assunto que comentaremos em outro momento.
Hoje vamos falar de Copa do Mundo.
Toda edição é o mesma circo: ruas e casas enfeitadas, pessoas usando verde-e-amarelo, empresas reduzindo a sua jornada de trabalho, carros com adesivos e bandeiras, consumo excessivo de álcool, milhões de técnicos e comentaristas de plantão, aquelas imagens (chatas) das pessoas comemorando um gol e tantas outras coisas parecidas.
O triste de tudo isso é que se você perguntar para qualquer um sobre os motivos que o levam a enfeitar a casa ou ficar buzinando nas ruas, ele vai te responder sou brasileiro, ou pior ainda, sou patriota.
Isso não é patriotismo. Isso é torcida de time de futebol!
Patriotismo é você ter amor à pátria, a querer o bem dela e fazer valer os direitos e deveres para que seu país seja, efetivamente, um lugar decente de se viver.
Ser patriota é não se conformar com escândalos, não aceitar o jeitinho, não se iludir com promessas, não permitir que os direitos de alguém sejam desrespeitados.
Ser patriota é lutar por igualdade entre todos, é querer a coisa certa.
Então, que não me venham dizer que são brasileiros ou patriotas só porque estão assistindo a um jogo de futebol que nada vai acrescentar àquilo que realmente se faz necessário neste país.
Eu vou ser patriota ou brasileiro quando a educação for de qualidade, quando a saúde for um direito respeitado, quando a criminalidade diminuir, quando a corrupção não for uma notícia corriqueira, quando as pessoas morarem em lugares dignos e, principalmente, quando eu não ouvir mais desculpas esfarrapadas sobre os problemas nacionais.
Até lá, com licença, eu prefiro torcer contra a seleção brasileira. Não quero que este país seja hexa campeão, quero apenas um país digno e que respeite os seus.
Futebol é ópio e não quero ficar entorpecido.
sábado, 27 de março de 2010
Cinqüenta Anos
A marca que quero aqui registrar não diz respeito a um produto ou a um serviço, que lembramos com saudosismo quando não mais existem; quero falar de alguém que através de suas palavras conseguiu verbalizar sentimentos, emoções, tendências e, principalmente, amor.
Renato Manfredini Junior, popularmente conhecido como Renato Russo, foi para a minha geração esta voz. Juntamente com seus amigos Bonfá e Dado Villa-Lobos, formaram aquela que seria a maior banda de rock que este país conheceu: a Legião Urbana.
Ainda hoje, é o terceiro maior grupo musical, da gravadora EMI-Odeon, em venda de discos por catálogo, no mundo, com média de duzentas mil cópias por mês.
A força da Legião Urbana era a capacidade de traduzir em música os nossos pensamentos. Ao longo dos anos 80 e 90, cada jovem encontrava em seus álbuns a medida exata daquilo que sentia; era como se pudessem ler o imaginário de seus fãs e transformar aquilo em poesia e música.
O resultado é que, mesmo depois da voz de Renato Russo ter silenciado naquele fatídico 11 de Outubro de 1996, novas gerações aprenderam (e ainda aprendem) a beleza das composições que estes três jovens de Brasília nos deixaram de legado.
Não obstante, quantos não são os jovens que descobriram a Legião Urbana depois de 96, que sequer estavam vivos quando o Renato foi para outro plano espiritual e que, com a mesma alegria que sentimos ao ouvir uma de suas canções, ainda se emocionam e entendem o recado.
O mundo ganhou The Beatles; nós, por sorte, tivemos também a Legião Urbana.
Hoje, em que celebramos os cinqüenta anos do Trovador Solitário, esta é uma singela forma de agradecer à ele e a toda a Legião Urbana por estes momentos, que durarão eternamente, que jamais serão esquecidos e que continuam fazendo parte da vida de tantas pessoas.
O segredo deste sucesso, que tantas empresas buscam, é exatamente este: com simplicidade e honestidade, chegar ao seu público de forma transparente, em sintonia com seus anseios e garantir, assim, a perpetuação de uma marca.
Urbana Legio Omnia Vincit!
Leia no volume máximo...
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Viajando no Tempo
Recrutamento está ligado ao passado. Seleção está ligado ao futuro.
E é simples de entender...
O Recrutamento diz respeito ao seu passado. É ele que será observado quando uma vaga se torna disponível e as empresas correm para encontrar profissionais que se enquadrem às suas necessidades.
As formas de Recrutamento são inúmeras. A mais tradicional e popular delas está relacionada ao Curriculum Vitae, ou seja, uma descrição pormenorizada (nem por isso enfadonha) de tudo o que você acumulou ao longo da vida.
“Vitae” vem do latim e significa “Vida”. Ou seja, você vai procurar descrever em uma ou duas páginas o que você andou aprontando com sua vida à partir do momento que cresceu e começou a fazer parte, efetivamente, da sociedade.
As experiências, cursos, estudo, idiomas, trabalhos voluntários e uma série de outros detalhes são contados ali. À partir deste momento, a empresa começa a imaginar quem é aquela pessoa, como ela galgou a sua vida e o que fez de bom ao longo dela.
O engraçado é que, friamente, o currículo só mostra pessoas maravilhosas, todas comportadas, sem vícios, sem defeitos... é quase uma fábrica de anjos.
Como não é possível acreditar que existam apenas anjos entre nós, as empresas partem para a segunda fase, a Seleção.
É neste momento que são realizadas entrevistas pessoais, dinâmicas, jogos e uma série de outras atividades presenciais, para verificar se o anjinho em questão não possui um par de chifrinhos escondidos ou mesmo se possui todos os conhecimentos descritos anteriormente.
Neste momento, o passado não mais importa. O que interessa verdadeiramente às empresas é o futuro. Quais os benefícios que ela (empresa) conseguirá se contratar aquela pessoa.
Aqui, a empresa quer saber quais são as diferenças entre os iguais. E são com estas diferenças que as pessoas são contratadas. A isso é dado o nome de Competência.
Ser competente não é ser apto, apenas, para exercer um cargo, mas sim, ter a capacidade de agregar valor, fazer a diferença e representar um diferencial competitivo àquela empresa.
Que neste cenário, a sua vida passada faça diferença no futuro!
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Aprendendo com a Religião
Entretanto, durante a semana e sábados, é super comum encontrar várias pessoas lá dentro e vários ensaios dos grupos de música.
E o que eles estão fazendo?
Se aperfeiçoando, treinando e preparando-se para todas as eventualidades, todas as dúvidas que podem surgir, conversando, ensaiando... ou seja, simulando as realidades e necessidades que podem vir a ter no encontro dominical.
Eles têm certeza de quantos fiéis virão no domingo? Nenhuma!
Eles vão diminuir o ritmo das reuniões ou ensaios se souberem qual será o público? Jamais!
Eles têm um compromisso maior, independente de quem ou de quantos lá estarão. E o mais importante: acreditam nisso.
Infelizmente, encontro várias empresas que não pensam assim, que trabalham muito mais de acordo com o “nome” ou o “status” de um cliente do que como filosofia de trabalho realmente.
Quantas vezes não nos deparamos com relatos de atendimentos falhos, de vendas mal realizadas ou de funcionários pouco atenciosos?
Curiosamente, se nesta mesma empresa uma celebridade ou algum “cliente grande” for realizar seus negócios, a empresa se desdobra em atenções, mimos e outras besteiras para encantar o cliente.
Na verdade, não existem “clientes grandes” ou “clientes pequenos”. Existem clientes e a empresa que é atenta a isso, não faz distinção. Às vezes, o pequeno realiza coisas grandes e surpreende todo mundo.
O que existe são: empresas inteligentes e empresas medíocres, só isso.
A empresa que é inteligente tem no seu DNA o compromisso de atender e oferecer o melhor serviço a todos os clientes, sem nenhum tipo de distinção. São poucas, mas vale a pena procurar e dar preferência à elas.
Espero que você só encontre empresas inteligentes. Essas valem a pena de serem visitadas. E que você perceba que lá existem pessoas que acreditam nisso.
Um Painel de Controle Para a Empresa
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Ano Novo ou Novo Ano?
Eu gostava mais do tempo do cartão enviado pelo correio... achava mais humana a relação de afeto, afinal de contas, tínhamos que comprar cartões, escrever, selar, enviar... era algo mais personalizado.
Hoje, com o advento das redes sociais, das mensagens eletrônicas, e-mails e torpedos pelo celular, essa relação ficou um pouco menos humanizada... com uma única mensagem a gente consegue desejar boas vibrações para uns cinqüenta amigos ao mesmo tempo.
Resta uma dúvida: estes cinqüenta amigos são realmente “amigos” ou pessoas que a gente foi adicionando a nossa rede de contatos, sem nenhum tipo de afeto?
E minha maior elucubração é outra.
A gente quer um Ano Novo ou um Novo Ano?
Para mim existe uma diferença abissal entre uma expressão e outra.
Ano Novo é a troca de calendário, o recomeçar dos meses e o continuar da vida.
Todo Janeiro tem o IPVA, IPTU... Fevereiro (geralmente) tem o Carnaval, depois vem a Páscoa, Festa Junina, alguns feriados... e tudo se repete!
Novo Ano é bem mais legal!
É fazer tudo diferente... é tomar coragem para aquela viagem que nunca sai, aquele curso que ficava só na vontade. É a chance de eliminar algumas coisas chatas de sua vida, de trazer para perto outras coisas boas...
Então, aproveite!
Que tal fazer deste próximo ano um Novo Ano em sua vida?
E não use aquela famosa frase “um dia eu vou fazer isso”.... acredito que "um dia" nunca chega... a gente tem que estabelecer objetivos, regras e prazos! Aí sim as coisas começam a acontecer para valer...
Que seu Novo Ano seja ainda melhor que este!
sábado, 14 de novembro de 2009
Um Insulto à Sua Inteligência
Penso que ele existe para você recarregar as energias, curtir a família, os amigos, descansar um pouco e, principalmente, fugir da correria e do stress da semana, para que, na segunda-feira, você esteja pronto para recomeçar e fazer melhor do que havia feito na semana passada.
Só que uma coisa tem me incomodado bastante...
Você já viu alguma publicidade, dos mais diversos segmentos, com informes bem grandes, dizendo: “Aberto aos Domingos e Feriados”?
O que esta empresa está querendo lhe dizer?
Em minha opinião:
“Já que você não tem nada mais interessante para fazer, já que você não dá a mínima para sua família, já que não tem a competência de juntar alguns amigos num churrasquinho e já que não tem a criatividade para fazer algo interessante e aproveitar o Domingo num zoológico, parque ou qualquer outra coisa, que tal aproveitar o vazio de sua vida e vir gastar um pouco em nossa loja?”
No fundo, é isso mesmo.
Domingos e Feriados existem para você fazer qualquer coisa ou fazer nada! Mas não me conformo que alguém se reduza a tão pouco ao ponto de ir a uma loja!
Recentemente, algumas lojas funcionaram no dia de Finados. Para mim foi incômodo e por isso fiquei pensando nisso tudo.
Uma coisa é a correria da semana lhe impedir de realizar suas compras de maneira racional durante seu curso, outra coisa é você entrar no jogo e transformar sua escravidão em comércio.
Por pior que seja, uma caminhada ao ar livre, uma água de côco e um passeio despretensioso com a família ainda é melhor que se enfurnar numa loja em pleno Domingo ou Feriado!
Tudo bem ir ao shopping para aproveitar um cinema, isso é um passeio pelo menos. Mas não entre numa loja para contribuir a nulidade da existência e da convivência humana. Sua família (e você) merecem muito mais que isso!
Não prego a contra-revolução ao consumo, apenas a racionalidade de nossos atos.
Se começássemos a pensar assim, além do benefício à nossa saúde e a nossa inteligência, contribuiríamos para que mais pessoas também tivessem a oportunidade de descansar nestes dias... afinal de contas, duvido que algum funcionário se sinta feliz por trabalhar nestes dias dentro de uma loja.
É uma questão de opinião e atitude.
Espero que hoje seja Domingo (ou feriado) e que você esteja lendo este artigo, já é muito melhor que ficar dentro de uma loja.
Bons momentos passam rápido demais e não é dentro de uma loja que você terá prazer.
Pense nisso...
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Troca de Funções
O que pode parecer estranho é, na verdade, uma prática que muitas empresas tem experimentado durante um dia do ano. A chamada Troca de Funções.
Esta é uma das formas mais interessantes para a conscientização da importância de todas as funções de uma empresa. Não existe função mais importante, existem funções diferentes, cada uma com sua atribuição.
Shoppings têm realizado esta idéia com freqüência, mas empresas de todos os segmentos perceberam uma oportunidade de sinergia entre os funcionários e começam a adotar esta prática com alguma regularidade.
Os benefícios são inúmeros!
Quando alguém de uma área completamente diferente entra numa atividade alheia, ela começa a pensar com seus valores e procedimentos sobre a atividade do outro.
Com isso, descobrem-se graus de dificuldades nunca imaginados, importâncias sobre toda a cadeia da empresa e, principalmente, idéias. O maior benefício desta prática é a reunião depois da experiência.
Ao discutir o que perceberam e conheceram, novas práticas são implementadas, novas formas de se trabalhar são sugeridas e quem ganha com tudo isso? A empresa!
São notórios os casos de mudança de equipamentos e produtos, pois só quem sente na pele a realidade de uma atividade pode, efetivamente, contribuir para a melhoria dela.
Um exemplo simples: quantas vezes uma compra é realizada apenas pelo produto de menor custo? Será que ele realmente cumpre a sua função? Uma simples troca de produto pode resultar em ganho de produtividade e eficiência de um setor. Pense nas vassouras...
Se todas as empresas adotassem essa prática, perceberiam que todas as informações são importantes, que um trabalho só é plenamente realizado porque alguém, em algum ponto distante, contribuiu silenciosamente para que ele pudesse trabalhar.
A área de informática não trabalha se o departamento de manutenção elétrica não lhe der suporte; nenhum diretor vai ter sua vaga no estacionamento se o pessoal patrimonial não cuidar da área; nenhum funcionário vai receber seu salário se o pessoal do departamento pessoal não cuidar de seus apontamentos... e por aí vai!
Que tal tentar em sua empresa?
Já “passou” um cafezinho hoje? Experimente...
sábado, 24 de outubro de 2009
Aposente-se com 30 Anos
A formação desta palavra vem do prefixo “apo”, que indica algo que está longe, afastado, separado, etc., ela vem da época medieval, quando alguém era hospedado na casa de outrém. Ou seja, alguém que está distante de seu lar era recebido em casa alheia para descansar e passar a noite.
Qual o valor social, hoje, dado a palavra aposentado? Alguém que se afastou das funções profissionais e que está distante do mercado de trabalho. Isso quando a palavra não adquire um sentido pejorativo...
Na verdade, o que quero dizer é que este distanciamento deve ser feito muito antes, de preferência próximo dos 30 anos, quando a pessoa já está crescidinha e tem poder para decidir sobre as coisas que gosta ou não, sobre as coisas que quer para sua vida ou não.
O que adianta ficar uma vida inteira numa atividade que não lhe dá prazer? Para que serve trocar o seu tempo apenas por remuneração e ver sua vida (e sua saúde) se esvair inutilmente pelos anos?
Quando a relação entre aquilo que se faz e aquilo que lhe dá prazer é intensa, certamente esta palavra perde o sentido. Você deve fazer aquilo que, reconhecidamente, tem competência e sente prazer por isso.
Isso é a verdadeira Gestão por Competências.
Fazer aquilo que sabe, aquilo que gosta e aquilo que lhe dá prazer.
Se seu filho gosta de Matemática, mas vai mal em Geografia, não adianta colocar uma professora particular de Geografia. Coloque-o com uma professora particular de Cálculo. Para desenvolver o menino ainda mais, para explorar toda a potencialidade dele e para que este talento seja o diferencial dele no futuro.
Certamente, quando esta criança estiver com 30 anos, ela vai fazer o que gosta e sabe melhor. Neste momento ela vai estar aposentada de toda a chatice de uma vida mal administrada, vai trabalhar por prazer e desenvolver suas melhores habilidades, sem se preocupar com quantos anos falta para acabar com o martírio.
Teremos grandes profissionais e excelentes pessoas.
Ela vai descobrir que aposentadoria é afastar-se do que não lhe faz bem e vai viver todos os anos em plenitude, trabalhando, sendo feliz e realizando o seu melhor.
Ninguém precisa esperar os 60 ou 70 anos para descobrir isso!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
A Política dos Créditos
O que vejo agora, com grande freqüência, são os Créditos de Carbono.
Para simplificar o entendimento: Créditos de Carbono são documentos que autorizam o direito de outro poluir.
Como funciona esta nova modalidade de financiamento?
Basicamente, alguns acordos internacionais, como Protocolo de Quioto por exemplo, estabeleceram uma cota máxima de emissão de poluentes para os países desenvolvidos. Acontece que muitas empresas e muitos países não conseguem chegar nos níveis estabelecidos.
E o que eles fazem?
Ao invés de buscarem soluções alternativas para a emissão dos gases ou desenvolverem e utilizarem tecnologias menos poluentes, vão ao mercado e compram os famigerados Créditos de Carbono ou RCE (Redução Certificada de Emissões) de empresas e países que conseguiram se adequar aos padrões internacionais.
Ou seja, é o primo rico se aproveitando do primo pobre.
O primo esperto se aproveitando do primo tonto.
Se a tendência é esta, a gente poderia criar outros “créditos” e lucrar com a desgraça alheia.
Cometeu algum crime? Chame os “Créditos da Liberdade”!
Aqueles que são pessoas boas, que nunca cometeram delitos ou crimes, poderiam “vender” um pouquinho da sua bondade para aquelas pessoas que já cometeram algum tipo de infração, crime ou coisa semelhante, para diminuir a pena ou o peso na consciência dos mesmos.
Cometeu alguma infração no trânsito? Chame os “Créditos do Volante”!
Tudo bem... alguém que nunca tenha feito nada pode assumir um pouco da sua culpa em troca de alguns reais.
Agrediu alguém? Chame os “Créditos das Desculpas”
Tudo bem... alguém que nunca tenha sido rude com as pessoas pode vender um pouco do seu jeito afável e diminuir sua culpa.
Para os pecados humanos existem várias fórmulas: o arrependimento, a confissão e a penitência. Mas estas são gratuitas. E são sinceras para aqueles que acreditam.
Para a poluição existe o Crédito de Carbono. Só que está é paga. E hipócrita.
Eu finjo que ajudo o meio ambiente plantando árvores e você finge que polui dentro dos níveis aceitáveis.
E tudo continua do jeito que está... o homem achando que pode mandar na natureza e querendo compensar suas sandices com invenções malucas.
E que depois ninguém venha reclamar do efeito estufa, do degelo das calotas polares, da camada de ozônio, catástrofes naturais e outros acontecimentos que não presenciávamos há 50 anos.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Proativo, Reativo ou Destrutivo?
Proativo
Que visa antecipar futuros problemas, necessidades ou mudanças; antecipatório.
Reativo
Que faz reagir, que provoca reação; reagente.
Destrutivo
Que destrói ou serve para destruir.
Tempos atrás chegou até mim um link para assistir a um vídeo, onde a Vanusa cantava o hino nacional brasileiro e o conteúdo da mensagem era de deboche, decorrente dos erros cometidos durante a execução do mesmo.
Piadas não faltaram. Até na TV o assunto foi abordado e muita gente falando que ela estava embriagada e outros falando sobre o uso de medicamentos.
Nenhuma das versões me interessa.
Para ilustrar o que estou falando, gostaria que você desse uma olhadinha num vídeo que está neste link do YouTube, chamado Leadership & Solidarity (http://www.youtube.com/watch?v=Em9wR9e5emY).
Qual a diferença?
Ao invés da indiferença ou do escárnio, o que a gente acompanhou aqui foi a demonstração exata das diferenças. Da solidariedade.
Tem gente que se antecipa ao problema, porque sabe que aquilo pode tomar um caminho desnecessário e se antecipa para evitar a confusão.
Tem gente que espera o problema acontecer para depois tentar consertar.
E tem gente que não faz nada e prefere espinafrar quem teve a coragem de tentar.
O exemplo da Vanusa é semelhante... existiam muitas “autoridades” no evento, que poderiam ter saído em sua ajuda. Mas permaneceram, como diz o hino, como impávidos colossos.
Eu não sou fã dessas solenidades, nem da Vanusa e muito menos do hino nacional, mas sou fã do ser humano e não consegui achar graça nisso tudo.
Nas empresas é idêntico: se o problema não é meu, não vou mexer. Se não vai sobrar para mim, que estoure na cabeça do outro...
Essa cultura do “antes ele do que eu” é que faz a diferença entre um país e outro. Entre um profissional e outro.
Infelizmente, a Vanusa descobriu de uma maneira nefasta umas das falácias do hino:
Verás que um filho não teu não foge a luta...
Será?
domingo, 13 de setembro de 2009
Discutindo a Relação
Pais e filhos discutem a relação quando algo saiu da zona de conforto familiar e tentam, juntos, encontrar as melhores soluções para novos problemas.
Amigos, quando surpreendidos por alguma reação inesperada da outra parte, discutem a relação para solidificar ainda mais a amizade e se tornarem pessoas mais confiáveis.
Por que com uma empresa seria diferente?
Cansei de ver empresas que se encontram de frente a um problema e tentam resolvê-lo sozinhas...
Essa discussão pode ser feita com uma peça externa, chamada consultoria, mas que por medo de demonstrar fraqueza, inexperiência, arrogância ou mesmo por acreditar que isso implica em “custos”, é deixada de lado e pouco utilizada.
Quando você está dirigindo e começa a chover, o que você faz? Estaciona o carro e espera a chuva passar ou prefere acionar o limpador de pára-brisas e continuar a viagem?
A consultoria é a mesma coisa.
A consultoria é o limpador de pára-brisas que lhe ajuda a continuar a viagem com sua empresa, de maneira mais confiável e segura.
Isso não significa que você não passará pela chuva, não passará por problemas, mas que terá uma peça especialmente desenhada para este fim, que tem a habilidade para auxiliar-lhe na solução do problema e lhe faz sentir-se mais seguro.
Quando a chuva passa, é porque o problema passou. Você pode continuar sozinho, sem o auxílio do limpador e sua viagem tende a ser tão calma quanto antes, porém mais segura e, você, mais experiente, por ter a competência em dirigir em diferentes situações além daquela primeira que você começou.
Se todas as empresas acionassem os seus limpadores de pára-brisas no momento oportuno, certamente não se veriam envoltas a problemas técnicos, financeiros, pessoais ou organizacionais. A administração fluiria mais harmônica e os resultados seriam alcançados mais rápidos, com menores custos e desgastes.
Ou seja, não tenha medo de discutir a relação em sua empresa. Talvez seja esta a forma mais racional de obter o melhor resultado.
Não ter vergonha de pedir ajuda é uma demonstração de força e maturidade.
domingo, 30 de agosto de 2009
Cecília
Estava pensando em escrever sobre a necessidade de atualização ou renovação que todo ser humano tem hoje em dia. As inovações tecnológicas, o constante aprimoramento e o não estagnar-se num cargo ou numa posição qualquer.
Mas aí apareceu a Cecília Meireles num livro e, com uma única frase, resumiu todo o pensamento desta escrita. Obviamente, por uma questão de estratégia, vou deixar a frase para algumas linhas mais abaixo.
Cecília Meireles, se é que alguém não a conhece, nasceu em 1901 e faleceu em 1964. É uma das maiores escritoras da língua portuguesa.
O seu próprio exemplo de vida é suficiente para o pensamento deste artigo.
Seu pai faleceu alguns meses antes dela nascer; sua mãe faleceu quando ela tinha 03 anos. Três de seus irmãos mais velhos também vieram a falecer com o passar do tempo. Seu primeiro marido cometeu suicídio e a deixou viúva com 03 crianças pequenas.
E o que ela retratava em suas poesias?
A alegria, o prazer, a sua missão enquanto poetisa. Brincava com a morte nos versos e exalava alegria e musicalidade em cada composição. Utilizava da dialética como instrumento de auto-descoberta, sem fazer-se de vítima, sem auto-piedade, apenas a consciência de seu papel e de seu mundo.
Não era depressiva, não tinha mágoas mal resolvidas, era simples, inteligente e capaz de encantar a todos, dos mais jovens aos mais velhos. Seus textos até hoje são devorados com prazer e com alegria.
Como ela mesma dizia (agora vem a frase):
“A vida só é possível reinventada”
Quantas pessoas, ao menor sinal de algum problema, sucumbem? Quantos profissionais, por conta de um superior infeliz, abandona carreiras, sai de empresas, perde a compostura ou estraga um futuro brilhante? Quantas discussões não são pontos finais na vida das pessoas (quando deveriam ser apenas vírgulas)?
Se reinventar é isso... entender que a vida continua, a empresa continua, os relacionamentos continuam, a pessoa continua!
Um verdadeiro profissional se reinventa, não importa a dificuldade, o obstáculo, sempre há uma chance de fazer melhor. Estes sim são os verdadeiros vencedores.
Boa sorte para você também.
A gente deve se reinventar todo dia!
sábado, 22 de agosto de 2009
Individualista Quem, EU?
Você já reparou como a publicidade tem se comportado de forma individualista?
A sua nova chance
Porque você merece
Você de bem com a vida
O carro que você esperava
A sua melhor escolha
Feito especialmente para você
Você não precisa mais esperar
Descubra o seu mundo
O apartamento que você sonhava...
Até mesmo no recente problema da gripe suína (H1N1), o que ouvíamos eram as medidas de prevenção que você deveria ter para se proteger.
Lave suas mãos regularmente
Mantenha-se longe de aglomerações
Não freqüente ambientes fechados
Use álcool gel após o contato com outras pessoas
Eu não me recordo de alguma campanha, de proporção semelhante, dizendo para você, quando apresentar algum sintoma, ficar em casa ou simplesmente evitar contaminar os outros.
O que mais me preocupa em tudo isso é que o senso de coletividade, de grupo ou de comunidade tem se perdido com o passar do tempo.
Depois, estas mesmas pessoas, que foram impactadas passivamente por tantos slogans individualistas, crescem e vão para o mercado de trabalho.
E o primeiro grande choque acontece: você tem que aprender a trabalhar em grupo, relacionar-se com pessoas, departamentos, clientes internos, clientes externos e toda uma infinidade de situações em que o individualismo é a única coisa que não é bem vinda neste cenário.
Estas mesmas empresas que pregam a individualismo, o nicho de mercado, a customização de seus produtos, gasta rios de dinheiro com consultorias e treinamentos tentando reverter os monstrinhos internos que ela mesma criou no ambiente externo.
É um exercício complicado, mas necessário. A reflexão pelo coletivo deve ser considerada sempre. Pode parecer quixotesco, mas ninguém vive sozinho, ninguém é auto-suficiente ao ponto de não precisar de um pouco de coletividade.
John Donne, Poeta Inglês do século XVI, já nos alertava:
“Ninguém é uma ilha em si mesmo. Cada um é uma porção do continente, uma parte do oceano.”
“A morte de cada homem diminui-me, porque sou parte da humanidade”
domingo, 12 de julho de 2009
Cinqüenta Anos de Customização
A partir da década de oitenta e mais intensamente na década de noventa, o mercado defendeu uma nova ordem para os negócios: atender o consumidor de acordo com suas expectativas e anseios e não mais desenvolver um produto e sujeitar o consumidor somente àquele modelo.
Com isso, novas linhas de produtos foram desenvolvidas, cada vez mais de acordo com as necessidades dos consumidores, chegando ao ponto de que, hoje, podemos comprar um produto personalizado, customizado, quase que exclusivo, de acordo com aquilo que a gente quer ou pode pagar.
Basta olhar a indústria automobilística. O carro que você tem na garagem possui exatamente os opcionais que você desejou ou pode comprar. A motorização possui variáveis potências e os opcionais então, uma infinidade deles.
Isso significa atender nichos de mercado. Aquela pequena parcela de consumidores que querem especificamente aquele serviço ou produto.
O advento do nicho de mercado trouxe empresas e produtos para um lugar muito mais próximo do cliente. Hoje, é possível encontrar o mesmo produto em pesos, tamanhos, sabores e embalagens customizadas, de acordo com cada segmento de mercado.
Famílias grandes consomem, provavelmente, refrigerantes de mais de dois litros, famílias menores, de um litro e meio. Se pensarmos que existem pessoas que moram sozinhas ou que não tem o hábito de consumir refrigerantes, uma embalagem de 600ml ou mesmo uma latinha deve atender às suas necessidades.
E o que tudo isso tem a ver com o Roberto Carlos?
Se analisarmos suas músicas, veremos que ele trabalha o conceito de nichos de mercado a muito tempo, antes mesmo de isso ser um diferencial de marketing ou uma estratégia de posicionamento de mercado.
Existem músicas para pais, mães, amigos, amores, mulheres mais velhas, baixinhas, gordinhas, caminhoneiros, de cunho religioso ou mesmo de questões ecológicas.
Ou seja, num determinado momento ou outro, cada grupo vai encontrar a música que se assemelha às suas expectativas. E passa a admirar o cantor, comprar seus álbuns, aumentar a lista de “consumidores satisfeitos”, pois sabem que existe alguém que pensou exatamente em seus anseios.
Mercado é isso. A conjunção entre oferta e procura, não como uma atividade mecânica, mas como a compreensão e a satisfação das expectativas.
Deve ser por isso que ele é chamado de rei.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Promovendo um Produto
Para mim, foi apenas uma oportunidade de analisar o conceito da promoção e suas variâncias.
Desde que me conheço por gente, a figura dele sempre esteve na mídia, quer fosse enquanto membro de um grupo ou a partir de sua carreira solo.
Se considerarmos apenas o produto, percebemos que as estratégias de promoção sempre utilizaram os canais de comunicação como os principais potencializadores desta marca: às vezes, através de números impressionantes da vendagem de discos (indicador de sucesso), às vezes, através de escândalos e excentricidades comuns a figura dele (manutenção da marca junto ao público consumidor).
Ao se indicar o sucesso, a idéia era potencializar o ciclo de vida daquele produto (o álbum ou o show). Com isso, aproveitava-se de um momento favorável, de grande aceitação popular e massificava a divulgação através de clips, músicas em rádios, lista dos mais vendidos e toda sorte de fomentadores de opinião. Os ventos eram favoráveis, então, o melhor era aproveitar para se navegar o mais longe e duradouro possível.
Ao se veicular os escândalos e as excentricidades, o objetivo era evitar que o produto entrasse no declínio e, com isso, sumisse do mapa e da lembrança (top of mind) do seu público consumidor. A manutenção também é essencial para o sucesso de uma marca. Se assim não fosse, grandes marcas comuns ao nosso imaginário, não precisariam mais de comerciais, planos de marketing e outros instrumentos de comunicação.
Com isso, a parábola do Ciclo de Vida de um produto (Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio) fica cada vez mais alongada entre o crescimento e a maturidade.
Eu sei que existem críticos ao modelo americano, sua política ou seus costumes. Mas é inegável que eles são especialistas em promover um produto. São especialistas em eventos que valorizam estes produtos.
Quem já acompanhou uma final de Super Bowl (futebol americano) ou dos playoffs da NBA (basquete) sabe bem o que é valorizar cada segundo de um evento, maximizando cada um dos produtos ali envolvidos.
O funeral do cantor não foi diferente. Inclusive foi realizado no Staples Center (sede do Los Angeles Lakers). Muito mais do que um “velório”, ali foi a síntese dos aspectos promocionais de uma campanha, mesmo que seja por um motivo funesto, lúgubre ou triste.
Aliás, estes elementos também são eficientes durante a promoção. Às vezes se conquista pelo encanto, outras vezes pela tristeza e pela dor. O importante é que a marca fique registrada. E eu não tenho dúvidas do efeito que a promoção desta vez tenha atingido o seu ápice.
Os números nos mostrarão no futuro.
domingo, 5 de julho de 2009
A República da Prepotência
Com isso, colocavam as outras nações em condição de submissão, obrigando-as a comprar seus armamentos pelas condições que eles achavam interessante, controlando e dominando todo o comércio internacional.
Uma outra nação (chamada Cooperação), cansada de ser explorada por Prepotência, resolveu inventar suas próprias armas e compartilhar com suas vizinhas (Oportunidade e Talento) suas idéias, formando assim um novo bloco alternativo de comércio.
À medida que o resto do mundo tomava conhecimento das novidades, Cooperação descobriu que, além de Oportunidade e Talento, também eram poderosas parceiras comerciais as nações Parceria e Trabalho.
O resultado foi gradativamente progredindo, Prepotência ficou perdida e se viu desesperada, com a iminente invasão de seus territórios e a perda do controle do comércio e da fabricação dos armamentos.
Para resumir a história, Oportunidade e Talento, associadas à Parceria e Trabalho perceberam que o sucesso de uma dependia do sucesso da outra e elegeram Cooperação como a nova líder de seu bloco.
Com isso, o mundo passou a ter novas possibilidades, novos parceiros e novas alternativas para suas necessidades. Prepotência ficou olhando o progresso passar e perdeu o bonde da história.
Segundo as testemunhas dizem, Prepotência anda por aí, vivendo de pequenos favores, sonhando que ainda é uma grande nação e sempre reclamando dos tempos áureos, num saudosismo que não o ajuda em nada a se recuperar do impacto.
A história pode não ser das mais lindas, mas revela um pouco do que acontece com empresas e pessoas que se julgam insubstituíveis ou eternas naquilo que fazem.
Você conhece alguma empresa que era líder de mercado, quase exclusiva naquele segmento, e hoje não tem mais controle sobre seu produto, porque existem concorrentes maiores e melhores?
Alguma pessoa que era expert numa atividade e hoje não tem o que fazer?
Pois é... todas estas figuras deveriam ter viajado e conhecido um pouco destas outras nações: Cooperação, Oportunidade, Talento, Parceria e Trabalho. Veriam que apenas desta forma a gente consegue se manter no mercado profissional, crescendo e prosperando.
Ou então, viver com a Prepotência, delirando e sonhando com algo que não mais existe.