domingo, 1 de maio de 2011

11/9 ou 9/11?

Você saberia responder o que aconteceu no dia 11/9 de algum ano não tão distante?

E o que aconteceu num longínquo 9/11?

Provavelmente a primeira pergunta tenha sido mais fácil de responder: o atentado terrorista ao World Trade Center, que comoveu toda a humanidade e teve ampla cobertura televisiva.

Mas quantas pessoas se lembrarão, de fato, da queda do muro de Berlim, que aconteceu no dia 9/11, lá no final dos anos 80?

Infelizmente, a gente tem uma tendência de recordar apenas dos acontecimentos trágicos, pois entram fatores psicológicos nesta lembrança e acabamos por priorizar mais as coisas negativas em detrimento das positivas.

Ambos os acontecimentos foram emblemáticos.

Na queda do muro, a gente se percebeu próximos... uma nova forma de encarar o mundo e com novas possibilidades para países que até então eram reclusos e que informações chegavam controladas, sem fontes confiáveis e de maneira trincada.

No atentado terrorista, a gente se percebeu distante... de repente uma religião foi confundida com terrorismo, uma raça foi considerada potencialmente perigosa e acabamos abrindo mão da liberdade individual em troca da segurança coletiva.

Foram momentos dicotomicamente distintos! Enquanto no primeiro caso a gente viu regimes ditatoriais se diluírem com o tempo, no segundo caso a gente passou a conviver com o medo e com a insegurança.

Não proponho relaxar e esquecer os fatos, mas retomar o crescimento, a aproximação dos povos e a tolerância.

Seria muito bom se aquele espírito de 1989 voltasse a reinar e conseguíssemos extrair daquele momento tão importante os valores que fizeram alguns regimes políticos gradualmente desaparecer.

Eu tenho esperança sim que as coisas voltem a certa normalidade, que o único medo que teremos ao andar de avião seja com a estabilidade da máquina durante o vôo e não mais me preocupar se alguma pessoa vestida de maneira diferente de mim ou que tenha uma religião diferente seja considerado perigoso.

Pode ser um devaneio, mas são de sonhos que a humanidade evolui. E espero que estes sonhos contagiem o maior número de pessoas possível.

  

sábado, 23 de abril de 2011

Ovos de Páscoa

Provavelmente, enquanto você está lendo este artigo, deve estar com um ovo de Páscoa próximo a você ou então prestes a ver a criançada abri-lo, ávidos pelo chocolate e também pelos brinquedinhos que os lançamentos deste ano ofereceram como opção.

Se pararmos para observar, vamos entender um pouco mais sobre como as empresas buscam níveis de personalização cada vez maiores e o quanto a indústria se preocupa com a customização de seus produtos, na esperança de atingir, cada vez mais, um número maior de consumidores potenciais.

Se você lembrar-se dos tempos em que éramos criança, vai entender o quanto a indústria se modificou e compreender um pouquinho deste cenário atual.

Quando a gente era criança, ovo de Páscoa vinha recheado de bombons, geralmente com a mesma identificação do produto.

Hoje em dia, encontramos de tudo dentro dos ovos: bichinhos, bonecas, ingressos para parques de diversão, joguinhos e até mesmo produtos licenciados de times de futebol.

O que mudou?

Na verdade, não foram os ovos que mudaram...

O que mudou foi o consumidor.

Com a flexibilização da economia e a possibilidade de atender nichos específicos de mercado, a indústria percebeu que até num simples ovo de Páscoa é possível segmentar o mercado e oferecer exatamente aquilo que se deseja.

Você gosta de bonecas? Ótimo! Existe uma série de ovos que contém exatamente este tipo de brinquedo.

Você prefere um super herói? Sem problemas, também vai encontrar uma série de ovos personalizados para atender a este público.

Na economia, assim como em qualquer outro setor, quanto mais próximo um produto estiver de seu público consumidor, maior a possibilidade de resultados positivos e maiores as chances de atingir grupos específicos de consumo.

E estamos apenas falando de ovos de Páscoa...

Então, aproveite o momento. Saiba que você participa de uma evolução de mercado sem volta. Brinque com as crianças, volte no tempo e aproveite para contar histórias para os pequenos, que já devem estar lambuzados de chocolate e brincando com seus novos atrativos.

Feliz Páscoa!

 

domingo, 17 de abril de 2011

Jogos e Atividades

Qual a diferença entre um jogo e uma atividade?

A primeira é uma competição, existe um ganhador e um perdedor.
A segunda é uma recreação, serve para entreter e divertir as pessoas.

Gosto do exemplo dos jogos para ressaltar a importância de uma empresa trabalhar em equipe. Mas trabalhar de verdade, não ficar apenas no discurso e no fingimento de bons amigos.

Se analisarmos um campeonato de futebol, vamos perceber que cada jogador tem uma função específica. Alguns têm o objetivo exclusivo de defender, outros de fazer a conexão entre a parte de trás do time com a parte da frente e, por fim, aqueles que tem a responsabilidade de marcar o gol.

Não é sempre que o atacante é o personagem principal. As vezes o melhor jogador em campo é o goleiro, sinal que a “empresa” não está fazendo as coisas corretamente lá na frente e o pessoal da retaguarda é quem tem que garantir o resultado satisfatório.

As vezes, é o goleiro o maior vilão, todo mundo faz tudo certinho e quando chega na vez dele, entrega os pontos, faz uma besteira e compromete todo um resultado.

Quando um time é campeão, quem aparece na foto oficial? Apenas o atacante, apenas o zagueiro, apenas o lateral? NÃO!!!!

Quando se ganha algo, todo mundo ganha. Alguém pode até ter mais destaque, pois foi o responsável pelo resultado final, mas ele sozinho não faz nada. Por isso que não acredito que exista um único funcionário importante numa empresa.

O presidente é importante, o diretor é importante, o gerente também... mas eles na fariam nada se não tivesse um time de supervisores, assistentes, auxiliares, estagiários, terceirizados e uma série de outras denominações para as mais diversas funções.

Se você duvida, faça o teste...

Dê férias de duas semanas para o pessoal que trabalha na limpeza dos banheiros e das salas... e aproveite e dê férias para o pessoal que trabalha na portaria e recepção da empresa.

Daqui a 15 dias você vai me dizer se estes funcionários não são também tão importantes quanto qualquer outro.

E o placar de um jogo só é construído quando se joga como um time completo.

 

domingo, 10 de abril de 2011

Realengo

Antes de falar um pouco sobre o que todo o país foi obrigado a experimentar alguns dias atrás, me interessei por pensar e descobrir o significado da palavra “Realengo”.

Lembrei-me da música do Gilberto Gil, quando ele dizia “Alô, alô Realengo... Aquele abraço!”. Esta citação musical referia-se a um período negro de nossa história, quando o próprio Gil ficou preso durante um tempo da Ditadura Militar no referido bairro.

Através de consulta virtual a dicionários, uma outra explicação:

REALENGO - Sem dono; público. Em desordem; entregue às moscas; abandonado: Saiu, deixando o escritório ao realengo.

Infelizmente, no dia 07/04/2011, um novo significado foi adicionado a esta palavra: dor.

Como pai, cidadão e pessoa comum, me senti um ser pequeno ao assistir aos noticiários e perceber que esta estupidez nos deixa menores numa escala evolutiva e que somente o ser humano é capaz de apequenar-se desta forma.

Me senti como a definição do dicionário: abandonado, em desordem...

Não me recordo de nenhum exemplo no reino animal que mate os seus semelhantes por qualquer motivo e, principalmente, sem motivo nenhum. Ainda mais quando estes seres são menores, indefesos e inocentes...

A única coisa que posso fazer é orar e torcer para que exista sim a mão de Deus sobre todas as famílias, às crianças que presenciaram esta insanidade e, principalmente, àquelas que estão em Sua companhia agora.

Nada que dissermos vai consolar aquelas famílias que viram seus filhos partirem de maneira tão violenta, mas ainda assim me atrevo a sonhar e imaginar que nossos filhos e netos terão coisas melhores para se lembrarem, que o futuro que os espera será menos insano e que eles ensinarão coisas melhores para todos nós.

Tudo bem que isto pode ser apenas um devaneio, mas é positivo... e acredito que com boas vibrações a gente consiga sim deixar um mundo melhor para todos.

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

(Mario Quintana)

 

domingo, 3 de abril de 2011

Conheça-te a Ti Mesmo

Já nos dizia o filósofo Sócrates sobre a importância de nos conhecermos, de sabermos identificar cada sinal positivo ou negativo que a vida nos oferece.

E com as empresas é a mesma coisa. Ela precisa conhecer-se e descobrir a partir daí suas forças, fraquezas, limitações e possibilidades.

A isto, damos o nome de Gestão do Conhecimento, ou seja, um processo para criação, retenção, armazenamento, compartilhamento, uso e proteção do conhecimento daquilo que é importante para a empresa.

É colocar em prática, de maneira organizada, a maneira pela qual os conhecimentos dos colaboradores e os conhecimentos que a própria empresa gera, são processados internamente, garantindo o sucesso do negócio.

Muitas são as empresas que não gerenciam o seu conhecimento e alguns sintomas são facilmente identificados:

• Não existe um histórico das melhores práticas que geraram resultados;
• Não se conhece as capacidades e habilidades de cada funcionário;
• Não existe um controle detalhado sobre seus clientes;
• Não compreende as possibilidades de cada fornecedor.

Por isso, muitas vezes, quando um funcionário se desliga da empresa, leva consigo o bem mais valioso que a empresa dispõe: a informação.

Quantas vezes, ao perder um colaborador, a empresa passa por um período de transição, tentando reproduzir os resultados e as informações que este colaborador gerava?

Isso significa que a empresa não foi capaz de documentar e proteger as informações, de maneira que a ausência de um antigo colaborador não signifique prejuízos aos seus negócios.

Seria a mesma coisa que possuir inúmeras formações, inúmeros certificados, mas não saber o que fazer com eles, não ser capaz de reproduzir o conhecimento aprendido.

Então, que tal fazer um inventário de todas as coisas que a empresa possui e procurar identificar como estes conhecimentos são gerenciados?

Posso garantir que economizaremos tempo, dinheiro, retrabalho e – principalmente – posicionamento estratégico, porque nenhum cliente vai ficar esperando que o novo funcionário aprenda tudo aquilo que você deixou ir embora.

Talvez este cliente vá comprar daquela empresa onde seu ex-funcionário está atualmente.

Cuidado...

terça-feira, 29 de março de 2011

Quanto Vale o Seu Time?

Vamos falar novamente de salários ou de remuneração estratégica utilizando o exemplo do futebol brasileiro e esta disputa pelos direitos de transmissão dos jogos que temos acompanhado entre algumas emissoras.

Já deu para perceber que alguns times são mais valiosos que outros, pois trazem maior retorno de audiência, maior número de anunciantes e, conseqüentemente, a garantia de que determinada emissora terá mais pontos no IBOPE durante a transmissão de alguns jogos.

É lógico que, se considerarmos a paixão que cada um nutre pelo seu time, muitos torcedores ficam indignados em saber que o time A recebe mais que o time D ou F, mas o que temos aí é exatamente a mesma coisa que acontece no mercado de trabalho e na valorização de um funcionário.

Uma empresa investirá mais em ter um determinado funcionário, que tem uma boa formação, que tem um bom networking, que tem competências acima da média do que em outro funcionário que – eventualmente exerce a mesma função – mas que tem um nível de assertividade menor ou que é menos conhecido no mercado de trabalho.

A isso, podemos dar o nome de remuneração estratégica, ou seja, os esforços que uma empresa fará para manter ou atrair um determinado funcionário e não permitir que este passe para a mão da concorrência, o que acabaria acarretando prejuízos intangíveis para o seu plano de negócios.

Parece injusto?

Lamento informar, mas isso é o mercado. E este se comporta de acordo com o nível de retorno calculado sobre um investimento.

Se existem times com maior torcida, com maior expressão, com maior capacidade de atrair patrocínios, é lógico que uma emissora vai se esforçar mais (pagar mais) para ter a exclusividade sobre a exploração daquela imagem, o que na linguagem do futebol é chamado de direitos de arena.

Na empresa é exatamente a mesma coisa. Eu não vou pagar além do que o mercado determina para um funcionário que não traz benefícios extras, que não agrega valor à imagem da minha organização.

O desafio é este: tornar-se atraente para o mercado, de tal forma que o investimento de uma empresa sobre você valha à pena.

Não tenha dúvidas, quando você atingir este nível de excelência, tenha certeza que as ofertas aumentarão, as cifras se tornarão mais atraentes e você terá poder de negociação e barganha.


 

domingo, 20 de março de 2011

Força Oriental

Nestes últimos dias, uma das poucas coisas que tem me despertado o interesse em ligar a TV são as constantes notícias que chegam até nós deste grave momento que o Japão tem vivenciado.

Não quero aqui discutir questões técnicas, geológicas ou científicas sobre os acontecimentos, até porque meus conhecimentos nestas áreas são rudimentares e pouco acrescentaria.

Quero falar sobre este problema com minhas analogias. Algumas coisas me impressionaram fortemente:

1. A forma como o povo japonês sofre seus problemas;
2. A capacidade de reorganização;
3. O sentir calado da dor de cada um;
4. As contidas manifestações de alegria ou tristeza;
5. O respeito entre todos os sobreviventes.

Quantas vezes não assistimos a outros desastres em diferentes locais do mundo e observamos reações tão diferentes?

Em momento algum eu vi alguém querendo levar vantagem, cortar filas, promover saques, alterar o preço dos produtos para se aproveitar do desespero de outrem ou mesmo se aproveitar da ajuda que chega.

O que vi foi uma sociedade organizada, disciplinada e com um sentimento de coletividade que são verdadeiros exemplos para quem quiser observar.

As imagens são diferentes, as reações são diferentes, a cobertura jornalística é diferente... em resumo, é um aprendizado!

A gente tem oportunidade de aprender nos momentos bons e ruins, nossos ou dos outros, e o Japão, mesmo que sem perceber, tem ensinado demais a todos nós.

Isso tem a ver com a cultura, com a educação, com o modelo social e com uma série de fatores que são particularidades do povo nipônico, mas que deveriam ser postos em prática assim como fazemos com o Kanban, Just in Time, 5S, etc.

Semelhante às empresas (que tem sua cultura organizacional), cada local proporciona um conjunto diferente de reações e sensações. E são por estes motivos que alguns lugares são mais admirados que outros, que desejamos pertencer a uma corporação e não a outras.

São por razões semelhantes, que minha admiração e respeito pelo Japão, hoje, se tornam ainda maiores, certo de que - em pouquíssimo tempo - as coisas voltarão a seu ritmo normal e, mais uma vez, este país deixará um ensinamento maravilhoso para todos nós.
  

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os Salários e o Futebol

É comum ouvirmos algumas cifras que os jogadores de futebol recebem em seus clubes e ficamos espantados com os milhares de dólares que, mensalmente, estes recebem.

Antes da crítica, analisar esta realidade é uma boa oportunidade para entendermos um pouco das políticas de cargos e salários.

Existe um mínimo que toda profissão deve receber, este mínimo varia conforme algumas situações: grau de qualificação, experiência prévia, habilidades e o quanto o mercado procura um profissional específico.

As alterações salariais acompanham outras variáveis: promoções, méritos, renovação contratual, transferências e reclassificação (quando o cargo recebe novas atividades, aumento das exigências e mercado aquecido).

Elementos como espírito de equipe, efetividade, liderança, disciplina, comunicação, responsabilidade, identificação com as normas e culturas da empresa e tantos outros fatores são critérios mensuráveis no momento de um reajuste.

Por fim, outro fator que não podemos desconsiderar é a política salarial praticado pelo mercado. Nenhum funcionário permanecerá numa empresa por muito tempo se ele souber que esta vem praticando uma política salarial bem abaixo do mercado.

Mesmo que não seja o melhor de todos os funcionários, ninguém fica muito tempo recebendo um salário irrisório quando a prática de outras organizações é pagar valores acima daqueles que estes recebem.

No futebol, embora possa parecer discrepante, a idéia é exatamente a mesma.

Se um time grande do eixo Rio - São Paulo tem uma prática salarial definida, isso obrigatoriamente acaba inflacionando todo o mercado e qualquer jogador sabe que se ele possuir as características desejadas, mais cedo ou mais tarde uma oportunidade financeira melhor vai aparecer.

Se olharmos para a Europa, Ásia ou Oriente Médio, vamos perceber que as práticas salariais para jogadores também são altas. Logo, o desejo de jogar “num time do exterior” acaba permeando estes jogadores e uma transferência internacional é sempre almejada.

Claro que se compararmos nossas realidades com a do universo futebolístico, vamos ver um abismo entre as duas realidades. A gente recebe por aquilo que nos torna únicos, não por aquilo que sabemos (e que tantos outros sabem também).

Quantas pessoas possuem a habilidade de executar a mesma coisa que um Rooney, Ganso, Cristiano Ronaldo ou Neymar? Por isso são valorizados ao extremo.

Qual o nosso desafio? Buscar a excelência naquilo que fazemos e sermos “craques” naquilo que nos foi confiado. A chance de uma nova proposta se torna muito mais real.

 

domingo, 13 de março de 2011

Os Limites de Cada Um

Qual o seu limite físico?
Qual o seu limite de tolerância?
Qual o seu limite bancário?

Sem que percebamos, nossa vida é norteada por uma série de limites que dizem qual é o ponto máximo que podemos chegar sem causar estragos e sem prejuízos às partes interessadas.

Na administração, assim como na vida, é possível delimitar os limites e garantir que uma empresa alcance seus resultados e, mais importante, atacar as limitações garantindo que os resultados podem ser ainda melhores.

O que temos é chamado de Teoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC) que é um estudo detalhado de todas as etapas de um processo, independente de sua natureza, e a busca sistemática pela melhoria dos resultados.

Basicamente, quando uma empresa quer promover melhorias, ela deve responder a três perguntinhas básicas:

* O que mudar ?
* Para o que mudar ?
* Como causar a mudança?

A primeira diz respeito a restrição de uma empresa, aquilo que a impede de evoluir e apresentar melhores resultados.

A segunda, fala sobre os benefícios da mudança, mostrar onde se pode chegar se tal restrição for eliminada. Assim, elabora-se um roteiro para estruturar as mudanças.

Por fim, a terceira pergunta indica o caminho e os passos necessários para que aquela restrição seja eliminada e continuemos no processo de aprimoramento, ganhando a cada problema eliminado.

Mais interessante ainda é sabermos que mesmo uma teoria administrativa como esta pode ser posta em prática em nossas vidas.

Todo mundo sabe aquilo que limita; o próximo passo e conscientizar-se de que a limitação deve ser superada e, por fim, ter a coragem de mudar aquilo que nos incomoda, que nos restringe.

Pode até não ser fácil, mas seguramente é o melhor caminho para evoluir, não importa se estamos falando de uma empresa ou de nossas vidas.

É só começar...

domingo, 6 de março de 2011

Feliz Ano Novo!

Pode parecer estranho um desejo desses em pleno mês de Março, mas é que se tornou comum dizer que o ano no Brasil só começa quando o carnaval termina.

Já que é assim, quais são as perspectivas para este ano?

Existem desafios que este país precisa encarar e resolver, especialmente na área produtiva, com o crescimento de suas exportações e do consumo interno.

Por conseguinte, mostrar que não basta aumentar a produção e a exportação se não existir uma rede envolvida neste processo.

• Para exportar é necessário que o produto chegue até o porto ou aeroporto;

• Um produto é produzido por pessoas, máquinas e equipamentos;

• De igual forma, o produto precisa de matéria-prima;

• A matéria prima precisa ser transportada;

• Antes, ela precisa ser extraída;

Estes são apenas alguns pontos que fazem com que toda essa correria aconteça. É uma explicação simples sobre Supply Chain, ou seja, analisar a cadeia de suprimentos de forma que ela indique a melhor forma dessas coisas acontecerem.

Não basta apenas “produzir”, isso não é sinônimo de crescimento. O verdadeiro crescimento só vai ocorrer se esta produção ocorrer com os melhores recursos, os menores custos e a máxima eficiência.

Com gerenciamento das informações.

• Quais são as condições dos portos e aeroportos para que as mercadorias sejam escoadas?

• Qual o nível de preparo que a mão-de-obra local possui?

• Quais são as taxas de ocupação e boa utilização dos equipamentos?

• Quais as condições dos modais (estradas, ferrovias, etc.) brasileiros para que as matérias-primas sejam transportadas até as unidades fabris?

• Em que condições ocorrem as extrações?

Estudar logística é fascinante... é pensar nestas variáveis (e muitas outras) que devem ser respondidas.

Se o ano começa agora, que ele comece de maneira correta, buscando as melhores soluções e – principalmente – ter a coragem de mudar e buscar as melhores formas para que este país seja realmente competitivo e não precisemos esperar o carnaval acabar para começar a fazer o que é necessário.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aprenda com os Clássicos!

Existem professores que são verdadeiros “mestres” para nós. Ao longo da minha vida, até hoje, tive seis professores que me orgulho de ter sido aluno e seus ensinamentos foram fundamentais para a construção das minhas crenças e meus valores.

As professoras Leila e Monique e os professores Heitor, Rondon, Djair e Orlando foram pessoas que me ensinaram muito, que me auxiliaram e (mesmo que não saibam) me ajudaram a alimentar a mesma paixão pela educação.

Um destes professores repetia com ênfase: aprenda com os clássicos! Estes livros fizeram o favor de escrever sobre nossas dúvidas e nos ajudam, independente de há quanto tempo os livros foram escritos, por isso são clássicos!

Já que é assim, a coluna de hoje é para compartilhar alguns destes livros... a lista seria infindável, mas vou colocar apenas cinco para aguçar a sua curiosidade. Quando você terminar de ler estes cinco, coloco mais alguns.

História da Riqueza do HomemLeo Uberman. Se você quer compreender as relações de trabalho e capital dos últimos 10 séculos, este livro é imperdível.

Sociedade Pós CapitalistaPeter Drucker. Da Sociedade Capitalista até a Sociedade do Conhecimento, uma leitura agradável sobre esta transição.

A Era dos ExtremosEric Hobsbawn. A melhor leitura sobre o século XX que encontrei. Uma verdadeira aula desde a primeira guerra mundial até queda do muro de Berlin.

A Riqueza das NaçõesAdam Smith. Um dos meus favoritos. Um livro de 1776 que aborda a divisão de trabalho, economia, logística, valor e tantos outros conceitos.

Comportamento OrganizacionalStephen Robbins. Muito daquilo que sua empresa fala hoje em dia (equipe, liderança, etc.) já estava presente neste livro super atual.

Não se espante se você encontrar infinitas semelhanças com os dias de hoje, com aquilo que estamos vivenciando na sociedade e nas empresas... são clássicos!

Como disse, estes foram apenas cinco... mas existem outros tantos que merecem ser mencionados. Ainda estão faltando uns 215 livros, mas já é um bom começo para as próximas semanas.

Que tal compartilhar os seus favoritos também?

O conhecimento só é válido quando compartilhado...

Boa leitura!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Morada de Trintões?

- Quando eu me aposentar, quero morar na praia...

- Quando eu me aposentar, quero morar no campo...

- Quando eu me aposentar, quero viajar muito...

- Quando eu me aposentar, quero jogar no Brasil...

Se você é um jogador de futebol, provavelmente o seu desejo seja esta última frase.

Temos assistido com alguma recorrência o retorno de alguns jogadores que estavam no futebol internacional para encerrarem suas carreiras no Brasil.

Não podemos dizer que isso é amor à Pátria, mas sim, uma última oportunidade de capitalizar com o nome construído no exterior e com uma imagem de expressão que, inegavelmente, ainda possui atrativos de marketing suficientes para justificar os leilões que temos visto ultimamente.

Ronaldo e Roberto Carlos até pouco tempo atrás no Corinthians, Belletti no Fluminense, Ronaldinho Gaúcho no Flamengo e Rivaldo no São Paulo são alguns dos jogadores da Copa de 2002 que andam pelo país.

Mais do que olhar para os jogadores e dizer se estes ainda estão com a mesma rapidez e poder de decisão de 2002, devemos entender a importância da construção de uma marca e do fascínio que ela exerce sobre o seu público consumidor.

O sonho de toda empresa é construir uma marca nestes moldes, onde a imagem ainda é o diferencial competitivo e o símbolo tem o poder mágico de conquistar novos consumidores, neste caso, novos torcedores, levando gente aos estádios e consumindo produtos que, até então, sequer pensavam em consumir.

Acho válidas todas as tentativas dos clubes. Além de termos a chance de ver um destes craques jogando bola, podemos dizer que A ou B jogou com a camisa de nosso time e, para quem gosta de histórias do futebol, isso faz toda a diferença.

Só espero que mais jogadores voltem para o Brasil e, quem sabe, nossos campeonatos consigam recuperar o prestígio e o público. Pois um gol visto dentro de um estádio é infinitamente melhor que aqueles vistos na TV.

Numa próxima oportunidade a gente volta a discutir a situação inversa: quando incidentes são capazes de gerar prejuízos, como alguns que assistimos recentemente...


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Separados por Seis Passos

É inegável que as redes sociais são realidades mais do que presentes no nosso cotidiano. Serviços como Facebook, Orkut, Tweeter, MSN e até o quase pré-histórico e-mail mostram que o mundo ficou planificado e a possibilidade de contatos aumentou assustadoramente.

A prova disso veio com um estudo, quando sequer pensávamos em nos conectar remotamente com as pessoas. É oriunda de um estudo de 1967, quando o psicólogo norte-americano Stanley Milgram publicou a teoria Small World Phenomenon na revista Psychology Today.

Segundo ele, as pessoas estão separadas por seis graus de contato e qualquer um pode entrar em contato com outra pessoa, usando sua rede social de contatos (seus conhecidos) e, em até seis passos, conseguir chegar ao destinatário final.

Vamos imaginar, hipoteticamente, que eu queira enviar uma mensagem para o presidente dos Estados Unidos.

Primeiro, pensaria em qual a pessoa mais próxima de lá que poderia me comunicar. E chegaria até alguns amigos que moram naquele país. Destes, um possui um amigo que mora em Washington, este por sua vez conhece alguém que é assessor de um congressista americano, este receberá a mensagem e encaminhará para o legislador, que encaminhará para a secretária da Casa Branca e, por fim, chegaria ao presidente.

Pode parecer loucura, mas é mais ou menos assim que a teoria funciona.

Imagine agora, com o advento das páginas pessoais e das redes sociais, o quanto estes passos não foram encurtados. Tudo isso é para mostrar que nosso mundo está cada vez mais plano e achatado.

E o que temos de ver com isso?

A realidade é que as empresas devem considerar este mundinho pequeno, parecido com uma kitnet, para estabelecer suas estratégias e delinear corretamente seus objetivos. Não vivemos mais tão isolados assim e os profissionais devem se preparar para trabalhar com uma realidade cada vez mais próxima.

Antigamente, imagine a velocidade da informação. Quanto tempo demorava para você ficar sabendo que um vulcão entrou em erupção na Itália? Talvez algumas semanas... hoje você fica sabendo na hora e, de quebra, ainda consegue ver as imagens ao vivo, transmitidas por uma CNN ou mesmo filmadas por um celular.

É esta realidade que empresas e profissionais devem se preparar... e uma realidade que, cotidianamente, se torna mais rápida e frenética.
 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Atenção ao Semáforo

Desde a primeira vez que vimos um semáforo, sabemos que aquelas cores lá apresentadas possuem uma relação.

Lembro-me quando era pequeno e ficava intrigado porque meu pai parava toda vez que a luz ficava vermelha (às vezes até reclamava que estava demorando demais) e disparava assim que a verde se acendia.

Da mesma forma, quando a luz ficava amarela, as vezes ele seguia em frente, as vezes parava... e me dizia que “tudo depende do fluxo do outro lado”...

Achava que era só um regulador de trânsito, mas descobri depois de alguns anos, que este mesmo “semáforo” estava dentro de algumas empresas e daí comecei a correlacionar os fatos.

O sistema de produção Kanban (que significa “registro” em japonês) tem estes mesmos princípios e foi difundido junto a filosofia Toyota de produção, de quem já falamos.

Qual a idéia principal?

Imagine a produção como uma grande avenida, onde ao invés de veículos, temos produtos sendo manufaturados. Aquilo que chamávamos de fluxo de veículo, agora se tornou o fluxo de produção.

Existem determinados momentos que o fluxo deve seguir seu ritmo normal, em alguns momentos, o fluxo deve parar e esperar até que uma nova liberação permita que ele continue normalmente.

O Kanban opera através do sistema de requisitar a produção (também chamado de método de puxar a produção): ao invés de uma programação de produção que empurre as matérias primas e produtos da fábrica até chegar à expedição, é a expedição quem solicita os produtos do setor de embalagem, e este solicita da montagem, e este do almoxarifado, sempre no sentido inverso, de trás para a frente.

Imagine a empresa como uma seqüência de passos: almoxarifado, processamento de matéria prima, produção, acabamento, embalagem, expedição. O Kanban trabalha com todos estes níveis, sempre puxando a etapa anterior.

Com isso, a empresa ganha em sincronia, redução de estoques e aumento da produtividade.

Da próxima vez, ao invés de pensar que o “semáforo” está lhe empurrando para frente, pense que é a rua que está lhe puxando... sinal que ela tem espaço para você transitar com segurança!


 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mudanças

Todo começo de ano encontramos muitas pessoas com novas resoluções, com propostas para fazer do novo ano algo diferente.

Você já encontrou alguém que tenha resolvido mudar para “pior”?

Que aquilo que ele vinha fazendo “bem”, de agora em diante, vai ser feito de maneira “errada” ou que dê “prejuízo” e traga mais dor de cabeça para o indivíduo?

Se você encontrar alguém assim, pode mandar internar!

Da mesma forma, quando falamos em mudar algo é sinal que estamos desejando transformar aquilo que estava sendo feito em algo ainda melhor. Mesmo que o que vinha sendo executado esteja num nível bom, a gente quer sempre melhorar, correto?

A filosofia do Kaizen é basicamente a mesma: mudança para melhor.

Mais uma palavrinha do idioma japonês (com quem temos muito que aprender) e que propõe, através desta filosofia, uma melhoria contínua, na vida em qualquer nível (pessoal, familiar, social, trabalho, etc.).

Para a filosofia Kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve passar sem que alguma melhoria tenha sido implantada, seja ela na estrutura da empresa ou no indivíduo.

Adivinhe em que fábrica automotiva japonesa esta filosofia foi implantada? E lá vamos nós (de novo) para dentro da Toyota.... e olha que não estou fazendo propaganda da empresa, apenas relatando os fatos!

Não existe um modelo único ou exclusivo, cada empresa ou pessoa adapta esta filosofia às suas necessidades... mas basicamente o que este jeito tem de vantagem é o espírito de melhoria.

Na empresa, isso se traduz em diversas palavras: rapidez, resultados imediatos, mudanças, trabalho em equipe, aprendizado, foco, redução, criatividade...

Será que estas mesmas palavrinhas não são aplicáveis à nossas vidas?

Que tal começar?



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Apple sem Steve ou Steve sem Apple?

Semana passada o CEO da Apple, Steve Jobs, anunciou que se ausentaria temporariamente de suas atividades por motivos de saúde.

Esta é a terceira vez que Steve se licencia do cargo máximo da empresa para cuidar de sua saúde. A primeira foi para tratar um câncer, a segunda para um transplante de fígado e, como em todas as vezes, os fãs da empresa, seus usuários e acionistas ficam inseguros sobre seu retorno.

Só para se ter uma idéia, no dia seguinte ao anúncio, as ações da Apple caíram 8%, sinônimo de quanto ele está identificado com a empresa e vice-versa.

Isso remete a outra questão, que os profissionais de RH devem ter em mente: identidade corporativa.

Identidade corporativa nada mais é do que o conjunto de atributos que tornam uma empresa especial, única. No caso da Apple, talvez olhar para seus produtos e seus objetivos comerciais exemplifiquem melhor do que qualquer explicação.

Tudo que ali existe é fruto destes atributos. Além daqueles que a própria empresa espera, mais importante ainda são aqueles que os consumidores atribuem à empresa. E aqui reside o maior valor da Apple.

Neste caso, podemos chamar também de cultura organizacional, pois é só olhar para Steve Jobs e lembrar-nos dos aparelhos desenvolvidos pela Apple nos últimos tempos e o quanto eles se tornaram sinônimos culturais de uma geração.

Cultura organizacional é a junção dos valores de uma empresa (éticos e morais), princípios, crenças, políticas internas e externas, sistemas, e clima organizacional. São “regras” que todos os membros dessa organização sabem ser o modelo a ser seguido e incorporá-los como premissas para dirigir suas atividades.

Ipod, Iphone, Itunes, Imac e o mais recente Ipad, nada mais são do que o desejo de materializar a missão da empresa em ações concretas, atingindo sua visão e transformar as relações humanas sob o ponto de vista tecnológico.

É nesta hora que a pergunta que inicia este texto me incomoda... a Apple sem Steve Jobs pode perder um pouco destes valores. Desde a caixa que embala o produto até o último detalhe de uma apresentação, passa pela mão dele.

Se os valores estiverem bem enraizados, certamente a sua ausência não será determinante nos resultados. Isso o tempo nos dirá...

E que a ausência seja breve, como diria Vinicius “"Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito, enquanto dure...”



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

VOLVISMO (A Suécia Não é Apenas Belas Mulheres)

O terceiro modelo que falaremos é o Volvismo, que pelo nome já dá para entender que foi desenvolvido dentro das fábricas da Volvo, uma das gigantes automobilísticas, localizada na Suécia.

Quando se fala neste país, deve-se lembrar o quão organizado é, o nível de qualidade de vida é sempre uma referência mundial e a participação social de seu povo é infinitamente maior do que a maioria dos outros países, sem contarmos o nível educacional que é invejável.

Ele foi implantado por Emti Chavanmco, engenheiro, nos anos 60 e é fruto de uma serie de inovações que foram postas em prática. A principal característica é que estas inovações foram executadas com a participação efetivados trabalhadores.

Ou seja, falamos de equipes auto-gerenciáveis. Equipes que tem autonomia e conhecimento para identificar oportunidades e experimentá-las, agregando valor ao produto final.

É sabido que o mercado é volátil e exigente; quanto mais adaptado e sensível uma empresa estiver a isso, mais fácil será para que ela identifique oportunidades e ofereça a medida exata que este mercado solicita.

Têm muito a ver com o intra-empreendedorismo, aqueles funcionários que se comportam como verdadeiros donos do negócio.

Você consegue perceber a mudança que o ser humano tem neste modelo, se compará-lo com o fordismo ou o toyotismo?

Se você conseguiu perceber, encontrou a síntese deste modelo! Nada é artificialmente produzido se não for pela mão humana. Desta forma, o segredo não é a máquina, o processo, a padronização ou mesmo o controle.

Quem detém o poder e o conhecimento é uma pessoa. Se ela detém este poder, então nada mais justo de que os aparatos tecnológicos trabalhem a serviço dele e não o contrário. Assim, consegue-se valorizar a criatividade e o trabalho coletivo, o maior benefício vem da satisfação pessoal e mostra uma mentalidade empresarial bem diferente de muitos lugares que conhecemos.

Novamente a pergunta da semana: Quais empresas podem, verdadeiramente, se orgulharem de trabalhar desta forma?



quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

TOYOTISMO (A Vez dos Japoneses)

Se no primeiro modelo citado, o que importava era a padronização e a linha seriada de produção, o Toyotismo vem na contramão deste pensamento.

Foi criado no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, pelo engenheiro japonês Taiichi Ohno e representou a expansão mundial da indústria japonesa, que até então era rotulada de uma indústria com produtos de baixa qualidade, mão de obra barata e produtos não confiáveis.

Se não me falha a memória, costumamos atribuir estas "características" a outro país asiático nos dias de hoje... o que inspira cuidados, pois a verdade é que este outro país asiático pode dar as cartas do comércio mundial, como fez o Japão logo depois deste modelo de produção.

Algumas características deste modelo:

- Mão-de-obra: multifuncional e bem qualificada. Para isso, investe-se pesado em treinamento e qualificação, dando provas de que o consumidor enxerga estas variáveis como sinônimo de qualidade também.

- Flexibilidade: Só se produz o necessário, evitando o excesso. O mais importante é que a produção passa a ser ajustada de acordo com a demanda do mercado.

- Controle: Desde o controle visual até as inspeções de qualidade, como forma de controle do processo produtivo.

- Qualidade Total: Tudo é possível de qualidade, desde o produto até o refugo gerado... Não existe o que não possa ser controlado e melhorado, inclusive o tempo.

- Just in Time: Para simplificar, produzir somente o necessário, no tempo necessário e na quantidade necessária.

- Mercado: Entra em cena a pesquisa de mercado, ou seja, o que o cliente quer, o que ele exige e, depois disso, conseguir produzir para adaptar meus produtos.

Este modelo foi crucial para o crescimento da economia japonesa e o ressurgimento deste país como um dos grandes produtores mundiais.

Ao pensarmos naquilo que vemos nas empresas hoje em dia, especialmente no tocante ao controle e a qualidade, será que não tem um pouco da influência japonesa em nosso modo de trabalhar?

Esta é para pensar durante a semana....





quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

FORDISMO (Nem Tão Velho Assim)

Muita gente anda dizendo que 2011 vai ser um ano de cifras espetaculares, que a produção brasileira vai alcançar seu maiores índices e que o país vai crescer de maneira robusta ao longo dos próximos anos.

Já que eles dizem, então vamos conversar um pouquinho sobre meios de produção que nada mais é do que a maneira como uma empresa se organiza em seu setor produtivo para produzir.

O primeiro deles chama-se fordismo, desenvolvido por Henry Ford (de quem já falamos algum tempo atrás) e que marcou época e, por ser tão importante, estudamos até hoje.

Este meio de produção tem origem lá no começo do século XX e caracteriza-se por ser um modelo de produção em massa que revolucionou a indústria automobilística.

O seu principal desenho é a linha de montagem automatizada. Ford baseou seu meio de produção com uma palavrinha muito importante: padronização.

Padronizar nada mais é do que criar modelos que podem ser sistematicamente repetidos e que garantem agilidade ao processo.

Os veículos eram montados em esteiras rolantes, enquanto os funcionários permaneciam estáticos, sendo responsáveis por pequenas etapas da produção. O grande benefício é que o funcionário não precisa conhecer todo o processo produtivo, apenas a sua função.

Se você for a uma lanchonete de fast food vai perceber o espírito de Henry Ford ainda dando as cartas do jogo. Cada funcionário executa uma atividade e o lanche foi dividido em micro etapas, o que garantiu maior produtividade e lanches praticamente idênticos.

Para fazer um teste maldoso, experimente da próxima vez, pedir um lanche sem picles, ou batata sem sal ou mesmo um lanche sem alface. Você vai perceber o quanto o seu lanche vai demorar, pois você acabou de quebrar a linha de produção, obrigando o funcionário a produzir um lanche não padronizado, quebrando a lógica da linha de produção estabelecida previamente.

De igual forma, a principal crítica ao modelo desenvolvido por Ford era exatamente este, onde produções em massa, seriadas, talvez não fossem mais o objetivo desejado.

Mas, se você olhar ao redor, vai perceber uma centena de negócios que ainda trabalham sobre este modelo de produção e funcionam muito bem, mesmo que estejamos falando de algo que já tem mais de 100 anos.

Por isso Ford é eterno!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Esperando 2011

Meus amigos...

Ao longo dos últimos três textos publicados aqui, uma palavrinha abriu cada um deles: Persistência, Sonho e Determinação.

Elas não foram colocadas por acaso, foram estrategicamente pensadas, para embalar este mês, onde as pessoas nutrem sentimentos mais nobres em relação aos semelhantes, onde manifestamos votos de um período de paz e harmonia nos lares, celebramos o nascimento de Cristo e começamos a fazer planos para o ano que se aproxima.

Da minha parte, o meu desejo é que este período festivo venha recheado destas três palavrinhas em sua vida:

• Persistência

• Sonho

• Determinação

Cada um de nós possui os seus problemas, suas alegrias e suas forças... as vezes a batida é mais forte do que imaginamos suportar, mas ela só se tornará forte de verdade se permitirmos.

O que desejo a você e a todos os seus familiares são estas três palavrinhas...

Persistência para continuar a sua caminhada e realizar aquilo que lhe foi confiado como missão;

Sonho para que a gente possa se reinventar e criar coisas novas, beneficiando a todos que nos cercam;

Determinação para realizar, construir um ano melhor e trazer resultados positivos às nossas vidas.

Ninguém disse que será fácil, mas se lembrarmos sempre destas três palavrinhas, não existirá obstáculo capaz de nos segurar.

Que seu Natal seja um momento de muita paz e harmonia em família!

Encontramos-nos no ano que vem!

 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (VII)

Determinação...

Estar determinado a fazer algo é colocar em prática aquilo que você deseja. Não é estar “motivado” (isso passa logo)... é saber que obstáculos aparecerão e cada um deles será um combustível em sua vida, capaz de alimentar ainda mais os seus desejos e transformar planos em realizações.

Para ilustrar, vamos ler uma breve biografia de uma pessoa muito conhecida:

• Fracassou nos negócios aos 31 anos de idade;

• Com 32 foi derrotado como candidato a deputado estadual;

• Voltou a fracassar nos negócios aos 34 anos;

• Superou a morte de sua esposa aos 35 anos;

• Sofreu um colapso nervoso aos 36 anos;

• Perdeu uma eleição aos 38 anos;

• Não conseguiu ser eleito para deputado federal aos 43;

• Não conseguiu ser eleito para deputado federal aos 46;

• Não conseguiu ser eleito para deputado federal aos 48;

• Não conseguiu ser eleito senador aos 55;

• Aos 56 anos fracassou no intento de ser vice-presidente;

• De novo foi derrotado e não saiu senador aos 58 anos;

• Foi eleito presidente dos Estados Unidos aos 60 anos de idade!

Para apimentar um pouco mais esta história, que tal se dissesse que esta personalidade era filho de agricultores iletrados e que teve uma educação de pouco conteúdo que, como ele próprio afirmava, ao chegar à idade adulta, só sabia ler e escrever e fazer algumas contas básicas?

Será que nós suportaríamos todos estes revezes e, ainda assim, não desistiríamos? Ou será que a gente adotaria uma postura de vítima e de injustiçado pelo mundo?

Bem... Abraham Lincoln não ficou se fazendo de vítima! A cada problema, uma nova tentativa, uma nova solução, uma nova esperança.

Para resumir sua história, ele foi o 16º Presidente Americano e é considerado por todos como um dos mais importantes da história daquele país. Só para ilustrarmos dois de seus feitos, ele conseguiu preservar a união do país durante a Guerra Civil e conseguiu a emancipação dos escravos.

O exemplo dele é um bálsamo para todos nós... não existe obstáculo que não possa ser superado. A determinação é o impulso que precisamos.

“O campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer”

 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (VI)

Sonho...

Uma das maiores capacidades que o ser humano possui é a capacidade de sonhar, fazer planos, imaginar situações e – mais importante ainda – colocá-las em prática, mesmo que outras pessoas o considerem um louco ou alguém fora da realidade.

Walt Disney é uma das pessoas que admiro por sua capacidade de sonhar e, principalmente, por colocar em prática seus sonhos, mesmo que a “turma do contra” fique falando que não vai dar certo.

Walt Disney nasceu em 05/12/1901, nos Estados Unidos e passou a maior parte de sua infância numa fazenda no Missouri.

Aos 16 anos, começou a estudar arte. Depois de um período como voluntário da Cruz Vermelha, matriculou-se na "Kansas City Arts School" e seus sonhos começaram a ser alimentados cada vez mais. Logo depois, trabalhou em agências publicitárias e para uma companhia cinematográfica, na qual ajudava a fazer os cartazes de propaganda dos filmes.

Um dos seus maiores incentivadores foi seu irmão e sócio Roy. Não foi um sucesso imediato, eles tiveram vários problemas, crises financeiras e até roubo de suas primeiras idéias.

Mas o maior sucesso estava prestes a chegar: Mickey Mouse. Walt Disney transformou-se numa lenda, tendo criado, com a ajuda da sua equipe, todo um universo de referências infantis de sucessivas gerações. Além disso, Walt Disney é a pessoa que mais prêmios Oscar ganhou em todos os tempos.

A história evolui até que os parques temáticos Disney começam a funcionar; primeiro na Califórnia (1955), depois em Orlando (1971), chegando até o Japão e a França.

Quem já teve a grata oportunidade de conhecer um destes parques, entende que não existe limite para os sonhos. A gente volta a ser criança nestes locais, esquece de qualquer problema e só tem tempo para sorrir.

“Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade”

Que os seus sonhos também se transformem em realidade. Ninguém disse que será fácil, mas ninguém tem o direito de dizer que não são possíveis.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (V)

Persistência...

Talvez uma das palavras que melhor definam Thomas A. Edison, que ficou conhecido pela invenção da lâmpada elétrica incandescente mas que, na verdade, é um dos maiores inventores que a humanidade conheceu.

Ele ficou conhecido como o Feiticeiro de Menlo Park, devido a suas inúmeras invenções e contribuições para que muita das coisas que usamos hoje, sejam peças corriqueiras do cotidiano.

De maneira impressionante, Thomas Edison registrou mais de 1000 patentes e, para muitos, é considerado o maior inventor de todos os tempos.

O fonógrafo foi só uma de suas invenções; hoje, utilizamos música digital em nossos aparelhos eletrônicos, mas a origem de tudo isso veio dele.

Outra invenção foi o cinetógrafo, a primeira câmera cinematográfica, com o equipamento para mostrar os filmes que ele mesmo produzia. Novamente, o cinema que hoje é visto em 3D tem sua origem em seus inventos.

Embora o telefone tenha sido inventado por Alexander Graham Bell, Edison o transformou num aparelho que funcionava melhor (com o microfone a carvão empregado até hoje).

Da mesma forma, aprimorou o uso e a funcionabilidade da máquina de escrever.

Mas não foram apenas invenções, ele também participou de projetos como alimentos empacotados a vácuo e um aparelho de raios X.

A Edison General Eletric é fundada em 1888, um dos maiores conglomerados industriais do planeta. Se abreviarmos o nome da empresa, teremos um nome bem conhecido...

Especialmente durante a Primeira Guerra Mundial, a General Eletric entra no campo de metalurgia naval; depois, a GE entra no ramo da indústria química, aperfeiçoando produtos e substâncias.

Uma de suas frases mais marcantes é um exemplo de persistência que sempre acompanhou esta personalidade.

“Nossa maior fraqueza é a desistência. O caminho mais certeiro para o sucesso é sempre tentar apenas uma vez mais”

E não é que ele estava certo?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Depois das Eleições...

Bem... finalmente podemos nos alegrar que o período eleitoral terminou.

Eu não sou avesso a este período, muito pelo contrário! Acredito ser um tempo em que a sociedade tem a chance de refletir mais sobre aquilo que se faz necessário a um estado ou um país, avaliar os membros legislativos que darão sustentabilidade ou serão a voz contrária dos modelos propostos e toda sorte de elementos que possibilitem o julgamento e a escolha.

Infelizmente, se analisarmos livres de qualquer corrente ideológica ou de aceitação e rejeição aos modelos oferecidos, o que percebemos como saldo de tudo isso é que nada disso foi possível e, como prejuízo central, o processo democrático empobreceu-se nestas eleições.

Primeiro, pela análise do Legislativo. Não comento resultados, mas comento aquilo que nos foi apresentado como opção.

O que percebemos é que não se buscou um dialogo reflexivo sobre propostas e modelos, o que vimos foi o assoreamento institucional, respaldado principalmente por figuras públicas que acreditavam que apenas um histórico esportivo, apelativo ou popular fosse suficiente para conquistar votos.

Por sorte, a sociedade passou quase incólume a estes modelos e, na sua grande maioria, nenhum foi eleito. Entretanto (e aí está o perigo) mesmo não eleitos, se somarmos o total de votos por ele obtidos, mostra o quanto ainda necessitamos de um amadurecimento político, que se faz com informação, cultura e educação. É uma prática, um exercício permanente... o meu medo é quanto tempo levará para que os resultados sejam expressivos de maneira verdadeiramente positiva.

No plano Executivo, foi ainda mais triste.

A principal tentativa de todos os lados foi a diminuição dos oponentes, não o crescimento em seus méritos. De um lado, se tentava associar o candidato A com determinados estilos, da mesma forma tentou-se associar o candidato B com alguns estigmas e assim foi para com os candidatos C, D, E... ou seja, pouco se discutiu sobre o possível e muito se falou sobre o que tornava o outro impossível.

Existe uma palavrinha chamada alteridade, que é a percepção que eu só existo a partir do outro, da visão alheia, que compreendo o mundo a partir de uma visão diferente.

Em português claro, seria colocar-se no lugar do outro. E, ao invés de diminuí-lo, compreender que somos interdependentes e que nenhuma visão é totalmente correta.

Será que chegaremos lá um dia?


 

domingo, 24 de outubro de 2010

Inspiração

Qual a diferença que existe entre um músico anônimo, que canta num barzinho de qualquer cidade à noite, e um grande nome da MPB?

Qual a diferença entre um grande jogador do Futebol Inglês e aquele sujeito que espera o sábado para se reunir com os amigos e jogar numa quadra alugada?

Qual a diferença entre um líder religioso que nos encanta com suas palavras e outro que nos dá sono em toda pregação?

Nenhuma! A preparação deles foi idêntica. Eles fazem a mesma coisa.

A diferença não está no profissional. A diferença está na capacidade que o trabalho de cada um tem de inspirar as outras pessoas que prestam atenção aos seus feitos.

Eu acredito que existam bons músicos, bons artistas e bons líderes religiosos escondidos em todas as cidades. O problema é transmitir inspiração, envolver, fazer-se referência na vida dos outros.

Quando nos deparamos com um deles, nossa mente identifica o especial. Ou seja, eles têm a capacidade de nos inspirar a pensar sobre seu ofício. Consegue criar vínculos emocionais entre a sua obra e nossa vida.

Esta mesma grande pessoa, um dia, também foi desconhecida. Mas acreditou que conseguiria; que faria de sua missão a sua fonte de prazer e que iria contagiar outras pessoas. Isso não tem a ver com sorte, está relacionado a dedicação.

E você? Qual tem sido a sua contribuição àquilo que faz?

Será que você está apenas cumprindo tabela ou faz daquele momento algo sublime?

Tem a noção de quantas pessoas podem ser impactadas pelo seu trabalho? Não importa o que você faz; o que importa é o carinho com que é feito.

As empresas esperam por esta pessoa que vai fazer toda a diferença e ser exemplo.

A sociedade espera por esta pessoa que vai quebrar paradigmas e ajudar o mundo a ser um lugar melhor.

A sua família também espera por esta pessoa que vai ser inesquecível.

A nossa vida é efêmera; não deve ser contada em anos de existência, mas em feitos.

Eu só desejo que seus feitos sejam eternos, que daqui a 200 anos você ainda seja lembrado e que suas pegadas por este planeta tenham sido fortes o suficiente para que todos possam admirá-las e inspirar-se nelas!

Vamos em frente?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Verdadeiro Big Brother

Pela primeira vez, ficar frente a uma TV, torcendo pelo destino final dos participantes valeu a pena!

Não me refiro àquele programa desnecessário que passa anualmente por aqui ou a qualquer outro que tenha o mesmo propósito: de promover à celebridade, qualquer ser dotado de dois neurônios (no máximo), mais interessados em promover o corpo, posar para alguma revista ou mesmo ficarem ventilado imbecilidades em horário nobre.

Estou me referindo ao resgate dos mineiros soterrados no Chile que, felizmente, tem nos mostrado um final feliz e o quanto o ser humano é capaz de trabalhar em equipe, pensar em termos de projeto e colocar em prática, planos e ações eficazes.

O esforço que foi empregado neste resgate nos ofereceu valiosas lições:

1 – Trabalho em Equipe: A 700 metros de profundidade, ninguém lutou para se salvar sozinho, em detrimento do azar de outro. Para que algo positivo acontecesse, todos trabalharam num esforço coletivo, para o benefício de todos.

2 – Planejamento: Muito se discutiu sobre qual a melhor forma de resgatar os mineiros, inúmeras sugestões foram dadas e, por fim, as melhores soluções foram escolhidas. Não foram escolhidas por ego ou vaidade, mas pela viabilidade e pelos resultados.

3 – Gestão de Projetos: A cada nova opção, a equipe se reunia, discutia as melhores opções, analisava a viabilidade, os riscos, os custos, consultavam especialistas e sabiam cada detalhe da ação, incluindo tempo e prioridades.

4 – Motivação: Apesar de não ser uma das minhas palavras favoritas (pelo seu mau uso cotidiano), a forma como esta foi utilizada durante este longo período, foi um bom exemplo de sua correta utilização. Familiares, autoridades, especialistas e os próprios mineiros foram envolvidos numa atmosfera de possibilidade positiva e o resultado veio como uma benção para todos.

5 – Inovação: A palavrinha que tantas empresas gostam de utilizar, mas pouco faz para torná-la verdadeira, foi maravilhosamente usada aqui. Uma cápsula especialmente projetada, com diversos apetrechos de sobrevivência e controle para este resgate. Ou seja, uma solução especialmente desenhada para uma situação especial.

Este é o tipo de programa que vale a pena “assistir”... não tive vergonha de torcer pelos participantes, sabendo que não era uma questão de manipulação ou vergonhosa luta por alguns pontos de audiência.

Foi uma ação coletiva que deu gosto de pertencer à raça humana.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aprendendo com as Crianças...

Daqui alguns dias é o Dia das Crianças, uma data com apelo comercial (como tantas outras que são criadas), mas também uma ótima chance de vermos um sorriso nos pequenos, aquela criançada brincando em parques e ruas com seus novos brinquedos e, principalmente, para pensarmos o quanto esses baixinhos nos ensinam diariamente.

Se você tem dúvidas ou curiosidade de saber como será o futuro, basta olhar para uma criança... ela te responde sem que você precise dizer nada.

Algumas características delas são fundamentais para pensarmos nas tendências que serão elementos obrigatórios nas próximas décadas:

1º) Mil Coisas ao Mesmo Tempo: A gente foi disciplinado a fazer uma coisa de cada vez... um a criança hoje em dia é capaz de fazer 200 coisas simultaneamente, o que significa que os profissionais do futuro terão múltiplas áreas de atuação;

2º) Perguntas e Mais Perguntas: Eles estão certos ao ficarem nos perguntando um monte de coisas e nos crivarem de “por quês”... O verdadeiro 5W2H... No mundo dos negócios, a melhor coisa não é saber todas as respostas, mas fazer as perguntas corretas;

3º) Persistência: Não adianta ouvir um “não”... elas voltarão à tona com a mesma pergunta, a mesma idéia, a mesma proposição e – principalmente – com o mesmo objetivo (e nossas desculpas ou justificativas vão sumindo aos poucos). Isso é uma das melhores características de um negociador obstinado e as empresas sonham em encontrar este profissional.

4º) Amigos e Inimigos: Já observou como uma criança tem um novo melhor amigo ou um novo maior inimigo em menos de cinco minutos? Sendo, as vezes, o inimigo e o amigo a mesma pessoa? Elas não guardam rancor, não pensam em vingança, não puxam o tapete... apenas exprimem o que levou-as a gostar de alguém ou não, perdoando e voltando a brincar no mesmo instante. Será que nós somos assim também?????

Pois é... são inúmeras as razões que as crianças nos dão para as observar e aproveitar cada segundo ao lado delas... Todos nós fomos crianças, tivemos comportamentos parecidos e... crescemos!

Daqui a pouco os seus baixinhos também vão crescer, vão deixar saudade do barulho e da bagunça da casa, vão seguir seu caminho e ficaremos com saudades deste tempo maravilhoso que eles nos ofereceram. Então aproveite! Aproveite o Dia das Crianças e liberte a criança que também existe dentro de você...

E vamos aproveitar para observar estes novos profissionais. Daqui a pouco é a vez deles.

Depois a gente volta a brincar de ser gente grande...

sábado, 2 de outubro de 2010

Pequenas Histórias – Grandes Nomes (IV)

O Que Você Faria com 10 Centavos?

Considerando as variações das moedas internacionais, as taxas de juros cobrados no mercado financeiro ou mesmo a relação de poder que se teria com uma moedinha de 10 centavos, talvez a sua resposta a esta pergunta não seja muito animadora.

Mas se consideramos esta mesma moedinha nos idos de 1940, talvez a resposta fosse um pouco mais animadora e lhe permitisse algum tipo de compra... ou investimento.

A história de hoje começa assim: com uma moedinha de 10 centavos e uma pessoa muito determinada a obter sucesso.

Warren Buffet é o nome desta personalidade, alguém que fez fortuna, tornou-se uma das pessoas mais influentes no mercado financeiro mundial e um investidor competente, que não precisou abrir mão de suas crenças, muito menos elaborar ações fraudulentas para chegar ao topo dos investimentos mundiais.

Desde seus primeiros anos, ainda criança, ele sempre mostrou a vontade por guardar dinheiro e fazê-lo trabalhar a seu favor.

Uma de suas primeiras atividades “profissionais” foi ir de porta em porta para vender chicletes, evoluindo para refrigerantes em jogos de futebol americano ou baseball que aconteciam em sua cidade natal Omaha (Estados Unidos).

Posteriormente, vieram as entregas de revistas e jornais por diversos bairros, até chegar ao ponto de contratar uma pequena equipe que trabalhava cobrindo a distribuição de toda a cidade.

Idéias não faltavam: vender bolas de golfe recuperadas, ou mesmo para comprar uma máquina de fliperama, colocando-a em uma barbearia local (depois de algum tempo, era dono de dezenas de máquinas semelhantes em diferentes lojas).

Esta história é um exemplo crescente de oportunidades e determinação. O mais importante de tudo isso é sua conduta inflexível e conservadora, que não se seduz por oportunidades de mercado, nem por ações milagrosas. É sua dedicação constante e persistência que permitiram transformar a Berkshire Hathaway (Holding) numa das ações mais valiosas do mercado americano.

Sua biografia completa pode ser conferida num livro chamado A Bola de Neve, uma leitura obrigatória para todos que acreditam que trabalho e sucesso andam de mãos dadas.

Como ele mesmo diz: “Não precisamos ser mais espertos que os outros; precisamos ser mais disciplinados do que os outros”

sábado, 25 de setembro de 2010

Pequenas Histórias, Grandes Nomes (III)

Alguns nomes se confundem com a história de seus inventos e talvez um que muito é mencionado, mas pouco creditado é o de Rudolf Christian Karl Diesel.

Talvez o nome seja desconhecido, mas se olharmos para o seu sobrenome, ficará mais fácil compreender o que este jovem alemão conseguiu inventar: o motor a diesel.

Diesel idealizou um dos mais incríveis sistemas mecânicos da história da humanidade. O motor foi elaborado a base de combustão interna dos pistões, efetuando uma reação química que acontece quando o óleo é injetado num recipiente com oxigênio, causando uma explosão ao misturar-se.

Embora pareça simples, para que isso aconteça, são necessárias outras invenções da mecânica, como uma bomba injetora, fazer várias engrenagens funcionarem e alguns reguladores de pressão para que tudo funcionasse normalmente.

O mais importante de tudo isso é que se considerarmos o que aconteceu a partir disso, perceberemos de maneira clara o que uma invenção traz de benefícios à humanidade.

A máquina a vapor já era a vedete da Revolução Industrial e, quando parecia que todos os problemas seriam encerrados nela, uma invenção ainda mais potente veio e mudou as relações de trabalho, produção, transporte e uma série de outros beneficiários.

Quantas empresas não falam de inovação em seu discurso, mas quantas efetivamente praticam esse mantra mercadológico?

Inventar não significa que tudo funcione maravilhosamente bem desde o começo, mas significa persistir e acreditar que algo sempre pode ser feito de maneira melhor.

Com Rudolf Diesel não foi diferente... sua invenção não deu certo na primeira vez, seus investimentos não tiveram retorno imediato... foi a crença, a determinação, a sorte e o encontro de parceiros corretos que permitiram que tal invento viesse ao conhecimento da humanidade.

A mensagem é simples: ninguém faz nada sozinho e ninguém deve desistir ao primeiro “não” que ouvir. Se algo é verdadeiramente significativo, deve-se lutar para que aconteça.

O tempo é um aliado que pode ser senhor ou escravo da situação... tudo depende de como negociamos com ele.